Chegada a manhã, Ayumi estava dormindo em seu próprio quarto. Ela abriu seus olhos e olhos para o lado, procurando a minha mãe, mas se espantou ao ver aonde estava e por haver só ela por lá.
-Mayu?-disse ela.-O que aconteceu? Ah não. Não me diga que tudo aquilo foi um sonho! Não pode ser! Que droga!
Mayu abre a porta do quarto e entra com uma bandeja de café da manhã:
-Bom dia amorzinho! Com fome?
-Mayu?-disse Ayumi.
-Você dormiu bem?
-Então não foi um sonho? Nós estamos mesmo juntas!?
-Claro.
-Que alívio. Como eu vim parar aqui?
-Como eu vou dizer?... Você meio que é sonâmbula.
-Sério?
Mayu coloca a bandeja sobre o colo de Ayumi.
-Você levantou durante a noite e veio pra cá.-disse Mayu.
-Hmmm... Eu nunca percebi isso. Não sabia que eu sou sonâmbula.
-Coma amor.
-Ah Mayu... Não precisava ter feito isso.
-Eu queria começar bem o nosso primeiro dia juntas.
-Ainda não me caiu a ficha. Não acredito que você é finalmente minha!
-Sim, sou toda sua. E pensar que eu queria te matar...
-Mas isso foi há muitos anos, e você tinha motivos. Você ficou com muita raiva por eu te fazer beber a minha urina.
Ayumi pega o copo de suco e leva até a boca.
-É, aquilo foi meio nojento e eu fiquei com muita raiva.-disse Mayu.
-Eu até teria aceitado se você tentasse se vingar por isso.
-Ainda bem que você pensa isso, por quê isso que você está bebendo no copo não é suco de laranja.
Ayumi cospe o líquido.
-Mayu!
-É brincadeira.-Mayu ri.
-Ainda bem. Que nojo.
-Ué, você não tinha dito que beberia minha urina com prazer?
-Sim, mais naquela época eu era mais imatura.
-Na minha opinião você não mudou nada.
-Certas coisas nunca devem mudar...
-É...
Mayu se aproxima do rosto da Ayumi e lhe dá um beijo.
-Acho que eu posso me acostumar com esses beijos constantes.-disse Ayumi.-Deixe eu te perguntar Mayu. Depois de quase 17 anos, porque só agora você resolveu me aceitar?
-Bem, quando eu te conheci eu ainda não estava acostumada com uma pessoa homossexual a minha volta, e isso foi meio estranho. Depois que você sumiu por todos esses anos, eu fui acumulando saudade dentro de mim, e depois que você voltou eu fiquei muito feliz, e essa felicidade se converteu em amor. E a verdade é que eu adoro esse seu jeito. Esse jeito que eu não consegui ver em nenhum homem, e por isso que agora eu te amo.
-Entendi. Acho que valeu a pena esperar. Eu também te amo.
-Vamos para a cozinha pra você comer mais a vontade.
Eu já estava acordada e tomando café na cozinha.
-Bom dia, dormiu bem filha?-disse Mayu.
-Não muito bem.-respondi.
-Por que?
-Não consegui dormir por causa de alguns ruídos vindos do seu quarto. O que você estava fazendo.
Mayu e Ayumi se encaram.
-Espera, não me diga que... Vocês duas estavam fazendo "aquilo"?
-É... Mais ou menos...-disse Ayumi.
-Melhor eu nem tentar imaginar isso senão eu vou vomitar.
-Bem, aproveitando que você está acordada, eu quero dizer que eu comecei a namorar com a Ayumi ontem.
-Nossa, sério? Que ótimo!
-Pra você pode ser um pouco estranho tem duas mães a partir de agora, mas eu conto com você pra me apoiar.
-Tudo bem mãe, eu não acho estranho, e também não tenho preconceito, aliás eu já estava aceitando o fato de vocês duas acabarem juntas um dia, então conte com meu apoio.
-Obrigada filha.
-Agora eu quero que você ponha meu sobrenome na Yumi!-disse Ayumi.
-Ainda não, nem somos casadas.-disse Mayu.
-Nesse caso...
Ayumi se ajoelha diante da minha mãe.
-Mayu, quer se casar comigo?
-Calma aí Ayumi, não vamos dar um passo maior do que a perna. Vamos apenas aproveitar por enquanto. Daqui a pouco eu vou fazer o almoço. O que você quer comer Ayumi?
-Bom, eu quero comer... Você.
-Ayumi! Não diga isso na frente da Yumi!
-Confesso que fico curiosa em saber como lésbicas fazem sexo.-disse eu.
-Eu posso te ensinar!-disse ayumi.
-Na prática?
-A Mayu e eu podemos fazer na sua frente pra você aprender!
-Do que vocês duas estão falando!? Ficaram loucas?-disse Mayu.
-Estamos brincando mãe.-respondi.
-Estamos?-disse Ayumi.
-É claro, ou acha mesmo que eu quero ver vocês fazendo sexo?
-Eu achei que...
-Ah, chega desse papo que eu estou ficando constrangida!-disse Mayu.
-Vocês duas podem se beijar?-perguntei.
-O quê?
-Por favor, eu gostaria de tirar uma foto das minhas mães.
-Nos beijando não, mas só abraçadas pode ser.
-Tudo bem.
Peguei o meu celular e tirei uma foto delas abraçadas. Ayumi acabou não aguentando e beijou a minha mãe.
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