História XO's - Neon - Prólogo

Neon- Prólogo

When sky blue gets dark enough

To see the colors of the city lights

A trail of ruby red and diamond white

Hits her like a sunrise

PJ

Deveria ser em cerca de duas horas da madrugada quando a conheci. Como sempre, Rachel me chamou para acompanha-la, e me deixou só, enquanto agarrava o namorado. Eles haviam jantado no Pines, que era um tanto longe para mim.

Minha grande sorte é lá ser uma região naqual eu frequento.

Por azar o meu, eu ainda havia de esperar Rachel e o seu “amigo” para voltar.

Suspirei e me encolhi dentro de meu casaco. Estava tremendamente frio. Olhei em volta e diecionei-me para um posto no qual a pequena lanchonete eu já havia ido varias vezes.

- De vela novamente?- Perguntou Thalia quando eu entrei.

- Por que aceito ainda sair com eles?

- Será por que ainda espera que ela te apresente a alguma amiga solteira?

- Como se ela ainda tivesse alguma amiga solteira.- sorri de lado. Fui até Thalia no caixa com algumas besteiras que eu usava somente de desculpa para estar realmente lá.- trabalhando aqui agora?

- Substituindo uma amiga. Solteira se você quiser saber.- piscou para mim com um sorriso de lado.

- Você tabém está.- falei sarcástico.

 - Não estou interessada em você. Seu troco.

- Obrigado.- Falei já saindo.

- ESPERA!- gritou ela. Colocando uma garrafa de alguma bebida alcoolica que me parecia um tanto forte no balcão. – Para passar o tempo.

- Não bebo –falei.

- Ok, puritano,pega logo essa merda.

- Se você insiste. –falei dando um pequeno gole.

- Pensei que não bebia- disse ela sempre com seu sorriso de lado para falar.

- Não bebo.

O silêcio mínimo foi o suficiente para ouvir o som do outro lado.

- Festa? – perguntei.

Minha prima tinha cabelos escuros e olhos azuis eletrizantes, de maneira que eram um tanto encantadores quando ela os revirava.

- Pessoal da minha turma. Você não sabe a sorte da sua turma ser ao menos um pouco mais calma.

- Nossa, eles são tudo isso?

- Você não faz ideia. Agora licença, preciso trabalhar.

Somente assenti e sai.

Respirei fundo e olhei para o lado. Surpreendi-me ao ver o tamanho da festa. Pelo barulho, eu já esperava algo gigante, mas aquilo além do tamanho tinha um toque grotesco.

Ao passar levemente meus olhos pela rua, vi uma garota sentada na ponta da calçada, sozinha. Decidi fazer companhia a ela a partir do momento que nos dois estavam sozinhos.

Sentei silenciosamente.

- Oi. –chamei, mas ela não nem ao menos me olhou.

Sem ter noção de mim mesmo, comecei a observa-la. Ela estava descalça, seu salto preto estava ao lado. Usava uma mini saia preta e uma blusa bem curta (como se chamava mesmo? Cropped?) verde escura. A garota provavelmente acabara de sair da festa ao lado. A única coisa que não combinava era um touca de inverno roxa um tano ridícula que ia até as orelhas com duas cordinhas escuras no fim.

Seu cabelo era loiro cacheado, que lhe caia bem e escondia seu rosto. Percebi também que ela abraçava a barriga e tremia.

- Quer um pouco?- ofereci. Ela apenas negou com a cabeça.

Depois de um tempo ela se pronunciou áspera.

- Poderia não beber perto de mim?

- Não se preocupe, não bebo.- falei como sempre falo, fazendo minha melhor menção.

Aos poucos dava para ouvir seus dente rangendo e depois batendo um nos outros.

Alguns vão me chamar de idiota outros de cavalheiro, não me importo, meu primeiro instinto foi dar meu casaco à ela. A garota se demonstrou surpresa, de modo que levantou levemente a cabeça para frente. Infelizmente, seu cabelo ainda servia como cortina para seu rosto.

- O-obrigada- seu sussuro saiu um tanto gaguejado.- Mas agora você que irá passar frio.

- Eu consigo aguentar.

- M-mas esse é seu casaco e você nem ao menos me conhece.- continuava a sussurrar olhando para baixo novamente.

-Bem, você é uma pessoa sozinha na noite e eu sou uma pessoa sozinha na noite, já podemos nos chamar de amigos, não é? Além de que, não estou com tanto frio. - menti.

Ela ficou quieta por fim. A ouvi aspiraro ar. A garota puxou delicadamente a touca de sua cabeça.

- Pronto! –gritou ela, pulando sobre mim, pondo a touca em minha cabeça. Não pude deixar de reparar seus olhos inchados e o nariz vermelho – agora estamos quites. Você de alguma forma será aquecido também.

De repente, nossos rostos estavam incrivelmente perto. Aquilo era estranho, já que eramos dois completos desconhecidos.

-Annabeth! –chamou uma ruiva saindo da festa. – vamos embora?

-Claro, Cindy.

Ela apenas virou para mim e sorriu. Com esse sorriso, percebi que até então, a garota chorava.

She comes and goes and comes and goes

Like no one can

Narrador  3° Pessoa

Tonight she's out to lose herself

And find a high on Peachtree Street

From mixed drinks to techno beats

It's always heavy into everything

Annabeth entrava no carro da amiga se sentindo derrotada. Se encolheu, fechou os olhos e tentou se forçar a lembrar de tudo que havia acontecido. Era sempre assim.

Tentava se lembrar da bebida na qual deveria ter bebido. Nas coisas que tinha feito. Nas pessoas que  poderia ter irritado ou magoado, ou a pessoa que possa ter satisfeito.

Aquela noite havia sido diferente. O efeito do álcool que poderia ter bebido passou mais cedo. Imaginou que pela rispidez de James quando ela se aproximara em que poderia ter aprontado aquela noite.

Se despediu de Cindy, se desprendendo de seus pensamentos. Como sempre que saia, Annabeth teve que pular a varanda de seu quarto para entrar em sua casa.

Deitou-se nem sua cama com o coração partido.

 Se encolheu dentro do casaco que o garoto lhe emprestara. Era visivel que ele que não estava informado da fama da garota. Era obvio que não a conhecia de fato.

Fechou os olhos e sentiu gotas cristalinas escorrerem de seus olhos. Por que nunca poderia se lembrar?

She's always buzzing just like

Neon, neon

Neon, neon

Who knows how long, how long, how long

She can go before she burns away

-Neon, John Mayer