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História WSU's: Soldado Fantasma: Honra e Monstros - Destinos Entrelaçados


Escrita por: Nemo7

Notas do Autor


Gostaria de agradecer pela chance que me foi concedida por poder trabalhar com o WSU, (especialmente pela Natália por me dar uma mãozinha com a revisão) e por poder escrever essa história, que tem como objetivo esclarecer mais sobre o personagem e até mesmo ousar tratar sobre questões que se fazem atuais nos nossos dias. Essa história é uma continuação de Soldado Fantasma: O Riso da Caveira. Contudo suas maiores consequências vem de Karen Maximus. Em uma ordem linear, mas não obrigatória: Soldado Fantasma R da C > Aracnídeo > Karen. (Karen só pode ser encontrado no Nyah no momento).

Capítulo 1 - Destinos Entrelaçados


 Tem certeza disso filha? — indagou o Senhor Maximus, preocupado com a ideia. O homem de cabelos loiros, se sentou no sofá de couro preto, tentando entender o que levou sua filha a aquela decisão, enquanto buscava um meio de impedir sua ida — Nós podemos contratar profissionais do mesmo nível do seu... amigo.

Karen se levanta do sofá de couro, séria, enquanto retira uma das suas longas mechas douradas do rosto, e ajusta a camisa branca no corpo.

— Pai, nenhum desses ditos profissionais, tem poderes, e ele manja de quase tudo. Olhe o lado positivo, o senhor não vai ter que pagar nada.

— Mas e os estudos? — indaga sua mãe preocupada. Karen ajusta os óculos no rosto, enquanto tenta acalmar sua mãe:

— Mãe agora é julho, estou de férias, depois retomo — disse ela — Duvido muito que o Tales não vá pegar no meu pé. Ele é pior que vocês, quando se trata de aprendizado e leitura.

— Mas e se ele... — Ia sugerir o senhor Maximus, sendo interrompido pela esposa.

— Querido, se Karen confia nele é porque o conhece, então eu também confio. — tranquilizou a Senhora Maximus.

James por sua vez, se encontrava fora da casa. Estava sentado de pernas cruzadas, seu semblante era sereno. Talvez fossem seus olhos fechados, e a calma com a que respirava, ou talvez fossem suas roupas claras que exprimiam essa paz. Ele meditava sobre o futuro. A água corrente da fonte ao seu lado, bem como o canto dos pássaros. E a brisa fria da manhã nublada permitiam perfeitamente isso. Havia algo não resolvido a ser feito, um motivo que o tinha levado a fitar seu sortido passado mais uma vez. Itaberá e outras cidades da região, estavam sofrendo ataques. Pessoas desapareciam e não retornavam, isso já tinha mais de um ano.

Sua família, seus amigos, e seus fantasmas importavam tanto quanto Karen e seus novos aliados. E isso ele não iria esquecer.

— Aceita um chá, Senhor Souza? — indagou a Senhora Maximus, segurando a bandeja atrás de James. Que por sua vez pulou de susto, ao ouvir seu sobrenome.

— Senhor-ra Maximus? Desculpe, não estou habituado a esse nome. — A Senhora Maximus caminhou lentamente com uma bandeja até ele, seu andar era imponente e expressava uma personalidade decidida.

— Tudo bem, querido, gosta de chá? — disse ela amigavelmente, enquanto seu longo vestido preto e com algumas flores, ondulava lentamente com a brisa.

— Tanto quanto café. — disse ele animadamente, enquanto pegava a xícara de hortelã, tomando vagarosamente. Aquele sabor lhe lembrava algo — É muito parecido...

— Com o que? — indagou Karen se aproximando.

— O chá que minha mãe (avó) fazia para mim... — Mas suas memórias foram interrompidas, pela voz imperiosa do Senhor Maximus:

— Senhor Victor. — falou o Senhor Maximus, enquanto passava a mão pela testa — Eu espero que saiba o tipo de responsabilidade que está carregando. Sei que ela não é uma criança, e tão pouco é frágil. Mas cuide dela, como se fosse sua filha.

— Fique tranquilo Senhor Maximus. Da minha parte, daria minha vida por ela. Não vou falhar com os senhores, ou com Karen.

Esta por sua vez, sabia o que essas palavras decididas queriam dizer. E era a mais pura verdade. James não ligava se vivia ou morria. Ele não se importava mais com si.  

 

 Duas semanas depois, Riversul, Interior Paulista, 15:02 – Quintal

 

— Olha baixinha, se quiser desistir, e recomeçarmos depois que eu fizer as torradas, tudo bem. — explicou o Soldado ante uma Karen arfante. O sol ardia forte na pequena cidade do interior paulista, anteriormente conhecida como a capital do feijão. Agora jazia sem o grande movimento de outrora, se tornando quase um deserto. Os pássaros voavam sobre a pequena casa afastada da cidade, enquanto que uma pequena brisa, soprava aliviando o calor dos dois naquele vasto quintal. Sua grama era alta, mas de longe um problema para aqueles dois.

— Sinceramente, não sei porque preciso fazer isso. Devíamos focar nos poderes, não nisso... — disse Karen consternada.

— Não sabemos o futuro. — advertiu o Soldado com calma, — É preferível que você saiba se defender, e ter seus poderes a 50%, do que você não saber se defender, e seus poderes falharem.

Ela avançou. Enquanto ele falava, tentou pegá-lo de frente, mas seu alvo foi rápido e desviando para o lado. Saltou subindo no muro.

— Além disso. É preferível que não nos tornemos tão dependentes dos nossos dons. Mas nem por isso, vamos deixar de aprimorá-los.

— Ainda assim é chato. — disse ela se aproximando do muro branco. Enquanto questionava:

— Porque estamos nessa cidade? Ela é pequena. Não tem grandes crimes.

— Não estamos aqui por crimes. — disse o Soldado, que acabara de saltar do muro e caiu rolando na grama — Estamos aqui de passagem, colhendo informações sobre os assassinatos.

Karen parou e exclamou com uma cara de quem tomou algo amargo.

— É estranho. — disse ela com uma expressão de desagrado.

— O que é estranho? — indagou ele surpreso.

— Sempre que entro em sua mente, é como se tivessem duas personalidades aí.

— Não são personalidades, são meus eus. — esclareceu o Soldado. — Eles são tão distintos que você, como telepata, percebe a diferença. O rapaz jovem e cheio de sonhos, e o assassino fantasma.

Nisso um tijolo veio pelas costas do soldado. Ele percebeu, graças a seus instintos, e conseguiu desvia. Mas Karen, com ajuda de seus dons, se impulsionou e agarrou sua perna esquerda.

— Bom — disse ela enquanto o soltava e se colocava de pé — E você seria qual dos dois?

— Nenhum. E ambos ao mesmo tempo. — disse ele tomando o rumo da porta da cozinha — Agora vamos fazer o café da tarde, estou morto de fome.

— Guloso. — provoca ela, enquanto seus cachos dourados balançam ao vento.

— Se tivesse o meu metabolismo você não diria isso. — retruca ele, entrando dentro de casa.

Enquanto James, colocava o café para coar. Karen ia conversando, ou melhor, perturbando ele.

— Me diga, você já namorou antes?

— Não. — disse o Soldado gélido.

— Ficou?

— Não. — Estava ficando irritado.

— Já beijou?

— Não, e pare de perguntar sobre a minha vida amorosa. — esbravejou ele, em seguida enchendo seu copo de café e leite.

— Você tem 48 anos cara!

— 48 Anos de existência, não é o mesmo que de anos vividos.na prática tenho 23 anos conscientes, mas deveria ter 17, já que nasci em 98. — disse ele, pegando o pão da torradeira, e colocando-o junto com outros quatro. – Sinceramente tem horas que até eu, fico "bugado" com esse lance de idade...  

— Mesmo assim. Porque nunca investiu em ninguém? — Ele a encarou firme e decidido, de uma forma que até assustava.

— Por que nunca foi minha prioridade. Eu queria estudar, queria ser um professor e escritor. Queria ser independente, antes de qualquer coisa.  — respondeu ele, enquanto se sentava e tomava um gole.

 

 

 

16:47

 

Ambos jaziam no gramado, sentados, com as pernas cruzadas. Estavam refletindo, até que James decidiu que já estava bom. Ele se levantou dizendo:

— Descanse um pouco baixinha. — disse ele ficando em pé, enquanto se concentrava. — Mas um toque do celular interrompeu seu raciocínio.

Karen conhecia cada toque:

Dont’t Stop Believin — Aracnídeo

Come and Get Your Love — Temerário.

God’s Not Dead — Azathoth, nesse caso era só para deixá-lo com raiva.

Sweet Dreams — Trap.

Remenber When — Karen.

No entanto, este ela nunca tinha ouvido antes, posteriormente ela o identificaria como: Bloodline – Crazy Cover.

Ele ficou tenso de uma hora para a outra. Karen nunca tinha visto ele dessa forma, então perguntou:

— Quem está te ligando? — indagou ela apreensiva.

— Um velho amigo. — disse ele com calma.

— Mas você disse, que todos do seu passado, pensam que você está morto...

Ele respondeu enquanto pegava o telefone:

— Ele é um amigo especial.

— Alô. — disse o Soldado.

— Olá Tales. — disse uma voz conhecida, em um tom amistoso. James trava, mas tenta ser educado:

— Rodrigo, como tem passado?

— Eu vou bem, e você? Entendendo as referências?

 — Planejo ver Doutor Estranho em breve. — afirmou ele rindo — Como vai Sirehen?

— Ela vai bem, tentando se adaptar.

— Receio que você não tenha ligado apenas para matar a saudade... — diz consternado. A voz dessa vez ecoa firme, tal qual a de um comandante:

— Tales, precisamos conversar, já esperamos demais. Você já pensou demais, está na hora de voltar para casa.



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