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História Xeque-Mate - Cuidados


Escrita por: ShewantsCamz

Notas do Autor


OLÁ MEUS AMORES! VOLTAMOS.

QUE SAUDADE DE VOCÊS!

Depois de um mês! Nossa, demoramos, eu sei. E eu, Evelin, assumo a culpa. Mas é que vocês sabem que tenho outras fics pra cuidar, certo? Tem minha filha Fallen Angel, e o meu bebê Royals, que eu só acho que deveriam ler enquanto Xeque-Mate não atualiza. Assim sempre vão estar atualizados. Quero pedir desculpa, de verdade. Não gosto de demorar, mas dessa vez não tive como mesmo. Vou fazer o possível para que não demore tanto, vocês sabem que eu já estava atualizando com frequência e tal. Enfim, temos um capitulo novinho, todo lindinho pra vocês. Espero que gostem muito! Um Beijo na boca, e aproveitem. - Evelin.

"Depois de anos.... Oi lindas, tudo bom? Enfim, esse cap eu prometi que ia dedicar à alguém mas ela meio que não sabe que eu ia dedicar pra ela... Enfim kkkk Nathany minha xeque-matinha preferida, presidente do fã-clube, esse cap é dedicado pra você. Espero que goste. BEIJAO linda... - Larissa Rios."

Queria dedicar pra Karol do acamp sp.. De aniversário atrasado baby' 💜 - Sindy Ribeiro

Capítulo 22 - Cuidados


Camila Collin’s point of view.

 

Senti os braços de Lauren me envolvendo com cuidado, enquanto a chuva caia sobre nossas cabeças. O carro com os capangas havia acabado de se perder em meio à escuridão daquele campo deserto. Senti meu corpo ser erguido, fazendo com que eu me sentasse.

- Camila? Olhe pra mim. – abri os olhos e encarei aquele par de olhos verdes tão preocupados.

Mesmo com a escuridão que nos acomodava, eu encarei seu rosto parcialmente iluminado pelos faróis acesos de seu carro, vendo as gotas de chuva escorrerem por sua pele alva. Mesmo sabendo que nada daquilo foi real, e que nunca corri perigo de vida, sentia-me incrivelmente segura nos braços daquela mulher, como se ela pudesse me emergir daquele lamaçal de mentiras e rancor. 

- Está tudo bem, eles foram embora.

- Me desculpa. – soltei quase em automático, sem perceber.

Lauren franziu o cenho, unindo suas sobrancelhas no centro de sua testa. Ela me encarou com uma expressão confusa, mas logo tratou de negar com a cabeça. Senti minha respiração falhar em puro medo.

- Pelo que, Camila?

- Por te fazer passar por isso, eu... – acomodei meu rosto na curva de seu pescoço, interrompendo minhas palavras.

         - Não tem que se desculpar, Camz. Eu vou tirar você daqui, ok? Está tudo bem agora.

Ela se ajoelhou no chão sujo, e com força me levantou, acomodando meu braço sobre seus ombros, enquanto rodeava minha cintura com um de seus braços. Caminhei com ela em direção ao seu carro parado no meio da estrada de areia. Estávamos completamente molhadas e sujas. Lauren abriu a porta do veiculo, e me acomodou no banco do passageiro, para logo em seguida correr em direção ao lado oposto. Gemi de dor pela ardência no cortes em minha boca e sobrancelha, ao contrario de todo resto, aqueles eram reais. Lauren se acomodou em seu banco de forma afoita, respigando água pelo interior do carro enquanto retirava o seu de tecido impermeável.

- Eu vou te levar direto para o hospital, e de lá chamo todos.

Suas mãos vieram de encontro ao meu rosto, deslizando seu polegar delicadamente em minha pele. Agora eu tinha uma visão melhor do rosto de Lauren, graças à luz que iluminava o interior do veiculo. Ela realmente parecia preocupada, o que só aumentava minha carga de culpa. Fechei os olhos, sentindo seus carinhos suaves me reconfortarem.

- Você vai ficar comigo? – perguntei.

- Vou fazer o possível pra isso, Camz.

De forma cuidadosa ela esticou seu corpo, pegando uma espécie de casaco que estava no banco de trás, no qual estendeu em minha direção.

- Vista isso, está frio e não faz nada bem você ficar molhada desse jeito.

- Mas e você?

- Não se preocupe, Camila. Eu estou bem, ok?

Eu assenti lentamente, ainda encarando seu par de olhos verdes. Lauren tinha uma expressão nervosa, e um tanto cansada. Eu abaixei as alças de meu vestido vermelho até a cintura, ficando apenas de sutiã na parte superior. Recebi seus olhos sobre mim, mas diferente do de costume, eles não demonstravam desejo, apenas preocupação. O casaco fazia parte do uniforme da mulher na delegacia, suas mangas longas e o tecido grosso me esquentaram juntamente do aquecedor ligado por ela.

- Como está Christopher?

- Está ótimo. – disse ela sem nem sequer me fitar.

O carro foi ligado, dando partida para bem longe daquele imenso campo vazio. O lugar escolhido para o resgate era um pouco distante do centro da cidade, ainda tínhamos bons minutos sozinhas antes de começar o alvoroço entre policia e hospital. Lauren estava séria, um pouco tensa, permaneceu calada por um longo tempo, até que me acomodei mais próximo de seu corpo, juntamos minha cabeça ao seu ombro. A roupa molhada me dava calafrios, e eu só queria tê-la mais perto para me aquecer.

- Fiquei muito preocupada com você. – disse ela enquanto mantinha seus olhos na estrada.

- Ficou?

Fechei os olhos sentindo minha cabeça fervilhar com a maldita culpa. Mentir era uma arte que eu dominava com uma facilidade muito grande, nunca me senti culpada e muito menos incomodada por omitir ou negar fatos reais, não até Lauren aparecer. Senti ela se mover um pouco mais para o lado, como se quisesse me sentir mais perto. Envolvi seu braço com os meus, sentindo o calor de seu corpo em minhas mãos.

- Muito. Eu estava ficando louca sem noticias sua, sem saber se estava viva.

- Queria que você não tivesse que passar por isso. – sussurrei de forma sincera, ao deslizar a ponta de meus dedos sobre o braço de Lauren.

Ela desviou os olhos da estrada extensa e retilínea para me encarar por alguns segundos. Eu não sabia explicar o porquê, mas algo nos olhos dela me prendiam, me hipnotizavam, aquele mesclado de tonalidade esverdeadas me engoliam por completo. Como se nos conectássemos através do olhar. Logo a estrada roubou sua atenção novamente, fazendo nossa conexão ser interrompida.

- Essas coisas acontecem, Camila. Eu fui treinada para isso, mas você...

- Podemos não falar sobre o seqüestro? Eu só preciso esquecer.

- Tudo bem, não vamos falar disso.

Respirei fundo, quando senti a mão dela que repousava sobre o descanso do banco, segurar a minha suavemente. Lauren entrelaçou nossos dedos, movendo seu polegar para acariciar minha pele, enquanto sua atenção se mantinha o tempo todo na estrada. Ela agora transparecia calma, seu olhar era sereno como quem tivesse certeza que tudo estava bem, e realmente estava.

Depois de alguns minutos, estávamos entrando no estacionamento do hospital em Nova Iorque. No caminho, Lauren passou as informações para Ally, uma de suas auxiliares na delegacia, que informou que logo nos encontraria com o restante das pessoas, incluindo Christopher.

- Pronto, chegamos. – disse assim que desligou o carro.

- Eu não queria vir ao hospital. – resmunguei.

Lauren ergueu a sobrancelha com um olhar acusativo, enquanto retirava o cinto de segurança.

- Você está com hematomas, precisa cuidar disso.

- Poderia fazer isso em casa! Eu pediria ajuda a alguém.

- Para o seu marido? Aquele troglodita?

Ela perguntou de forma séria, mirando-me com uma expressão desconfortável. Um sorriso nasceu no canto dos meus lábios, os quais umedeci lentamente antes de inclinar meu corpo em direção ao dela.

- Eu tinha pensado em você. – sussurrei.

- Em mim?

Eu assenti, deixando que meu olhar caísse sobre seus lábios agora entreabertos, para logo em seguida subir em direção a seus olhos novamente. Lauren conseguia me deixar nervosa apenas com sua presença.

- Sim, em você. Se eu pudesse ficaria contigo depois de tudo isso.

Ela engoliu em seco, fechando seus olhos por alguns instantes que me permitiram analisar como a delegada era incrivelmente linda, mesmo estando um tanto bagunçada agora. Eu sentia como ela também ficava nervosa comigo, sua respiração se tornava mais pesada, ficando evidente no subir e descer de seu peito. Seus lábios hora ou outra se espremiam, talvez buscando as palavras certas.

- Não estamos sozinhas para isso. Todos vão querer falar com você.

As palavras saíram baixas, sussurradas, bem próximo aos meus lábios. Deslizei a ponta de minha língua sobre meu lábio inferior, antes de me aproximar mais um pouco. Eu podia sentir sua respiração contra meu rosto, provocando-me aquele formigamento em minha pele. Queria tocá-la.

- Vamos aproveitar que ainda estamos.

Lauren não demorou nada. Senti suas mãos repousarem sobre meu rosto, puxando-me para junto de si. Seus lábios macios e delicados foram pressionados contra os meus, fazendo-me arfar em agradecimento. Beijá-la era um vicio, um maldito e delicioso vicio. Sua mão escorregou até minha nuca, deixando que a ponta de seus dedos adentrasse entre os fios de meu cabelo; ela os puxou com um pouco de força, apenas o necessário para me fazer perder o fio de razão. Sua língua não tardou a adentrar minha boca de forma habilidosa, serpenteando sobre a minha suavemente. Não era um beijo alvoroçado, mas passava longe de ser calmo. Havia uma carga de intensidade entre nós que eu não poderia explicar. Um beijo era suficiente para me deixar fora de orbita.

- Melhor pararmos... – ela sussurrou ofegante.

- Não, não precisamos parar.

Segurei em sua nuca, impedindo que ela se afastasse. Eu estava praticamente debruçada sobre ela, Lauren tinha suas mãos em minha cintura, e seus olhos nos meus. Meu peito subia e descia em uma respiração pesada, ofegante. A delegada olhou para os lados, provavelmente verificando se havia alguma movimentação no lugar. O estacionamento era ao ar livre, bem a frente do hospital, havia poucos carros, no maximo uns seis; a circulação de pessoas era quase nula, o que nos dava uma privacidade maior.

- Camila, eu quero. Quero muito. Mas você está machucada, e logo os outros vão chegar. Precisamos dar entrada no hospital.

- Eu não quero transar, Lauren. Eu só quero que me beije, que me toque.

Ela se calou, deixando apenas nossos olhares presos um no outro. Senti suas mãos apertando minha cintura, e foi exatamente a resposta que esperei para tomar seus lábios novamente em um beijo de tirar o fôlego. Soltei um gemido de dor, ao sentir o corte em meus lábios durante um beijo mais forte e intenso. Lauren rapidamente o interrompeu para me encarar.

- Está doendo muito?

- Um pouco. – falei com sinceridade.

- Vamos entrar, ta bom? Cuidar desses cortes, e das marcas roxas. – sussurrou ao tocar o ponto dolorido nas maças de meu rosto.

Antes de me permitir ser levada pelos capangas. Dinah fez o favor de marcar meu rosto com fortes tapas. Os machucados precisavam ser reais caso eu quisesse mesmo convencer os outros que havia mesmo sido seqüestrada. Eu tinha um corte no supercílio, e outro no canto dos lábios, fora o arroxeado na maça de meu rosto.

- Estou horrível.

- Está, mas é impressionante como você ainda consegue ficar bonita e atraente. – disse com uma risada baixa.

Eu me afastei dela, acomodando-me lentamente no banco de passageiro. Lauren estava mais calma, o que me deixava mais tranquila. Saímos de seu carro, e ela ainda me ajudava a caminhar em direção ao hospital. Enfermeiras trataram de me atender imediatamente assim que souberam meu sobrenome. Influencias ajudavam nessas horas. Lauren acompanhou todo o processo, que não demorou quase nada. Eu tomei um banho, troquei minhas roupas por um roupão dado no hospital, e fiquei de repouso em um dos quartos. De acordo com os médicos eu precisaria ficar de repouso por algumas horas, e Lauren concordou, prometendo que eu faria isso. Estava deitada sobre a cama macia, enquanto a TV transmitia algum programa que eu nem sequer dei atenção.

- Acabei de falar com Brandon, eles estão a caminho. Estão demorando porque Christopher estava dando alguns depoimentos, e como você está acompanhada de uma policial, não teve porque mandar as outras meninas. – Lauren disse assim que entrou em meu quarto.

- Você pode parar um pouco?

Ela me lançou um olhar confuso, expressado nitidamente por seu cenho franzido.

- Como assim?

- Vem aqui comigo. – falei ao bater sobre o lençol da cama, bem ao meu lado.

Lauren me fitou, deixando que um sorriso escapasse de seus lábios. A mulher caminhou até meu leito, sentando-se ao meu lado. Eu estava sentada, o que nos deixava praticamente da mesma altura.

- Você não deve ter parado desde que saiu daquele lugar.

- Eu só consigo parar quando tenho as coisas resolvidas, Camila.

- Eu sei, mas creio que precise descansar, agente Jauregui.

- Vou fazer isso.

- Acho bom que faça. Deixe sua capa de heroína por algumas horas, e apenas descanse.

- Só se deixar de ser a donzela em perigo por algumas horas. – ela disse ao soltar um riso baixo.

- Sou mais do que uma donzela em perigo, Lauren.

Ela ergueu a cabeça, e me fitou nos olhos.  Nós nos encaramos por alguns segundos, que tive a sensação que duraram mais do que deveriam. Lauren não falou nada, apenas sorriu. Fechei meus olhos ao sentir uma de suas mãos tocarem meu queixo, acariciando de leve.

- Foi durante esses dias.

- Fui. Mas não quero falar sobre isso.

- Se sente mal?

- Muito.

- Então não vamos falar sobre isso. Eu quero que você se recupere, Camila. – ela disse ao segurar em uma das minhas mãos, fazendo um carinho suave.

Ela tinha a cabeça baixa, enquanto deslizava a ponta de seus dedos pelas linhas das minhas mãos. Parecia pensativa, quase absorta. Me permiti observá-la por aqueles instantes, notando todo seu cuidado e dedicação para me manter bem.

- Acho que já fazia muito tempo que eu não me sentia tão cuidada por alguém. – soltei de forma sincera. – Me sinto segura contigo.

- Sente?

- Por incrível que pareça... – um sorriso escapou de meus lábios. – sinto.

Lauren era a pessoa que eu mais devia temer. Mesmo não sabendo, ela possuía o poder de atingir todas as minhas fraquezas, como se soubesse os pontos estratégicos para me jogar para fora daquele tabuleiro. Era a única que poderia desmontar meu reinado com gloria. Entretanto, quanto mais eu sentia que deveria me afastar, e repelir qualquer contato que me aproximasse dela, mas consumida pelo prazer de estar com ela eu estava sendo. Lauren era como uma substancia viciosa, quanto mais você prova, mais você quer.

- Acho que nunca cuidei de alguém assim. – disse ao me encarar. – Sei que é errado, mas...

Eu não deixei que ela terminasse, apenas aproximei meu rosto do dela e tomei seus lábios em um beijo. Eu não queria ouvir, não queria palavras que me afundassem mais na culpa que me corria. Então a beijei com tudo aquilo que me transbordava agora. Lauren inclinou seu corpo lentamente para frente, depositando toda sua vontade naquele beijo, que parecia roubar de mim todas as forças, até que ouvimos as batidas na porta de madeira, fazendo com que ela se afastasse rapidamente.

- Querida? – ouvi a voz grave de Christopher assim que o mesmo adentrou a sala.

Lauren virou de lado, e eu tentei controlar minha respiração antes de encara-lo com um sorriso amarelo. Ele se aproximou, abrindo os braços antes de me envolver.

- Que bom ver você, meu amor. Estava tão preocupado! – disse em um tom agoniado. – Está com muitas dores? O que você fizeram com você?

Ele me soltou por alguns instantes que usou para me olhar nos olhos, eu não conseguia falar. Apenas o encarei, e respirei fundo. Christopher me abraçou novamente, e por cima de seus ombros encarei os olhos de Lauren que me fitava. Ela estava próxima a parede, assistindo toda aquela cena com uma expressão séria. Eu fechei os olhos, quando senti as mãos de Collins tocar meu rosto, obrigando-me a fita-lo. Antes mesmo que eu pudesse impedir, senti seus lábios grossos selarem os meus.

- Eu estou bem, Chris. – murmurei ao me soltar rapidamente. – Por favor.

- Que isso, amor. A agente Jauregui sabe que somos casados, e é normal a gente trocar carinhos depois de todos esses acontecimentos, não é Lauren?

Lauren permaneceu de cabeça erguida, soltando um sorriso falso.

- Claro, Sr. Collins. Muito normal, tem mais que cuidar bem de sua esposa pra não perder.

- Jamais perderia, ela está muito bem. Não é, querida? – indagou ao acariciar meu braço.

Eu apenas assenti, trocando um rápido olhar com a mulher no canto da sala.

- Bom, vou deixar vocês sozinhos para conversarem e matarem a saudade. Tenham uma boa noite. – Lauren murmurou ao sair da sala.

Eu quis impedi-la de sair, não queria que Lauren fosse embora, mas eu não poderia obrigá-la a ficar e assistir a tudo aquilo. Olhei para os olhos claros de Christopher, e o mesmo transmitia uma expressão confusa, talvez com minha falta de ação.

- Por que você a trata assim? – perguntei incrédula.

- Não gosto dela, Camila. Não tivemos um bom convívio nas ultimas horas.

- O que aconteceu?

- Não importa, não quero que se preocupe com isso. – ele falou ao se levantar.

Collins se afastou da cama, caminhando em direção a janela. Era nítido que Christopher e Lauren tinham força que os repeliam, mas eu não poderia deixar isso arruinar tudo.

- Eu quero saber, Chris.

- Só discutimos, estávamos nervosos com sua ausência e gerou certa confusão. Mas não se preocupe, eu já falei com Brandon, vamos colocar outra pessoa para cobrir sua segurança.

Eu arregalei os olhos e o encarei.

- O que? Está louco?

Ele virou com seu corpo em minha direção, colocando as duas mãos no bolso de sua calça de tecido azul Royal. Seus olhos me fitaram fixos, como quem estivesse me analisando.

- Por quê? Ela não fez o que deveria, Camila. Fomos seqüestrados! Por sorte não posso tira-la do caso antes que ela termine o inquérito, mas se pudesse com toda certeza essa mulher já teria saído.

- Lauren não tem nada a ver com o seqüestro, Christopher! Por Deus. – exclamei irritada.

O homem caminhou em minha direção, parando ao lado de minha cama.

- Ela tinha como obrigação ter nos salvado! 

- De um grupo de homens? Quando na verdade você deveria estar com seus seguranças?

Christopher franziu a testa, quase unindo as sobrancelhas no meio da mesma. Carregava uma expressão incrédula, confusa e no mínimo irritada. Eu o encarei de cabeça erguida, mostrando o quão ridícula sua idéia era.

- De que lado você está? Vai defender aquela policialzinha?

- Policialzinha que me resgatou? Arriscou a vida por mim? Sim, claro! Você não vai trocar minha segurança pessoal, eu te proíbo.

- Posso colocar seguranças mais competentes, Camila!

- Eu não quero! Lauren vai continuar sendo minha segurança particular, será que não vê tudo que ela fez por mim?

- Ela é paga para isso! Não seja tola. – exclamou em um tom mais alto.

- Nem tudo se resume a dinheiro.

Nós nos encaramos de forma fria, quase mortal quando ouvi mais batidas na porta. Pela fresta oferecida pude ver Dinah pedir licença.

- Camila! Meu Deus! – ela correu em minha direção, abraçando-me com força.  – Não sabe o quanto fiquei preocupada com você.

- Eu vou tomar um pouco de café, depois volto. – o homem falou antes de sair e me deixar sozinha com Dinah.

- O que aconteceu? – Dinah perguntou ao me soltar, agora me encarando naturalmente, sem todo o drama de poucos segundos atrás.

- Christopher está implicando com Lauren. – soltei em um tom áspero.

- E a leoa está armada para defender a pobre delegada?

Encarei a loira que tinha um sorriso cínico nos lábios.

- Dinah...

- Eu estou brincando, Mila. Eu não vou pegar no seu pé com isso outra vez. Temos assuntos mais importantes a tratar do que a sua vida amorosa com a agente Jauregui.

- Me passe o relatório de tudo que ouviu.

- Certo, vamos logo antes que o infeliz volte.

 

Lauren Jauregui’s point of view.

 

- Está tudo bem com você?

Ouvi a voz doce de minha melhor amiga assim que entramos em nosso apartamento. Depois dos dias alvoroçados, tudo que eu precisava era de descanso. E isso foi concedido por Brandon, que solicitou que eu comparecesse a delegacia pela manhã, para em seguida ter o restante da tarde livre.

- Sim, por quê?

Joguei meu casaco em um canto qualquer da sala e caminhei até o sofá. Meu corpo relaxou assim que sentei sobre o estofado macio.

- Veio calada o caminho todo, está quieta demais desde que saímos do hospital. Aconteceu alguma coisa?

- Não.

Arqueei minha cabeça para trás, e respirei fundo. Verônica sentou ao meu lado, e me encarou com uma expressão que dizia “não minta pra mim.”

- Não me olhe assim, não aconteceu nada mesmo. Só estou com cabeça cheia depois de tudo isso.

- Eu imagino que sim, foram dias conturbados, mas sei que algo mais te perturba, e eu como sua melhor amiga devo saber.

Fechei os olhos praguejando a forma como Verônica Iglesias sabia me ler, me decifrar sem nem mesmo eu comentar.

- Vamos, Laur. Tem a ver com a toda poderosa?

- Ultimamente tudo tem a ver com ela, não é mesmo?

Vero me lançou um sorriso de canto, enquanto descansava seus pés sobre a mesinha de centro da sala.

- Eu não sei o que está acontecendo comigo. Há tantas idéias na minha cabeça, tantos acontecimentos, sinto que vou ficar louca. Todos eles Camila está presente. Ela está me dominando.

- Já conversamos sobre isso, e você sabe muito bem o que acho que está acontecendo, não é?

- Eu sei... – sussurrei ao fechar os olhos.

- Lauren, você evitou se apaixonar por anos, por inúmeras garotas maravilhosas que tinham tudo pra te fazer ter uma vida tranquila, mas não foi o atrativo perfeito.

Encarei os olhos castanhos de Verônica, que agora não tinha um tom zombeteiro, mas sim, sério.

- Nenhuma mulher conseguiu roubar tantos seus pensamentos, sua atenção e sua preocupação desse jeito. Você ainda tem duvidas do que isso seja? Ela pode transar muito bem, mas você não pode se enganar em dizer que isso é apenas sexo.

- Vero...

- Você precisa aceitar que está apaixonada por Camila Collins.

Ela levantou-se do sofá, enquanto retirava seu casaco da policia lentamente.

- E eu não digo pra você admitir para os outros, e sim para você mesma. Agora eu vou te deixar pensando nisso, preciso tomar um banho. – falou ao se afastar em direção ao seu quarto.

Eu neguei com a cabeça, enquanto as imagens de Camila se materializavam perfeitamente em minha mente. Eu tinha todos os seus traços gravados nos mais mínimos detalhes, moldando aquela face latina tão atraente. Eu não podia negar que mulher me envolvia, me tomava para si mesmo quando eu insistia em negar. Eu não conseguia entender, e muito menos explicar. Mas eu não poderia deixar isso crescer, eu teria que parar.

 

[...]

 

Olhei para aquela pilha de documentos sobre a minha mesa, vendo os depoimentos de todos que estavam no carro no momento do seqüestro. O desaparecimento de Heitor apenas o acusava mais, agregava a sua ficha criminal suspeitas bem maiores do que o roubo da Collins Enterprise, mas eu sabia que havia uma parte daquela historia em aberto, e que eu teria que começar a investigar.

- Alguma noticia do Heitor? – indaguei para Ally que digitava algo em seu computador.

A loira ergueu a cabeça, encarando pelas lentes de seus óculos pretos.

- Eu consegui algumas informações. Dos lugares que ele freqüentou antes, algumas pessoas que os viram. Mas apenas o comum. 

- Acha que ele tem algo a ver com o seqüestro? – Normani perguntou.

- Estou apurando algumas informações ainda.  Mas não descarto a possibilidade. Se Heitor é mesmo o ladrão, nada impede de ser o seqüestrador.

- Com certeza deve ser. – afirmou Normani.

- Tem muita coisa por trás. – sussurrei.

- O que disse? – perguntou Ally.

- Nada, agente Brooke.

Ela assentiu e voltou sua atenção ao computador. Eu continuei a ler os relatórios sobre minha mesa, quando vi o comissário Brandon do outro lado da porta de vidro. Ele gesticulou com as mãos para que eu o acompanhasse, e assim fiz.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei assim que me pus ao seu lado.

- Não, Lauren. Só quero que venha a minha sala.

- Certo, eu estava mesmo querendo falar com você.

- Algo em especial? – perguntou o senhor de cabelos grisalhos.

- É sobre a segurança particular da sra. Collins. – eu respirei fundo, e então continuei. – Eu não quero mais fazer isso.

O comissário me encarou com uma expressão confusa, um tanto incrédula. Levou sua xícara azul marinho com o brasão da policia até os lábios e tomou um gole do que julguei ser café.

- Por quê?

- Eu não me sinto apta para isso, Brandon. Não foi o que eu busquei ao vir para Nova Iorque. Está fugindo de meus planos, e eu sei que preciso fazer alguns esforços se caso eu queira subir nessa delegacia, mas... Não quero continuar com isso.

- Sabe, Lauren... – iniciou ao caminhar pelo corredor, em passos lentos. – Christopher ordenou que eu tirasse você do papel de segurança particular de sua esposa. Disse que tiveram desentendimentos durante alguns momentos. Seus motivos são esses também?

Eu não poderia dizer para o comissário que meus motivos iam muito além daqueles, então apenas assenti.

- Não só por isso, só não é o que eu quero pra mim.

- Entendo, você tem ambição de algo maior. E eu acredito que vá conseguir, mas lembre-se que precisa fazer esforços.

- Eu sei. – soltei em um tom seco. – Se quiser pode me colocar para ser segurança particular de outra pessoa, já que até mesmo o Sr. Collins não me quer para cuidar de sua esposa.

- Certo, eu vou ver o que posso fazer por você, ok?

Eu apenas assenti e segui até sua sala. Brandon me passou alguns dos relatórios que eu havia solicitado assim que cheguei à delegacia. Ficamos conversando por mais alguns minutos, e então voltei para minha sala. Todas as imagens e acontecimentos no seqüestro passavam por minha cabeça de forma constante, como se fosse impossível de esquecer. Até ouvir as leves batidas na porta de vidro, mostrando um dos policiais do outro lado. O rapaz gentilmente informou que Brandon me aguardava em sua sala com mais algumas pessoas, então rapidamente segui até seu encontro.

No interior da sala estava o empresário acompanhado de sua esposa. Camila me encarou com seu olhar intenso, ao contrario de seu marido que nem sequer colocou os olhos sobre mim. Brandon estava em seu devido lugar, e eu apenas me aproximei.

- Bom dia.

- Bom dia. – ela respondeu, e Christopher apenas me lançou um olhar frio.

- Lauren, o Sr e a sra. Collins estão aqui para esclarecer algumas situações  dos últimos dias. E pediram para chamá-la.

- Desculpe, esclarecer o que? – perguntei de forma confusa ao parar diante o casal.

- O nosso mal entendido, agente Jauregui. – Collins falou ao se levantar da cadeira, enquanto fechava os botões de seu paletó cinza. – Creio que deve saber que pedi seu afastamento da segurança particular de minha esposa, não?

Ergui minha cabeça, e encarei os olhos claros do homem a minha frente que me lançava um olhar desafiador.

- Eu sei sim, Sr. Collins. Mas com isso não se preocupe, eu mesma pedi o afastamento.

- O que? – ouvi a voz de Camila ao fundo.

Christopher abriu um sorriso de canto, e virou em direção à latina, que carregava uma expressão no mínimo confusa.

- Viu, querida? Nem adiantou me fazer vir até aqui, a própria Lauren quer sair.

O tom de voz dele era sarcástico, causando-me ânsia de vomito.

- Pode me dizer o motivo? – a morena se aproximou, parando a minha frente.

Camila e eu tínhamos uma intimidade enorme, mas oculta de todos os outros. Eu a encarei, a fazendo perceber o quão próxima estávamos. A mulher apenas engoliu em seco, e tomou sua postura, afastando-se.

- Eu não acho que fique bem para mim ser sua segurança particular depois do ultimo ocorrido, Sra. Collins.

- Eu também acho que não. – Christopher complementou.

- Pois eu não vejo problema algum. E foi exatamente para isso que vim aqui. Christopher veio se desculpar pela grosseria, não é querido?

A mulher o fitou, persuasiva, quase em tom de ordem mascarada de gentileza. O sorriso em seus lábios morreu, e então ele me fitou.

- Claro. Creio que fui um tanto grosseiro com você, e isso não faz parte de minha forma de agir.  – seus passos eram lentos em minha direção. – Mas quero que saiba que ainda sou contra sua permanência como segurança particular de minha esposa.

- Eu imagino que seja.

- Sou sim. Entretanto, minha esposa acredita no seu trabalho e na garantia que está segura sobre sua proteção. Por isso quero pedir que continue cuidando dela.

Meus olhos os fitaram fixamente, e eu sabia que ele não queria aquilo, mas era domado demais pela esposa para ir contra. Deixei os olhos claros, para encarar os castanhos ao fundo.

- E então, agente Jauregui? Deseja continuar sendo minha segurança particular? – perguntou ao se por ao lado do marido.

Naquele instante travei uma batalha interna em permanecer ou não. Não poderia negar que, ser agente particular da latina havia sido melhor do que eu esperava, estar em sua presença me rendia momentos bem...interessantes. Porém, perigosos. Karla não tinha medo do perigo, se arriscava constantemente para manter nossa relação, e para mim que conseguia ser facilmente dominada pelo dom de sedução da morena, acabava sendo inevitável.

- Bom... – eu respirei fundo, colocando um sorriso um tanto petulante em meus lábios. Dei apenas três passos lentos a frente, passando pelo empresário, ficando de frente para a latina.  – se gostou tanto de meu trabalho, eu não vejo motivos para deixar de exercê-lo. – virei para Christopher, ainda com um sorriso. - É sempre um prazer trabalhar com a sra. Collins.

- Ótimo! – exclamou Brandon. – Então está tudo resolvido.

Christopher arqueou a sobrancelha, e assentiu de mal grado. Troquei um rápido olhar com Camila que apenas meneou com a cabeça em um sinal negativo, soltando aquele conhecido sorrisinho cínico.

- Então se me permitem, eu vou voltar para minha casa com minha esposa. Ela recebeu orientações medicas que precisava ficar em repouso, mas foi teimosa o suficiente para vir a essa reunião.

- Imagino que sim. Você tem que se cuidar, sra. Collins.

- Vou fazer isso muito bem, obrigada.

Nós todos nos despedimos. Logo vi o casal se retirar da delegacia de braços dados como se fossem a união perfeita, mal sabiam aqueles. Me despedi de Brandon, e do restante das meninas; eu por sorte teria o restante da tarde e da noite de folga. Ao chegar em casa, tomei um banho morno e demorado, vestindo roupas leves enquanto tratava de pensar no que faria para o jantar. Naquelas horas eu não queria saber de investigação, policia ou roubos. Por alguns instantes eu apenas seria Lauren.

Fiquei alguns minutos na cozinha, apenas retirando todos os ingredientes necessários para preparar meu jantar, quando por fim ouvi o toque suave de minha campainha. Enxuguei as mãos em pano que estava sobre a bancada, e caminhei em direção a porta. Eu não estava esperando por visitas, ainda mais às dez da noite. Ao abrir a porta, dei cara com a minha inesperada visita.

- Sentiu saudade? – perguntou com um sorriso de canto.

Camila estava com diversas sacolas plásticas nas mãos, franzi o cenho e rapidamente ajudei, segurando algumas para que ela por fim entrasse em minha casa. Ao contrario do de costume, ela não estava tão arrumada, trajava roupas casuais como um short de tecido azul marinho, e uma blusa branca que deixava boa parte de seu ombro esquerdo amostra. Seus cabelos estavam presos em um coque mal feito, que deixava alguns fios soltos próximo a sua nuca.

- Atrapalho?

- Ah, não. Só estou surpresa com sua visita. Não teve ordens medicas para ficar de repouso? – perguntei ao capturar as outras sacolas de suas mãos. – Você deveria estar sendo cuidada, Camila.

- Exatamente por isso que estou aqui.

Despejei as sacolas sobre a bancada, e pelas embalagens em seu interior pude notar que Camila estava com fome.

- Como assim? – virei para ela.

- Achei que você poderia cuidar de mim. Sei que está na sua folga, e que só quer descansar... – ela se aproximou, parando a minha frente. – Mas queria ficar na sua companhia.

- Cadê o seu marido? Não reclamou por sair a essa hora?

- Bom... – ela soltou um sorriso sacana. – ele está dormindo.

- Camila... – neguei com a cabeça.

- Qual é, Lauren? Só é um calmamente. Ele vai dormir que é uma maravilha, volto antes que ele acorde.

- Você é louca, sabe disso, não é?

- Eu sei.

Ela sorriu, e envolveu seus braços ao redor de meu pescoço. Ela não usava maquiagem, o que deixava os hematomas mais visíveis para mim. Ergui uma de minhas mãos, e deslizei a ponta dos dedos sobre a marca, fazendo ela fechar os olhos.

- Eu não estou usando maquiagem, para não irritar minha pele. Eu estou horrível, eu sei e sinto muito.

Inclinei minha cabeça um pouco para frente, e com toda delicadeza do mundo beijei sobre o hematoma no rosto da latina, que suspirou profundamente ao sentir meus lábios em sua pele.

- Você está linda, não se preocupe.

Nós nos encaramos por alguns segundos, e naquele instante algo diferente se instalou entre nós. Camila permaneceu com os olhos fixos nos meus, até afastá-los, e seguir em direção a bancada.

- Eu trouxe comida. Não sei se já jantou, mas estou morrendo de fome. Você gosta de frango? – perguntou enquanto retirava as embalagens no interior da sacola.

- Eu adoro, minha comida favorita.

Nós ficamos sentadas no chão da sala, enquanto assistíamos a um filme que passava na TV. Comemos lá mesmo, Camila estava sentada ao meu lado enquanto degustava do frango a xadrez que trouxe de um restaurante maravilhoso no centro da cidade. Mantínhamos uma conversa casual, sobre assuntos aleatórios de nossa vida, enquanto tomávamos suco, já que eu proibi a mulher de tomar vinho. Ela reclamou por um bom tempo, mas se deu conta que nada mudaria minha opinião.

- Então seu pai agora mora em Miami?

- Sim, ele se mudou para lá com minha irmã, Taylor. Não deve ter tanto tempo.

- Você parece se apegar unicamente a sua família. – perguntou ao limpar o canto dos lábios com o lencinho.

- Sempre foi assim, até... – eu meneei com a cabeça em um sinal negativo.

- Até?

- Nada, Camila.

Ela me encarou com um olhar fixo, mas logo o desviou.

- Não vá se apaixonar por mim, Lauren. – um sorriso de canto nasceu em seus lábios.

Eu deixei o copo sobre a mesa, e fiz uma careta para ela. Camila riu, e deitou no tapete da sala, deixando suas pernas dobradas. Eu me coloquei entre elas, apoiando minhas mãos no chão, ao redor de sua cabeça. Encarei seu rosto que carregava uma expressão animada.

- Não estou apaixonada. – murmurei.

Camila levou as mãos até a gola de minha blusa, puxando-me para mais próximo dela.

- Não? Tem certeza?

Eu tinha sua boca bem próxima a minha agora, mais um pouco e eu a beijaria. Senti as pernas da morena se prenderem ao meu corpo, impedindo-me de me afastar. Repousei meus braços sobre o tapete ao lado da cabeça dela, deixando nossos rostos um de frente para o outro.

- Cala a boca. – sussurrei.

- Me cala.

- Com prazer.

Senti as mãos de Camila deslizarem por minhas costas assim que meus lábios se uniram aos dela em um beijo lento. Eu não sabia dizer por quanto tempo ficamos ali, entre beijos e caricias deitadas no tapete da sala, mas depois de alguns minutos a morena decidiu que queria deitar no sofá, e eu não discordei. Afinal, ainda sentia meu corpo todo dolorido pelos últimos dias no cativeiro dos seqüestradores.

- Quer que eu faça uma massagem em você?

- Você anda tão boazinha, eu fico com medo de estar tentando me matar. – brinquei, recebendo um tapa de leve.

- Cachorra. Eu deveria ser sempre mandona com você, só assim pra me respeitar. – ela resmungou ao se sentar no sofá.

Soltei uma risada alta, que a fez ficar com um bico emburrado. Coloquei minhas pernas sobre suas coxas, prendendo seu corpo no meu.

- Não tenho culpa se você nunca me pareceu inocente, Sra. Collins. – segurei em seu queixo, obrigando ela a me olhar.

- Nunca disse que era, Lauren.

- E não tem medo de ser pega?

- Não é o medo que me move. São meus objetivos. – disse ela com um tom de voz confiante, aquele tom de voz próprio de Karla. – E meu objetivo agora é lhe dar um bom orgasmo.

- Apenas me dê.

- Com prazer, delegada. 


Notas Finais


Como eu amo as minhas mães, vocês amam também?

Não vou demorar muito a voltar, só vou atualizar Fallen Angel, e depois vem Xeque-Mate dnv. Os erros eu arrumo quando achar, beijinhos.


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