História XO's - Slow Dancing In A Burning Room

I'll make the most of all the sadness

You'll be a bitch because you can

You'll try to hit me just to hurt me

So you leave me feeling dirty

cause you can't understand

POV.  PJ

Eu tentava pensar, mas com a maldita dor de cabeça que sentia, tal ato parecia uma ridícula tentativa de tortura. Logo, permiti-me apenas a ouvir o interrogatório de Rachel.

– Ela não te disse nada? A desgraçada apenas se virou em foi embora? E a Annabeth, como ela estava? – perguntava sem parar para se quer respirar.

– Ela me ignorou... – murmurei.

– A Cintia?

– Annabeth... Falei que queria conversar com ela e ela virou o corpo com raiva de mim. Acho que não importa o que disser, ela vai me odiar.

– O que Cintia te disse?

– Que agora estamos no mesmo frasco e... – apertei uma das mãos contra meus olhos – e que ela tem provas sobre isso.

– Como assim provas.

Peguei meu celular e mostrei para Rachel. Fechei os olhos, lembrando-me da cena que Cintia tinha feito na escola.

“Você pode até agir como o superior bondoso, Jackson, mas sou boa em afundar pessoas comigo.”

– Isso... Não significa nada. Quer dizer, se você se explicar para ela que você não tem nada a ver com isso ela acreditara em você. – insistiu Rachel.

– Para isso ela precisava primeiro conseguir falar comigo.

Ela me devolveu o celular com a foto aberta. Encarei a imagem com um aperto no peito. A imagem consistia na cena em que eu peguei as drogas de Cintia no momento que as mesmas caíram. Imaginei quantas pessoas estavam envolvidas nisto, quantas estariam contra mim caso tentasse ajudar Annabeth.

 Lembrei-me do que Cintia tinha dito:

“Se você acha que estou sozinha está enganado. Se eu me ferrar, ainda terão outros para ferra-la”

– Não tenho muito que fazer. – dei de ombros, vencido, derrotado.

– Deuses, Percy, que posição de derrota é esta que você nunca teve.

– Não sei só... sei lá.

– Não sabe o que?

– O que fazer, Rachel! Ela não quer falar comigo! Olhar na minha cara! Imagina o que o doce da Cindyzinha pode ter dito? O que vou fazer? É só um trouxa apaixonado contra a melhor amiga de infância. Sabe a pior parte? Eu a entendo. Todos, todos, falaram coisas horríveis quando ela estava lá para ouvir. Obvio que agora ela se fechou.

– P-Percy.

– Desculpa – pedi me aproximando de Rachel – Não queria ser grosso.

Ela assentiu, aceitando o abraço.

– Por que você não tenta falar sem ser ouvido?

– Como assim?

– Faça ela te ouvir. Na verdade, mostre que você que ouvi-la também. Talvez Annabeth ache que você quer só falar, Percy. Mostre para ela que você quer ouvir tanto quanto.

– Como?

– Você realmente não sabe?

– Não trate como obvio.

– Desculpa, às vezes esqueço que meu melhor amigo é burro.

– Está bem! Fale de uma vez, inferno.

Ela sorriu com maldade para mim.

I was the one you always dreamed of

You were the one I tried to draw

How dare you say it's nothing to me

Baby, you're the only light I ever saw

POV.AC

Era verdade, eu não queria ouvi-lo.

Era verdade, eu estava ignorando-o.

Era mentira que aquilo não me machucava, mas mesmo assim, doía menos que ouvi-lo me xingar.

Alem disto, após ouvir tudo de Cindy, tudo que havia feito, senti-me pior do que já falaram que eu era. Principalmente, pois ele estava lá. Percy, aquele que tinha me feito sentir tão bem, provavelmente me odiava agora, como todos, e com razão.

Meu celular vibrou. Ligação da Cindy.

– Oi – falei sem emoção.

– Como está? – sua voz estava repleta de preocupação.

– Melhor... Acho...

– Falou com ele?

– Meio que não.

– Coitado, amiga.

– Você acha mesmo? Quer dizer...

– Ele te procurou?

– Nem tentou.

– Ah... Então... Não, melhor não. Esquece.

– Não, não, agora diga. Diga agora mesmo.

– Se ele nem ao menos tentou tem procurar, talvez você esteja certa em ignora-lo. Quer dizer, ele nem se preocupa o suficiente para perguntar como você está, quando vocês se viram, a única coisa que ele disse foi que precisavam conversar...

– Eu sei mas-

–... do que importa se ele é bonito, e tenha esse charme de bonzinho e tudo mais? Ele nem ao menos se importa com você!

– Ele parecia se importar tanto.

– Claro. Olha pra você, quem não faria qualquer coisa para ter um pedaço?

Eu sabia que não era a intenção dela, mas me senti muito ofendida. A sorte foi a campainha que começou a tocar alta. Desliguei e fui atender.

It's not a silly little moment

It's not the storm before the calm

This is the deep and dying breath of

This love that we've been workin on

Não esperava vê-lo na porta da minha casa com seu sorriso constrangido e sua face vermelha.

– Será que você pode me ouvir agora, quer dizer... – ele se enrolava com as palavras de um jeito fofo.

Abri a boca para responder, contudo meu coração se fechou, assim como fiz com a porta.

– Ah, você está de brincadeira, não é? – perguntou ele batendo na porta.

Demorou alguns segundos para ele voltar a falar. Pude ouvir Percy sussurrar algo como “como se liga essa coisa?”

– Eu quis dizer errado – sua voz parecia amplificada. Bem mais alta, como se ele tivesse falando por algo. – Quer dizer... Deuses eu não tenho nada pra dizer certo? Bem, eu tenho, mas... só quer saber se você está bem.

Meu coração derreteu por todo meu corpo.

Can't seem to hold you like I want to

So I can feel you in my arms

Nobody's gonna come and save you

We pulled to many false alarms

POV. PJ

Juro que imaginei uma supercena onde ela pulava sobre mim e nos reconciliávamos, e riamos juntos.

Na verdade, quando abriu a porta, a única que riu foi Annabeth. Chorou de rir. De mim.

Olhou para a minha mão e tentou respirar.

– Percy, isso na sua mão é um megafone?

– Ideia da Rachel. Sabe? Falar mais alto e ser escutado por você? Ela leva metáforas um pouco a serio demais.

Ela riu mais alto que antes. Acabei rindo um pouco junto.

Rindo de nervosismo.

Ela me beijou. Ouvi minha carona indo embora.

– Acho que a Rachel foi embora.

– Sem problemas – ela sorriu, sua face estava extremamente vermelha – pode ficar aqui se quiser.

– estamos nos falando agora?

Ela me beijou novamente. Isso era um bom sinal, imaginei.

– A ideia é não falar. – ela sorriu novamente – achei que você ia me odiar também.

– Nunca.

We're going down

And you can see it too

We're going down

And you know that we're doomed

My dear

We're slow dancing in a burning room