Xena e Gabrielle andaram demais e acabaram no extremo oriente desconhecido da Europa medieval. Por semanas a cavalo nada se via a não ser pequenos vilarejos perdidos em montanhas longínquas.
A caça era farta mas o lugar muito inóspito de dia um calor infernal e noite um frio congelante. Ambas estavam sofrendo para se adaptarem.
_ Estamos perdidas não é Xena? Perguntou desanimada Gabrielle.
_Não estamos não! Respondeu soberba a guerreira. _ Sei muito bem pra onde vamos..
Ela não sabia.
Lábios ressecados e corpos suados as amigas se arrastavam pelos prados escaldantes , as estepes planas pareciam não ter fim , se dava a impressão de estar andando em círculos.
_ Não to aguentando Xena.. Reclamou a loirinha sentando em meio a grama seca.
_ Vamos sua molenga! Sente o cheiro . E fungou no ar. _ Deve haver uma aldeia por perto. Vamos descansar por lá.
Gabrielle se levantou a muito contra gosto e continuou a arrastar os pés.
E realmente havia um vilarejo por ali , doze ou treze choupanas , uma horta humilde, animais de criação. Nada que ambas já não estavam cansadas de encontrar por suas andanças.
Descansaram por algumas horas na sombra de um curral e tentaram não se meter em encrencas.
Porém mesmo tentando o destino delas era a guerra e a aventura.
Gabrielle quase dormia profundamente estirada no feno dos animais e Xena mastigava uma fruta estranha que havia ganhado. Matutava como sairiam daquela região desconhecida da terra.
Alguém corre gritando em meio as pessoas é um grito de desespero e em questão de segundos o caos está instalado no local. Como uma nuvem de gafanhotos famintos os terríveis Hunos passavam por ali. Degolando , queimando ,sequestrando , empalando e saqueando. Em meio ao fogo e gritos Gabrielle se perdera no meio dos animais e Xena simplesmente tentou sobreviver aquele ataque sangrento.
Em questão de poucas horas não havia mais rastro de uma aldeia por ali , tudo era brasas e corpos despedaçados. Xena saiu de um arbusto volumoso próximo dali. Arranhada e ainda confusa procurou por sua companheira inseparável.
Gritou por Gabrielle , cutucou alguns corpos , andou pela redondeza e nada.
Seu coração se desesperou! Tantos percalços que elas passaram e ela haveria de perder sua amiga querida no meio do nada para um povo selvagem? Seus olhos azuis queimaram como antes e ela saiu no encalço daqueles invasores.
Seguiu as pegadas dos cavalos e das pessoas, e a trilha de sangue e objetos deixados pelo caminho.
Era noitinha quando ela viu fumaça e barulho num vale adiante. Espionou por entre os arbustos espinhosos e encontrou o acampamento provisório do Hunos.
Por um tempo de agachou ali tentando planejar algo. Mas não houve tempo , sentiu um braço forte a agarra-la pelo pescoço e caiu ao solo.
Eram 3 jovens mulheres, altas extremamente fortes e meio sujas.
Tentou se desvencilhar da espada curva e afiadíssima no seu rosto.
Uma delas com a armadura menos suja e mais elaborada deu uma ordem no dialeto huno. A que estava estrangulando Xena a soltou.
_ Xena? Perguntou a guerreira huno se agachando .
_ Ramona? Respondeu Xena reconhecendo aquele rosto.
_ Ramona o que faz aqui? O que aconteceu? Ramona deu o braço para ajudar a levanta –la .
_ Eu que te pergunto o que faz por aqui?! E ambas se olhavam incrédulas. Se abraçaram batendo suas armaduras.
_ Muita sorte a sua Xena ser eu a chefe da ronda!
Xena se limpava e arrancava alguns espinhos grandes que haviam grudado em suas pernas enquanto acompanhavam as amazonas.
Desceram por entre o barranco seco até o acampamento. Lá um grande numero de fogueiras , cavalos cobertos de sangue alheio e cães enormes como lobos selvagens transitavam dentre os humanos ,humanos esses que mal aparentavam ser da raça humana, grandes , fortes como troncos de arvores antigas , sujos e mal encarados , até as crianças e jovens pareciam mais robustos do que tudo que ela havia visto antes.
_ Mas me diga o que faz por aqui? Começou Xena ao se sentar próximo a uma grande carroça cheia de peles de animais junto de sua conhecida Ramona.
_ Ora minha amiga é uma longa historia. Está com fome? E puxou um pedaço de carne enorme de um animal estranho que era assado por ali. Xena mastigou aquilo como o comida dos Deuses.
_ Então Xena .. E se recostou na carroça ...
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