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História Xeque-Mate - Welcome to New York


Escrita por: ShewantsCamz

Notas do Autor


Olá meus amores! Como estão essa noite? Espero que bem!

Antes de começar esse capitulo, quero fazer alguns agradecimentos!

Primeiramente a Roberta, que fez a capa de Xeque-Mate! Gente, eu surtei feito uma louca quando vi a capa, morro sempre que vejo! Muito obrigada Roberta, você foi incrível nos ajudando com isso! Quero agradecer também a todos os leitores que já estão com a gente. Meu Deus, primeiro capitulo e entramos no Trends Brasil! E em menos de um dia chegamos a mais de mil favoritos! Vocês são realmente incríveis! Nós três ficamos imensamente felizes pelo carinho.

Agora vamos ao que interessa! Preparados?

Vamos lá!

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Capítulo 2 - Welcome to New York


Fanfic / Fanfiction Xeque-Mate - Welcome to New York

 

Um mês depois..

Eu assenti pela décima vez em menos de quinze minutos para a senhora que relatava os fatos do possível roubo em sua casa. Eu começava achar que pela idade a pobre senhora precisava de alguma emoção em sua vida, e relatar os fatos de um furto em sua residência ajudaria bastante. Pois em menos de um mês ela já havia comparecido a delegacia quatro vezes, e todas às vezes ela havia apenas entregado o objeto que acreditou ser roubado para alguém. A idade realmente afeta as pessoas, ela narrava os acontecimentos com tanta veemência que eu poderia acreditar ser real, quando na verdade era apenas uma ficção criada por sua mente desocupada. Inclinei meu corpo lentamente, deixando minha coluna totalmente ereta. Ficar sentada por muito tempo me deixava incrivelmente preguiçosa.

- E eu vi quando ele pulou cerca. – completou a mulher de cabelos grisalhos. 

Eu levantei o olhar que foi de encontro ao da senhora, que mantinha uma expressão sofrida.

- A senhora viu o homem pular a cerca de sua casa? – perguntei incrédula.

- Sim, delegada.

Eu soltei uma lufada de ar, deixando que meu corpo encostasse-se à poltrona. Dona Dolores, como era chamada. Havia chegado à delegacia esta manhã informando que sua televisão tele king havia sumido de sua casa. Que ao sentar em seu sofá antigo para assistir seu programa matinal de culinária, notou que a mesma já não estava mais lá.

- Dona Dolores, com todo respeito. Onde está seu filho? Ele sabe que a senhora saiu de casa?

- Ele saiu para consertar o pneu de nosso carro, delegada.

- Você tem o telefone dele? Podemos ligar para resolver este problema. – disse da forma mais paciente possível.

A senhora assentiu pegando seu celular de dentro da pequena bolsa marrom que permanecia em seu colo. Com os dedos vacilantes, ela digitou o numero do filho para então iniciar a ligação. Assim que o homem atendeu, a senhora estendeu o aparelho em minha direção para que eu falasse com o mesmo. A voz rouca do outro lado da linha se desculpou pelo incomodo, e informou que em poucos minutos estava chegando para solucionar o problema.

- Prontinho, Dona Dolores. Seu filho Mark está a caminho. – disse entregando o celular de volta a mulher.

- Mas e minha televisão, delegada? – perguntou impaciente.

Eu suspirei, trocando um rápido olhar com Verônica que se encontrava na mesa ao fundo, segurando uma risada divertida. Para em seguida voltar minha atenção a senhora que me fitava esperando uma solução.

- Já localizamos ela, e ela se encontra na sala da sua casa agora.

De onde ela nunca saiu.

- Oh! Que ótimo, filha. Fiquei realmente preocupada, essa televisão quem deu foi meu marido. E tem um grande valor sentimental para mim.

- Eu imagino senhora.

Apesar daquele tipo de situação me deixar incrivelmente irritada, hoje eu estava em um bom humor imutável, quer dizer, nem tanto assim. Mas ainda essa tarde eu receberia a resposta sobre minha transferência junto de Vero para a delegacia da cidade de Nova Iorque. Era a minha oportunidade de mudar de vida, e nada poderia estragar.

Vi o oficial Josh bater levemente na porta de vidro de minha sala, quando acenei brevemente para que ele entrasse.

- Com licença, delegada. 

O homem falou ao entrar na sala.

- Pode falar, Josh.

- O filho dessa senhora está à espera dela.

- Ah! Ótimo! – falei aliviada. - Dona Dolores, foi um prazer vê-la novamente aqui.

- Obrigada, delegada. A senhora sempre muito gentil comigo.

Eu sorri de canto, e levantei de minha cadeira para caminhar em passos lentos até a idosa. A mulher envolveu minha cintura com os braços, dando um carinhoso abraço.

- Mamãe! – Mark falou envergonhado ao sairmos da sala. – Já disse para não sair de casa sem mim.

Mark já era um homem maduro, devia estar na faixa de seus quarenta e poucos anos. Tinha um porte físico forte, mas nada musculoso, seu cabelo era cortado no estilo militar, acompanhado de uma barba por fazer. Pelas poucas vezes que eu já tinha o visto, ele parecia ser bem cuidadoso com Dona Dolores, sempre tirando ela de situações inusitadas.

- Minha televisão foi roubada, filho.

Ele me lançou um olhar tímido, enquanto suas mãos repousaram sobre os ombros cansados da mulher.

- Mil perdões, delegada.

- Não se preocupe, Mark.

- Eu não sei nem o que dizer. – disse ele enquanto colocava os olhos sobre a mãe.

- Não precisa dizer nada, apenas leve sua mãe para casa.

- Obrigada mais uma vez.

O homem guiou a senhora para fora da delegacia, enquanto murmurava calmamente que ela não devia aparecer aqui sem a presença dele. Talvez a senhora tivesse algum problema auditivo ou apenas fazia pirraça das palavras de seu filho, pois nem sequer lhe deu atenção.

- Ela deve gostar dessa áurea policial. – Vero falou ao se aproximar.

Encarei minha melhor amiga com o cenho franzido.

- Você acha?

- Tenho certeza! Ou ela está afim de você.

- Cala essa boca! – exclamei empurrando ela com o meu corpo.

Voltei a minha sala ouvindo a risada de Vero ao fundo.

- Não tem graça! Isso é frustrante!

- O que?

- Tudo! Essa delegacia está parada. – falei ao sentar novamente em minha poltrona.

- Quer dizer que está tudo bem, Lauren.

Eu bufei enquanto me debruçava sobre minha mesa.

- Você deveria ficar feliz com isso.

- Eu sei! Mas não estou.

- Isso pode melhorar seu humor?

Levantei parcialmente a cabeça, para fitar Verônica, que com a ponta dos dedos arrastou uma folha de papal sobre a minha mesa. Eu me acomodei sobre a poltrona capturando o papel nas mãos.

- Leia pra mim, Lauren!

Eu levantei o olhar para a mulher que encostou-se em sua mesa de madeira, que ficava do outro lado da sala. Vero cruzou os braços com um sorriso largo, o que me deixou ainda mais curiosa sobre o que tinha naquele papel.  

“Prezada Sra. Jauregui.

Venho através desta informar que recebemos sua solicitação de transferência para a delegacia da cidade de Nova Iorque. E através da analise minuciosa de seu histórico policial. Verificamos que está devidamente enquadrada nos requisitos solicitados para o cargo de admissão. Se ainda for de seu interesse entre em contato com nossa base.

Atenciosamente

Roger Brandon.”

- Vero... – sussurrei ao abaixar a folha de papel, e encarar minha melhor amiga.

- Sim?

Eu respirei pausadamente, sem acreditar no que havia acabado de ler. As palavras pareciam desconexas em minha cabeça, como se estivesse escrito em um idioma no qual eu não era fluente.

- Essa carta, ela...

- Sim, Lauren. Você foi aceita! – ela falou animada.

- Oh meu Deus! Iglesias! – me levantei da cadeira rapidamente. – Eu vou pra Nova Iorque! Vero, porra!

As pessoas fora da sala iriam pensar que eu estava tendo alguma espécie de surto psicótico, mas era apenas felicidade. A oportunidade da minha vida estava agora em minhas mãos, em um pequeno pedaço de papel. Eu abracei Verônica que retribuiu de forma animada. Quando tratei de lembrar.

- Espera, mas e você? – perguntei com certo receio.

Os olhos castanhos de Verônica se conectaram aos meus, trazendo consigo um mistério que me afligia. Ir para Nova Iorque sempre foi nosso sonho, fazíamos esses planos desde os tempos do colegial, e ir sem Iglesias não seria a mesma coisa.

- Lauren...- Vero começou cabisbaixa.

Não, meu Deus, não.

- Vero não me diga que... - soltei baixinho.

- É claro que eu vou com você, Vadia. Acha mesmo que eu iria deixar você pegar as mulheres de Nova Iorque, sem mim? Não mesmo!

Com uma alegria fora do comum tomei Verônica em um abraço animado.

- Sua filha da puta, me assustou!

Vero soltou uma risada alta, fazendo seu corpo inteiro vibrar. Ela sabia que sem ela as coisas não seriam a mesma para mim.

- Você não vive sem mim. – seu tom convencido era evidente.

- Não fique se achando. – disse a soltando rapidamente.

- Apenas verdades, Jauregui.

Caminhei de volta para minha mesa, onde me acomodei por alguns instantes. Eu simplesmente ainda não conseguia acreditar que aquilo iria mesmo acontecer. Durante anos como delegada, meu grande objetivo foi sair daquela cidade para ir para o centro do estado, onde tudo era muito mais intenso. Eu tinha certeza absoluta que a cidade de Nova Iorque iria mudar minha vida.

 

[...]

 

Arrumar as malas nunca foi meu forte. Eu estava agora rodeada de coisas espalhadas pelo meu quarto. Desde roupas, sapatos, objetos pessoais e todos os itens indispensáveis para minha ida para Nova Iorque. Já havia se passado uma semana desde o recebimento da carta de aceitação pelo delegado Roger, e minha mudança para a capital já estava marcada para o dia seguinte. Eu me encontrava incrivelmente ansiosa, afinal aquele sempre foi meu sonho na carreira policial, e conseguir isso estava sendo maravilhoso.

- Não pode esquecer nada. – meu pai falou ao entrar no quarto.

Michael Jauregui estava com um sorriso largo, porém os olhos tristes. Desde o momento que informei sobre minha transferência, pude notar sua clara mudança de humor. Claro que ele havia ficado feliz com minha realização profissional, mas me ter saindo de casa naquela altura do campeonato, não estava em seus planejamentos.

- Eu estou olhando tudo, não quero esquecer nada. – falei enquanto dobrava algumas peças de roupa, para depositar na mala.

Ele caminhou cuidadosamente para não pisar em nada do que estava espalhado pelo chão. Sentou-se na beira de minha cama, bem próximo de onde eu estava e me fitou.

- O que houve?

- Nada, só quero ficar com você aqui. 

Seu tom de voz transmitia melancolia.

- Pai, eu não quero vê-lo assim. – disse ao me aproximar dele.

- Só é difícil ver minha filha sair de casa.

Sua tristeza estava evidente naquele momento. Mike e eu criamos uma relação muito bonita entre pai e filha, já que desde muito nova ele e minha irmã, Taylor, foram às únicas figuras de família para mim. Aos vinte e dois anos de idade, eu tive a enorme infelicidade de perder minha mãe em um dos conflitos policiais. Clara, assim como Mike, seguia carreira policial, sendo investigadora e ele prontamente delegado. Em uma das operações da policia, a mulher foi brutalmente baleada por um grupo de homens que tentavam assaltar o banco central de Nova Iorque. Haviam algumas pessoas sendo mantidas de refém, e a mesma em um ato heroico para liberta-los acabou dando sua vida em troca da delas. Pelas vagas lembranças de minha Juventude, eu ainda tinha a imagem de Mike chorando de forma descontrolada sobre o tumulo de minha mãe. Desde aquele instante eu havia decidido que assim como eles, eu seria um membro da policia.

- Você vai poder me visitar, pai.

- Eu sei, Lauren. Eu só tenho receio, você vai assumir um cargo importante em Nova Iorque. Tudo lá é mil vezes pior do que aqui. – seu semblante preocupado ficava evidente a cada palavra que saia de sua boca.

- Eu preciso disso, você sabe que sempre foi meu sonho crescer como policial.

Ele rolou os olhos, soltando uma lufada de ar.

- Você poderia ficar aqui, esse é seu lugar.

- Não, pai. Esse não é o meu lugar, você sabe disso.

Fitamo-nos por alguns instantes que pareciam ser intermináveis. Eu sabia que o medo dele era que as coisas voltassem a acontecer. Mike depois da morte de minha mãe, resolveu largar a vida policial para assumir um pequeno comercio no centro da cidade. Ele nunca negou a vontade que sentia de voltar a entrar em ação, mas ele sabia as consequências que aquilo poderia causar. Tanto que quando resolvi seguir o mesmo rumo, o homem pestanejou irritadiço com minha ideia. Mas ele sabia que assim como Clara, eu não mudaria de ideia.

- Eu tenho medo de perder você, filha.

Eu sorri para o mesmo, levantando do chão coberto pelo carpete felpudo do quarto, para me sentar ao lado de meu pai.

- Você não vai me perder, eu sei o que estou fazendo.

Ele negou com a cabeça encarando a janela que estava aberta, deixando que a corrente fria de ar invadisse o quarto. Era dolorido para mim deixa-los, mas eu sabia que era o correto a se fazer.

- Nossa, que tristeza é essa?

Minha irmã perguntou ao entrar no quarto. Taylor Jauregui era minha irmã mais nova, uma boa garota de pensamentos extremamente inteligentes e maduros, me admirava sempre seu bom coração e o carinho que nos unia. Acho que nós três apesar de extremamente parecidos, nos dávamos muito bem.

- Papai, que está todo chorão aqui.

- Ele está assim há dias, Lauren. – a menor falou se sentando do outro lado.

- Já expliquei que não precisa.

- Eu também não queria que você fosse.

Lancei um olhar para Taylor que sorriu melancólica, o que me fez suspirar. Eu não era a pessoa mais sensível do mundo, mas se tratando de minha família as coisas eram bem diferentes.

- Não me façam chorar, por favor. Deixar vocês é difícil para mim.

- Ela tem razão, papa. Nós não vamos fazer disso uma coisa ruim, Lauren! – Taylor levantou da cama, buscando animação.

- Assim que eu gosto!

- Quero os dois na sala de jantar agora! Fiz um jantar maravilhoso essa noite.

- Consigo sentir o cheiro daqui! – meu pai falou animado. – Me parece bom!

- Sempre está bom, papa.

Levantei da cama, puxando pela mão do homem que se levantou, envolvendo seus braços ao redor de Taylor e eu.

- Vocês vão ter que cuidar de mim até eu ficar um velho chato.

- Oh, droga, Lauren. – Taylor resmungou em brincadeira nos fazendo rir.

O resto da noite foi bem tranquilo, sentamos todos juntos a mesa para jantar em família como todas as noites. Nosso dia a dia era sempre muito intenso, mas sempre buscávamos reservar um momento para curtir em família, apenas nós três. Durante o decorrer da noite, Mike fazia questão de contar suas piadas sem graças, que já havíamos cansado de ouvir, mas as risadas sempre eram as mesmas. Momento esse que eu sentiria falta durante as minhas noites na cidade de Nova Iorque.

- Promete que vai nos ligar sempre? – Taylor falou ao recolher nossos pratos.

Eu dobrei o pequeno lenço em duas partes, antes de deslizar por meus lábios.

- Eu prometo, Tay.

- Cobre dela, Lauren é sempre muito esquecida. – meu pai resmungou.

- Como eu poderia esquecer de vocês?

- Vai que arruma outra família por lá? – Mike soltou fingindo indignação.

Soltei uma risada divertida para levantar de minha cadeira e abraçar meu pai que estava em pé ao lado de Taylor, a menor prontamente se juntou a nós em um abraço coletivo.

- Eu amo vocês mais do que tudo nessa vida.

- Nós também amamos você, Laur. – foram as palavras de Taylor antes de apertar seus braços em nossa volta em um abraço reconfortante.

 

[...]

 

Eu puxei minha mala, juntamente com outras dezenas de pessoas que deixavam naquele instante o aeroporto internacional de Nova Iorque. Meu voo havia acabado de pousar, e eu estava agora na sala de desembarque ao lado de Veronica, que procurava por seu celular na bolsa que carregava.

- Sinceramente, odeio andar com tantas malas. – resmungou a mulher.

- Vero, seu celular está no bolso da frente da mala. Você o colocou ali não tem dez minutos.

Ela fez uma careta confusa, lembrando-se de onde havia deixado o mesmo.

- Eu sabia disso, Lauren. Estava apenas brincando. – disse ela me fazendo rir.

Saímos com nossas malas a caminho dos pontos de taxi, uma fila de carros amarelos com detalhes pretos se locomovia rapidamente como fluxo de pessoas que deixava o aeroporto.

- Santo Deus, isso aqui é uma loucura. – Vero exclamou um tanto assustada.

E realmente era. Mount Vernon não tinha nem a metade da movimentação que a cidade de Nova Iorque possuía. Entramos em um dos taxis onde um senhor bem humorado nos guiou pelas ruas nova iorquinas.

- Eu nasci pra morar em Nova Iorque! – Vero falou animada, enquanto mantinha sua atenção pelos arranha-céus de Manhattan.

- Agora você diz isso, não é? Um mês atrás não queria sair de Mount Vernon.

- Eu estava louca, esqueça isso. Esse lugar é maravilhoso!

E ela tinha toda razão. A cidade de Nova Iorque era uma das mais populosas de todo o mundo, o fluxo de dinheiro, pessoas e poder era bem visível ali. Eu olhei através do vidro fumê do carro, as diversas pessoas dos mais diferentes aspectos, andarem de um lado para o outro grudadas em seus celulares, como se vivessem em um mundo alienado um dos outros. Nosso apartamento estava localizado em Manhattan, o centro econômico da cidade. Graças aos pais de Vero, que nos doaram um confortável lugar para morar, estaríamos muito bem hospedadas.

- Jauregui, nós vamos morar em um dos melhores lugares dessa cidade!

- Seus pais foram generosos.

- Sim, meus velhos sempre são ótimos! Estava pensando no quanto vamos aproveitar essa cidade! – seu tom de voz era animado.

- E eu, que temos que estar daqui à uma hora na delegacia com nossas documentações.

Vero rolou os olhos impaciente.

- Eu aqui toda vez feliz pensando nas festas, e você no trabalho.

- Só ficaremos aqui para curtir as festas, se conseguirmos o trabalho. – falei como se aquilo fosse obvio, e realmente era.

- Ok! Eu já entendi, não corte meu barato. Eu estou encantada com tudo isso, podemos ir a estatua da liberdade?

- Faremos isso depois!

O taxista não demorou muito ao estacionar em frente ao enorme prédio no qual iriamos ficar. Realmente, o lugar era ótimo. Não era nem um condomínio de luxo, mas tinha uma aparência incrivelmente acolhedora. Tiramos nossas malas de dentro do carro com ajuda do senhor que dirigia para em seguida entregar alguns dólares em pagamento.

- Sejam bem vindas! – disse ele bem humorado, antes de voltar ao seu carro.

Vero e eu nos entreolhamos, ficando estáticas em frente à porta do prédio do qual iriamos morar, ali começava novos tempos, nos quais eu não fazia ideia do que me esperava.

- Vamos nessa, Jauregui! – disse a mulher ao me puxar para dentro do lugar.

O apartamento era grande, bonito e bem confortável. A localidade era ótima, ficava apenas a alguns quarteirões da delegacia onde iriamos trabalhar. Pela sacada eu poderia ver o movimento de carros e pessoas lá embaixo, era tudo muito frenético, completamente o oposto da pacata cidade de Mount Vernon.

- Gostei daqui! – falei ao colocar o pés de volta dentro da sala de estar.

As paredes do apartamento eram revestidas em uma tonalidade clara e suave, tendo alguns quadros modernos acompanhados de algumas prateleiras onde colocaríamos nossos livros e porta retratos. Os moveis eram bonitos e até bem modernos, o piso era de madeira clara e lisa.

- Eu quero o quarto do lado esquerdo! – Vero se adiantou.

- Só porque tem o banheiro maior?

- Exatamente! E nem reclame, a sacada do seu quarto é imensa.

Fiquei parada a fitando, pensando que gostaria de uma bela sacada.

- Fechado. – concordei animada.

- Graças a Deus os quartos ficam de lados opostos.

Encarei a mulher com uma expressão confusa.

- Por quê? – perguntei ao me sentar no sofá ao seu lado.

- Já pensou quando trouxermos alguém para dormir aqui? Seria muito ruim ter que dormir ouvindo seus gemidos, Lauren.

Soltei uma risada alta, jogando a almofada que estava sobre meu colo.

- Idiota!

- É serio, isso contaria pra mim também. Você não ia querer dormir me ouvindo gemer.

Franzi o cenho fazendo uma careta para minha melhor amiga que explodiu em uma risada divertida.

- Tá vendo? Eu disse.

- Vamos parar de falar disso, temos que ir a delegacia.

- Vamos nessa!

-

Em menos de meia hora estávamos em frente ao departamento de policia da cidade de Nova Iorque, que por sinal era o maior dos Estados Unidos. Nela encontraríamos o comissário de policia, o Sr. Roger Brandon, que nos encaminhou a carta de admissão. Pelo que sabíamos dois dos agentes daquele lugar estariam aposentando seus distintivos, e nós entraríamos em seu lugar.

- Boa tarde! – um moreno fardado se aproximou ao entrarmos na delegacia.

- Boa tarde, gostaríamos de falar com o Sr. Roger. – Vero falou educadamente.

- Como se chamam?

- Lauren Jauregui e Veronica Iglesias. – me adiantei, ao apontar para Vero.

- Eu sou o agente Barton, vocês tem hora marcada com ele?

- Sim, nos estamos aqui pela carta de admissão encaminhada por ele.

- Oh, creio que sei do que estão falando. Sente-se aí, volto em um instante.

O homem falou ao se retirar da pequena sala de espera. O departamento era grande, e bem movimentado. O fluxo de pessoas entrando e saindo era grande, juntamente com as atendentes aos telefones que tocavam sem parar. Se eu queria movimento em minha vida, aquele seria o lugar certo. Veronica analisava tudo minuciosamente, ela também parecia tão empolgada quanto eu.

- Senhoras. – O agente Barton chamou. – Venham por aqui, o comissário Roger está a espera de vocês.

Caminhamos pelo corredor da delegacia, sendo guiadas pelo agente atencioso. Pegamos o primeiro elevador que nos levou até o andar da sala do Sr. Roger, aquela parecia ser uma área frequentada por poucos, já que somente alguns policiais pareciam circular por ali. Olhei em todos os ambientes cuidadosamente, enquanto caminhávamos em direção à sala do comissário. Barton deu três batidas de leve na porta, quando ouvimos a voz rouca do agente Brandon.

- Fiquem a vontade.

Entramos na sala cuidadosamente, sendo recebidas com um sorriso gentil do homem que eu julgava ser o Sr. Roger.

- Sejam bem vindas! Podem se sentar.

- Obrigada. – Vero e eu falamos ao mesmo instante.

Sentamos nas poltronas posicionadas de frente para a mesa do comissário, que nos encarou.

- Chegaram há muito tempo?

- Oh, não! Chegamos ainda pouco, não tem nem duas horas que pousamos aqui.

- Então ainda tem muitos lugares que as duas vão conhecer. Mas enfim, fico feliz que tenham aceitado vir até aqui.

- Eu que agradeço Sr. Brandon. É uma oportunidade maravilhosa.

O homem sorriu, enquanto afastava alguns papeis que estavam sobre sua mesa para o canto.

- Querem um café? Temos muito o que conversar hoje.

-Eu aceito! – Veronica falou animada.

Nos primeiros minutos conversamos sobre todo nosso histórico policial. O comissário Brandon parecia ter uma vasta experiência na área, e realmente tinha. Seus cabelos grisalhos revelavam o bom tempo em que cumpriu sua tarefa aqui dentro. Soubemos de seu interesse em se aposentar do cargo, e de sua vontade de colocar alguém tão competente quanto, eu seu lugar. O homem me surpreendeu ao revelar que já havia trabalhado com minha mãe, e que a considerava uma das melhores agentes no qual havia conhecido. Saber daquilo me dava um gás a mais para dar o melhor de mim.

- Creio que você será uma ótima escrivã aqui Sra. Iglesias.

- É o que eu mais quero agente Brandon. – Veronica falou de forma seria.

- Bom, Lauren, eu sei que você veio de um cargo de delegada da cidade de Mount Vernon. Mas acredito que saiba também que aqui terá uma posição um tanto distinta. O departamento de policia de Nova Iorque tem muitas ramificações, e em cada uma delas tem seu responsável. – disse ele pausadamente.

- Sim, eu entendo perfeitamente.

- Pois bem, o nosso departamento de grandes casos está em aberto. Pelo seu histórico policial, vejo que você é uma das mais indicadas para isso. Eu preciso de alguém que tenha força de vontade o suficiente para realizar as operações, devo informar que não são nada fáceis, mas você não agirá sozinha. Terá ajuda de todos os outros departamentos que forem necessários.

- Com toda certeza é algo que eu procuro agente Brandon, eu ficaria honrada em poder realizar esse trabalho.

- Acredito que sim! Você parece muito com sua mãe, e sabe, ela também trabalhou nesse departamento.

- Serio?

- Oh, sim! Mas ela preferia a força tarefa. Clara gostava de ação.

Soltei um riso baixo ao lembrar de minha mãe.

- Eu não iria me opor a isso também. Mas admito que desvendar um grande caso me parece muito mais interessante.

- Concordo com seu pensamento! O trabalho no departamento de grandes casos, não faz com que você fique de fora de toda a linha de ação. Muito pelo contrario, quando ela for necessária no caso que você está resolvendo, a primeira que vai estar à frente de tudo será você.

E assim a conversa seguiu. De acordo com Brandon, Veronica e eu começaríamos no dia seguinte, já que o movimento aqui nunca parava. O senhor de idade informou que precisava de mim bem cedo, para começar com nossos trabalhos. Ele parecia estar empenhado em me fazer entrar afundo naquele departamento.

- Vejo as duas amanhã. Vocês podem passar no setor do RH para fazer o processo da documentação.

- Tudo bem! Foi um prazer conhece-lo.

- O prazer é todo meu, espero que as duas sejam de grande serventia para resolução de nossos casos.

- Seremos com toda certeza! – Foi à vez de Vero falar.

Enquanto Veronica estava na sala do departamento pessoal, eu havia ficado no corredor a sua espera. No pouco tempo em que vistoriei o lugar, pude notar que o numero de policiais era grande, todos pareciam bem focados em seus determinados serviços, tirando aqueles típicos que estavam ali apenas para exibir seus distintivos é claro.

- Novata? – um dos policiais perguntou um tanto sugestivo.

- Exatamente. – disse dando o mínimo de atenção.

- Entrou hoje? – insistiu.

- Entrarei amanhã na verdade. Você é o...?

- Agente Felix, responsável pela viatura 329. E você?

- Lauren Jauregui, futura responsável pelo setor de grandes casos.

O homem de barriga avantajada, estreitou os olhos rapidamente, enquanto deslizava seus grossos dedos pelo bigode estranhamente grande. Enquanto se colocava em uma postura seria a minha frente. Talvez em seu pensamento, eu seria uma mera policial novata, não imaginava ele que meu proposito aqui era bem maior.

- Agente Felix, espero que não esteja importunando a senhorita aqui. – uma das oficiais falou ao se aproximar, só então pude notar a familiaridade naquela voz. – Creio que sua viatura deveria estar rondando por ai.

- Não senhora, eu já estou me retirando! – o homem falou rapidamente antes de se retirar.

Virei-me de frente para a mulher de voz tão familiar, quando pude notar seu rosto angelical.

- Oh, Deus! Allyson?

A mulher de cabelos loiros, e de porte baixo me encarou com os olhos arregalados, abrindo um sorriso surpreso.

- Lauren! Meu Deus, que bom ver você! – disse animadamente. – O que faz aqui?

 - Eu fui presa tentando roubar uma loja de vinil.

Allyson franziu o cenho com uma expressão assustada, mas desfez assim que soltei uma risada.

- Oh Jesus, idiota como sempre!

- Que bom ver você Ally, não sabia que estava trabalhando em Nova Iorque.

Ela sorriu paciente.

- Eu fui transferida ano passado, estou adorando trabalhar aqui. Mas fala a verdade, o que faz aqui?

- Creio que vamos ser colegas de trabalho!

- Eu não posso acreditar! Isso é ótimo! Você foi transferida para essa mesmo?

- Sim! Eu mandei a solicitação a um tempo atrás, e já tem uma semana que Veronica e eu fomos selecionadas.

- Eu estou imensamente feliz, Laur. Fiquei bem triste de ter que partir.

Allyson Brooke foi, e é, umas das melhores pessoas que conheci. Estudamos juntas durante toda a faculdade, com objetivo de seguir o mesmo caminho. Depois de nossa formação, a mesma teve que ser transferida para o Texas, para realizar seu trabalho de técnica em informática policial para a delegacia do estado. Soubemos que se tornou uma das melhores, realizando muitos casos com a perfeita eficácia. De inicio mantínhamos o contato frequente, mas com a vida rotineira acabamos ficando um tanto afastadas. Mas vê-la agora, era como se nunca tivéssemos nos afastados.

- Eu estou feliz em ver você, Ally. Senti saudades.

- Eu também, Laur. Onde está Vero?

- Ela está dando entrada nos documentos.

- Vai ser muito bom ter vocês duas novamente em minha vida! – a menor falou com carinho.

Ouvimos o barulho da porta sendo aberta, dando espaço para que Veronica saiu. Seu olhar foi de tamanha surpresa quando notou quem estava ao meu lado. E em um abraço apertado, Vero envolveu seus braços ao redor de Ally.

- Nem acredito nisso! – seu tom de voz carregava saudade.

- Muito menos eu! Ver vocês duas aqui está sendo uma das melhores coisas.

- Vamos ser todas colegas de trabalho, é isso?

- Com toda certeza sim! – Ally disse animada.

- Isso merece uma comemoração.

- Concordo. – falei ao trocar um olhar com Vero.

- Jesus, vocês não mudaram em nada!

[...]

 

A noite de ontem foi realmente bem agitada, a ideia de Veronica se concretizou, e Allyson nos levou a um dos melhores bares de Nova Iorque. Eu não aproveitei da maneira que realmente queria, afinal, chegar de ressaca em meu primeiro dia de trabalho não estava em meus planos. Já era bem cedo, e por incrível que pareça eu estava bem animada para chegar na delegacia. Vero por sua vez resmungava de uma boa enxaqueca, em consequência das boas doses de tequila na noite de ontem.

- Eu disse pra você não beber tanto.

- Sem lição de moral, mamãe. – falou irritada, me fazendo rir.

- Para de resmungar, vamos descer. – falei assim que o taxi parou em frente a delegacia. Meu carro estava para chegar essa semana, graças as minhas boas economias eu havia comprado o mesmo, e seria entregue logo.

Entreguei alguns dólares ao taxista que rapidamente se retirou. Ao entrarmos no ambiente mais aquecido, pude notar rapidamente a presenta do agente Brando.

- Muito pontual! – Exclamou ele satisfeito.

- Como tem que ser. Bom Dia Senhor.

- Bom Dia agente Jauregui, Iglesias. – ele assentiu para Vero que sorriu. – Barton! Leve a oficial Iglesias até a sala da agente Pinheiro.

- Sim senhor! – o homem falou ao guiar Vero.

- E você, venha comigo. – ordenou.

- Tudo bem, mas aonde vamos senhor?

- Explico para você no caminho!

Entramos em uma das viaturas, acompanhada de mais dois oficias. Brandon sentou-se ao meu lado, e me fitou ao começar a falar.

- Estamos a caminho do seu primeiro caso, Lauren.

Eu arregalei os olhos com certa surpresa, eu não imaginava que surgiria um caso tão cedo. O Agente Brandon pareceu perceber a surpresa em minha expressão.

- Eu sei que isso nos dar um certo nervoso, mas Lauren, o primeiro caso é sempre o melhor! 

- Eu tenho certeza que sim, eu só.. – perdi as palavras.

- Não esperava?

- Exato!

O senhor sorriu paciente, deixando seu olhar vagar pela janela do carro.

- Tem que se acostumar, Lauren. Agora você está no centro do caos. – falou risonho.

- Sei que sim! Eu esperei muito por isso, e não vou desapontar agente Brandon.

- Tenho certeza que não!

- Mas aonde vamos?

- Estamos a caminho da Collins Enterprise. Temos um caso um tanto misterioso envolvendo essa empresa.

- Pode me adiantar? – perguntei curiosa.

- É melhor deixar que o próprio senhor Collins nos esclareça.

Eu assenti para o comissário, e me calei. Não demorou muito, e a viatura estava entrando no estacionamento da Collin’s Enterprise. O prédio era simplesmente gigantesco, uma estrutura que eu jamais havia visto igual.

- Nossa! – falei ao sair do carro.

- Realmente. O Senhor Collins não se contem quando a questão é dinheiro. Mas quem se importa, não é? Ele é o maior explorador de petróleo dos Estados Unidos! – Agente Brandon falou enquanto ajeitava seu casaco amarrotado.

Os seguranças da portaria rapidamente nos deram acesso, colocando pequenas pulseiras de papel em nossos braços, antes de passarmos pela roleta de identificação. O interior do prédio era muito luxuoso e sofisticado, tudo da melhor qualidade possível. O lugar era digno de poder e muito, muito dinheiro.

- O Senhor Collins está à espera no ultimo andar. – Uma moça muito bonita, perfeitamente uniformizada falou ao nos acompanhar até o elevador.

Entramos no mesmo acompanhado da mulher, que delicadamente apertou em um dos botões do painel, para em seguida se posicionar a minha frente. Eu não pude deixar de notar o quão bela a moça era, mas tratei de cortar aqueles pensamentos assim que a porta se abriu.

- Por aqui, por favor.

Aquele andar parecia ser reservado a uma única sala, na qual estávamos a caminho agora, onde provavelmente o Sr. Collins estaria nos esperando.

- Informe ao Sr. Collins que o Agente Brandon chegou.

A secretaria assentiu rapidamente, antes de capturar o telefone.

- Vocês podem entrar. – Ela informou ao se levantar, para nos guiar para dentro da sala.

O comissário Brandon se adiantou, sendo seguido apenas por mim. Os outros dois homens ficaram do lado de fora, apenas esperando a nossa saída. Ao entrar na sala, pude notar a presença de um homem sentando a sua mesa no centro da sala, logo a frente de uma enorme parede de vidro, que dava uma bela visão do horizonte dos prédios de Manhattan. Eu me mantive seria, ao caminhar até o homem que em uma postura seria nos fitou.

- Bom Dia Sr. Collins.

- Bom Dia Brandon. – seu tom de voz rouco, e pesado inundou o ambiente. – Sentem-se.

O comissário assentiu, lançando-me um olhar para que eu me sentasse primeiro, e eu prontamente o fiz, para logo em seguida ele fazer o mesmo.

- Essa é a Agente Lauren Jauregui, ela estará de linha de frente em seu caso.

O homem que tinha os olhos claros na direção de Brandon, colocou sobre mim com certa superioridade.

- Espero que resolva o meu problema.

- Com toda certeza irei.

Collins era visivelmente um homem muito poderoso. Seu ar arrogante era totalmente visível a olho nu. Era um homem forte, de pele morena, cabelos escuros e bem penteados. Seu rosto tinha expressões decididas, com linhas faciais bem definidas, acompanhas de uma barba por fazer. Ele estava vestido com um terno preto, marcado com linhas de giz bem delicadas, mostrando o quão cara aquela vestimenta poderia ser.

- Perfeito. Quero que aguardem um instante, meu advogado está subindo neste momento. E vamos começar a tratar sobre nossos assuntos.

Eu assenti, enquanto o comissário ao meu lado puxou um breve assunto com o homem a sua frente. Os mesmos mantinham uma conversa direta, e muito seria. Enquanto eu apenas cuidava de analisar o perfil de Collins. Ouvimos algumas batidas na porta, e o moreno cuidou de permitir a entrada. Eu fiquei parada, sem virar para saber quem estava a sua porta. Quando o homem gentilmente abriu um sorriso.

- Meu amor, bom vê –la aqui.

- Precisava passar para dar um bom dia, não vi você sair essa manhã. – disse a mulher que entrou na sala.

Eu fechei meus olhos por alguns instantes, tendo a leve sensação de já ter ouvido aquela voz antes. Neguei com a cabeça rapidamente, expulsando pensamentos tão absurdos.

- Me desculpe, tive que sair cedo.

- Atrapalho? – perguntou ela, fazendo-me questionar mais ainda sobre sua identidade.

- Não, se aproxime. Deixe-me apresentar. – disse ele com um sorriso.

Ouvi as leves batidas dos saltos da mulher sobre o piso de madeira, ficando cada vez mais fortes. Por algum motivo meu coração acelerou mais rápido, aquela voz não me era desconhecida, eu só não conseguia identificar de quem seria. Eu puxei a respiração, e soltei de uma só vez quando pus meus olhos sobre a mulher.

Oh, meu Deus.

- Brandon, Agente Jauregui, essa é minha esposa, Camila Cabello.

A mulher que tinha um sorriso nos lábios, rapidamente o tirou assim que colocou os olhos sobre mim. Era ela, a latina que atormentou meus pensamentos por semanas.

 Brandon rapidamente se levantou, para de forma gentil apertar a mão da Sra. Collins, que a todo instante manteve seus olhos castanhos intensos sobre mim.

- Muito prazer, Sra. Collins. – o senhor falou gentilmente, capturando um sorriso amarelo da mulher que nem sequer o olhou.

Eu engoli em seco, sentindo meu estomago revirar a cada passo que eu dava em sua direção. Por incrível que pareça, ela não pareceu ficar nervosa, muito pelo contrario, com um sorriso malicioso ela caminhou graciosamente em minha direção.

- Muito prazer Sra. – disse ao tocar sua mão delicada, que rapidamente me trouxe boas lembranças.

Karla, ou melhor, Camila. Segurou em minha mão de forma delicada, enquanto seus lábios se curvaram em um sorriso diabólico. Conectando seus olhos de forma tão intensa com os meus.

- Prazer...- Disse ela ao se aproximar, depositando um beijo rápido em minha face, e então sussurrar. -  Sinto ate hoje quando o lembro, pena não ser na cama.


Notas Finais


Ihh' acho que as coisas vão começar a ficar legais. :)

Os erros arrumo depois.


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