Após o término das aulas do dia, eu e a Ayumi fomos até a casa do Itou, que ficava um pouco afastada das outras casas.
Caminhamos por um longo tempo, e a Ayumi já estava reclamando:
-Você deveria ter avisado que esse tal de Itou morava tão longe, a gente poderia ter vindo de ônibus em vez de andando.-disse Ayumi.
-Desculpa.-disse eu.
Fomos até os fundos da casa, nos escondemos atrás de algumas lixeiras e ficamos espiando pela janela. A casa não era um lugar tão grande, pois só havia um morador.
-Precisamos agir rápido antes que os pais dele apareçam.-disse Ayumi.
-Não, ele mora sozinho.-disse eu.
-Sozinho? Perfeito!
-Ótimo, vou lá acabar com isso!
Me levantei para pular a janela, mas a Ayumi me parou:
-Não Mayu! Antes vamos ver as possibilidades. Abaixe-se, tem alguém vindo!
Itou estava conversando ao telefone.
-Não mãe...-disse Itou, ao telefone.-Foi só uma gripe. Acho que amanhã eu já volto para a escola. É, ontem eu tive um pouco de febre, mas passou esta manhã, e meu nariz continua entupido. Vou fazer um chá para ver se melhora. Que remédio estou usando? Espere, vou ali em cima olhar.
Itou sobe as escadas.
-Não poderia haver uma chance melhor! Vamos!-disse Ayumi, que entra na cozinha pela janela.
-O que você planeja fazer?-sussurrei.
-Você ainda não percebeu? Vou abrir um furo no cano de gás, e como ele está com congestão nasal, não vai sentir o cheiro, e quando ele acender os fósforos... Booom! Já era!
-Não seria mais simples cortar o pescoço dele?
-Mayu, será que você não aprendeu nada comigo? O negócio é fazer parecer um acidente. Quando os policiais forem fazer a investigação, vão descobrir que a explosão foi causada por um simples vazamento de gás. E aí, ninguém vai suspeitar de duas pobres e frágeis colegiais que por acaso, estavam passando por aqui no momento da explosão...
-Entendi. Agora sim você pareceu uma mafiosa...
Ayumi pegou uma faca e perfura o cano do gás.
Ela saiu da casa e me puxou pelo braço.
-Pronto.-disse ela.-Agora, quando ele for fazer o chazinho dele -risos- Você já sabe...
Nos escondemos atrás de um muro do outro lado da rua.
-É isso aí...-disse Ayumi.-Isso será mais emocionante do que chupar a sua b*****!!!
-Eu deveria lavar essa sua boca com sabão.-disse eu.
-Por quê não lava com a sua saliva?
-Pervertida!
Itou foi até a cozinha e encheu o bule de água. Ele não estava mesmo sentindo o cheiro do gás, que já se espalhava por todo o cômodo.
Ele retirou um palito e fósforo da caixa, riscou-o na lateral, e uma enorme bola de fogo consumiu toda a casa.
-Isso aí!!!-gritou Ayumi.-Matamos um cara!!! Matamos um cara!!!
-Fique calada! Quer que todos te ouçam!?
-Fazia tempo que eu não tinha essa sensação!
-Você não matou seus pais há menos de dois meses?
-Claro, mas um apetite psicopata não pode esperar tanto tempo para se saciar!
Me perguntava se havia escolhido certo, chamando a Ayumi para morar comigo. Ela era uma garota legal, mas ao mesmo tempo era uma louca assassina... E pervertida.
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