História Yes - Goodbye my little angel!

Junho de 2015

As coisas não podem estar melhores, tanto na minha vida pessoal como na profissional, eu estou fazendo festas para divulgar meu novo single Cool For The Summer. Wilmer e eu estamos mais felizes e apaixonados do que nunca.

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Mas foi ai que aconteceu... hoje é domingo Eu e Wilmer vamos almoçar em casa, só nos dois para podermos descansar de todo o trabalho que tivemos durante a semana. Wilmer foi ao mercado e eu estou fazendo a comida, Buddy esta brincando no quintal, ele corre atrás de uma borboleta e parece feliz. Escuto meu celular tocando a vou até a sala.

- Hi baby, o mercado esta meio lotado, eu acho que vou demorar um pouco.

- Tudo bem meu amor. Não esq... – Escuto Buddy latindo.

- Demi, esta tudo bem? 

- Sim, Buddy estava latindo, mas já parou. Não se esqueça do queij.. – Buddy começa a latir novamente, mas dessa vez é um latido de medo. – Wilmer preciso ver se Buddy est... – Um latido alto e de dor me cala, desligo o celular e corro até o quintal, Buddy não esta lá, seu brinquedo esta na beira da piscina e alguns pedacinhos de sua roupa estão caídos na grama, meu coração acelera.

- Buddy! – Grito. – Buddy venha! – Continuo andando e vou em direção às árvores, acho mais um pedaço da sua roupinha com sangue caído perto das flores. Começo a tremer, estou desesperada. – BUDDY CADE VOCÊ! BUD.. – Um rastro de sangue se estende pela grama e vai em direção as árvores no final da minha casa, MEU DEUS! Corro desesperada e o vejo deitado sobre a grama. – Buddy! – Sussurro, mas ele não se mexe, chego mais perto. Sinto mundo inteiro desmoronar, as lágrimas invadem meu olhos, Buddy esta todo machucado e cheio de sangue. – Meu Deus, não, não. Buddy acorde, por favor, por fav... – Caio de joelhos diante dele, mas ele não se mexe, não esta respirando. Buddy esta morto! – Isso não pode estar acontecendo. BUDDY! MEU DEUS, POR FAVOR NÃO!

- DEMI! – Wilmer grita e o ouço ele correndo até onde eu estou.

- WILMER! - Griro desesperada. - Wilmer, por favor! – Ele para atrás de mim ao ver Buddy, ele esta paralisado, lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto. - Wilmer faça alguma coisa, por favor! – Ele sê ajoelha e me puxa para seus braços

- Oqu.. oque aconteceu? – Ele sussurra em meio a soluços.

– WILMER FAÇA ALGUMA COISA POR FAVOR. Nos precisamos fazer alguma coisa. – Saio de seus braços e me debruço sobre, Buddy. – Acorde, por favor! Você não pode me deixar, Buddy por favor! – Não posso acreditar nisso, não posso viver sem ele, meu coração se quebrou em um milhão de pedaços, uma dor terrivel invade todo meu corpo, eu só consigo chorar e chorar....

- Demi...- Wilmer sussurra e coloca as mãos no meus ombros.

- Por favor não me deixe, eu preciso de você. Buddy eu preciso de você! – Seguro sua pequena cabecinha nas mãos e o encaro, seus olhos estão fechados e sua linguinha esta caida pro lado. – Acorde! – Sussurro, mas ele não acorda nem nunca mais vai acordar. Wilmer me abraça forte e eu choro com a cabeça afundada em seu peito.

- Se acalme! Por fav.... – Ele não consegue falar mais mada.

- Não, por favor não me deixe... – Sussurro. Eu quero gritar, quero que ele acorde, mas não tem como. - Por que? Buddy...

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Wilmer cava um buraco no jardim, limpo Buddy e o enrolo em uma cobertinha. Antes de coloca-lo no chão o abraço e me lembro da primeira vez que o segurei, lembro da forma como ele pulava a ficava feliz quando eu chegava em casa. Me lembro dele lambendo a ponta do meu nariz, da forma como se deitava sobre mim e Wilmer a noite. Seu corpo esta frio agora, ele não me lambe, não late, não se mexe, nem nunca mais fará nenhuma dessas coisas. Sinto uma dor horrível no meu coração, algo inexplicável. Meu pequeno Buddy, por que?

- Por que? – Me ajoelho no chão, afundo meu rosto na coberta e deixo as lágrimas saírem. – Meu pequeno Buddy, eu amo você. Eu preciso de você! – Sussurro e toco o seu gelado narizinho. – Obrigada por ter me dado o prazer de ter você na minha vida, obrigada por ter colorido minha vida da forma mais fofa e linda que eu poderia desejar. Buddy, eu amo você, sempre amarei você! – O coloco na terra e me levanto – Adeus meu pequeno anjinho. – Wilmer esta parado segurando uma pá, as lágrimas escorrem descontroladamente pelo seu rosto.

- Adeus, Buddy! - Wilmer termina de enterra-lo e me abraça. - Obrigada por cada segundo que passou conosco, descanse em paz filho. - Ele me encara e eu o abraço forte chorando. Fico assim um tempo e então toda dor me consome de uma forma que não acontecia a muito tempo, saio dos braços de Wilmer e entro correndo dentro de casa.

- DEMI! - Wilmer grita atrás mim, mas eu não paro,  preciso fazer isso parar, eu não aguento essa dor, não posso suportar, subo as escadas correndo e entro no banheiro. - DEMI NÃO! – Wilmer me segura antes que eu me corte, solto a lâmina e ela caio no chão, ele me encara assustado e me abraça. – Por favor não! – Me jogo em seus braços e o aperto contra mim.

- Wilmer eu... – Não posso dizer mais nada, a dor que estou sentindo é horrível, alto destrutiva.

- Eu sei! – Ele sussurra e beija minha cabeça. – Eu sei! – Nesse momento eu só quero acordar e ver que isso não passa de um pesadelo, quero que essa dor suma, quero acordar e ver que esta tudo bem, mas isso não vai acontecer. A dor só esta ficado cada vez mais forte e eu só consigo chorar e me perguntar porque isso esta acontecendo comigo.

- Faz parar de doer. - Imploro segurando sua camiseta. - Por favor, por fev..- O encaro, ele esta chorando e seus olhos estão vermelhos, suas mãos estão tremendo. Ele segura meu rosto e beija minha testa.

- Me perdoe! – Ele sussurra e me puxa novamente para seus braços. – Eu não posso, não poss... – Ele não consegue mais falar, choro nos braços de Wilmer até perder todas as minhas forças e adormecer.

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Estou na minha cama quando acordo, Wilmer esta sentado no chão com a cabeça entre as mãos.

- Wilmer. – Sussurro, ele levanta a cabeça e me encara, seus olhos estão inchados ele parece perdido em meio a dor e angústia. 

- Desculpa! – Ele sussurra. – Me desculpa, Demi. – Ele me encara chorando e eu me ajoelho na frente dele.

- Ei.... – Levanto seu rosto e o encaro.- Meu amor se acalme. – Sorrio tentando confortá-lo, mas como fazer a dor de alguém parar quando você esta morrendo por dentro?

- Me desculpa. – Ele repete e me abraça, sinto as lágrimas vindo e não tento impedi-las. – Você me pediu para fazer a dor parar, mas não consegui. Eu não consigo! – Ah Wilmer! Então é isso, ele sempre vai tentar fazer de tudo por mim, mas se culpa por não poder me fazer sentir melhor no momento

- Wilmer! – Encaro  seus grandes e escuros olhos. – Você me salvou de mim mesma, eu podia ter feito uma coisa que eu me arrependeria eternamente, você me impediu, me segurou e fez com que eu deixa-se a dor sair levando meu medo embora. - Respiro fundo e tento me acalmar. - Você está aqui agora, esta ao meu lado e isso vale mais que qualquer coisa no mundo pra mim. Eu sei que não vai ser fácil, mas nós vamos enfrentar isso juntos, por nós e pelo Buddy!

- Você é a mulher mais forte que eu conheço, sabia? - Ele sussurra e tenta sorrir. - Você consegue ser a luz em meio a escuridão e mesmo quando tudo está desmoronando em sua vida, você sorri e segue em frente. – Forço um sorriso e me aconchego em seus braços.– Eu te amo, prometo que vai ficar tudo bem. – Ele sussurra e beija minha cabeça.

- Eu tambem te amo! – Suspiro. Me levanto e vou até a janela encaro a grama e a imagem do Buddy todo machucado vem pra minha cabeça, de repente um ódio percorre todo o meu corpo. É minha culpa! – A culpa foi minha!

- Oque? Demi na..

- Se eu tivesse ido ver oq estava acontecendo a primeira vez que ele latiu, isso não teria acontecido. A culpa é minha! – Começo a andar pelo quarto, o desespero e a raiva tomam conta de mim.

- Demi a culpa não é sua! – Wilmer se aproxima tentando me acalmar, mas isso é impossível.

- Sim, eu podia ter salvo ele. – O encaro chorando. – É minha culpa, minha culpa! – Caio de joelhos e afundo meu rosto nas mãos, Wilmer se ajoelha e ergue meu rosto para encará-lo.

– Meu amor, a culpa não é sua. – Ele sussurra e me abraça forte. - Não tinha como você saber, não se culpe. Nós temos que ser fortes, está bem?

- SIm, por ele! - Sussurro tentando conter as lágrimas.

- Por ele! – Wilmer sussurra e me encara. – Vai ficar tudo bem, eu prometo! Eu amo você, Demi.

- Eu te amo, Wilmer! – Tento sorrir e o beijo.

Não vai ser fácil, eu sei que não, mas nós temos que ser fortes e enfrentar tudo isso juntos, Buddy trouxe alegria, união e um amor inexplicável para nossas vidas e é assim que devemos seguir em frente, por mais doloroso que seja viver sem ele, por mais difícil que isso se torne, é possível viver com a dor e nós vamos ser fortes. Vamos ser fortes pelo Buddy!