Saki e eu estávamos sentadas em um banco na praça. Saki estava me contando tudo o que ela passou e estava passando:
-Desde que eu era pequena meu pai me abusava.-disse Saki.-Ele tentou me enganar dizendo que era uma coisa que todos os pais faziam com suas filhas. Mas um dia eu descobri a verdade, e meu pai me ameaçou dizendo que se eu não fizesse o que ele mandasse, ele iria matar minha mãe. Com medo, eu o obedeci, e ele passou a abusar de mim cada vez com mais frequência. Essa foi minha infância.
-Mas todos os dias em que eu te via, você estava alegre e sorridente. Por quê?-perguntei.
-Eu sorria para ninguém perceber a minha tristeza. Por fora, alegre e cheia de vida, por dentro, uma garota triste e vazia por dentro. Minha vida só teve uma luz quando eu conheci o Kazumi. Passamos a namorar, e eu fui recuperando a felicidade. Entretanto, meu pai não estava nada feliz com a nossa relação. Ele não queria que outra pessoa me beijasse, a não ser ele.
-Mas você traiu o Kazumi, eu vi!
-Era meu pai. Nem na rua ele deixava de me abusar. Quando você nos viu, fiquei com medo que o segredo que eu guardava por anos fosse revelado.
-Mas não é melhor assim? Se todo mundo souber, a sua mãe poderá se divorciar dele, e você poderá ficar livre!
-Não é bem assim... Meu pai deixou de amar a minha mãe há muitos anos. A única razão que faz meu pai querer continuar casado com ela, é a herança da família.
-Todo esse rolo por causa disso? Mas seu pai é meio burro, se ele parasse de te abusar, ele não teria que se preocupar com nada.
-É, ele já pensou nisso, mas ele não consegue se controlar, parece que me abusar passou a ser uma rotina.
-E porquê você quis me matar?
-Eu não queria te matar, meu pai me obrigou. Ele ficou com medo de você espalhar o nosso segredo, por isso ele me ordenou que te matasse. E oara te dar um aviso, ele matou a Mika.
-Foi ele que matou a Mika!? Desgraçado!!! Eu sei que o que vou dizer não é certo, mas porque você não o mata?
-Eu não posso. Por mais cruel que ele seja, ele ainda é meu pai...
-E que pai heim... Eu mato ele se precisar! Certo, eu vou pensar em um jeito de te ajudar, mas em troca eu quero saber da minha mãe.
-Meu pai a sequestrou.
-Sabia! Por quê?
-É meio complicado explicar, digamos que meu pai tem certos assuntos com a sua família.
-Entendi. Agora eu quero que vá para a sua casa, daqui a pouco eu apareço lá com a minha mãe Ayumi.
-Mãe Ayumi?
-Também é complicado explicar. Agora vá.
-Mas eu não posso! Meu pai disse que vai fazer uma coisa horrível se eu não te levasse morta!
-Hummm... Temos um problema. Tudo bem, tudo dará certo se a gente pensar nas possibilidades! Vamos ver, seu pai me quer morta... Já sei!
Contei todo o meu plano para a Saki e fomos para a casa dela.
Chegamos na porta da frente e eu disse:
-Lembre-se, eu vou me fingir de morta, quando seu pai me por para dentro, eu irei salvar minha mãe, e você me dá cobertura.
-Certo.-disse Saki.
Me deitei no chão me fingindo de morta. Saki abriu a porta e chamou pelo pai dela. Ele aparece em seguida.
-Pronto papai, me livrei dela. Por favor não abuse de mim hoje de novo!
-Bom trabalho, você vai poder ficar livre por hoje.-disse Reiki.-Mas... Porquê não há sangue nela?
-Bem... É porque... Porque... Eu a sufoquei!
-É, conseguiu filhota.
Reiki me pega no colo e me leva até o porão. Ele desceu as escadas e me pôs no chão.
-Vou deixar ela aqui por enquanto, depois eu me livro do corpo.-disse Reiki.
Ele se retira e fecha a porta. Eu me levanto e digo:
-Hora de agir!
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