História XO's - Green Eyes

Green eyes

Honey you are a rock

Upon which I stand

And I come here to talk

I hope you understand

 

Narrador

 

A loira se olhava no espelho tentando lembrar-se da última vez que realmente fora a um encontro.

– Annabeth, certo?

– Certo – respondeu a garota – e, se eu não me engano, seu nome é James?

– Que bom que ainda se recorda.

– Muito engraçado você – Annabeth revirou os olhos, decepcionada. Realmente esperava mais do garoto.  

– Você é muito bonita pensando, sabia?

Annabeth mordeu a língua. Segurou-se para não ficar vermelha ou gaguejar.

Talvez já estivesse na hora dela admitir sua pequena quedinha pelo garoto. Julgava-se um tanto ridícula por isso, suspirar por simplesmente um dos garotos mais “conhecidos” do colégio.

– Por que está me bajulando?

– Queria te chamar para sair... Tipo... Você sabe...

– Tipo um encontro?

– Hum... É eu acho que é assim que eles chamam.

– Então me chame.

Ele parou um segundo. Parecia surpreso, o que fez o coração da garota palpitar. James provavelmente percebeu a mudança de humor de Annabeth, já que se aproximou mais.

–Você irá aceitar?

– Você só vai saber se chamar.

– Quer sair comigo?

– É... Acho que sim.

 

Annabeth balançou a cabeça para afastar as lembranças.  Muitas coisas seriam diferentes. Seu encontro com James havia sido á um ano atrás, quando eles eram pessoas diferentes em muitos aspectos. Além de que, Percy não tinha nada a ver com seu ex-namorado. Tudo sem levar em conta que fora praticamente ela a chamar o dono dos olhos verde para sair.

Mesmo assim, as mãos da garota suavam graças ao seu nervosismo.

Ao fechar seus olhos, ela só imaginava o sorriso e os olhos verdes dele.

 

The green eyes

Yeah the spotlight

Shines upon you

 

POV.  PJ

 

How could

Anybody

Deny you?

 

 

– Você está mais nervoso do que eu quando fui para o meu primeiro encontro com Tomas – resmungou Rachel.

– Eu não estou nervoso. – falei enquanto passava a mão no cabelo, coma finalidade de pentea-lo.

– Percy, olhe envolta do seu quarto. E pare de passar a mão no seu cabelo, você vai estragar mais ainda e vai acabar careca.

Eu duvidava que se passasse a mão no cabelo muitas vezes me causaria calvície, contudo decidi não discordar de Rachel e obedecê-la, antes que ela se estressasse.

Além de que a ruiva tinha razão. Minhas mãos suavam de nervosismo.

– Não entendo o motivo de todo esse nervosismo.

– Meio que ela é a primeira pessoa que eu chamei para sair.

– E aquela sua outra namorada?

– Acho que nós nunca tivemos um encontro.

– E os incríveis encontros que eu arrumei para você?

– Rachel, combinamos de não chamar suas ideias ridículas de me fazer sair com alguém que eu nunca vi na vida e que provavelmente nem vá gosta de mim de encontros. E fui eu que chamei Annbeth para sair. Isso muda tudo.

– Tecnicamente não foi ela?

– Tecnicamente, foi ela. Formalmente, fui eu. Pensei que eu já tivesse te explicado isso. Agora, você pode me ajudar?

– Claro! Sempre gostei de arrumar minhas bonecas.

– Cala a boca, Rachel.

I came here with a load

And it feels so much lighter

Now I've met you

And honey you should know

That I could never go on

Without you

 

Tudo bem, no fim das contas, em alguns momentos, temos que assumir nossas inseguranças.

Minhas mãos tremiam como se eu tivesse com febre. Respirei fundo antes de sair do carro de Rachel para ir encontrar-me com Annabeth.

– Percy, espera... – surpreendi-me ao perceber que ela parecia falar sério.

– Aconteceu alguma coisa? Tem algo nos meus dentes?

– Sabe, ouvi alguns boatos piores do que... Bem, o de Thalia.

Congelei.

– Ah... Sim. Imagino.

– Mesmo assim, ela pareceu uma pessoa legal e tals.

– Ela é.

– Só não estrague tudo, Ok?

– Por que eu faria isso?

– Porque é a única coisa que você sabe fazer? – ela revirou os olhos como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

– Você e sua sensibilidade única.

– Eu demorei muito para achar alguém para você.

– Você não tem nada a ver comigo e Annabeth, sabia?

– Saia agora do meu carro.

Obedeci.

Entrei no restaurante com o coração na mão. Havíamos reservado um lugar naquele estabelecimento, nada muito luxuoso, no entanto era aconchegante.

Olhei-me no espelho quando passei em frente ao banheiro ainda no caminho até nosso lugar. Ajeitei-me um pouco. Eu estava... Apresentável. Acho. Percebi o quanto estava errado quando a vi.

Nada conseguia parecer ter algum brilho perto da luz que ela emanava. Seus cabelos soltos, pouca maquiagem, um colar simples, uma blusa pequena que revelava um pedacinho de sua barriga (cropped, de acordo com Rachel) preta, além de uma saia de cintura alta da mesma coisa – eu não poderia dizer até onde alcançava, já que a mesma estava sentada.

Annabeth pareceu não ver quando cheguei mais próximo da mesma.

Ao ver-me, levantou-se e me abraçou (devo dizer que acho que me empolguei de mais na hora de retribuí-lo? Melhor não?).

– Você chegou na hora. Exatamente às oito horas – ela sorriu.

– O que você esperava de mim?

– Da última vez que pedi para você me encontrar às 18h30 você chegou depois da meia-noite. Lembra-se disto, Jackson?

– Como me esqueceria.

Ela ficou vermelha.

– Idiota.

– Eu sei.

Sua risada amolecia meu coração.

– Eu estive pensando... – começou ela.

– Isso é bom?

– Acho que gosto de você.

Foi assim que ela me calou já no começo da conversa. Perdi as contas de todas as vezes que tentei falar algo mais as palavras não saiam. Só consegui murmurar um “que”. Mas saiu tão baixo que me pergunto se ela ouviu.

– Achei que sua reação seria mais receptiva – admitiu.

Decidi algo de última hora. Eu precisava tomar uma iniciativa, certo? Assim fiz.

 Puxei-a para próximo de mim e selei nossos lábios.

Deuses, como ela beijava bem. Depois nos encaramos por alguns segundos.

– Seus olhos são lindos – sussurrou ela, puxando outro beijo.

***

 

 Andávamos com as mãos entrelaçadas. Deveriam ser dez e pouco, já que decidimos sair mais cedo do restaurante.

A cabeça dela estava apoiada no meu ombro. Paramos um pouco para sentar, apreciar as estrelas, ou o que pudéssemos ver, e, claro, nos beijarmos.

– Annabeth? – chamou alguém atrás de nós.

– Cindy! – sorriu a loira.

 Annabeth se levantou a passo que Cintia corria para abraça-la.

– O que faz aqui?

– O que você faz aqui?

– Estou saindo com o Percy.

Eu de repente comecei a me sentir um empecilho na conversa.

 – Ah, claro. Tinha me esquecido disso. Te contei que amanhã vai ter uma festa? Tipo, todos vão.

– Não sei – Annabeth olhou para mim. – Vou dar um tempo. Ainda... Sabe. Acho que desisti.

– Ah! Qual é, Annabeth? Pensei que você quisesse provar que...

– MAS EU NÃO CONSIGO – exaltou-se Annabeth.

– E se o novo garoto que você está saindo fosse. Sabe, para evitar danos. – Cindy me olhou como se eu de repente me tornasse útil.

– Eu não sei, Cindy. Percy nem gosta muito disso.

– Eu não gosto mesmo – intervi – Mas se você quiser, eu poderia ir. Sabe, por você.

– Você faria isso por mim? – seus olhos cinza demonstravam sua comoção perante meu gesto.

– Por você, obvio.

– Ótimo – comemorou Cintia. – Amanhã, às nove horas da noite. A primeira vez que você vai ver pessoalmente Annabeth em uma festa.

 The green eyes

Yeah the spotlight

Shines upon you

How could

Anybody

Deny you?