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História Xeque-Mate - Novas peças


Escrita por: ShewantsCamz

Notas do Autor


Hallo! ~~Lauren Voice~~

Voltei meus amores. Como prometido hoje mais cedo, aqui vai um capitulo novinho. É um daqueles capítulos de ponte, para os futuros tombos. (brincadeira... mentira, quer dizer, pode ser.) Enfim, vamos lá! Obrigada a todo mundo que está lendo, e divulgando por aí. Vocês são uns amores!

Um recadinho: Xeque-Mate é claramente uma fanfic quente, ela terá muitos hots e cenas improprias, então quero deixar avisada as pessoas que não curtem muito. Não esperem menos hots, e romance cheio de mimimi aqui. O primeiro capitulo foi claro com as intenções sobre a fic, obviamente estamos abordando todo um tema policial envolta. Mas quem leu The Stripper e não gostou pela quantidade de hots, não tente ler XM. - Evelin.

E outra, não adianta ficarem de mimimi não tem romance, mimimi não tem beijo, mimimi não tem mais hot, mimimi tem muito hot, que vai ter beijo quando necessário, vai ter hot quando necessário, vai ter tudo no tempo certo, estamos planejando cada capitulo pra vocês com a intenção de fazer vocês se interessarem e se sentirem bem com as coisas que estamos propondo. Amamos quando vocês comentam ou surtam no twitter, um momento de interação com a gente.. criticas são sempre bem vindas, tanto positivas quanto negativas, e construtivas, vamos tentar melhorar sempre e deixar a fanfic perfeita pra nós e pra vocês.. então, estejam cientes..- Sindy

Sem mais papos, vamos ao que interessa.

Capítulo 5 - Novas peças


Lauren Jauregui Point Of View.

 

Despejei mais uma boa quantidade de café quente em minha xícara. Eu iria precisar se caso quisesse me manter ligada o suficiente em meu raciocínio. Sobre a mesa estavam todas as documentações recolhidas por Allyson e eu. Depois de algumas horas no centro técnico de informação, Ally ainda estava tentando decifrar a codificação do sistema, na tentativa vaga de conseguir sequer uma informação que nos levasse a um suspeito.

- O gerente de sistema entrou em contato com você?

- Sim, disse que iria vir à delegacia amanhã para prestar depoimento. Mas adiantou que de acordo com eles, a senha que tem total acesso ao sistema só uma pessoa pode ter.

- Mas eles como donos, tem acesso a qualquer coisa do sistema. – Disse tomando mais um gole do café.

- Não creio que dariam um tiro no pé. Se o sistema se mostrar falho, eles pagariam uma multa milionária para o dono da empresa. – Ally falou ao virar sua cadeira em minha direção.

- Multa?

- Sim, de acordo com o contrato feito, se o sistema mostrar alguma falha, a empresa de segurança terá que pagar a quantia roubada e mais uma multa altíssima.

- Mas para isso teriam que entrar com uma ação na justiça, provando que o sistema teve uma falha.

- Sim, isso é.

Ally tocou com a parte traseira do lápis no canto de sua têmpora, enquanto pensava na situação.

- Não seria tão difícil assim. Uma boa maneira de conseguir uma bela grana.

- Não acho que Collins precise disso. – a menor falou me encarando, provavelmente achando aquela idéia absurda.

- Porque não? Esses homens costumam sempre querer mais do que tem.

- Sim, já vi muitos casos. Mas porque ele chamaria a policia para investigar?

- Estratégias. Não estou dizendo que ele roubou! Só acho que no meio disso tudo, todos são suspeitos.

Ally deu de ombros, e voltou com a atenção no sistema.

- Tenho uma idéia! – disse ao me sentar ao lado da menor.

- Qual?

- Você está revirando todos esses dados, mas não está encontrando absolutamente nada. Poderíamos colocar um rastreador de IP. Cadastramos todos os IP’s da Collins Enterprises, e qualquer IP diferente que entre no sistema vai ser automaticamente informado.

- Isso é uma ótima idéia, Lauren! Mas não creio que a pessoa que roubou entre tão facilmente. Ela mascara isso muito fácil.

- Eu sei, Ally. Mas podemos interferir nisso, enquanto ela estiver em nossa rede. Precisamos ser rápidas, para tirar informações enquanto a pessoa estiver online.

- Acha que daria certo?

- Sim! Quinhentos mil dólares não deve ser a quantia suficiente para quem roubou, ela vai entrar de novo, e pegáramos IP, e descobriremos de onde a pessoa é.

- Gosto da sua idéia.

- Perfeito. Amanhã eu quero interrogar algumas pessoas, Vero vai comigo até a Collins.

- Enquanto isso eu vou procurar algum programa da policia federal para instalar na Collins. Precisamos de mais uma pessoa. – a loira falou enquanto desligava o computador.

- Vou falar com o Comissário Brandon, recrutar alguém da analise de sistema para te ajudar.

- Certo, entre em contato comigo assim que conseguir. E Lauren..

Virei para a menor que parou em frente à porta.

- Sim?

- Vá descansar, está tarde. Não vai render se ficar sem dormir.

- Deixe comigo, Boa noite agente Brooke.

Allyson sorriu, e assentiu.

- Boa noite, Laur. – disse ela antes de sair da sala.

Eu devia ser a ultima pessoa naquele andar da delegacia. Todas as outras seguiam a risca seus horários de saída, o que não era errado, é claro. Mas aquele era meu primeiro caso, e só eu sabia o quão importante ele era para minha carreira como policial. O mérito de desvendar aquele enigma ficaria marcado em minha trajetória.

- Eu vou conseguir, eu vou.

Sentei na poltrona macia, enquanto meus olhos vagavam pelas pilhas de papeis sobre a mesa. Fechei os olhos, e as imagens de Karla no dia de hoje se fizeram presente em meus pensamentos. Ela estava simplesmente impecável, como sempre. Eu não sabia explicar, mas Karla Camila tinha uma áurea extremamente atrativa, tudo naquela mulher se tornava atraente.

- Foco, é o que você precisa, Lauren. – disse a mim mesma.

Foco. Você conseguiria manter o foco tendo Camila Cabello em sua vida? A latina tinha um jogo perigoso de encantar. O perigo e o desafio deixavam tudo mais interessante. Ela andaria por todas as casas, derrubando todas as peças ao meu redor, ela me derrubaria como uma rainha em um jogo de xadrez.

Meneei com a cabeça negativamente, enquanto levantava de minha cadeira. Capturei a chave de meu carro sobre a mesa, para então sair de lá. Chegando em casa pude notar algumas peças de roupas jogadas pelo chão. Verônica estava em casa, e acompanhada pelo visto.

- Deus..- disse ao ver uma calcinha no chão. A noite seria longa e boa para ela.

[...]

Ouvi o barulho da torradeira ao fundo, enquanto eu fritava os ovos mexidos no fogão. Fazer o café da manhã era fácil, mas servir de empregada para Vero e sua acompanhante não estava na minha lista de coisas para se fazer em Nova Iorque. Pude ouvir as risadas vindas do quarto, quando Iglesias apareceu na cozinha ao lado da agente Pinheiro. A mulher sorriu desconfortável, talvez um pouco envergonhada ao me ver. Mas logo sua expressão suavizou quando me viu sorrir.

- Bom dia. – disse ao caminhar em direção a mesa, com a frigideira nas mãos.

- Bom dia, Laur! – Vero falou animada, sentando a mesa.

- Bom dia – a morena falou.

A agente pinheiro estava como investigadora na delegacia de Nova Iorque, mas pelos últimos comentários ela seria transferida de volta para o Brasil, seu país de origem, depois de quase três anos.

- Bruna disse que me levaria para conhecer o Brasil. – Vero falou enquanto se servia dos ovos mexidos.

- Serio? Vou me livrar de você? – perguntei divertida.

- Sim! Eu vou, mas volto para perturbar seus dias.

- Hum, isso me parece ótimo. Tenho vontade também. – falei com um sorriso.

- Todas podem ir, tenho uma ótima casa lá. Seria um prazer ter vocês em meu país.

- Isso foi claramente um convite, ouviu não é Lauren? Vamos conhecer as terras brasileiras.

- Ouvi sim! Bruna, você literalmente não vai mais poder retirar o convite. E não somente as terras, Iglesias.

A oficial riu divertida.

- Não faria isso. E vou voltar essa semana, quando tiverem folga na delegacia. Podem ir, vou adorar. Faço até uma festa de boas vindas.

- Nós com certeza vamos. – disse enquanto tomava um gole de café.

- Está toda arrumada, aonde vai?

Eu franzi o cenho na direção de minha melhor amiga que me analisou dos pés a cabeça. Aquela manhã eu usava uma calça jeans azul claro, uma blusa listrada horizontalmente em preto e branco. Por cima um terno feminino sofisticado na cor preta, com as mangas dobradas até o antebraço.

- Vamos à delegacia e de lá temos que ir a Collin’s Enterprise, esqueceu?

Verônica ergueu as sobrancelhas ao lembrar-se de nosso compromisso, que claramente eu a via avisado no dia anterior.

- Eu não estava lembrando.

- Eu imagino que não.

- Se eu tive culpa, peço perdão. – Bruna falou de forma educada.

- Não se preocupe, você não tem culpa da cabeça de vento aqui. – falei ao fitar Verônica. – Eu vou à delegacia, adiantar algumas coisas. Você pode ir com a Bruna, certo?

- Claro! É o tempo que eu me arrumo.

- Certo! Vou indo então.

Levantei da mesa, enquanto limpava o canto dos lábios com o pequeno lenço. Capturei a chave do carro que estava sobre a bancada da cozinha, para então seguir em direção a porta.

- Meninas! – Exclamei, atraindo a atenção de ambas as mulheres. – Juízo, e não se atrasem, por favor.

- Sim senhora, delegada! – Vero falou com um sorriso.

Depois de quase duas horas, estávamos entrando no estacionamento da Collins Enterprise. Dessa vez, eu não teria uma visita especifica com Christopher, e muito menos com sua esposa, Camila. O recolhimento de informações seria feito dos funcionários, tudo muito burocrático. Vero e eu conversávamos com alguns funcionários do setor financeiro, e de acordo com os mesmos, nunca havia acontecido algo igual. Todos os valores altos eram devidamente transferidos com autorização de Christopher, e seu microchip de liberação do sistema. Algumas vezes usado por John, com supervisão do dono, é claro.

- John usava o microchip com freqüência? – perguntei ao rapaz do financeiro.

- Sim, o Sr. Collins tem muita confiança no mesmo.

- Há quanto tempo ele trabalha aqui? – Verônica perguntou.

- Eu trabalho aqui há seis anos. Quando entrei, ele já estava ao lado do Sr. Collins. – disse o homem tranquilamente, enquanto tomava um gole de sua pequena xícara de café. – Senhora, não creio que ele tenha feito algo.

- Não estou culpando ele, só preciso obter todas as informações possíveis. Aqui todos podem ser culpados.

O loiro assentiu desconfiado com a maneira que falei. Vero me lançou um olhar intenso, como se pedisse calma.

- Estou disposto a ajudar.

- Sabemos que sim, Fred. – Vero falou mais tranqüila.

Eu não tinha muita paciência para quem resolvia escolher as palavras no meio de um interrogatório. Eu gostava de tudo muito claro e direto.

- Deixe que eu continuo daqui, você pode dar uma volta.

Alternei os olhos entre os dois, e assenti lentamente. Vero sabia de meu temperamento curto, e sempre que pressentia um possível estourou de minha parte, ela tomava as rédeas da situação.

- Vou dar uma volta pela empresa, volto em alguns minutos.  – disse antes de sair da pequena sala.

Caminhei pelo extenso corredor da Collins Enterprise, vendo a movimentação frenética por todos os setores no qual tive acesso pelo caminho. Era nítido a alta circulação de dinheiro por aquele lugar. Christopher Collins era o magnata do petróleo em Nova Iorque, ter o que ele tinha não era para qualquer um. Admito que ficava surpresa em como um homem relativamente novo, poderia ter construído um império tão grande como aquele. Mas como dizem, alguns tinham o dom.

Em passos lentos cheguei ao pátio central, onde havia um enorme telão em LED, no qual estava sendo transmitida uma seqüência de imagens da C.E. Nelas eram mostrados alguns processos de extração do petróleo, fechamento de parcerias onde se tinha o poderoso dono como protagonista dos vídeos. Christopher aparecia com sua aparência impecável no centro de uma mesa enorme, sendo cercado de outros homens que eu julgava serem seus sócios. Em outra imagem ele cumprimentava um senhor de idade, para na seqüência ser ilustrado um pequeno texto informando os grandes contratos que a Collins Enterprise estava fazendo aquele ano. E por ultimo, sua imagem imponente ao lado de sua esposa na pagina inicial da The New York times.

“O rei do petróleo”

Era a manchete principal. Meus olhos focaram exclusivamente na latina que mantinha um olhar superior, quase desafiador para quem quisesse ver. Eu não sabia explicar o que aquela mulher tinha, mas algo nela era tentador demais para resistir.

Meneei com a cabeça negativamente, quando vi um homem bem arrumado de cabelos loiros em uma breve discussão com na portaria.

- Você não pode me impedir de entrar. Tem idéia de quem sou? – gritou ele.

O segurança educadamente tentou contê-lo, mas o homem simplesmente não quis acordo. Passou pelas roletas de forma bruta, e caminhou em direção ao elevador central. Alguns funcionários tentaram evitar, mas o mesmo parecia empenhado em realizar seu objetivo. Caminhei rapidamente na tentativa de acompanhá-lo, mas o loiro foi mais rápido. 

- Merda! – Exclamei quando as portas do elevador se fecharam.

Pelo visor de LED pude ver que o mesmo se encaminhava em direção ao ultimo andar. A presidência. Apertei no pequeno botão rapidamente, como se o mesmo fosse descer mais depressa para mim. Por algum motivo eu sentia que devia saber quem era aquele homem, e o porquê de ele estar ali tão transtornado. Fechei os olhos por breves instantes, quando o bipe indicando que as portas iriam se abrir soou estridente. Não demorou muito para o mesmo me levar até a área presidencial. Assim que as portas de metal se abriram eu pude ouvir as vozes graves e altas vindo da sala de Collins.

A porta da sala se encontrava aberta, provavelmente o loiro não havia se dado o trabalho de ser educado com tanta fúria. Me aproximei delicadamente da sala, eu não queria se vista. Com a proximidade eu pude ver Christopher atrás de sua mesa, com uma expressão nada agradável, vomitando palavras duras contra o homem que estava a sua frente, sendo cercado por seguranças e uma bela mulher.

- Você acha que pode proibir minha entrada aqui?! – o loiro gritou. – Eu tenho parte nisso tudo, Christopher!

- Parte? Quantas vezes tenho que dizer que você não é mais nada aqui dentro, Heitor!

- Você é um desgraçado! Eu sempre tive parte nessa empresa!

- Você teve! Não tem mais! – Christopher gritou.

Os ânimos naquela sala pareciam estar alterados demais. Heitor, carregava na voz uma ira fora do comum.

- Claro que não tenho! Você me deu um golpe não é? Roubou tudo de mim!

- Você está louco! Faz maus negócios e vem me culpar?

- Seu filho da puta, desgraçado.

O homem carregado de fúria avançou sobre Christopher, acertando seu rosto com força. Os seguranças rapidamente tomaram partido para segurar o loiro que esbravejava furioso. Me aproximei mais da coluna de concreto que ficava próximo a porta, e pela fresta pude ver o rosto do Sr. Collins com um leve corte nos lábios.

- Você vai se arrepender disso, Heitor. – falou ao limpar o canto dos lábios que estavam sujos de sangue.

- Você que vai se arrepender, eu já estou tomando providencias. Eu vou acabar com você, Collins!

- Você não se meteria comigo! – disse em tom sarcástico.

- Quem você acha que é? Deus? Eu vou tirar tudo que é seu! Até sua vida se possível! Mas você vai me pagar pelo que fez. – Gritou o homem.

- Tirem esse cara daqui! Agora!

Christopher se aproximou de Heitor que estava sendo segurado por dois homens fortes.

- Não se meta comigo, você na sabe do que sou capaz de fazer!

- Eu sei exatamente o que um verme como você é capaz de fazer! Mas eu posso ser pior! Tome cuidado.

Os seguranças o puxaram para fora da sala com força. Heitor se soltou dos braços dos mesmos.

- Me soltem! Eu sei onde fica a saída. – disse ao ajeitar seu terno.

O homem caminhou alvoroçado em direção ao elevador, sendo seguido pela dupla de seguranças da C.E. Ouvi um barulho alto vindo da sala presidencial, como vidro sendo quebrado. Collins logo apareceu na porta de sua sala, com uma expressão raivosa no rosto. Eu me mantive parada longe de seu campo de visão, eu não queria que o mesmo soubesse de minha presença naquele momento. Quando o mesmo voltou para dentro de sua sala, eu tratei de me retirar daquele lugar. Eu procuraria saber quem era aquele Heitor e o que havia acontecido de tão grave entre os dois.

Saí do elevador, vendo Verônica caminhando em minha direção.

- Onde você estava? Estou te procurando há tempos!

- Vem comigo, Iglesias!

Puxei Vero pela mão que parecia não entender nada, mas tratou de me seguir. Caminhei em passos largos em direção a saída da Collins Enterprise, a procura de Heitor. Mas foi tarde demais, o mesmo estava saindo com o carro pelo estacionamento central.

- Porra! – esbravejei.

- Você pode me dizer o que aconteceu?

- Eu preciso saber quem é aquele homem.

- Por quê?

- Ele acabou de ter uma discussão feia com o Collins, até o ameaçou.

- Você se meteu? – Vero perguntou curiosa.

- Não.

- Deus! Christopher recebeu ameaças e você não fez nada? – minha amiga perguntou incrédula.

- Eu preciso saber o que houve, Verônica. Não posso espantar nenhum dos dois. E Christopher não se fez de rogado, ameaçou o cara da mesma maneira.

- Ainda acho que você devia ter aparecido.

- Eu sei o que estou fazendo! Agora vem comigo, eu preciso saber quem é esse tal de Heitor.

Entramos novamente no pátio central da C.E, quando pude avistar a loira que há pouco tempo estava dentro da sala da presidência. Em seu pequeno crachá com letras pretas estava escrito seu nome.

“Clarice”

Eu me encostei no balcão da recepção ao lado de Verônica. Quando a loira se aproximou, iniciando uma rápida conversa com a atendente.

- Onde está o Sr. Martinez? – seu tom de voz revelava certa ansiedade.

- Ele saiu tem alguns minutos! Estava furioso! – a morena da recepção falou baixo.

Eu fingia uma breve e vaga conversa com Vero a minha frente, enquanto estava atenta a conversa de ambas as mulheres próximas a mim.

- Furioso quem está é o Sr. Collins. Metade da sala deve estar destruída! – a loira disse receosa. – Eu já vi eles brigando, mas como hoje, nunca!

- Serio?

- Sim! Heitor bateu em Christopher.

A morena arregalou os olhos surpresa com as informações de Clarice, que estava devidamente empenhada em relatar os fatos a sua colega de trabalho.

- Do jeito que o Sr. Collins é rigoroso deve ter batido nele também.

- Pior que não! Eu fiquei surpresa também! Christopher é duro demais, não sei por que não fez nada. Se fosse em outros tempos teria partido para briga.

- Hoje em dia ele manda alguém fazer isso.  – brincou a morena.

- Nem diga isso! Eu gosto do Sr. Martinez! Ele sempre foi muito gentil comigo. – A loira falou preocupada.

- Uma pena eles terem quebrado a sociedade. – disse a morena, cujo nome eu ainda não sabia.

- Sim! Desde então eles não se deram bem. Enfim, eu vou voltar para minha sala. Tenho que chamar a equipe de limpeza para dar uma geral no escritório do furioso. Ele disse que vai almoçar com a esposa.

- Boa sorte, Clarice! – a morena acenou enquanto Clarice se afastava.

A loira se afastou lentamente, enquanto a morena da recepção atendeu um senhor de idade que havia acabado de chegar.

- E ai? – Vero perguntou curiosa.

- Vamos embora, conto no caminho.

 

Camila Cabello Point Of View.

 

- Eu ainda não perdoei você por ter saído daquela maneira, Hansen. – disse antes de entrar em meu carro.

Dinah me lançou um olhar impaciente do outro lado do veiculo. Mas logo tratou de abrir a porta da Ferrari preta, onde se acomodou.

- Já disse que minha tia não estava se sentindo bem, e pediu que eu a levasse ao medico.

- Poderia ter pedido minha ajuda.

- Um caso de família, não se preocupe.

Lancei um olhar desconfiado para a mesma, que colocou seu óculos escuro e sorriu.

- Carro novo? – mudou de assunto rapidamente.

- Sim, chegou hoje cedo.

Dinah analisou o veiculo e arqueou as sobrancelhas.

- Bem chamativo.

- Você acha? Escolhi preto pra disfarçar mais.

- É uma Ferrari conversível, Camila.

Acomodei o delicado rayban em meu rosto, antes de ligar meu carro, fazendo o ronco do motor soar alto.

- Digamos que eu goste de correr.

- Com tanto que não me mate, está tudo ótimo.

- Você não me deu motivos para isso, Jane. – disse com um sorriso de canto.

Arranquei com o automóvel daquele lugar. Voltaríamos para minha casa depois de uma manhã cansativa na galeria. Eu resolvi investir o dinheiro que havia recebido de minha família em uma grande galeria no centro de Nova Iorque, modéstia parte eu tinha uma teia de clientes que dariam de tudo para apresentar suas obras e espetáculos em meu imóvel. Dinah como minha melhor amiga havia sido contratada para ser gerente da galeria Cabello Estrabão.

- Aonde vamos?

- Vamos para minha casa. Pedi para Elena fazer comida Italiana para o almoço, sei que adora.

- Christopher odeia comida Italiana, Karla.

- Ele não vai almoçar em casa hoje. Disse que passaria o dia na empresa.

- Graças a Deus! – Dinah disse revirando os olhos.

Suspirei pesado ao notar a cara debochada de Dinah ao falar de Chris. Em poucos minutos estávamos entrando pelos portões da mansão, ao estacionar o veiculo em frente à entrada principal, pude notar o carro de Christopher parado mais a frente.

- Bom dia, senhora. – Carlos falou ao abrir a porta do carro para mim.

- Christopher está em casa, Carlos?

- Sim senhora Cabello. Chegou há poucos minutos.

- Certo. Guarde meu carro na garagem, por favor.

Carlos assentiu antes de entrar no veiculo. Logo Dinah se pôs a meu lado com uma cara nada boa. Entramos em casa e pela calmaria as coisas não estavam nada boas. Elena logo apareceu e informou que Christopher estava trancado em seu escritório particular.

- Vou ficar na varanda. – Dinah falou antes de se retirar.

Ao entrar no escritório me deparei com o Christopher encostado na enorme janela, enquanto fumava um de seus cigarros. Me aproximei lentamente, tocando seus ombros, logo percebendo o quão tenso seus músculos estavam.

- O que faz aqui, querido?

- Onde você estava? – virou em minha direção com uma expressão seria.

- Na galeria com Dinah.

- Vive lá dentro agora?

Murmurou claramente irritado.

- Onde você queria que eu estivesse?

Ele se afastou, indo em direção a bancada de bebidas em sua sala, despejando uma boa quantidade de whisky em seu copo.

- Em casa, é onde tem que estar. – ele falou permanecendo de costas para mim.

- Sabe muito bem que não gosto de ficar aqui sem fazer absolutamente nada. Já conversamos sobre isso.

- Camila, eu te dou tudo que você quer. E ainda tem essa idéia idiota de querer trabalhar?

Ele virou em minha direção, deixando-me ver o corte em seus lábios.

- O que aconteceu com você? – me aproximei.

- Heitor.

- Christopher o que fez para esse homem?

Ele meneou com a cabeça negativamente, para tomar um grande gole do álcool em seu copo.

- Porque acha que eu fiz algo?

- Vocês se davam bem, e do nada começaram essa guerra. Você nunca me diz nada.

- Ele foi um idiota. Quer se tornar maior que eu. Mas não tem cacife para isso.

- O que quer dizer com isso?

- Heitor perdeu tudo, não quis investir seu dinheiro em meu projeto. Enfim, apareceu hoje arrumando confusão.

- Você fez alguma coisa?

Ele virou de costas, e tomou o restante do Whisky.

- Ainda não. Mas ele que me aguarde.

- Não faça nada que vá te prejudicar.

- Ele me ameaçou, Camila. Disse que tiraria minha vida se fosse possível. Eu não sei até que ponto ele pode chegar.

- E se ele fizer alguma coisa? Eu tenho medo.

- Não se preocupe. Eu vou colocar segurança reforçada em nossa casa. Vou falar com o agente Brandon para arrumar algumas pessoas, deixo uma disponível para você.

- Que tal a agente Jauregui?

- Não creio que ela aceite. Ela está empenhada no caso do roubo.

- Oh, seria muito mais fácil para ela. Ficaria mais próxima de nós, a investigação seria mais fácil.

Ele me fitou por alguns segundos analisando a situação, e então assentiu.

- Vou pensar, agora me deixe sozinho.

- Claro, querido.

 

Lauren Jauregui Point Of View.

 

- Heitor Martinez, nascido e criado em Washington, porém com residência atual e permanente em Nova Iorque. Ex sócio da Collins Enterprise, sem antecedentes criminais. – disse ao jogar a foto de Heitor sobre a mesa de Iglesias.

- A ficha dele parece bem limpa. – Vero falou enquanto analisava a foto do homem.

- Sim, por enquanto.

- Acha que ele tem algum envolvimento com o roubo?

- Algo me diz que sim, mas vou apurar melhor. Preciso de informações mais precisas.

- Precisa ter alguém próxima de Christopher para conseguir.

- Sim, eu preciso.

Para quem estava acostumada com os roubos em varejos de cidade pequena, o caso Collins era uma catástrofe, mas que eu iria desvendar. Ouvi três leves batidas na porta, antes de do agente Barton entrar na sala.

- Agente Jauregui?

- Sim?

- Estou com a oficial recrutada do centro de informações.

Franzi o cenho na direção o moreno que permanecia serio.

- Falei com Brandon hoje cedo, ele disse que não tinha nenhum oficial disponível.

- Sim senhora. Mas recebemos a ficha de uma oficial que se candidatou ao cargo.

Eu apenas assenti, enquanto caminhava para minha mesa.

- Pode deixar entrar.

O homem rapidamente assentiu, e se retirou junto de Vero. Sentei em minha cadeira, organizando a bagunça que estava com tantos papeis espalhados sobre a mesa, quando a porta se abriu logo após algumas batidas. Uma bela mulher entrou na sala, devidamente uniformizada com a farda policial.

- Boa tarde. – ela disse educadamente.

- Boa Tarde, pode se sentar, por favor.

A oficial era uma mulher negra, relativamente alta, com traços delicados e ao mesmo tempo expressivos. Mesmo com a farda policial cobrindo seu corpo, facilmente poderia ser notado o belo corpo que possuía. Ela tinha os cabelos longos e escuro presos em um rabo bem feito.

- Fique a vontade. – disse apontando para a poltrona à frente. Onde ela lentamente se acomodou. - Como você se chama?

- Normani Kordei, senhora.

- Está com sua ficha, agente Kordei?

- Sim senhora, aqui está. Trouxe toda minha trajetória em trabalhos no centro de informação.

Eu assenti pegando a ficha de trabalho das mãos da bela mulher.

- Está desde o primeiro até o ultimo caso.  Espero que seja o suficiente.

- Vamos ver isso agora, Normani.

Ficamos algumas horas em uma boa conversa a respeito da ficha da morena, que por sinal era impecável. Normani, como ela havia se apresentado, tinha um currículo policial privilegiado com ações importantes, e o melhor, ela parecia ser totalmente competente para os objetivos na qual eu queria chegar. Ao lado de Ally teríamos um grande avanço nas investigações da Collins Enterprise.

- Isso é maravilhoso. – disse ao fechar a pasta.

Normani sorriu esperançosa.

- Obrigada, agente Jauregui.

- Tenho certeza que ao lado da agente Brooke você irá fazer um ótimo trabalho.

- Isso quer dizer que...

- Seja bem vinda a equipe de grandes casos, agente Kordei.

Nos olhos castanhos da mulher eu pude notar a satisfação com aquela noticia. Normani abriu um largo sorriso, e suspirou.

- Você não vai ser arrepender, agente Jauregui. Vou dar o melhor de mim.

- Eu não duvido disso. – disse ao me levantar e estender a mão à mulher, que rapidamente apertou levemente.

Ouvimos algumas batidas na porta, tirando minha atenção da agente a minha frente.

- Entre!

- Com licença. – Ouvi a voz do Comissário Brandon antes do mesmo entrar na sala.

- Pode entrar, Comissário.

Brandon lançou um sorriso para Normani, provavelmente a oficial havia passado por ele antes de entrar em minha sala.

- Vejo que fecharam parceria. – O homem falou animado.

- Sim! A agente Kordei vai nos ajudar.

- Seja bem vinda, Normani. Espero que ajude Lauren com esse caso.

- Com toda certeza, Comissário.

- Certo! Então você pode procurar por Iglesias, ela vai te instruir.

Normani assentiu gentilmente, para em seguida se retirar de minha sala. Brandon esperou que a mulher saísse para se aproximar com um sorriso um tanto desconfiado.

- Algum problema? – perguntei confusa.

- Tenho uma proposta para você, agente Jauregui.

- Pode se sentar. Quer um café?

O comissário se aproximou de minha mesa, sentando na poltrona à frente.

- Quero sim.

Voltei minha atenção à cafeteira que borbulhava o café quente em seu interior. Peguei o pequeno recipiente despejando o liquido escuro em ambas as xícaras.

- Do que se trata essa proposta? – disse ao entrar a xícara do homem.

Brandon se acomodou melhor na cadeira, enquanto provava do café que esfumaçava na xícara.

- Recebi uma ligação de Christopher Collins hoje, e o mesmo me relatou um acontecimento em sua empresa essa manhã. Eu não sei se teve conhecimento, mas o mesmo foi ameaçado por um homem.

Repousei a xícara sobre minha mesa, empurrando com o antebraço disfarçadamente os relatos de Heitor para debaixo de uma pilha de papeis. Eu não queria dar espaço para que o comissário percebesse que Heitor já estava sendo investigado por mim, não por qualquer tipo de suspeita. Mas eu sabia que Brandon tinha uma grande amizade com Christopher, e não estava disposta a ter qualquer informação privada de meu conhecimento.

- Não, eu estive interrogando alguns funcionários essa manhã. Não cheguei a ter contato com o Sr. Collins.

Ele assentiu lentamente, com os olhos fixos em mim.

- Imagino que sim. Enfim, o mesmo pediu que eu cedesse a ele uma equipe competente de oficiais para realizar a segurança pessoal dele.

- Isso é realmente bom, se ele foi ameaçado creio que é a melhor saída. – tomei um gole do café, enquanto tirava minha atenção de Brandon.

- Exatamente. Mas ele fez um pequeno pedido.

Meus olhos voltaram ao mesmo rapidamente.

- Que seria? – tomei outro gole.

O comissário pigarreou por alguns instantes antes de falar.

- A esposa do Sr. Collins quer que você faça a segurança dela.

Eu senti o café descer mais rápido do que deveria, quase fazendo me engasgar. Eu tossi algumas vezes, na tentativa de recuperar meu fôlego.

- Eu?

Brandon me encarava assustado, e um tanto preocupado.

- Sim! Na verdade foi um pedido de Christopher, ele não quer que um homem faça a segurança de sua esposa.

- Brandon, com todo respeito, eu não posso.

- Por quê?

- Eu não vim aqui para isso. Estou no meio de uma investigação importante! – exclamei irritada.

- Lauren, eu sei que não é o seu trabalho. Mas veja bem, sei o quanto quer um cargo importante nessa delegacia. Lembre que este é o seu primeiro caso aqui, você ainda está em fase de teste.

Eu engoli em seco. Eu sabia onde Brandon queria chegar com aquele discurso.

- E por isso tenho que ser segurança particular?

- Você não vai ficar direto com eles. É só por enquanto, até acharmos uma oficial que cubra isso.

Eu meneei com a cabeça, levantando de minha cadeira.

- Brandon, você sabe o quanto isso é importante. Eu vou acabar me ausentando das investigações!

- Pelo contrario! Você vai ficar mais perto do caso. Vai ter o que precisa! – disse ele firmemente.

Talvez ele tivesse razão. Estar mais pertos dos investigados poderia facilitar o processo, mas aquilo poderia não ser tão eficaz assim. Eu estaria perto de tudo, inclusive dela. Fechei os olhos por breves segundos recebendo as imagens de Camila Cabello em meus pensamentos, que logo tratei de afastar. Eu sabia que para subir em qualquer cargo ou lugar precisaríamos fazer coisas que não nos agradavam tanto, e me diminuir a uma simples segurança particular estava encaixado nisso.

- Você não vai perder seu posto, Lauren. Ainda está responsável pela equipe de grandes casos.

- Eu vou pensar, Brandon.

O homem assentiu, e então se levantou da poltrona.

- Pense, e escolha o certo.  – disse ele antes de sair.

Eu sabia que para o comissário era de total importância que eu aceitasse aquela proposta. Não era segredo para ninguém que por trás de muitas coisas havia uma boa circulação de dinheiro, nenhum policial fazia favor aos empresários, não como Christopher. O jogo era claro, tudo se movia com dinheiro.

 

Camila Cabello Point Of View.

 

O som da musica inundava todo aquele cômodo, deixando as caixas de som tremerem com as batidas intensas. Eu sentia as gotas de suor escorrerem por meu pescoço, enquanto dava passadas rápidas na esteira da minha academia particular. Todas as manhãs eu reservava algumas horas para realizar exercícios físicos, não queria perder o corpo que eu havia conquistado e muito menos o bom estado de saúde. Na caixa de som tocava “Psyco – Muse” e com as batidas fortes, meu corpo era impulsionado a continuar a maratona de exercícios com animo. Me mantive concentrada até perceber a presença de Eliza no lugar.

- Com licença, Sra. Cabello.

- Pode falar, Eliza. – falei ofegante.

- Dona Camila, a senhora tem visita.

- Quem está aí? – perguntei ainda correndo.

- De acordo com a informação da portaria. Uma policial, agente Lauren Jauregui.

O nome da mulher foi como uma bela musica para os meus ouvidos, eu senti meus lábios se expandindo em um sorriso involuntário. Rapidamente levei uma das mãos até o painel de controle para desligar a esteira. Capturei a pequena garrafa de água que estava no recipiente próprio.

- Ela está com quem? – perguntei ao descer da esteira.

- Está sozinha, dona Camila.

Tomei um gole da água na garrafa devagar.

- Sozinha? Que ótimo.  – soltei com um sorriso.

- Pedi para Carlos mantê-la na sala de estar, senhora. Vou dizer para ela esperar enquanto a senhora toma um banho, certo?

- Não! Eu vou pessoalmente dizer isso a agente Jauregui.

Eliza franziu o cenho de forma confusa.

- Mas, assim?

Eu sorri para a mulher que carregava um semblante confuso no rosto. Me olhei na parede espelhada da sala, para arrumar alguns fios do cabelo que estavam fora do lugar. Eu vestia um short branco soltinho, porém curto. Na parte de cima, apenas um top na cor preta, deixando meu abdômen totalmente livre.

- Sim, acha inapropriado?

- Bom, eu acho sim.  – a mulher falou um tanto acuada.

- Perfeito então, Eliza. – Soltei com um sorriso antes de sair da academia rumo à sala.

Em pouco tempo eu já estava entrando na sala de estar. De longe eu pude ver Lauren extremamente concentrada na vista que a enorme janela oferecia. Ela vestia uma calça jeans branca, e uma jaqueta preta diferente da ultima que a vi vestir. Eu me aproximei delicadamente até ficar bem próxima dela.

- Agente Jauregui. – disse atraindo sua atenção.

Lauren virou em minha direção, deixando que seus olhos verdes e brilhosos se fixassem em mim de forma intensa. Eu senti meu corpo esquentar com a forma na qual ela me olhava. Um tanto faminta, talvez.

- Karla. – foi o que saiu de seus lábios, me fazendo sorrir. 


Notas Finais


Os erros arrumo depois, até o proximo mores


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