Paola: - Aninha, eu não...
Ana, sem dar muita atenção, interrompe Paola e a indica o caminho para a enorme varanda do apartamento.
Ana Paula: - Por aqui amiga. Feche a porta e fique à vontade. A varanda é grande. Aqui você terá bastante privacidade caso seja isso que você queira.
Paola sorriu para Ana em forma de agradecimento e internamente torceu para que a amiga finalmente a deixasse sozinha. Feito! Ana voltou para dentro do apartamento e Carosella começou a fazer a ligação que tanto queria.
Enquanto Paola discava o número no teclado do celular, Fogaça silenciosamente aproximou-se dela acendendo um cigarro. Paola não percebeu a sua presença. O cigarro era uma boa desculpa para que ele também fosse até a varanda do apartamento.
Paola: - Alô, Bel? Liguei para saber se está tudo bem por aí. A Fran está dormindo? Vocês estão precisando de algo?
Bel: - Olá, dona Paola! Por aqui está tudo bem, não se preocupe. Fran está ótima! Aproveite a sua noite!
As duas se despedem encerrando a ligação. Paola se vira para voltar para o interior do apartamento quando é surpreendida por aquela visão que mexeu com ela durante toda a noite. O homem tatuado por quem ela poderia facilmente perder a cabeça: Fogaça.
Paola: - Cacete, Fogaça!!!!!! Que susto, homem!!!! O que faz aqui?
Fogaça: - Hahahahaha... Desculpa, lindinha! Dessa vez eu não tive a intenção de assustar você, eu juro! Vim fumar um cigarro. Aceita?
Paola: - Ohhhh no no... Odeio cigarro! Esse negócio faz muito mal, tatuado!
A essa altura da noite, ambos já estavam com altos níveis de álcool e desejo tomando conta de seus corpos e acelerando seus pensamentos para que tomassem atitudes e falassem coisas que jamais falariam sóbrios.
Fogaça: - Tenho vícios muito piores que esse, Carosella! E bem mais perigosos!
Paola: - Sério? E quais são?
Fogaça: - Vem cá. Antes de te contar sobre meus vícios, quero te mostrar uma coisa.
Fogaça estava do lado oposto ao da Paola na varanda. Com o convite, Paola se aproximou do tatuado.
Paola: - Quer me mostrar o quê?
Fogaça: - Tá vendo aquela árvore ali embaixo? Aquela maior de todas?
Paola: - Sim, estou! É bem bonita!
Fogaça: - Então, quando eu e minha irmã éramos pequenos, minha mãe dizia que quem desse 7 voltas em torno dessa árvore teria a alegria de encontrar o amor verdadeiro e alcançar a felicidade na vida. E sabe quantas vezes na minha vida eu dei essas 7 voltas?
Paola: - Que lindo! Quantas vezes?
Fogaça: - Eu fazia isso sempre que passava por aqui. E eu passava por aqui todos os dias.
Paola: - Nossa, Henrique!!! Então hoje em dia você deve ser o homem mais feliz do mundo. Certo? Hahahahaha
Fogaça: - Ainda não. Pra minha felicidade estar realmente completa, falta uma coisa...
A argentina continua rindo da sua própria piada quando Henrique lentamente aproxima ainda mais o seu corpo à pele quente de Paola, leva sua mão até a sua nuca, agarrando seus cabelos castanhos, com a outra mão puxa seu corpo mais pra perto e, sentindo toda a tensão e desejo do momento, leva sua boca até a dela num toque macio e cheio de sentimento quando, de repente, o celular dele toca e interrompe o momento tão esperado pelos dois. O celular estava na mão de Henrique e inevitavelmente Paola olhou o visor quando acendeu. Era uma ligação de Carine.
Fogaça: - Paola, desculpe!
Paola: - Me desculpe, Henrique! Quase fomos longe demais! Atenda o telefone. Eu já estava de saída.
Fogaça: - Não, Paola. Não quero atender. Fogaça imediatamente ignora a chamada de Carine. Vem aqui, vamos continuar o que começamos!
Paola volta para dentro do apartamento visivelmente desnorteada, mas todos já estão bêbados demais pra perceberem isso. Despede-se de Ana, Jacquin e Rô e vai até o elevador torcendo para que Fogaça não viesse atrás dela. O elevador chega no térreo e rapidamente ela vai até o seu carro quando alguém lhe pega delicadamente pelo braço.
Fogaça: - Paola, você não pode ir embora assim.
Paola: - Fogaça, nós bebemos. Sabe qual a chance de fazermos algo e nos arrependermos depois? Um milhão de chances! Infinitas chances!
Fogaça: - Eu sei o que estou fazendo e me responsabilizo por isso. Por favor, vamos conversar!
Paola: - Até mais!
Paola entra no carro sem pensar duas vezes, tranca as portas e acelera rumo à sua casa. Ela sabia que tinha chegado ao seu limite. Ela sabia que tinha feito Fogaça chegar ao limite dele também. O mínimo que ela poderia fazer era ir para a casa e esquecer tudo o que tinha acontecido ou estava prestes a acontecer naquela noite.
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