História XO's - You Only Live Once

You Only Live Once

Some people think they're always right

Others are quiet and uptight

Others they seem so very nice nice nice nice

Inside they might feel sad and wrong

POV. NARRADOR

Você só vive uma vez.

Esse era o lema de Cintia.

Annabeth olhava-se no espelho pela quinquagésima vez. Tudo, exatamente tudo, teria que ser controlado naquela noite. Percy ira com ela, contudo isso não a fazia sentir menos nervosa, sim ao contrário.  Suas pernas tremiam mais que o normal.

Olhou-se no espero. Short, uma blusa justa e um tênis. Maquiagem leve e um casaco o dobro de seu tamanho. Quando Annabeth deu conta de si, já sorria.

O casaco de Percy...

Talvez dessa vez fique tudo bem.

Talvez.

 

Twenty-nine different attributes

Only seven that you like

Twenty ways to see the world

Twenty ways to start a fight

 

– O que você está fazendo aqui? – perguntou a loira rindo.

– Um cavalheiro sempre busca uma dama na porta de sua casa.

– Primeiro, estamos no século vinte um. Segundo, você só veio aqui por carona não é mesmo?

– Também – admitiu sorrindo – mas também queria te ver antes de irmos.

– Hum... Um garoto romântico? – ela sorriu conforme o moreno se aproximava.

– Percebeu agora? – Percy puxou-a para um beijo, que começou a aquecer um tanto rápido demais.

Foi então que buzinas soaram pela rua.

– Tudo bem casalzinho, vamos? – chamou Cindy, buzinando freneticamente.

– Acho que temos que ir... – murmurou Annabeth, sorrindo.

– Vamos... – respondeu Percy, entrelaçando sua mão com a da garota – gostei do casaco.

– Quem saiba um dia eu te devolva?

– Parem um minuto de fletar, por favor?

Os dois reviraram os olhos e foram juntos até o carro. Cintia franziu o nariz, isso era mesmo necessário?

***

Estava lotado. Claro que estava... Esse tipo de festa sempre era. A aglomeração encontrava-se tão intensa que quase causava uma sensação um tanto incomum de claustrofobia em Percy. 

Pessoas acumuladas entre si, esbarrando uma nas outras, empurrando todos no caminho, esfregando-se umas nas outras propositalmente.

 A música alta que tocava não era uma das favoritas dele.

Mesmo com todos os lados negativos, até que achava interessante o lugar. Talvez se não estivesse tão cheio.

– Volto logo – alertou Cindy, retirando-se logo em seguida.

– Ela não irá se perder? – perguntou o garoto, curioso.

Annabeth se mexia com passo a música se variava.

– Por que ela se perderia?

– Este lugar está cheio de gente. Sério, tem gente saindo do ralo.

Annabeth gargalhou.

– O que você esperava?

– Não sei... Algo mais vazio. E tem uns caras olhando aqui.

Havia três ao todos, com caras más e grossas.

Bem grossas. Além do olhar malicioso sobre o corpo da garota.

Por fim, Percy reconheceu um. James era um dos caras.

Annabeth pareceu não se importa, apenas revirou os olhos e tomou os lábios do moreno.

– Assim está melhor, senhor ciumento? – perguntou depois.

– Eu n-não e-estava com ciúmes... – resmungou.

– Hã-hã. Estava com que então?

– Só achei... Sei lá.  Não gostei do olhar deles.

Ela o beijou de novo.  Ele realmente estava gostando daquilo.

– Se eles tentassem qualquer coisa, eu mesma metia o cacete, não se preocupe.

Percy começou a gargalhar.

– Bebidas, casal? – chamou alguém atrás deles.

Os dois estavam tão distraídos que nem ao menos se deram conta de já estarem onde serviram as bebidas.

– Não. Eu não bebo. – respondeu o moreno.

Annabeth olhou para ele, curiosa.

– Você estava bebendo no dia que nos conhecemos.

– Estava?

– Estava.

– Tem certeza?

– Absoluta.

– Que estranho... bem, talvez tenha sido uma exceção, porque eu não bebo.

– Você   é estranho. 

– Por que eu não bebo?

– Por muitas outras coisas.

– E você, não vai querer nada?

– Não.

– Viu você também não bebe.

– Meu deus, Percy. Só cale a boca.

– Você diz, seu só obedeço.

Eles riam e voltaram a se beijar.

– Voltei – comemorou Cintia.

– Por que sempre é você a nos atrapalhar?

– Trouxe bebida para você. – ignorando o moreno – refrigerante normal, sem nada, nem graça.

Annabeth ria, já Percy não viu graça na brincadeira.

– Pensei que você não pegava nada daqui – ele direcionou a pergunta à Annabeth.

– É da Cindy, não tem problema.

– Sou a melhor amiga dela, Percy, sou de confiança. – a garota olhou com raiva para ele.

– Só estou dizendo que...

– Quer saber, tanto faz! Vou fazer algo melhor.

Annabeth olhou feio para Percy.

– O que foi?

– Você foi grosso.

– Não fiz nada.

– Foi grosso.

– Não fui...

– Foi muito. Vá falar com ela.

– Por quê?

– Primeiramente, ela não fez nada. Segundamente, ela é minha melhor amiga, seria estranho...

– Novamente, por quê?

Ela selou seus lábios nos dele rapidamente.

– Por mim?

– Faço qualquer coisa...

It doesn't matter which to choose

One stubborn way to turn your back

This I've tried, and now refuse

 

POV. PJ

 

Shut me up

Shut me up

And I'll get along with you

 

 

Por mais surreal que se possa parecer, eu realmente estava empenhado em encontrar Cintia.

O motivo poderia não ser exatamente o que Annabeth esperava, entretanto nunca mais a deixaria chamar-me de grossa.

Achar Cindy não fora difícil, digamos que ela somente não é uma das pessoas mais discretas.

De qualquer maneira, ela andava por passos largos, parecendo procurar alguém ou algo. Quem sabe o banheiro. Percebi que, no meio de sua trajetória, a garota deixou cair algo de seu short. Um pequeno frasco de comprimidos.

 – O que é isto? – perguntei.

Automaticamente, ela pareceu perceber minha presença.

– N-nada...

– Parecem-me drogas.

– O QUE?! Não! Não! Nada disso!

– Você se droga? Olha, você sabe que isso faz muito...

– E-exatamente! Minhas drogas... Eu sei, eu sei. Obrigada por se preocupar e tals. Mas se você pudesse não contar para ninguém. – pegando o celular na bolsa pequena.

– Tudo bem, e tals mas... – de modo aleatório e incompreensível ela tira foto de algo. – espera! Pessoas que se drogam não... admitem tão fácil. O que você fez com esse frasco?

– Olha...

– NÃO! – gritei começando a raciocinar.

– Espera!

– Por favor, me diga que não é o que estou pensando.

– Não é o que você esta pensando – ela afirmou em meio a uma interrogação.

– É tudo sua culpa.

– Não usaria o termo culpa. Usaria o termo... Graças a mim.

– Você tem orgulho disto! Quer dizer... Annabeth confia em você, sabia?! E você faz isso com ela sempre?

– Não diria sempre. Começou comigo, agora tem algumas outras pessoas que gostam de participar também. Sabe, garotos que querem algo bem animado, se é que você me entende, pessoas que querem ter algo para menosprezar também. Existe muita gente assim. E ela faz tudo que eles pedem.

– Por que você faz isso?

– Bem, se eu fosse você, estaria mais preocupado com o que está acontecendo agora.

Meu sague gelou.

***

Quando eu encontrei Annabeth, ela estava dançando ao passo da música enquanto um garoto a emprensava na parede. Meu sangue, antes gelado de medo, se superaqueceu em um raiva extrema.

– Annabeth?

– Eu? – respondeu ela com a voz embriagada, sem nem ao menos se desgrudar do garoto. – quer dançar com a gente? 

– Venha, vamos. – chamei. – Seria uma dança se ele não estivesse com a cara no seu pescoço. 

– Não... – resmungou ela, como uma criança.

– Não vê que estamos nos divertindo? – zombou o garoto.

Aquilo realmente me irritou. Agarrei o garoto pelo pescoço da camiseta e acertei um soco em sua cara.

Lembra quando disse que não sou bom em briga?

Deixe-me refazer a frase.

Não sou bom em brigas com pessoas sóbrias.

– Percy? – chamou Annabeth, com a voz ainda embriagada e manhosa, puxando pela minha camisa. – me leva pra casa?

Olhei para seus olhos, repletos de lágrimas.

***

Annabeth estava apoiada em minhas costas, com as mãos pelo meu pescoço e sua cabeça apoiada em meus ombros. Enquanto isso, eu segurava suas pernas.

Resumindo: eu estava a levando nas costas à pé por alguns quilômetros até a respectiva casa dela. O que não seria muito difícil se Annabeth ficasse parada.

– Percy... – sua voz era sonolenta.

– Eu.

– Peeercy...

– Você realmente esta bem fora de si.

–Percy, Percy, Percy, Peeeeercyy...

– Estamos chegando.

– Eu gosto muito de você, Percy, de verdade.

Eu também.

 

Oh don't don't don't get up

I can't see the sunshine (ohh)

I'll be waiting for you, baby

Cause I'm through

Sit me down

Shut me up

I'll calm down

And I'll get along with you

Alright