Enfim, eu mal avreditava em mim mesma. Voltando para a minha casa, já tarde da noite, eu ficava olhando para as minhas mãos e pensando no que elas javiam feito.
Naquela noite eu havia derramado o sangue de outra pessoa. Se alguém me contasse, eu jamais iria acreditar que um dia eu chegaria a esse ponto, a esse caminho sem volta.
Eu acabei de matar uma pessoa, e logo de cara, foi um assassinato brutal, e em momento algum durante a tortura, eu pensei em ter dó ou pena dela, pois naquele momento eu estava corrompida de raiva, eu estava completamente fora de mim, e as minhas emoções me levaram a cometer essas ações.
Mas eu não estava satisfeita... Meu lado psicopata havia sido despertado, e ele estava, e continua sedendo de sangue, e eu tenho certeza de que ele não vai se acalmar até que o corpo da Saki esteja mutilado bem na minha frente.
Cheguei em casa e abri a porta bem devagar para não acordar ninguém. Mas não adiantou, minha mãe estava na sala morrendo de preocupação.
Logo quando ela me avistou, ela se aproximou de mim furiosa.
-Boa noite mocinha, foi bom o passeio?-disse ela, cruzando os braços.
-Mãe...-tentei falar.
-Onde você estava!?-interrompe.- Você sabe o quanto eu fiquei preocupada com você!? São onze e meia da noite!
-Desculpe mãe...
-Desculpe... Desculpe nada! Yumi, eu quero saber onde você estava até agora!
Naquele momento eu não sabia o que dizer, eu não podia contar a minha mãe onde eu estava nem o que eu estava fazendo, senão ela que me mataria.
Ayumi apareceu derrepente:
-O que está acontecendo aqui?-disse ela, descendo as escadas.
-Olha a hora que essa garota chega! E ela nem me disse aonde ia!-respondeu minha mãe.
-Ah sim, me desculpe Mayu, eu deveria ter te contado...
-Contado o quê?
-A Yumi havia me pedido permissão para sair com os amigos, e eu esqueci de te contar. Não brigue com ela, foi culpa minha.
-Ayumi, você não deveria conceder a Yumi, permissão para sair e voltar tão tarde da noite, você deveria ter falado comigo antes de deixar!
-Mas por quê? Eu sou mãe dela também! Acho que eu sei o que é melhor para ela.
-Olha aqui, nós já discutimos essa história de "mãe". E você Yumi, quando você quiser sair, deve pedir diretamente a mim. Já que isso não aconteceu, está de castigo. Amanhã, depois da escola, direto para casa!
-Tudo bem, mãe.-respondi cabisbaixa.
-Eu não costumo ser dura com você, mas em algumas horas, é necessário. Agora vá tomar um banho, e direto para a cama.
Após me lavar, eu fui até o quarto da Ayumi. Abri a porta e coloquei minha cabeça para dentro.
-Ayumi, tá acordada?-disse eu.
-Sim Yumi, pode entrar.-respondeu ela.
-Obrigada por agora pouco, você realmente me salvou.
-Ora, fui eu que te mandei ir, eu tinha que te salvar. Agora me conta, você... Matou ela?
Acenei com a cabeça que sim. Ayumi logo ficou alegre.
-Que ótimo! Senta aqui e me conta como foi.
Me sentei na cama ao lado da Ayumi.
-E então, você fez ela sofrer muito?
-Acho que até demais...
-Perfeito. E ela gritou muito?
-Nunca vi uma pessoa gritar tanto na minha vida. Fiquei até com medo de alguém escutar.
-E ela implorou pela vida dela?
-Sim, mas eu cheguei a conclusão de que ela não merece viver.
-E o que você fez com o corpo dela?
-Amarrei em uma pedra e a joguei no oceano como você disse.
-Que ótimo! Estou tão orgulhosa de você meu amorzinho!
-Você não deveria ter orgulho de mim por isso...
-Fico orgulhosa sim! Agora, dê um abraço na sua mamãe!
-Acho que ela já dormiu...
-Estou falando de mim! Você pode não ter o meu sangue, mas eu tive uma importante participação na sua produção.
-Minha produção?
-Sim, sabe como é. Quando eu te injetei na sua mãe pela bu...
-Tudo bem, tudo bem! Por favor não me obrigue a pensar nisso!
-Me abrace logo!
Dei um longo abraco na Ayumi.
-Eu te amo filha.-disse Ayumi.
-Eu também te amo... Mãe...
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