Peace of Mind
So if I said to you that last night
Would be the last night out of a million
Would you, would you be angry?
Don't be a scardy, I'll explain it all to you
POV PJ
Ao contrário da maior parte das pessoas que conheço com mais ou menos a minha idade, eu realmente não era acostumado a acordar na casa de alguém estranho. Principalmente em um sofá – desconfortável, diga-se de passagem – enrolado em alguém – o que, bem diferente de onde me deitava, era algo confortável e cheira muito bem.
Provavelmente, por isso voltei a dormir segundos depois.
Quando acordei novamente, a parte do conveniente havia sido anulada e substituída por uma posição incômoda no tal sofá.
– Bom dia – soou uma vez atrás de mim. Olhei para escada, e vi uma cabeleira loira descendo, vindo em minha direção. – Você demora a acordar. Já estava pensando que meu pai iria voltar e perguntar por que havia um adolescente do sexo masculino no seu sofá, praticamente em uma posição um tanto peculiar.
– Cala a boca – desejei graças à dor que sentia pelo corpo.
Por que havia aceitado dormir naquele sofá por tanto tempo.
Lembrei-me da noite passada. Sem a malícia, obviamente.
“– Desculpa – pediu ela. – isso vai ser uma em um milhão, esta bem?”
– Parece que você acordou de ressaca – comentou Annabeth rindo.
– Muito engraçado.
– Já são 11 horas, sabia? Quer uma carona de volta para sua casa.
– Você está me expulsando? – acusei, com a voz ainda sonolenta
– Não, só estou evitando que meu pai chegue e veja que um garoto dormiu em casa.
– Você realmente sabe contornar o assunto.
– Eu sei.
– Vamos logo – murmurei.
– A princesa acordou com mau-humor?
– Vai ser uma manhã em um milhão.
– Percy... Eu te expliquei – começou olhando corada para baixo.
– Eu sei. Não se preocupe. Esse povo não sabe nem brincar.
Ela sorriu.
– Entre logo no carro.
Quando dei por mim, percebi que realmente estávamos na porta do carro dela. Entrei sem dar uma palavra.
Sei que assim como eu, ela não queria admitir, mas a verdade era que havia ficado uma atmosfera pesada entre nós. Esta que sugava todas minhas tentativas de conversas.
Olhei pela janela, tentando achar algo para comentar e fazer piada, trazer paz de espírito em meio a tudo. Obviamente, não achei nada.
– Entregue. – sorriu Annabeth.
– Bem, obrigada. Acho estou te devendo.
– Sem problemas.
Percebi que nossos rostos estavam realmente próximos. Ela acelerou os motores enquanto me retirava em silêncio. Murmurei um “até mais” baixo e envergonhado antes de entrar em casa.
Oh my friends, all my friends are gonna go to uni
Get a good job and degrees, no baby I don't care
I don't care for anything at all, at all
It's so wrong, let's go home
– Filho – disse meu pai, bem alto, ao telefone – aqui é ótimo de morar.
– Estou feliz que esteja gostando do Canadá, pai.
– Mas onde estou é muito frio. Não que isso seja ruim. Estou aqui há uma semana e já vi neve! E ainda não te contei a melhor parte.
– Diga então.
– As universidades daqui são ótimas, filho. Tudo bem que são particulares, mas nem são tão caras. Dependo do curso que você achar melhor.
– Por que não sou capaz de receber uma carta de aprovação de alguma faculdade daqui.
– Não disse isso, filho.
– Eu sei.
– Isso não tem nada a ver com sua capacidade, você sabe o que acontece é você ter quase dezessete e não saber o que cursar. Pense bem, você pode morar comigo até acabar o colegial. Dá tempo para visitar todas as faculdades possíveis.
– Vou pensar – menti.
– Tenho que ir trabalhar. Você sabe, não é? O fuso horário.
– Até mais, pai.
Assim de ter desligado, desci à sala, preparado para tomar café e aguentar mais uma segunda. Minha mãe se encontrava na cozinha, como quase sempre. Começamos trocar algumas palavras quando finalmente tive a coragem de indaga-la:
– Quando você e o papai iram me contar do divórcio?
– Que...?
“Você pode morar comigo até acabar o colegial.”
– Ele meio que contou que não pretendia voltar do Canadá.
– Filho... Ouça... É que você acabou de começar o terceiro e começa toda esta pressão.
– Mãe, eu entendo que você e o papai não se amem mais. Só acho que deveria saber. Sei que não é culpa da senhora, só que é difícil falar isso pelo telefone. Sabe, fica muito caro. Se ligação interurbana é um absurdo, imagina internacional.
Ela esboçou um sorriso e uma buzina me chamava.
– Rachel chegou. Até mais, mãe.
Entrei no carro de Rachel com ela tagarelando como sempre. Olhei para o retrovisor e lembrei-me da minha última viagem de carro. A única coisa que realmente pairava em minha mente era se atmosfera entre nós continuaria estranha.
– O que está acontecendo? – perguntou Rachel, autoritária.
– Nada.
– Você está escondendo algo de mim, infeliz.
Respirei fundo antes de contar a ela.
– Meio que eu fiquei com Annabeth.
Eu realmente não esperava tanto tempo de silêncio promovido pela Rachel. Demorou cinco minutos para ela explodir em gargalhadas.
– Não acredito! Não acredito! Finalmente, Percy! Finalmente! Você não faz ideia quanto tempo demorou a você voltar a beijar alguém! Pensei que ia entrar para a igreja!
– Cala a boca, Rachel.
I've been living outta my suitcase
Gotta find new ways to keep my head out of the clouds
I've been living in hotel bars, I don't know where we are
Can we wait just a minute?
POV AC
Time after time I've been telling myself
That living ain't too easy but it's good for your health
But I wake up in the morning with your head on my chest
Put my mind to rest
Cheguei aquele dia calada. Não saia nem entrava palavras em minha boca.
– Você esta bem? – perguntou Cindy. – Soube que você terminou com James. Quer dizer, James terminou com você.
– Preciso te contar algo.
– Então conta, vida.
– Eu meio que fiquei com Percy.
Ela arregalou os olhos e por segundos não disse nada.
– Mas... Vocês... Quer dizer, você terminou agora.
– Eu sei. Eu sei. Mas foi meio por acaso do momento. Não estamos namorando. Ele é um fofo.
– Imagino – murmurou ela. – bom, você tem um bom gosto.
– Cindy, realmente não estamos ficando. Não é nada.
– Acredito.
James parecia estar me esperando nos armário. Seu olhar provocativo me causou um péssimo arrepio na nuca.
Ignorei.
– Anna...
– Me solta – mandei enquanto ele segurava meu braço direito. – acho que você já disse o suficiente na sexta-feira.
– Foi você que espalhou para todos que ficou com o Catellan enquanto nós namorávamos? – perguntou de modo rude.
– O que? Claro que não! Me solta está machucando.
Ela soltou, no entanto seu olhar ainda carregava raiva.
– Não acredito que iria fazer um ano que fiquei com você.
Não por ter sido ela a dizê-las, mas aquelas palavras me feriram.
– A deixe em paz – disse Percy, surgindo ao meu lado.
– E o que você fará? Novo peguete, Annabeth?
Percy avançou no colarinho dele, prensando-o agressivamente contra os armários. Então ele fez a pergunta mais estranha antes de bater em alguém.
– Quando você mede?
– O que? – James parecia confuso.
– Annabeth, quanto seu ex-namorado mede?
– Não sei, acho que 1,85... Por ai. Ele é alto.
Cresceu um sorriso no rosto de Percy.
– Maior do que eu. – murmurou antes de acertar um soco no rosto de James.
Infelizmente, o moreno de olhos verdes, pelo jeito, não era uma pessoa boa de briga.
I wish I had (Peace of mind)
So give me some! (Peace of mind)
I don't need nothing just some little things
Gotta give me peace of mind
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