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História You And I - Capitulo 1


Escrita por: baekhyhunnie

Notas do Autor


AQUI ESTOU EU BEM LINDA POSTANDO FIC NOVA COM UMA LÁ A UM MÊS SEM ATUALIZAR EOWIRUEIOWUREIOUR
Essa vai ser um Sekai, já ouviram You And I da Lady Gaga? RECOMENDO U.U
PAOLA SUA LINDA AMOR DA MINHA VIDA, MEU NENEM, OBG POR BETAR E POR ME FAZER ESSA CAPA MARAVILHOSA (prometo q em breve posto alguma das fics q tu quer)

Capítulo 1 - Capitulo 1


A cada rua pela qual o carro passava, Sehun ficava mais apreensivo.

Lembrava daquelas ruas, daquelas casas, até mesmo de algumas pessoas que via passando. Era como se nunca tivesse passado nove anos longe dali.

Estacionou o carro em frente à um hotel, saiu do carro pegando sua mochila e entrou no prédio já com aparência velha.

— Boa tarde, em que posso ajudá-lo? — A moça da recepção sorriu gentilmente ao perguntar.

— Preciso de um quarto, por tempo indeterminado — respondeu retribuindo o sorriso.

— Temos um quarto com cama de solteiro vago — falou entregando um papel para o homem, deu uma conferida no que estava escrito ali e confirmou com a cabeça. O valor da diária não era caro, na verdade, nem se importava com isso, com o dinheiro que tinha poderia até mesmo comprar aquele prédio inteiro.

— Vou ficar com o quarto, deixarei para acertar tudo no dia que for embora — falou para a moça.

— Certo, então assine seu nome ali senhor, e coloque os outros dados também — falou entregando uma caneta para ele, assinou no final da folha e entregou a caneta e o papel para a mulher. — Seja bem vindo senhor Oh Sehun, seu quarto é o 22 — sorriu entregando a chave.

— Obrigado — falou pegando o objeto na mão da mulher e saindo dali em direção às escadas.

Entrou no quarto e jogou sua mochila em um canto qualquer, em seguida se jogando na pequena cama de solteiro que havia ali, apesar de tudo era confortável.

Sabia que não poderia ficar muito tempo ali, tinha que se arrumar para ir resolver sobre seus assuntos, mas resolveu que ficaria ali por apenas um cinco minutos, mas esses cinco minutos acabaram virando meia hora.

Quando viu que não havia como enrolar mais levantou e foi até sua mochila, pegou uma muda de roupas e tomou um banho rápido.

Quando já estava pronto saiu do quarto trancando a porta, a moça da recepção acenou com a mão para ele e foi retribuída, Sehun riu internamente do jeito da moça, sabia que ela havia se interessado por si, mas se ela soubesse do que ele verdadeiramente gosta desistiria.

Foi até seu carro e entrou no mesmo. Teria que ir até um bairro mais ao centro da cidade, então, seria melhor ir de carro, pois ficava um pouco longe de onde estava, mas não estava ansioso para ir até lá, em seu antigo bairro haviam muitas pessoas conhecidas, praticamente todas, afinal morou lá até seus dezessete anos.

Chegou em frente a lanchonete que havia marcado de ir e estacionou o carro, respirou fundo apertando com força o volante antes de abrir a porta do automóvel e sair.

Assim que seus pés tocaram a rua do lado de fora do carro algumas pessoas que passavam ali arregalaram os olhos, de certo se lembraram quem era, afinal sua aparência não havia mudado muita coisa desde que havia se mudado de lá.

Entrou na pequena lanchonete e olhou em volta procurando a pessoa que havia marcado de se encontrar, e não foi difícil encontrá-la.

Se aproximou da mesa em que o outro garoto estava, este estava tão concentrado em ler um livro que nem reparou a chegada de Sehun.

— Boa tarde, será que eu posso interromper sua leitura? — perguntou finalmente chamando a atenção do garoto para si.

— Sehunnie! — ele falou arregalando os olhos e em seguida abrindo um enorme sorriso, se levantou da cadeira em que estava e abraçou Sehun com toda força que tinha.

Sehun notou que o garoto era pouca coisa mais baixo do que si, mas já era praticamente um homem. Quando saiu da cidade, Luhan, seu irmão mais novo, não passava de um pirralho com oito anos, agora já estava para completar dezoito.

— Senti sua falta — Sehun falou retribuindo abraço, sentiu algo molhado em seu ombro e se afastou um pouco encarando Luhan. — Não chore Luhan, por favor — falou secando as lágrimas do pequeno.

— Eu senti tanta saudade de você — Luhan falou voltando a abraçá-lo.

Quando Sehun saiu da cidade tinha dezessete anos e seu irmãozinho oito, ambos sempre foram muito apegados, para Luhan Sehun era como seu herói, e Luhan sempre seria o bebezinho de Sehun.

Sehun se lembrava todos os dias do jeito que Luhan chorava implorando para que ficasse, o pequeno se agarrando em suas pernas para tentar fazê-lo ficar, mas não era como se Sehun pudesse ficar, não tinha escolha.

— Eu também senti sua falta, todos os dias — falou voltando a afastar o irmão, tentava controlar o choro, mas algumas lágrimas teimosas insistiam em cair de seus olhos. — Já comeu alguma coisa? — perguntou ajudando o irmão se sentar.

— Não, estava esperando você — falou com um sorriso.

— Você cresceu tanto, nem parece mais meu bebezinho — falou segurando a mão de Luhan, não se importou com os olhares julgadores que recebeu de algumas pessoas ali, só o que lhe importava no momento era seu irmão.

— Achei que você não viria — Luhan falou abaixando a cabeça.

Há dois meses atrás Sehun havia recebido uma ligação, e para sua surpresa era Luhan, seu irmão que já não tinha contato há nove anos, o pequeno implorava para lhe ver e por ajuda, e Sehun não pode recusar.

— É claro que eu viria, não te deixaria aqui sozinho — falou acariciando a mão do irmão. — Já contou para eles? — perguntou se referindo aos seus pais, eles nunca foram pessoas fáceis de lidar, Sehun aprendeu isso da pior maneira quando foi expulso de casa, e quando Luhan pediu para ir buscá-lo não pôde recusar, ele faria aniversário em uma semana, e com dezoito anos os pais não poderiam implicar dele sair de casa ou não.

— Ainda não, tenho medo da reação deles — Luhan suspirou. — Mas me fale sobre você, está tão bonito — falou com um sorriso.

— Bom, já lhe contei praticamente tudo por telefone — Sehun falou sorrindo.

— Você não contou tudo, não deu detalhes, nós não podíamos ficar muito tempo no telefone — Luhan falou fazendo Sehun rir.

— Tudo bem então... — respirou fundo e começou a contar: — Quando saí daqui cheguei em Seul e fui direto atrás de um emprego, não foi tão difícil de encontrar já que lá é uma cidade grande e tem muitas oportunidades, logo arranjei emprego em um restaurante, ganhava muito bem lá. O que foi ruim no começo foi onde eu iria morar, eu tinha pouco dinheiro e teria que me virar com o que tinha até receber meu primeiro salário, os dois primeiros dias fiquei em um hotel, mas depois conversei com um colega do meu trabalho que procurava alguém para dividir apartamento, eu imediatamente aceitei, por sinal hoje em dia ele é meu melhor amigo.

— E sua faculdade? Você virou médico não é? — perguntou com os olhinhos brilhando.

— Sim, eu consegui passar em um vestibular, trabalhava durante a noite e estudava de manhã e de tarde. Foi bem cansativo, mas valeu a pena no final, hoje trabalho em um hospital, tenho meu próprio apartamento, carro e ganho muito bem.

— E seu amigo? Você disse que tinha um amigo.

— Sim, Park Chanyeol, ele que me deu abrigo quando cheguei lá, ele é arquiteto, cuida da empresa do pai dele, por sinal é uma empresa bem famosa por lá, ele mora no apartamento ao lado do meu, é um ótimo amigo, me ajuda em tudo que eu preciso, inclusive ele que vai ficar cuidando do meu cachorro durante a semana que eu estiver aqui.

— O Vivi? Esse é o nome do seu cachorro não é? — Luhan perguntou empolgado, sempre gostou muito de animais, seu maior sonho era ir para a cidade grande para poder fazer seu tão sonhado curso de veterinária.

— Sim, o Vivi — falou rindo da empolgação de seu irmão. — Você vai gostar dele, dele e do Thoven.

— Thoven? — Luhan perguntou confuso.

— Sim, o cachorro do Chanyeol, é o Beethoven, você vai adorar ele.

— Posso anotar o pedido de vocês? — ambos encararam a mulher que havia se aproximado, ela usava um uniforme da lanchonete e tinha um pequeno caderninho em suas mãos.

— Eu quero só um suco de morango e uma porção de batata frita — Luhan falou sorrindo para a mulher.

— E o senhor? — perguntou agora encarando Sehun, mas assim que reparou quem era arregalou os olhos. — Então Oh Sehun voltou para a cidade? — perguntou em tom debochado.

— É um prazer revê-la Sunhee — Sehun falou se lembrando da mulher dos tempos em que estudavam.

— Tome cuidado Luhan, seu irmão não é uma boa companhia — a mulher falou cutucando Luhan com a caneta que tinha em mãos.

— Pare de ser insuportável Sunhee, venha Sehun, vamos comer em outro lugar — Luhan falou pegando a mão de Sehun e o levanto para fora da lanchonete.

— Não precisava fazer isso, poderíamos comer lá mesmo — Sehun falou já do lado de fora da lanchonete.

— Não, aquela mulher é idiota, vamos comer em outro lugar — Luhan falou sorrindo.

Foram andando até uma barraca que ficava em uma praça e vendia alguns lanches, ambos pediram o que queriam comer e sentaram em um banco.

— E namorados? Já arranjou alguém? — Luhan perguntou após ele e Sehun terem terminado de comer.

— Não, só tive alguns casos passageiros, não foi nada demais — Sehun falou dando de ombros começando a andar com Luhan pela praça. — E você? Não tem ninguém que lhe prenda aqui?

— Você sabe que não, já lhe falei sobre isso no telefone — Luhan falou sentindo as bochechas corarem um pouco.

— Você sabe o quanto é corajoso por não se esconder por medo? — Sehun falou passando um braço envolta dos ombros do irmão.

— Não sou corajoso, estou fugindo. Nunca admiti nada em voz alta, somente para você — Luhan falou.

— É corajoso sim! Qualquer um que tenha coragem de admitir para si próprio do que gosta e não se esconder por medo do que vai ter que enfrentar é corajoso para mim — Sehun falou.

Luhan era homossexual, mas nunca havia admitido para ninguém, na verdade não poderia admitir, a cidade era pequena, era uma cidade tradicional demais, às pessoas eram muito preconceituosas, Luhan nunca poderia admitir que gostava de homens.

Foi assim que Sehun foi expulso de casa, praticamente expulso da cidade. Haviam descoberto sua orientação sexual, o trataram como lixo, foi olhado com nojo e decepção por pessoas que pensava lhe amar, abandonado por quem pensou que nunca o deixaria, não queria o mesmo para o irmão, por isso foi buscá-lo.

— Obrigado, por tudo; por ter vindo me buscar, por me ajudar com o que eu preciso, e obrigado principalmente por ter vindo mesmo tendo que receber as ofensas das pessoas idiotas dessa cidade — Luhan falou abraçando o irmão pela cintura.

— Deixe as pessoas, são todas velhas e chatas, e as que não são velhas e chatas tem pensamentos de gente velha — Sehun falou. — Você vai gostar de Seul, lá as pessoas não são assim, eles tem uma mente mais aberta.

— Qualquer lugar é melhor do que aqui — Luhan falou suspirando triste. — E esse cabelo, por que pintou de cinza? — perguntou tocando nos fios acinzentados na cabeça de Sehun.

— Lá em Seul é normal pintar o cabelo de cores assim, você tinha que ver um tempo atrás, ele estava rosa, e logo que comecei trabalhar no hospital pintei ele todo colorido — Sehun falou fazendo Luhan rir.

— E não reclamam de você trabalhar em um hospital com o cabelo todo colorido?

— Não, eu sou pediatra, as crianças adoravam meus cabelos coloridos, falavam que parecia um arco íris, e quando ele estava rosa uma garotinha perguntou se era algodão doce.

— Eu não consigo te imaginar com um cabelo todo colorido.

— Quando chegarmos em Seul vou pintar ele para você ver, também vamos dar um jeito nesse cabelo de loiro queimado pelo sol — falou tocando nos fios de cabelo de Luhan.

— Eu gosto do meu cabelo loiro — Luhan falou fazendo um biquinho com os lábios.

— Certo meu loirinho, venha que vou te levar pra casa — Sehun falou e em seguida ambos começaram a caminhar de volta em direção à lanchonete que haviam ido antes.

— Esse carro é seu? — Luhan perguntou arregalando os olhos quando viu o carro que Sehun havia aberto.

— Sim, entre, hoje você vai chegar em casa com estilo — Luhan sorriu largamente e abriu a porta do carona entrando no carro.

— É tão lindo, nunca andei em um carro desses — falou colocando o cinto, de fato era um carro luxuoso demais para a pequena cidade onde só havia carros pequenos e baratos.

— Agora entrou, e ainda vai andar muito nesse carro — Sehun falou ligando o carro, ainda se lembrava do caminho, nunca esqueceria sua antiga casa.

— Eu acho melhor você me deixar na esquina de casa, vamos chamar muita atenção chegando nesse carro — Luhan falou quando já estavam chegando.

— Mas eu quero chamar atenção, quero que todo mundo veja que eu estou aqui, quero que vejam o quanto minha vida melhorou e que não precisei de nenhum deles pra isso — Sehun falou sério. — E também quero que nossos pais saibam que você vai comigo daqui uma semana, é bom que eles já vão se preparando.

— Você sabe que eles vão ficar bem bravos comigo não é? — Luhan perguntou mordendo o lábio inferior.

— Se ele brigarem ligue para mim, venho correndo te buscar, não vou te levar embora agora porque ainda falta uma semana para você fazer dezoito, e não quero ter problemas com os velhos por enquanto, mas ficará no hotel comigo — Sehun falou, seu coração começava a disparar em seu peito conforme o carro ia passando pelas ruas, se lembrava daquela parte do bairro muito bem, havia passado tantos momentos ali.

— Não acredito que veio passar uma semana aqui só por minha causa.

— Eu estou de férias, não é nenhum peso para mim vir aqui — Sehun falou suspirando ao ver sua antiga casa ao longe, não havia mudado nada.

— Não mudou nada, não é? — Luhan perguntou vendo o rosto triste do irmão.

— Está tudo da mesma forma de quando eu fui embora daqui — Sehun falou desacelerando o carro. Quando parou em frente à casa fechou os olhos e voltou a suspirar pesadamente. — Não saia do carro ainda — Sehun falou vendo que o irmão havia soltado o cinto e estava prestes a abrir a porta do carro. — Espere um pouquinho aí dentro — falou, em seguida saiu do carro e deu a volta no mesmo, abriu a porta do carona e fez sinal para que Luhan saísse.

— Tudo isso só para que as pessoas lhe vejam? — Luhan perguntou sorrindo.

— Eu disse que queria que todos soubessem que estou aqui — Sehun falou retribuindo o sorriso.

— Eu vou entrar, obrigado por hoje — Luhan falou abraçando Sehun com força.

— Eu venho amanhã bem cedo te buscar para te levar na escola, tudo bem? — perguntou sentindo o irmão assentir.

— Até amanhã — Luhan falou se afastando de Sehun, o mais alto lhe deu um beijo na testa e bagunçou seus cabelos, Sehun sempre fizera isso em Luhan quando ele era uma criança.

Sehun viu Luhan se afastar de si e passar pelo portãozinho de entrada, em seguida o mais baixo sumiu para dentro de casa, Sehun observou as casas no bairro, e a casa que ficava ao lado da sua fez seu sorriso morrer, aquela casa trazia tantas lembranças para Sehun, voltou seu olhar para sua antiga casa e viu alguém parado na janela, era sua mãe, a mulher lhe encarava com puro desgosto.

 Sehun respirou fundo antes de virar as costas e voltar para seu carro.

 


Notas Finais


E FOI ISSO AI \O/
Mentira q ainda tem uns 4 cap, q por sinal só falta terminar um u.u
Por isso to postando ela, pq tá praticamente pronta u.u

Beijinhos pessoinhas, e espero que gostem dessa fic \o\o


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