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História Xeque-Mate - Suíça, pt 2


Escrita por: ShewantsCamz

Notas do Autor


OLÁ LINDAS DA MINHA VIDA.

Chegamos muito mais cedo dessa vez, estão gostando das atualizações frequentes? Se acostumem não viu? Estou sem vida social desse jeito. Mas enfim, queria agradecer a galera que está comentando, e divulgando por aí, isso é realmente maravilhoso. Sobre esse capitulo, devo dizer que amei escreve-lo, de verdade é com certeza um dos meus favoritos. Eu espero que gostem muito, assim como as meninas e eu.

Queria dedicar esse capitulo para Maria Luisa (@mussalemluisa ), ouvi dizer que ama muito Xeque-Mate, e que está sempre a falar sobre a fanfic kkk Então eu espero que goste desse capitulo. - Evelin.

" Vivi pra ver Femo surtar por FIC, ainda mais por essa aqui. Então esse cap vai dedicado pra ela, que já me fez gargalhar horrores hoje. Enfim, bebe, obrigada por aparecer e me levantar, por me fazer esquecer de todos os problemas, quando o que eu mais quero é sentar e me desesperar. Obrigada por me segurar quando eu estou prestes à cair, obrigada por não deixar eu me perder de novo. Às vezes quero te matar, mas não imagino mais uma vida sem sua amizade, sem sua irmandade. Obrigada por me fazer acreditar de novo e quebrar todas as minhas barreiras. Te amo, bichinha - Larissa."

"Esse é um espaço pra gente conversar nem que seja um pouco, entao, vou começar dizendo que estou agradecida do retorno que estamos tendo com Xeque-Mate, é muito bom escrever e saber q vcs gostam, que vocês criticam pra fanfic crescer, e pegamos todas as criticas e tentamos melhorar a cada capitulo.. Aos leitores antigos obrigada por estarem aqui.. E aos novos, bem vindos..

Ps: bem vinda, Femo kkkkkkkk espero que voce seja tombada demais, all the love -xx - Sindy"

Para esse capitulo eu preciso que escutem as seguintes musicas quando for solicitado:

1° One Dance - Drake.

2° Ride - SoMo.

Agora vamos ao que interessa, espero que aproveitem cada segundo. ;)

Capítulo 16 - Suíça, pt 2


Fanfic / Fanfiction Xeque-Mate - Suíça, pt 2

Lauren Jauregui's point of view.

 

 

Zurique era uma cidade muito bela, confesso que o inverno havia a deixado ainda mais charmosa. Ver seus prédios cobertos pela camada de neve dava um ar sutil ao lugar. Fiquei por alguns minutos na sacada do hotel, apenas observando o trafego suave de carros, e a movimentação de pessoas ao redor, enquanto Camila terminava de se arrumar. Estávamos nos preparando para seguir a caminho de Saint Moritz, uma pequena cidade na Suíça, que de acordo com a latina, ficava a duas horas e meia de onde estávamos. Nós não poderíamos nos afastar tanto do centro da Suíça, já que eu ainda tinha assuntos a tratar com UBS. A ansiedade por finalmente descobrir o nome do proprietário da conta milionária estava me consumindo; meu cérebro parecia trabalhar o tempo todo em cima de todas as probabilidades existentes naquela resposta. Os únicos minutos que meus pensamentos não estavam afundados na investigação eram quando os mesmos se perdiam pela mulher que me acompanhava. Camila e eu não transamos sequer uma vez desde que colocamos os pés na Suíça, mesmo tendo grandes oportunidades para isso, não o fizemos. Não por falta de vontade, mas, bom eu não sabia o motivo.

Esfreguei as mãos por meus braços, causando atrito em busca de calor. Caminhei de volta para dentro da suíte, vendo Camila em frente ao espelho. A morena estava usando uma blusa branca de mangas longas, com uma calça preta de cintura alta que tinham suspensórios como acessório; em seus pés um sapato preto fechado. Seus cabelos estavam soltos e ondulados, caindo perfeitamente bem sobre suas costas. Em sua cabeça havia uma delicada boina vermelha, dando um charme a mais a latina.

- Está pronta? – perguntou ao virar em minha direção.

- Apenas esperando você.

Camila esticou seu braço para pegar o sobretudo preto sobre a cômoda a sua frente. Ela o vestiu rapidamente para se proteger do frio, em seguida pegou o cachecol preto que estava ao lado da peça há poucos segundos, e logo caminhou em minha direção. De forma delicada, a morena repousou o acessório ao redor de meu pescoço, dando apenas uma volta com o tecido delicado. 

- Estou pronta. – disse ela ao me fitar.

- Então vamos, senhorita.

Fechamos nossa estadia no hotel rapidamente, enquanto um dos funcionários colocava nossas malas no carro. Camila parecia empolgada com a idéia de ir para outra cidade, pois seus sorrisos eram largos e gentis. O clima entre nós não era provocador, e muito menos sexual, pelo contrario, desde que chegamos a Suíça tudo estava calmo.

- Onde está o motorista? – perguntei assim que nos aproximamos do veiculo.

- Dessa vez não vamos ter motorista. Vamos apenas você e eu. – ela falou sorridente. – Quer dirigir?

Ela nem sequer me deu tempo de responder, apenas jogou a pequena chave da range rover evoque cinza em minha direção. O caminho foi longo e cansativo, já que eu teria que ter a atenção redobrada por conta da manhã nublada. Entretanto, Camila cuidava sempre em manter uma conversa casual comigo para me fazer permanecer esperta na direção do veiculo. Estávamos chegando a Saint Moritz, a cidade era bem menor que Zurique, chegava a ter a aparência de um vilarejo colonial, simples, porém com uma beleza diferenciada. As pequenas casas, com alguns poucos elevados prédios se destacavam em meio aos Alpes suíços ao fundo, deixando uma paisagem realmente maravilhosa. Camila estava visivelmente distraída diante a imagem privilegiada que tínhamos de Saint Moritz, seus olhos não perdiam o foco da janela por um só segundo. Hoje, diferente dos outros dias, a morena me parecia diferente. Poderia ser loucura, mas Camila naqueles instantes havia perdido seu ar superior, e o visível ego inflado. Tirei os olhos da estrada reta, e repousei sobre a morena por uma fração de segundos, e como se eu não pudesse conter, uma única palavra deixou meus lábios.

- Linda.

Eu arregalei os olhos no mesmo instante, voltando minha atenção ao caminho à frente. Praguejei-me centenas de vezes por ter pensado alto demais, e pedi internamente que Camila não tivesse escutado aquilo. Mas como nem tudo era como queríamos, ela virou em minha direção e sorriu.

- A paisagem é realmente linda.

Eu apenas assenti com um sorriso amarelo. Eu não sabia se ela havia feito aquilo para evitar qualquer clima tenso entre nós, ou se realmente acreditava que eu me referia à paisagem do lugar, que também não deixava de ter uma beleza radiante. Eu não ousei tocar no assunto novamente, depois do incidente apenas me calei até chegarmos ao hotel indicado pela latina. E assim como o hotel de Zurique, esse era grandioso, chamava-se Carlton Hotel St Moritz. Era um dos maiores prédios da pequena cidade, ganhando destaque entre as casas ao seu redor.

- Finalmente, eu estou exausta. – Camila resmungou ao se esticar dentro do carro.

- Somos duas, preciso de um banho quente e uma cama.

- Vai ter isso hoje, aproveite para descansar esses dias.

- Por que está sendo tão boazinha? – perguntei ao me virar para ela.

Ela soltou uma risada nasal, e negou com a cabeça.

- Você não deveria reclamar dos meus momentos de doçura, Jauregui. Aproveite, são raros. E a propósito, você também é linda. – disse ela ao sair do carro.

Eu soltei uma risada baixa ao ver a latina me encarar do lado de fora do carro, ela carregava no rosto um sorriso divertido e moleque. Neguei com a cabeça, e saí do veiculo, realizando o mesmo caminho que a morena. O hotel era simplesmente magnífico, tão grande e luxuoso como o anterior, porém esse tinha um charme a mais por apresentar um aspecto bem original do lugar, com predominância de moveis de madeira, tijolos grossos e vidro. Um rústico moderno poderia se assim dizer. Camila rapidamente fez a reserva de nosso quarto, enquanto um dos funcionários nos aguardava com as malas. Eu estavam realmente encantada com o pouco que vi de Saint Moritz, e diferente de Zurique, eu tive uma certa curiosidade em conhecer.  

Entramos no quarto de hotel que era um pouco maior do que o anterior. Ele era tão aconchegante, tinha aparência de um interior de um chalé, com direito a lareira, paredes de madeira e concreto, alguns tapetes, armários com livros, e um sofá bem perto da mesinha de centro. Eu caminhei em direção ao outro cômodo lentamente, vendo a enorme cama, do lado oposto à parede de vidro, que se dava uma paisagem maravilhosa dos Alpes suíços cobertos pela neve.

- Gosta? – Camila perguntou ao largar a bolsa sobre o sofá marrom.

- É maravilhoso. – soltei de forma sutil.

- Eu adoro esse lugar, um dos meus favoritos.

- Costuma vir aqui sempre?

- Na verdade, tem alguns anos que não venho.

- Por quê?

- Ainda está cedo para saber. – ela disse ao se afastar.

O dia transcorreu bem tranqüilo, eu literalmente usei o restante do tempo para descansar da viagem longa pela manhã. Camila prontamente fez o mesmo, usando os benefícios da sauna e do spar que o luxuoso hotel oferecia para seus hospedes. Nós nem sequer almoçamos juntas, ela optou por ficar no restaurante e eu no quarto, e mesmo com as escolhas diferentes, nada afetou o clima bom que se instalou entre nós. No inicio da noite, a latina entrou em nosso quarto com um sorriso largo, demonstrando sua alegria.

- Feliz?

- Muito, eu estava precisando de um dia tão relaxante como esse! Eles fazem umas massagens ótimas aqui.

Camila deitou de bruços sobre o colchão, apoiando seus cotovelos sobre o lençol macio da cama.

- Vejo que realmente te fez bem. Está alegre. – murmurei ao fechar o livro que estava em minhas mãos.

- Estou mesmo, você deveria ter ido.

Soltei um sorriso para a mulher que me encarava sutilmente. Eu não estava com cabeça para ir para um spar, por melhor que ele fosse; meus pensamentos pareciam ser totalmente consumidos pela investigação criminal, a ansiedade ficava maior a cada minuto em direção ao prazo dado pelo gerente do banco. Mesmo tendo a oportunidade de descansar fisicamente, meu cérebro ainda estava em um trabalho continuo diante de todas possibilidades possíveis de nomes para quem roubou. E isso me acarretava um cansaço psicológico, que parecia impossível de se vencer.

- Não estou com cabeça para isso.

- Você está uma chata, Lauren. – murmurou Camila ao deitar totalmente sobre o colchão, e não demorou muito, a morena me fitou outra vez. – Perco até o tesão desse jeito.

- Perde? – perguntei em meio a uma risada.

- Sim, totalmente. – brincou. – Mas falando sério, você está chata, e precisamos mudar isso.

- Eu não estou chata. – resmunguei.

- Está, só ficou no quarto o dia inteiro. Nós vamos sair.

- O que?

A morena levantou do colchão rapidamente, e me encarou.

- Nós vamos sair, não vim para outra cidade para ficarmos trancadas em um quarto. Mesmo que ele nos ofereça uma coisa que eu adoro fazer.

Eu não pude conter a risada ao comentário de malicioso de Camila, ela realmente parecia ter falado sério apesar de seu sorrisinho cínico.

- Está tão bom aqui, eu adorei esse hotel. – resmunguei, vendo-a rolar os olhos de forma impaciente.

- Eu amo esse hotel, mas quero sair, me distrair um pouco. Você precisa disso até mais do que eu.

- Camila...

- Vamos, por favor.

Estreitei os olhos em sua direção, vendo que pela primeira vez ela não ordenou, Camila apenas pediu. Soltei um suspiro em rendição que no mesmo instante a fez notar que ela havia ganhado. Talvez a latina tivesse razão, eu deveria me distrair de alguma maneira, e ninguém poderia fazer isso melhor do que ela.

- O que tem em mente?

- Podemos sair para jantar, tem um restaurante maravilhoso no centro da cidade.

- Eu gosto da idéia.

- Perfeito! Eu vou me arrumar.

- Eu vou também.

Por volta de uma hora depois Camila e eu estávamos caminhando pelo centro de Saint Moritz, havíamos deixado o carro em um estacionamento mais próximo, para que pudéssemos aproveitar uma pequena caminhada até o restaurante escolhido pela mulher. A cidade era bem tranqüila, mas era notável a presença de muitos turistas que aproveitavam a beleza do lugar. A movimentação era relativamente grande, como se pela noite as pessoas saíssem nas ruas para curtir um pouco da cidade. Não demorou muito, e logo chegamos ao nosso destino.

- Sejam bem vindas, senhoras. – o maître disse educadamente.

- Obrigada. Uma mesa por gentileza.

- Sim, claro. Me acompanhem.

O homem de terno escuro nos guiou para uma ótima mesa, ficava entre as primeiras mais próximas a sacada. Camila retirou seu sobretudo vermelho, dando-me a oportunidade de ver seu vestido preto, de mangas longas e tecido justo. O mesmo possuía um belo decote, dando ênfase ao colar delicado em seu pescoço, era um fio de ouro dourado, com um pequeno pingente de alguma pedra preciosa que eu não conseguia identificar no momento. Eu também usava um sobretudo, porém branco. Por dentro do mesmo apenas uma blusa de mangas longas e gola alta, era preta, e na parte de baixo uma calça de tecido cor de vinho.

- Volto em breve para verificar o que vão pedir.

Camila assentiu com um sorriso nos lábios antes do homem se retirar. Meus olhos vagaram por todo o ambiente de temperatura agradável. O lugar era tão aconchegante como a cidade que o comportava. As paredes de tijolos se contrastavam com a madeira refinada; as mesas todas bem arrumadas com suas taças de cristais e talhares de prata, tudo repousado sobre o tecido branco que a cobria. O restaurante estava parcialmente cheio, nada exagerado a ponto de ser incomodo, na verdade o lugar criava um clima de certa intimidade, talvez fosse à luz amarelada e baixa vinda das luminárias distribuídas pelas paredes, ou a presença de velas em seus castiçais únicos sobre a mesa. Era tudo muito delicado, caloroso e bonito.

- Você tem um bom gosto para escolher lugares. – comentei ao deixar meu sobretudo sobre a cadeira ao lado.

Camila expandiu os lábios, mostrando seu sorriso branco e iluminado. Ela estava tão linda aquela noite, talvez tudo estivesse colaborando para enaltecer a sua beleza tão marcante. A morena não abusou da maquiagem, pelo contrario, estava quase até mesmo natural, se não fosse por seus lábios e seus olhos.

- Eu tenho bom gosto para tudo.

- Devo me sentir elogiada? – perguntei com um sorriso.

Ela estreitou seus olhos que foram comprimidos à medida que seu sorriso cresceu.

- Sim, com certeza deve.

Ergui as sobrancelhas em uma expressão convencida, fazendo-a menear com a cabeça negativamente. Camila deixou sua atenção presa por alguns minutos no que iria pedir, logo fiz o mesmo, depois de admirá-la por alguns segundos. O maître voltou novamente, parando ao lado de nossa mesa, a espera de nosso pedido, que logo fizemos.

- Você pode trazer um vinho?

- Tem alguma preferência, madame? – perguntou com seu sotaque alemão.

- Vou deixar isso nas suas mãos, me traga o melhor.

Ele sorriu gentilmente e se retirou, não demorando quase nada para voltar com o vinho pedido pela mulher a minha frente. De forma elegante e sofisticada o maître nos serviu de um vinho tinto, enquanto esperaríamos o nosso jantar.

- Você me parece tão familiarizada com esse lugar. – disse ao tomar o primeiro gole do vinho, que por sinal era maravilhoso.

- Eu já estive aqui duas vezes, mas já faz muitos anos. Antes de me casar.

- Se gostou tanto do lugar, porque não veio com seu marido?

- Eu não sei, não senti vontade. – respondeu tranquilamente.

- E sentiu comigo?

- Por mais estranho que seja, sim. Você me dar um ar diferente.

- Como assim?

Camila abaixou o olhar por alguns minutos, fazendo-me perder o contato com o castanho de seus olhos, que foram cobertos pela mascara de cílios longos. Eu conseguia prestar atenção em cada mínimo detalhe seu; desde a maneira como umedecia os lábios, ou como gesticulava sutilmente com as mãos ao falar sobre algo. A morena me fitou novamente, me proporcionando outra vez nossa troca de olhares.

- Em certos momentos me sinto diferente quando estou com você.

- Se sente assim agora?

Nós ficamos em um repleto silencio por alguns segundos, apenas em um contato visual. Camila engoliu em seco, soltando um suspiro entre os lábios, que logo recebeu o encontro da taça de cristal com vinho. Eu poderia ver o liquido molhar seus lábios carnudos, fazendo-me crescer internamente a vontade de beijá-los.

- Pode se dizer que sim.

- Isso é muito bom. – soltei com um sorriso.

- Bom? Por quê?

- Ah, eu posso dizer que me sinto diferente agora.

O ar entre nós parecia mais pesado, mas não de uma forma ruim, pelo contrario, era intenso e prazeroso, no sentido mais puro da palavra. Como se algo nos mantivesse envolvidas em uma intimidade diferente do comum. Nós trocamos de assunto, em busca de amenizar as coisas. Logo nossos pratos chegaram, e degustamos de um jantar delicioso, em uma conversa animada e casual. Já havíamos tomado algumas boas taças de vinho que nos deixaram um tanto mais soltas.

- Eu juro sentia muita vergonha. – Camila falou em meio a uma risada descontraída ao falar de seu primeiro flerte com uma mulher.

- Minha mente não consegue formular essa cena, você sendo tímida é no mínimo surreal.

- Por quê? – perguntou ao me encarar, enquanto segurava sua taça.

- Ah, Camila...você é linda, e muito segura de si, e de suas palavras.

Falei sobre seu olhar castanho penetrante, que fazia total questão de se fixar sobre mim. Ela repousou o cotovelo sobre a mesa, inclinando seu corpo para frente, enquanto sorria sutilmente.

- Acha que sou linda?

- Eu acho você muito linda.

- Eu sei que você acha. – ela riu, e tomou o ultimo gole de sua taça. – Quero ir para outro lugar.

- Pra onde?

- Não sei, eu quero me divertir mais. Algo mais empolgante.

Eu franzi o cenho em sua direção, duvidando de suas intenções. A latina soltou uma risada e negou com a cabeça.

- Ainda não é sexo que eu quero, Lauren. Isso fica para mais tarde.

- E o que você quer?

- Ir a outro lugar.

Pagamos a conta do restaurante, e Camila logo me levou para o lugar desejado pela mesma. Era uma das poucas casas noturnas existentes em Saint Moritz, e não chegava nem perto das que havia ido anteriormente, mas era tão boa quanto. Isso se devia pelo estilo diferente, mas parecia um barzinho, com show ao vivo, e uma área reservada para as pessoas dançarem. O lugar estava cheio, pessoas de estilos ecléticos circulavam pelo lugar, enquanto bebiam, conversavam e dançavam animadamente. A temperatura do lugar era bem mais quente, tornado totalmente desnecessário a presença de nossos sobretudos, que foram tirados depois de poucos minutos dentro da casa noturna.

- Vamos procurar um lugar para ficar. – Camila falou próximo ao meu ouvido, por conta da musica alta.

- Acho difícil conseguir uma mesa. – comentei ao tentar encontrar algo vago.

- Vem. – a ouvi dizer antes de me puxar para o balcão, onde havia dois bancos vagos.

- Quando alguém sair de alguma das mesas, a gente vai. – Ela disse sorrindo ao depositar seu sobretudo sobre o balcão ao nosso lado.

Eu prontamente fiz o mesmo enquanto a morena pedia nossas bebidas. Camila parecia bem mais feliz e solta do que qualquer outra dia que já estive em sua presença. Seu sorriso era natural, o que a deixava incrivelmente mais linda, se é que isso poderia ser possível. Eu adorava como suas características latinas eram tão marcantes e envolventes. Seus cabelos castanhos ondulados, seu olhar intenso, sua boca carnuda e seu corpo tão sensual.

- Pensei que esse lugar havia fechado, pelo visto eles melhoraram muito desde a ultima vez.

- É ótimo, eu adorei.

- Que bom que gostou, você parece esta se divertindo agora, já pode me agradecer.

Camila falou de forma convencida ao pegar a pequena garrafa de cerveja sobre o balcão, a morena levou o recipiente de vidro até os lábios, tomando um gole do liquido estupidamente gelado.

- Podemos dizer que você é boa em me distrair. – disse ao tomar um gole de minha cerveja.

- Sou?

Nós estávamos bem próximas, sentamos lado a lado, porém uma de frente para a outra. Conversávamos sem quebrar nossa troca de olhares, eu me sentia hipnotizada por aquela mulher. A forma como ela falava, sorria, tudo me era atrativo.

- Muito boa nisso.

- Você é fodidamente boa nisso também, Lauren. E eu te odeio por isso.

- Me odeia?

Me aproximei mais dela, e Camila fez o mesmo com aquele sorriso cínico.

- Muito.

Ela abaixou um pouco a cabeça, fazendo-me sorrir. Eu poderia jurar que deixava Camila desconsertada em certos momentos, seu olhar desviava do meu sempre que isso acontecia, e mesmo com a baixa luminosidade do lugar eu poderia a ver corar.

- Você me adora, Karla.

Camila estava agora sentada de lado, com as pernas cruzadas, deixando boa parte de suas longas e bronzeadas pernas amostra pela fenda de seu vestido preto. Ela tinha a cabeça um pouco arqueada para trás, enquanto degustava de um gole da cerveja. Eu poderia ver perfeitamente bem a pele de sua clavícula e pescoço, fazendo-me sentir a enorme vontade de beijá-la. A latina se virou de frente para mim com um olhar intenso.

- Adoro mesmo, muito.

Suas palavras me atingiram com força, fazendo-me engolir em seco. Meu corpo pareceu reagir instantaneamente à investida pesada de Camila sobre mim, pois o calor pareceu triplicar, obrigando-me erguer um pouco as mangas de minha blusa. Levei a garrafa de cerveja até os lábios, tomando uma seqüência de goles, que a fez sorrir sarcástica. Era nítido como o álcool já nos guiava, eu me sentia muito mais leve do que no inicio da noite, e Camila estava da mesma maneira.

- Você, sinceramente... – falei com um sorriso, que provocou outro nela.

- Eu o que? – os olhos da morena fitavam minha boca sem nem mesmo disfarçar.

- Não vale nada.

- Nunca disse que valia, Lauren.

[Inicie - One Dance - Drake]

A latina piscou com um dos olhos para mim, e sorriu. Ela começou a mover seu corpo discretamente ao som da musica envolvente que tocava na casa noturna, acompanhando perfeitamente a sincronia das batidas. Seus olhos me encaravam, enquanto seu lábio inferior era pressionado por seus dentes brancos. Eu sentia meu corpo fervilhar com aquelas imagens, a mulher conseguia me envolver apenas com o movimento de seu corpo, e seu olhar penetrante.

- Vem, vamos dançar.

- Karla...

- Não vou aceitar não como resposta. Se não vier comigo, vou dançar com outra.

Eu franzi o cenho em sua direção, repugnando a idéia de ver a latina com outra. Neguei com a cabeça rapidamente, tomando o ultimo gole de minha cerveja, antes de largá-la sobre o balcão e descer do banco. Camila pediu gentilmente que o barman guardasse nossas coisas, e o rapaz assim o fez. Senti sua mão agarrar a minha, entrelaçando nossos dedos, para me puxar para o meio do aglomerado de pessoas que dançavam. Paramos quase no meio, e Camila virou-se de frente para mim e começou a dançar ao som da musica. Eu sorri para ela, e me juntei aos seus movimentos. A latina tinha uma facilidade imensa ao acompanhar o ritmo que a musica lhe oferecia, e eu confesso estar amando apreciar isso. Suas caras e bocas poderiam ser tão sensuais como a musica e os movimentos de seu corpo, ela rebolava enquanto por seguidas vezes suas mãos iam de encontro aos seus cabelos que se moviam com leveza. Ela virou de costas para mim, e eu prontamente me aproximei mais, colando seu corpo ao meu. Agora Camila movia seu quadril de um lado para o outro, causando um atrito forte entre nós. Eu fechei os olhos, enquanto minhas mãos repousaram sobre sua cintura, guiando seus movimentos de um lado para outro. Karla com delicadeza afastou seus cabelos para o lado, deixando sua nuca livre para mim. Trocamos um olhar intenso sem parar de dançar, ela parecia se divertir com a tensão que nos rodeava. Eu inclinei a cabeça um pouco para frente, roçando a ponta de meu nariz em sua pele macia, inalando seu cheiro delicioso, quase inebriante.

- Você é boa dançando. – murmurou arqueando um pouco a cabeça para trás, prolongando nosso contato.

- Sou boa em tantas coisas, Karla.

A morena sorriu, e rebolou, esfregando seu corpo no meu lentamente. Eu não sabia explicar, mas meu corpo reagia a cada movimento que ela fazia. Eu me sentia em chamas com aquela situação, com nosso contato, com nossos olhares. Cada célula existente em mim ansiava por ela, como se aquilo fosse necessário para manter minha sanidade, ou literalmente perde-la de vez. Era um misto de desejo, mas de outra coisa que eu não poderia identificar.

- Eu sei, nunca duvidei disso.

- Nunca? – sussurrei em seu ouvido, sentindo o corpo da morena estremecer por inteiro.

Eu agarrei em sua cintura com mais força, e de forma provocante ela rebolou, incitando-me a agarrá-la. Em seguida, ela se afastou, virando de frente para mim. Seus braços repousaram ao redor de meu pescoço, e no mesmo instante agarrei seu sua cintura, puxando para mais próximo. Ela suspirou em surpresa, e através da mascara longa de cílios ela me fitou, enquanto seus lábios me davam um de seus melhores sorrisos.

- Nunca.

Nós nos encaramos por um tempo que não pude contabilizar, apenas ficamos ali, agora paradas com os olhos fixos uma na outra. Seus olhos castanhos embriagados tinham um brilho diferente, intenso. Era notável sua respiração descompassada, deixando sua boca entreaberta; com a ponta da língua, Camila umedeceu o seu lábio inferior lentamente, obrigando meus olhos analisarem cada segundo. Por instinto acabei fazendo o mesmo, e ela também observou tudo.

- Quer ir embora daqui? – sussurrei para ela.

- Quero, muito.

Nós recolhemos nossas coisas que estavam guardadas com o barman, e saímos do alvoroço daquele lugar, ganhando a noite fria e o céu estrelado de Saint Moritz. Camila ria por ter esbarrado acidentalmente em uma garota na saída, e eu apenas tentava tirar ela o mais rápido antes que a moça viesse tirar satisfação.

- Ela está vindo atrás de nós? – perguntou em meio a uma risada.

- Não, ela só está olhando. Então caminhe mais rápido. – eu segurei na mão da morena, e apressei seus passos.

Camila estava bem mais risonha, e isso se dava pela enorme quantidade álcool presente em seu corpo. Eu segurei em sua mão, e ela entrelaçou nossos dedos, caminhando ao meu lado. Fizemos o caminho mais longo, pois a morena insistiu que queria passar pelo pequeno park no centro da cidade. Nós conversávamos tranquilamente enquanto andávamos pela calçada, bem ao lado da pista de patinação, onde havia uma relativa quantidade de pessoas se divertindo.

- Eu quero patinar. – murmurou pensativa, parando no meio do caminho.

Eu parei logo em seguida, e a fitei com o cenho franzido tentando enxergar o tom de brincadeira em sua expressão, mas só aí me dei conta que sua vontade era totalmente real.

- Camila, você está bêbada. – eu disse com um sorriso.

- Não estou não. – retrucou rapidamente em pura teimosia.

- Sim, você está. Vamos, vem comigo.

Aproximei-me dela, tentando capturar sua mão, mas ela a afastou rapidamente, cruzando os braços abaixo dos seios.

- Lauren, eu quero patinar.

- Eu não vou patinar agora, eu me sinto um pouco tonta. E você está bem pior do que eu, por isso anda, vamos para o hotel. – estendi a mão para ela.

Camila rolou os olhos impaciente, bufando em indignação. Eu senti vontade de rir de sua teimosa, mas me controlei para não a deixar ainda mais irritada; eu sabia que aquilo era efeito do álcool, e até mesmo de sua personalidade forte.

- Você não vai vir comigo? – indaguei despreocupada.

- Não, eu quero patinar. – ela apontou para a pista.

Eu assenti sutilmente, olhando para as pessoas que patinavam sobre o gelo.

- Você vai ficar aí sozinha, eu vou para o hotel. – fiz a expressão mais despreocupada possível, apenas para provocá-la.

- Não pode me deixar aqui sozinha! – resmungou.

- Posso, quer ver?

Ela não respondeu, apenas assentiu com um ar superior, parada no mesmo lugar. Eu soltei um sorriso cínico antes de virar de costas e caminhar para longe da morena.

- Lauren! – ela gritou. – Volta aqui agora!

Eu sentia meus lábios se expandirem em um sorriso largo; Camila estava bêbada, e sua teimosia só me fazia sentir vontade de rir. Eu coloquei as mãos nos bolsos de meu sobretudo, e continuei minha caminhada lentamente.

- Eu vou contar de um até três para você parar. – ela continuou a gritar. – 1!

Eu reprimia o riso que teimava em se fazer presente.

- 2!

Eu a sentia mais perto, talvez Camila tivesse dado alguns passos para frente em minha direção.

- Lauren Michelle Jauregui. Eu vou falar o 3. Não vai parar?

Eu continuei a caminhar apenas para irritá-la, porém era obvio que eu não a deixaria sozinha naquele lugar. Quando tomei impulso e, girei sobre meus calcanhares para ficar de frente para a morena...

- 3! – Ela gritou, e eu senti o impacto de uma massa pesada e fria contra meu peito.

Eu fechei os olhos por instinto, quando abri tive a imagem de uma Camila que me fitava boquiaberta, para logo em seguida explodir em uma risada alta. A maldita havia acabado de me acertar com uma bola de neve.

- Você não fez isso... – falei de forma assassina, a vendo reprimir o riso.

- Lauren... – disse ela lentamente, como se sentasse me acalmar.

- Você vai me pagar.

Eu me abaixei rapidamente, pegando um pouco da neve pelo chão, enquanto formava uma pequena bola em minhas mãos. Joguei a primeira, mas ela de forma habilidosa conseguiu desviar.

- Não, por favor. – exclamava ela em meio a uma risada.

- Não tente fugir! – joguei a próxima, acertando seu braço.

Eu me abaixei para pegar outra bola de neve, e quando me levantei fui atingida em cheio mais uma vez pela morena. Ela se aproximou rapidamente, com uma gargalhada contagiante.

- Você é péssima com isso. – disse ao me puxar pela gola do sobretudo.

Franzi a testa em uma careta, fazendo-a me fitar com um sorriso largo. Eu tinha que concordar, atirar bolas de nele nunca havia sido meu forte desde a infância. A morena bateu em minha mão, derrubando os resquícios de neve que ainda estavam ali. Eu olhei para seu rosto, vendo um sorriso feliz e descontraído. Seus braços envolveram meu pescoço, e por instinto apertei os meus ao redor de sua cintura.

- Só um pouquinho. – brinquei.

- Acho que é muito ruim. – ela murmurou com uma expressão engraçada.

Naquele momento, eu me sentia incrivelmente leve. Como se por instantes os problemas tivessem evaporado, libertando minha cabeça de qualquer perturbação ou atrapalho; eu só conseguia pensar em como era bom estar ali naquele lugar com Camila. Ela me encarou, penetrando seu olhar castanho intenso sobre mim, causando aquele misto de sensações que me deixavam nervosa. Sustentei seu olhar, vendo ela agora encarar meus lábios, que soltavam pequenas lufadas de ar que se desenhavam pelo ambiente em decorrência da baixa temperatura. Levei uma de minhas mãos até seu rosto, parar gentilmente colocar uma fina mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. Camila fechou os olhos assim que sentiu o contato de minha mão em sua pele, como se aproveitasse cada segundo daquele momento. Eu sentia minha pele formigar em vontade de tocá-la mais, de senti-la mais. Seus lábios tão bem desenhados me chamavam, ansiavam pelos meus com uma intensidade tão grande que eu poderia sentir o ar me faltar.

- Eu acho que vou te beijar agora. – sussurrei em um fio de voz.

- Me beija, por favor.

Os lábios macios e delicados da latina entraram em contato com os meus, fazendo-me suspirar em agradecimento. Eu sentia como se todo meu corpo tivesse reagindo aquele simples contato de nossos lábios que se moviam em uma sincronia única. Camila me apertou contra si, depositando toda sua vontade naquele beijo, que parecia apenas ser o primeiro de muitos essa noite.

[...]

Entramos em nosso quarto de hotel sem desgrudar nossos corpos, eu não queria solta-la por um só minuto. Camila segurava em meu rosto com suas pequenas mãos, enquanto sua língua quente e macia adentrava em minha boca, deslizando sobre a minha com uma habilidade incrível. Empurrei a porta atrás de mim com o pé, e avancei em passos desajeitados com Camila presa a meu corpo.

- Oh, Deus. – ela murmurou perdida ao sentir meus lábios na pele de seu pesco.

Eu retirei o sobretudo de seu corpo, deixando que a peça caísse ao chão, e logo em seguida tirei o meu que, assim como o de Camila, se perdeu no meio do caminho. Nós caminhamos de forma desastrada por não querer interromper nosso contato até chegar ao sofá perto da lareira que queimava ao fundo. Eu deitei a morena sobre o estofado confortável, e repousei meu corpo sobre o dela, ganhando a extensão da pele de seu pescoço para beijar. Minha mão subiu por sua coxa em um carinho mais intenso que a fez suspirar.

- Espera. – pediu quase sem fôlego.

Eu ergui um pouco a cabeça para poder olhar nos olhos de Camila, que me encarava com um olhar enigmático.

- Algum problema? – perguntei preocupada, tentando decifrar em seus olhos.

- Não, eu só quero te pedir uma coisa antes.

Eu franzi o cenho, e engoli em seco.

- Pode pedir. – murmurei ao fixar meu olhar no dela.

- Podemos fazer diferente dessa vez?

Eu me senti confusa diante de seu pedido, talvez estivesse excitada e nervosa demais para raciocinar qualquer pedido nesse momento.

- Como assim?

- Lauren...

[Inicie - Ride, SoMo.]

Camila sorriu de canto, dando-me a chance de vê-la corar. Foi quando se um estalo me fizesse perceber ao que ela se referia. Eu fechei os olhos por breves segundos, e assenti para a morena antes de me levantar do sofá. Recebi um olhar curioso, quase receoso da mulher agora levemente embriagada. Eu não faria aquilo só por ela, mas por mim também; porque de certa forma hoje, mais precisamente aquela noite eu queria que fosse daquele jeito. Estendi a mão em sua direção, recebendo a sua logo em seguida. Nós duas caminhamos juntas em direção a cama, parando bem ao lado dela. Camila não falava absolutamente nada; era como se aquela mulher tentadora e imponente não existisse, como se suas barreiras de sedução tivessem sido visivelmente devastadas pelo tsunami de sensações novas proporcionadas aquela noite. Eu me afastei dela por alguns instantes, apenas para abaixar a intensidade da luz do quarto, que agora só estava sendo iluminado parcialmente pelas lâmpadas do abajur sobre o criado mudo. Aproximei-me dela, que estava de costas para mim. Eu poderia ver sua respiração forte e espaçada pela forma como seus ombros subiam e desciam gradativamente. Parei a poucos centímetros de seu corpo, e com as mãos afastei seus cabelos para um lado, deixando sua nuca totalmente exposta para mim. A latina estremeceu assim que meus lábios entraram em contato com a pele fina daquela região, onde fiz absoluta questão de beijar delicadamente, enquanto minha mão subia a barra de seu vestido preto lentamente. Camila ergueu os braços para que a peça saísse por completo, dando-me a visão de seu corpo coberto apenas por uma lingerie delicada de cor azulada. O silencio tomava conta do ambiente por completo, fazendo-nos ouvir apenas o barulho de nossas respirações vacilantes. Meus lábios roçaram pela nuca da morena, enquanto minhas mãos deslizaram pacientemente sobre sua cintura, indo em direção ao seu abdômen chapado, para depois retirar seu sutiã. A mulher arqueou a cabeça para trás assim que sentiu minha língua em contato com sua pele quente, sendo seguida por uma mordida suave.

- Lauren...

Eu me sentia inebriada com seu corpo, sua pele, e seu cheiro tão doce. Apertei o corpo magro de Camila contra mim, recebendo sua mão em meus cabelos, enquanto meus lábios percorriam por seu pescoço. Eu virei à mulher de frente para mim em um movimento rápido que a fez suspirar em surpresa. Conectamo-nos de uma forma intensa assim que nossos olhares entraram no mesmo campo de visão. Eu a puxei para mim, e tomei seus lábios em um beijo carregado de desejo e vontade, vontade dela. Camila não tardou a retirar minha blusa, e por seqüência minha calça, deixando-me agora no mesmo estado em que ela estava. Eu a deitei sobre a cama macia, vendo seu corpo tão belo derramado sobre os lençóis brancos.

- Vem... – pediu em um tom de voz tão arrastado que me fez estremecer.

Eu juntei meu corpo ao dela, sentindo o contato de nossas peles quentes que ardiam pelo desejo que se espalhava entre nós. Diferente das outras vezes, Camila parecia sugar mais de mim, como se pudesse absorver minhas energias vitais. Minha língua dançava em movimentos perfeitos com a dela, como se nosso beijo tivesse o melhor encaixe existente no mundo. Suas mãos passeavam por minhas costas, de cima a abaixo, enquanto suas unhas se esfregavam por minha pele a cada movimento que meu corpo fazia sobre o seu. Eu estava perdida em um turbilhão de sensações que me guiavam apenas por um caminho, onde o final me reserva uma única pessoa. Sentei sobre o seu quadril delicadamente enquanto levava suas mãos acima de sua cabeça, prendendo sobre o colchão macio. Ela expandiu seus lábios em um sorriso, mantendo nossos olhares conectados; eu sorri para Camila, e uni minhas mãos as dela, entrelaçando nossos dedos.

- Você é linda. – soltei sem medo do que ela poderia pensar.

- Você também é, Lauren.

Eu inclinei minha cabeça para frente, sentindo seus lábios macios serem pressionados contra os meus, sua língua ávida buscava pela minha com um desejo desmedido. Senti seus dentes morderem meu lábio inferior, fazendo-me apertar nossas mãos uma na outra. Eu deixei sua boca, e deslizei minha língua sobre a linha de seu maxilar, em direção ao lóbulo de sua orelha, na qual chupei habilidosamente. Camila reagiu no mesmo instante, soltando um gemido abafado. Soltei suas mãos, e desci com os beijos por seu pescoço, passando por sua clavícula na qual beijei com todo carinho. Minha boca trilhava sua pele com cuidado, agora passando entre o vale de seus seios durinhos. Apesar de todo o frio que fazia lá fora, o quarto parecia ter a temperatura bem mais levada. Meus olhos se abriram para fitar os olhos castanhos e flamejantes da morena, que fitava-me perdida. Deslizei a ponta de minha língua sobre os lábios, e aproximei minha boca sobre o mamilo rígido da morena. Camila mordeu seus lábios ao sentir a primeira sucção em seu seio direito; eu movimentava minha língua com a pressão exata sobre sua pele tão sensível. Ela inclinou seu quadril para cima, forçando contra meu sexo que hora ou outra se esfregava sobre o dela.

- Hmm... – gemeu ao fechar os olhos.

- Olhe para mim, não tire seus olhos de mim. – ordenei, e ela obedeceu instantaneamente.

Eu deixei seu seio e, desci com a trilha de beijos por seu abdômen lisinho. Eu sentia vontade de beijá-la por completo, de sentir sua pele macia com meus lábios até cansar. Camila me deixava em estado de frenesi constante, como se fosse tudo que me fizesse viver naquele momento. Beijei uma, duas, três vezes seu abdômen, chegando bem próximo ao seu sexo; tudo sobre seu olhar penetrante e quente. Retirei sua calcinha de renda fina e cara, exibindo seu corpo por completo. Antes de voltar a acomodar meu corpo sobre o dela, eu retirei as peças que me faltavam, agora eu tinha uma de minhas coxas entre as pernas da mulher, fazendo com que nossos sexos tivessem um contato forte com a pele uma da outra. Eu beijei sua boca, mordi seu lábio inferior enquanto movimentava meu corpo sobre o dela, obrigando sua boceta roçar em mim.

- Oh, céus, Lauren. – ela murmurou em meio a um gemido, levando suas mãos para minhas costas.

- Você me deixa completamente louca por você. – sussurrei contra seus lábios, movimentando meu quadril.

Eu sentia a boceta molhada de Camila se esfregar em minha perna, cada vez mais rápido. Estávamos suando, nossos corpos estavam em um atrito intenso, nossas respirações se misturavam a cada beijo trocado. Eu repousei minha testa sobre a dela, e apoiei meus braços sobre o colchão, agora movendo meu corpo mais rápido, roçando com mais força. Ela tentava controlar seus gemidos que rasgavam sua garganta incontrolavelmente. Meu corpo a cada segundo que se passava pedia por mais, pedia por ela e pelo ápice. Eu afastei minha testa da dela, encarando seus olhos perdidos em prazer, sem deixar de movimentar meu corpo. Camila por puro impulso levou a mão até minha nuca, segurando em meus cabelos, obrigando-me a fita-la sentir prazer; ela gemia com vontade, apenas multiplicando a sensação que explodia em mim. Meu corpo inteiro estava ali, para ela, de todas as forças que ela pudesse ansiar de alguém. Ela arranhou minha nuca levemente, e em seguida me puxou para um beijo desesperado. Nossos lábios moviam-se com ganância, com fome uma da outra. Eu ergui meu corpo, e com habilidade segurei em uma das pernas de Camila, levantando-a para me dar o encaixe perfeito. Agarrei em sua coxa arqueada, e movimentei meu quadril com mais depressa, agora tendo sua boceta se esfregando com a minha sem qualquer tipo de impedimento. Eu vi as unhas da morena se fincarem nos lençóis da cama assim que comecei a me movimentar sobre ela; meus olhos se perderam em seu corpo agora parcialmente iluminado pelo abajur. Eu poderia notar as gotas de suor escorrerem por seu pescoço com veias elevadas. Ela gemia cada vez mais constante, porém não tão alto. Os gemidos de Karla poderiam ser uma das melhores coisas que já ouvi. Sua mão deixou o lençol da cama, e parou sobre minha cintura, forçando-me contra ela. Fechei os olhos, e arqueei a cabeça para trás, sentindo-me cada vez mais próxima do ápice. Meu corpo parecia dar ênfase a todas as minhas terminações nervosas que explodiam com as sensações proporcionadas por aquela latina.

- Porra, eu vou gozar. Lauren, eu vou gozar.

Minha mão foi de encontro com a sua, onde entrelacei nossos dedos de forma carinhosa. Camila me olhou profundamente, enquanto seu peito subia e descia em uma respiração pesada. Eu sentia-me na beira do que mais queria, ela manteve seu olhar fixado ao meu, quando foi invadida pelo ápice do prazer. Os dedos de Camila pressionaram os meus com força, enquanto seu corpo se movia depressa com o meu; ela estava gozando comigo, e para mim. Meu corpo se convulsionava com o dela, movendo-se sem pudor. Eu a ouvia gemer, e xingar como uma maneira de expressar o que estava sentindo. O roçar de nossos sexos se prolongou até o ultimo segundo daquele orgasmo devastador. Ela só agora fechou os olhos, enquanto sua boca entreaberta deixava sua respiração ofegante escapar. Eu sentia sua boceta pulsar contra minha pele, deixando-me notar o quão intenso aquilo havia sido. Com cuidado eu me acomodei sobre seu corpo suado, repousando minha cabeça sobre seu busto; eu poderia ouvir seu coração bater freneticamente ali, enquanto seu peito subia e descia em buscar de normalizar-se.

- Essa com certeza foi a melhor até hoje. – ela riu com sua respiração ofegante, fazendo-me sorrir. – E eu quero mais de você.

Eu ergui meu corpo, para olhar em seus olhos castanhos. Camila tinha uma expressão relaxada, satisfeita. Seu rosto estava corado, deixando-a ainda mais viva e vibrante. Eu ainda sorria para ela, enquanto uma de minhas mãos deslizava sobre a maçã de seu rosto.

- Você vai ter muito mais.

[...]

Eu me remexi sobre a cama, sentindo os beijos delicados em minhas costas. Um leve arrepio percorreu minha coluna ao sentir os lábios de Camila vir de encontro ao meu ouvido, me fazendo sentir sua respiração contra minha pele.

- Não podemos dormir o dia todo. – sua voz rouca me fez sorrir.

- Podemos sim. – resmunguei, forçando meus olhos a permanecerem fechados.

Ela riu, e beijou minha nuca. A cada movimento que Camila fazia, seus cabelos deslizavam por minhas costas, fazendo-me arrepiar por inteiro. Ela parecia se divertir com aquilo, pois não tratou de parar ao ver os pelos eriçados de meu corpo.

- Eu quero sair para aproveitar. O dia está lindo, e hoje é o nosso ultimo dia aqui.

Eu suspirei pesado, lembrando que já teríamos que voltar. Tudo que é bom dura pouco. Eu abri um dos olhos com certa dificuldade, o que fez Camila soltar uma risada contagiante. Ela não parecia cansada, pelo contrario, estava mais esperta e animada do que no dia anterior; e olha que nossa noite foi no mínimo agitada demais.

- Eu vou tomar um banho, espero sair do banheiro e ver você muito bem acordada, Jauregui. – ela beijou minhas costas pela ultima vez, antes de levantar da cama.

Eu abri os olhos para fitar a morena seguir o caminho em direção ao banheiro. Jamais poderia perder a cena de ver Karla totalmente nua, caminhando com seus cabelos longos e ondulados pelo quarto de hotel. A morena sabia que atraia meu olhar, pois parou na soleira da porta, e me encarou com uma expressão maliciosa.

- Pode me acompanhar se quiser. – foram suas palavras antes de entrar no banheiro.

Eu me sentei rapidamente sobre a cama, como se as palavras de Camila tivessem me despertado de uma forma eficaz. Esfreguei meus olhos com a palma de minhas mãos, e levantei da cama enrolada no lençol branco. Nossas roupas estavam jogadas pelo chão do quarto, revelando o que havia acontecido aqui na madrugada. Eu me aproximei do sobretudo repousado sobre o sofá da sala, pegando meu aparelho celular. Olhei para as notificações, quando uma delas me chamou atenção, era um e-mail.

"Calton Tomaz- UBS"

Eu engoli em seco ao ver aqueles nomes, as informações que me trouxeram a Suíça estavam ali, apenas a um click. Eu me sentei no sofá, e respirei fundo antes de pressionar sobre o ícone do email. Minha cabeça parecia entrar em choque com todos os acontecimentos desde o inicio da investigação do roubo da Collins Enterprise's. Apertei com o polegar vacilante sobre o e-mail, passando rapidamente o texto desnecessário de Calton, para então fazer o download do documento. A tarja se preencheu por completo na tela do celular, abrindo o arquivo automaticamente. Eu conhecia aquelas fichas, e fui direto a pagina que me interessava. Meu coração estava disparado, em batidas enlouquecidas de ansiedade, quando por fim meus olhos pararam sobre o nome completo na ficha.

- Lauren, você não vem pro banho comigo?

Meus olhos deixaram o aparelho celular para encarar o rosto da mulher a minha frente.


Notas Finais


Opa, e agora? Qual será o nome escrito no documento? Falem suas teorias, conversem com a gente. Vamos usar uma tag! #TeoriasXequeMate, para ver tudo que vocês vão falar a respeito da fic!

Espero que tenham gostado, os erros eu arrumo depois, até o próximo!


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