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História X-men a série animada - Amiga da onça


Escrita por: vanessa-clara

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 51 - Amiga da onça


Vampira sentiu-se grata pelo auxílio de Cecília no minúsculo banheiro de azulejos brancos. Mesmo ela podendo tomar esse banho com uma enfermeira ela se ofereceu. Felizmente o soro tinha sido removido de seu braço em algum momento durante a noite e, apesar dela esta livre de ter que carregar um suporte ela ainda não teria conseguido fazer o curto trajeto até o banheiro da ala hospitalar ou tirar sua camisola sem ajuda.

Cecília se aproximou com cuidado e abriu o chuveiro. Depois a conduziu devagar, quando Vampira se sentiu confiante o bastante para se firmar de pé e poder deitar sozinha na banheira Cecília se afastou.

Cecília – Estarei lá fora, se precisar é só me chamar. Ela sorriu e saiu

Vampira se encostou melhor na banheira. Suas mãos começaram a brincar com a água em volta. Olhou para o lado e uma barra branca sem perfume estava à sua espera na saboneteira, ela pega o simples pedaço de sabão e quando Vampira começou a revolvê-lo entre as palmas das mãos notou os arranhões que havia nelas. Ficou pensativa, as duas estavam arranhadas como se ela tivesse caído pesadamente e tentado se arrastar. Quando ela fizera aquilo? Ela não conseguia lembrar de jeito nenhum. Fechou os olhos... Lembrar... Sim, ela se lembrou de ter caído no chão do cemitério ao lado do túmulo do Cody, mas na grama, não no concreto para se arranhar tanto. A única possibilidade que lhe ocorreu então foi que ela ao cair devia tê-las arranhado em uma lápide ao lado.

A progressão desse pensamento trouxe outras dúvidas. Ela levou a se perguntar quem teria lhe encontrado no cemitério e a levado para o Instituto. Como que seus poderes de absorção havia simplesmente desaparecido. Ela sentia-se incompleta, como se parte dela não existisse mais. Pensou que Talvez a razão pela qual a Tempestade não admitisse a cura dos seus poderes de absorção teria alguma coisa haver durante o seu coma. E se ela tivesse passado por algum tratamento ilegal? Vampira não sabia se descartava essa ideia como absurda. Tempestade não esconderia isso, ela era tão honesta que Vampira não conseguia lembrar-se dela ter recebido uma multa sequer de estacionamento em toda sua vida. Porém, quanto mais ela pensava a respeito mais sentido fazia de uma maneira cem por cento ilógica e perguntou-se se Alice teria se sentido assim tão confusa depois de cair pelo buraco no País das Maravilhas. 

Talvez o professor tivesse lhe administrado alguma medicação sem licença ou tratamento proibido. E, se fosse esse o caso então provavelmente ele teria que pedir para Ororo mentir a fim de proteger o teste secreto ou o Fera que certamente como médico o ajudou em tudo. Era provável que longe do confinamento da ala hospitalar quando fosse mais seguro ele lhe revelaria tudo sem que outros ouvissem.

Quando terminou Cecília entrou para ajuda-la a vestir-se e voltar ao quarto. Ainda no corredor Jean se aproximou e se ofereceu para acompanha-la ao quarto.

 Cecília – Tudo bem vejo você mais tarde.  

Ela se afasta e Jean segura o braço de Vampira

Jean – É melhor eu avisá-la que tem uma visita um tanto surpreendente a sua espera no quarto para falar com você.

Vampira parou no meio de um passo e virou-se consternada para a senhorita Summers.

Vampira – Essa visita seria por acaso do Joseph? Ela lhe dirigiu um olhar tristonho como se infeliz com a pergunta que fez. Na verdade no fundo ela torcia para que sua resposta fosse não, e que ela dissesse se tratar do Gambit.

Jean – Não querida. Não é ele.

Vampira fitou-a de volta com o ar entupido. Seus olhos esboçaram um brilho. - Então quem é?

Jean – Melhor você conferir pessoalmente.

Vampira – Por que o suspense, o que estava acontecendo?

Quando Jean abre a porta sua visão periférica nota um uniforme verde de x-men. Parecia ser uma mulher loura que se pós de pé quando Vampira entrou.

Ororo – Vampira meu bem não se assuste, veja quem veio lhe visitar.

A mulher se aproximou, Vampira ao olha-la bem sentiu suas penas fraquejarem, o quarto meio que oscilou diante de si. A cor do seu rosto logo desapareceu e sua visão começou a falhar. Ela abriu a boca: - Não pode ser! Miss Marvel! Então desmaiou...

A vantagem de desmaiar em uma ala hospitalar é que lá eles sabem de imediato o procedimento correto para você. Sentada na cadeira com a cabeça enfiada firmemente entre os joelhos ela podia sentir a mão reconfortante da Jean segurando uma compressa fria junto à nuca dela. Vampira fez força para ficar ereta.

Ororo – Não se apresse em se levantar ainda Vampira. Espere um pouco.

Vampira fez força contra a mão da Jean e se sentou. Não gritou, nem berrou, nem mesmo voltou a desmaiar, apenas ficou olhando transfixada aquele rosto que estivera ausente de sua vida por seis anos.

Carol que estava imóvel no fundo do quarto sorriu para ela.

Carol – Vampira? Ela falou e Vampira fez a primeira pergunta que veio a mente:

Vampira – Como isso é possível? Ainda estou em coma? Todos a olharam sem entender sua pergunta. – Isso parece um pesadelo onde você surge do nada para me acusar?

Jean percebe que ela esta confusa e pede a Tempestade para juntas lhe levantarem

Jean – Venha, vamos voltar para a cama agora Vampira. Você ainda precisa se recuperar melhor.

Carol – Eu sinto muito por você Vampira, mas não está sonhando e eu não estou aqui para lhe acusar de nada. Eu sei que você lembra-se de mim em uma cama de hospital assim como este. Mas eu acordei do coma em que estava no mesmo tempo em que você foi sequestrada por aquele mostro do Strycker.

Ororo – Chega Carol! Ela não está bem para conversar sobre isso ainda. Tempestade a cortou.

Vampira de imediato sentiu um frio envolver seu corpo. Jean observou um desespero em seu olhar. Vampira esticou o braço e ela mesma apertou o botão de emergência desta vez. Fera e Cecília entraram correndo no quarto. Houve uma rápida enxurrada de conversas paralelas entre Fera, Cecília, Jean e Ororo. - Mais sedativos, prepare uma injeção rápido!

Ela captava as palavras já delirando, mas nenhuma delas tinha sentido para ela. Ela só conseguia fitar Carol enquanto Cecília a deitava na cama, limpando seu braço e introduzindo a agulha hipodérmica em sua veia. Foi um sedativo suave para que ela se acalmasse. Eles não podiam arriscar ministrar uma sedação excessiva a alguém com um trauma no crânio. Então os olhos dela forma se fechando, apesar de que ela ainda parecia estar acordada.

Fera – Vocês não deveriam ter permitido isso. Ele olha furioso para Jean e Ororo. - Ela ainda esta confusa com tudo, não pode sentir emoções fortes ou algo do tipo.

Ororo – Desculpe, eu não sabia que...

Carol – A Culpa é minha, fui eu que insisti para entrar no quarto e vê-la.

Houve um longo silêncio entre eles.

Cecília – Ela bateu a cabeça com muita força. No momento precisa de paz e tranquilidade. - Ela não vai mais ver ninguém por hoje. Cecília passou a ordem: - Todos fora!

Fera – Vocês escutaram a doutora. Disse o Fera destacando as palavras de Cecília. Ele virou-se para Cecília: - Vou pedir mais uma bateria de exames.

Jean acompanhou Ororo e Carol para fora do quarto e disse antes de fechar a porta:

Jean – Eu aviso a vocês quando ela estiver... Mais calma. Podem voltar depois

Ororo – Eu não vou a lugar nenhum. Vou esperar aqui.

Minutos depois Vampira foi levada de um departamento a outro pelo o hospital. Fez uma ressonância Magnética, dois raio X e vários outros testes com eletrodos fixados em sua cabeça. A essa altura ela já estava acordada, mas não alerta o bastante para fazer perguntas.

Quando enfim ela acordou de verdade percebeu que estava no quarto e ele estava vazio. Vampira olhava para o teto e tentava juntar os pedaços de memórias que surgiram em sua mente. Era difícil fazer isso, mas ela sentia que de alguma forma estavam escondendo algo dela.

No dia seguinte Carol Danvers, foi avisada sobre a amnesia de Vampira e que por isso ela não devia tentar conversar sobre nada que a fizesse ficar nervosa. Contudo, ela deu um jeito de a deixarem vê-la novamente durante o horário de visita.

Ela bateu na porta e logo abriu, Vampira não a viu por que ela estava escondida atrás do maior buquê de flores que ela já havia ganhado ali. Carol logo se curvou para colocar as flores em um jarro e disse num tom conciliatório puxando a cadeira para mais perto de sua cama.

Carol – Espero que hoje você esteja se sentindo bem.

Vampira a encarou e franziu a testa e disse:

Vampira – Eu... hum... ainda não sei

Carol – Como não sabe? Ela não conseguiu evita uma risada.

Vampira tinha uma voz rouca, mas doce. Ela soltou um pequeno suspiro e olhou para suas mãos. 

Vampira – É isso mesmo, ainda não sei... Mas deixe isso para lá.

Carol – Pobrezinha. Soube a pouco que está com amnesia, mas o Fera disse que não é surpresa que você venha agindo de modo tão estranho desde que recobrou a consciência.

Vampira – Ele falou com você sobre isso? Ela perguntou surpresa erguendo a cabeça para encara-la melhor.

Carol – Disse e... Poxa desculpe. Não era para eu ter lhe dito isso. Ela disse de forma arrependida.

Vampira – Tudo bem, não se desculpe. Pelo visto só comigo ele não conversa. Disse ela em tom baixo.

Carol – Você realmente não se lembra de nada mesmo né. Ela lamentou. - Mas sabe quem eu sou? Carol deu-se de interessada em ajudar, mas por um momento diabólico desistiu no último instante.

Vampira – Sim Carol, claro que sei quem você é. Conhecemo-nos desde a adolescência. De uma forma que não sei explicar eu... É que... Bem, esqueci apenas de uma pessoa que foi importante em minha vida.

Carol – Então é verdade mesmo, quando você diz que não se lembra desta pessoa, não lembra nem mesmo dos acontecimentos recentes com ele, nem do que o fez partir assim de repente? E os últimos dias que estiveram juntos? Ela enchia a Vampira de perguntas de proposito, algo que lhe foi notificado a não fazer.

Vampira balançou a cabeça em negativo para todas elas

Vampira – Eu perdi os últimos cinco anos em que convivi com essa pessoa. Para ter uma ideia eu não consigo me recordar de nada sobre dele, não sei nem dizer como ele é fisicamente.

Carol – Que pena!

Vampira ficou em silêncio deixando-a absorver o impacto das suas palavras.

Carol – Sendo assim, você não deve se lembrar de nada sobre vocês juntos. Nem soube que ele pediu para deixar os x-men.

Vampira – Deixar os x-men? Vampira ficou confusa. Não foi isso que ela soube

Carol – Não te contaram que ele te deixou? Carol arregalou os olhos e levou a mão a boca. – Desculpe não queria dizer isso...

Vampira mordeu o lábio ciente de que havia algo mais para ser descoberto

Vampira – O que você quer dizer com isso?

Carol – Ah! Sim. Claro que você não tinha como saber. Mas Ororo não te contou? Ah! Já sei, ela só lhe falou o lado bom né? Bem eu não deveria ter dito isso.

Vampira – O que ela deixou de me contar? Por favor, fale!

Carol – Olha só, estou aqui como amiga e por este motivo não acho justo te esconder a verdade sobre a ausência do Gambit, mas a Ororo deixou de lhe falar o que realmente aconteceu. Ele quis ir embora e isso ela quis esconder de você.

Vampira tentou se acalmar e diminuir o pânico crescente que invadia sua garganta.

Vampira – Não pode ser...

Carol – Ele te abandonou sim. Simplesmente não quis mais ficar do seu lado no momento em que mais necessitava. Ela tocou a mão de Vampira: - Pode não acreditar em mim, mas o que ele fez deixou bastante claro o desinteresse dele por você.

Vampira – Por que a Ororo e os outros não me disseram? Perguntou ela chateada. – Ororo me disse que eu era a pessoa mais importante na vida dele. Lágrimas começaram a se forma e eram visíveis em seus olhos verdes e confusos.

Carol – Querida, você não tinha como saber. Ele mal pode esperar para ir embora e ficar longe de você.

Vampira tentava assimilar tudo, mas aquilo era por demais doloroso e humilhante demais para ela aguentar.

Carol se divertia por dentro vendo o sofrimento surgir em Vampira. Elas tinham chegado a um impasse. Não havia mais nada para dizer sobre aquele assunto.

Vampira – Por favor, eu preciso ficar sozinha agora. Ela pediu limpando o rosto das lágrimas que começavam a cair.

Carol – Claro amiga. Ela se levantou da cadeira e antes de sair ainda comentou: - Sabe que pode contar comigo para o que precisar viu


Notas Finais


Bjs e até amanhã. Comenta ai pessoal.


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