História Yes, My... Love? - Capítulo 8

A iluminação do quarto esta fraca, olho para a janela ao meu lado e vejo que o sol esta nascendo, respiro fundo tentando me virar, mas sinto um peso sobre minha cabeça. Sebastian. Um sorrisinho cansado surgiu em meus lábios, ele esta dormindo o que me fez surgir uma pitada de curiosidade, Sebastian tem algo angelical nele, também né ele era um anjo antes de fazer merda na vida, se é que ele teve uma vida. 

 Mas seus cabelos pretos faz jus ao seu rosto, seu grandes e sedutores olhos vermelhos, seu corpo magro mas possivelmente definidos por baixo de suas roupas casuais. Sem falar de sua pele, nada comparada a minha que tem uma corzinha. Mas ele, Sebastian parece um grande floco de neve. 

- Sebastian... - disse me levantando e ficando em sua frente. Ele me abriu os olhos um pouco sonolento. 

 Então ele dorme. 

 - Vem para cama. - disse.

 - Oh, n-não eu estou bem, irei preparar seu café para mais cedo. - disse ele tentando se levantar. E quando conseguiu, por algum motivo de força maior que encontrei em meu corpo pequeno o empurrei. 

- O que você!...? - disse ele jogado em minha cama me olhando assustado.

 - Vamos lá Sebastian, você que escolheu esta aqui, e eu escolhi te tratar do jeito que eu quero... Então, durma.

 - Serio, faz muito tempo que eu não faço isso. - disse ele se consertando na cama com os olhos fechando, dou um sorriso falho, peguei minha corberta e o cobri o que fez ele me olhar assustado.

 - Desculpa. - disse um pouco tímida mas ele não disse nada, acho que o sono foi maior que a sua fala.

 Enquanto ele dormia fui até o banheiro e lembrei da agenda de meu avô, como o Sebastian irá ficar comigo acho que posso fazer o que meu avô fazia com a ajuda deles. Saio do quarto pegando a agenda do meu avô e uma caneta, e antes de sair do quarto, conferi se ele estava mesmo dormindo. Chegando na cozinha sento me na cadeira e abro o diário onde estava uma fita vermelha. 

FESTIVAL DAS CRIANÇAS Todo ano fazemos uma grande festa nos orfanatos, ajudando as crianças (isso aconteceu quando eu era pequeno, lembro-me do que passei e isso me fez querer ter pena de pequenos que não tem culpa de nada.) Minha neta, apenas faça como queira, antes eu comprava varios brinquedos ou dava uma boa quantidade de dinheiro, então você escolhe o que quer fazer esse ano, mas cuidado, como você esta sozinha então você tera que ter muito cuidado. 

 Não vó, não estou sozinha.

 Ao pensar nisso vi pela janela da enorme cozinha que o sol havia se levantando um pouco mais olhei para um velho relógio e vi que era 07:00 e foi ai que tive uma ótima idéia. Corri para o quarto e vi que ele ainda dormia, e estava em um sono muito pesado pois estava com o corpo totalmente relaxado.

 Voltei para cozinha e cozinhei algo para tomarmos café, mas eu tomei o meu antes. Arrumei a bandeja e levei para o quarto e por minha sorte ele ainda estava na cama, abri as cortinas e vi que ele se moveu para o lado. 

- Você come não é? - perguntei olhando para a bandeja sobre a mesa. 

 - Você!...? - ele disse sentando calmamente na cama. - Cozinhou para mim? Não soube o que responder, meu coração começou a acelerar. Mas também por que raios eu estou fazendo isso? Ele, ele é um demônio.

 - Desculpa. - disse sentindo minha voz embarga, eu acho que estou gostando dele. Peguei a bandeja e corri para fora do quarto. 

Angel Of 

Sebastian On

 Eu não posso sentir meu coração, mas posso sentir minhas veias ferver dentro de mim, ela cozinhou para mim, e desde que me conheço por gente... Quero dizer demônio, ninguém fez nada do tipo, eu me deitava com as mulheres mas nada além, já ela... Vi ela abri a porta e corri segurando seu braço.

 - Desculpa, desculpa eu... 

 - Me escuta... - Você não gosta de mim, e eu estou forçando a barr- 

- CALADA! - gritei fazendo ela soltar a bandeja (a qual eu peguei.) Ela me olhava assustada sabia que queria falar alguma coisa, sabia que queria respostas.

 - Desculpe, quer tomar café comigo? - perguntei. 

- Já tomei. 

- Então me acompanha? - disse dando as costas e sentando na cama vi que ainda estava na porta do quarto.

 - Sebastian... Eu... - sabia o que ela queria dizer, mas estava com medo. Acho que eu era sua primeira paixão, e na primeira oportunidade seu coração se encantou por mim.

 - Eu já sei... Olha, eu já me envolvi com algumas mulheres, por sexo... - me arrependi um pouco ao falar isso, ela me olhou sem esperanças, mas eu como um dem... "Mordomo" não deveria fazer o que estou fazendo. Mas ela, a Angel é tão ela. Como um gato, faz o que quer, e isso me encanta.

 - Mas, não era compromisso, era por respostas. 

- Respostas? - primeira pergunta. Estamos indo bem. 

- Sim, algumas das mulheres eram envolvidas com alguns crimes então eu seduzia elas e conseguia o que queria.- disse.  

- É... Eu quero saber mesmo sobre meu avô. - ela disse me olhando confusa. Por que diabos eu achei que ela estava interessada em mim?

 - Oh, seu avô... Bem, ele era o meu mestre... - disse me sentando na cama vendo ela se sentar em minha frente. 

 - Tá, isso eu sei. Quero saber como ele trabalhava. - disse ela ajeitando seu vestido. Bem estou vendo que ela é bem direta nas coisas e isso me lembra muito o velho mestre. Respirei fundo e disse.

 - Bem seu avô lhe deixou algo não foi? - perguntei. 

- Sim, um diário. Mas eu quero ouvir de sua boca, sei que é um demônio e que tem a forma exata do pai do meu avô. E isso ele fez quando tinha apenas doze anos então você é muuuito velho.

Céus... Digo, que inferno de garota.