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História You And I - A Casa Do Lago


Escrita por: YukiGrey

Notas do Autor


Oiee cupcakes *u*
Não me atirem pedras, okay? A explicação é simples, estou sem net, buá buá, arrumei um tempinho e vim numa lan house para não atrasar tanto as fics ;-;
Espero que entendam, mas não pense que as abandonei, não!
Amei saber que tem novos favoritos *-* e obrigado as comentários passado, são muito importante para mim, responderei assim que me houver tempo, okay?
Enjoy History

Capítulo 16 - A Casa Do Lago


POV Fubuki:

Dei meu endereço para o Kudo e o mandei ir o mais rápido possível... Fiquei quieto no banco, estava desnorteado, o que mais minha mãe escondia? As demoras de minha mãe no mercado agora estão bem explicadas.

— Fubuki assim não dá... Preciso que fale comigo — falou Kudo sério, eu devo contar a ele, afinal minha mãe estava envolvida com ele

— A sua ex-namorada... É a minha mãe — falei observando a cidade pela janela, eu não sei como ele recebeu essa noticia, acho que o silencio responde

— Por que a pressa? — perguntou por fim

— Não sei — respondi segurando o choro — minha mãe traiu meu pai, eu não consigo acreditar nisso. Eu só quero respostas, acho que por isso a pressa

— Ela é casada? — perguntou sério e eu assenti — mais que merda! Eu não sabia

— Não te culpo, somos todos vitimas

— O que pretende fazer? — perguntou curiosos e eu o encarei,  seus olhos não tinham brilho, eram opacos, olhos de quem não via motivos na vida e o procurava desesperadamente — digo. Quando ela admitir a traição

— Não faço à mínima — respondei respirando fundo, então minha vi minha casa, Kudo estacionou em frente o seu Ranger Rover, fiquei analisando, eu estava com medo, a única pessoa a quem eu ainda confiava me traiu, traiu a família

— Vou esperar aqui fora — falou Kudo

— Não há necessidade — falei desanimado e Said o carro — obrigado — falei e fechei a porta

Não pensei duas vezes e entrei dentro de casa, olhei a sala e não a encontrei lá, fechei a porta e assim que ouviu o som ela surgiu da cozinha com um largo sorriso que foi diminuindo aos poucos quando viu minha cara séria.

— Vejo que a festa estava divertida já que chegou essas horas em casa — falou

 — Você traiu meu pai — falei com a voz um pouco embargada e a encarei, ela estava surpresa como eu pensei

— Não faça brincadeiras desse tipo — falou com um sorriso sem graça

— Não estou brincando — falei ríspido — eu tenho provas... Por quê? Por que fez isso?

— E-e-eu não resisti filho! Ver ele me trouxe lembranças do passado, de minha juventude, foi bom, até que minha ficha caiu e notei o quão errado era o que estava fazendo eu o deixei... Nunca mais vou cometer esse erro! — respondeu chorosa

— Não sei o que pensar. Criei um personagem de uma mãe perfeita, mas agora tudo desmoronou... A senhora está se transformando em tudo que eu achei que não se transformaria — falei com um nó na garganta

— Não diga isso filho! Eu te amo — falou soluçando, eu respirei fundo e engoli o choro

— Eu também te amo... Mas preciso de um tempo, para pensar — falei e fui em direção a saída, antes que ela protestasse abri a porta e sai

Bati a porá atrás de mim levemente, senti um tremor no corpo, senti meu coração se encolhendo, meus olhos arderam e não consegui evitar e as lagrimas rolaram no meu rosto o deixando molhado. Respirei fundo e tentei ao máximo enxugar as lagrimas, levantei a vista e vi o carro do Kudo. Kudo estava encostado na lateral do carro com as mãos no bolso, charmoso, admito. Sei muita vontade de dialogar sobre o que aconteceu lá dentro caminhei relutante até ele.

— Devia ter ido embora — falei quase num sussurro, senti que qualquer coisa que eu fosse falar alto, eu iria desabar em lagrimas, então resumi minha voz ao um sussurro

— Devia — afirmou pensativo — então notei que talvez você precisasse de um transporte de fuga depois que conversasse com sua mãe — falou e eu sorri fraco

Ele se ergueu e abriu a porta do carona, sem relutâncias entrei, não havia motivo para recusar uma oferta dessas.

 

Eu não sabia para onde ele estava me levando, mas ficava feliz cada vez mais que nos afastávamos de minha casa. Pela janela do carro observei a paisagem mudar, as casas foram substituídas por uma floresta densa à medida que ele seguia com o carro pela pista... Alguns minutos depois, ele entrou numa estrada de terra a direita, não demorou e chegamos numa casa, mais a frente se estendia um grande lago, uma visão deslumbrante.

As grandes arvores alaranjadas, as folhas caídas dançando conforme o vento, , o cheiro da terra, o clima úmido e frio de outono. O lago era bem tranqüilo, suas pequenas ondas seguiam um ritmo lento, como se alguém tivesse jogado uma pedra no centro dele e perturbado seu sono. Se prestasse mais atenção era possível ver uma pequena neblina pairando acima das águas, tudo perfeito.

— Imaginei que gostaria — falou Kudo saindo do carro e fiz o mesmo lutando para não babar — essa é uma antiga propriedade da minha família, vinha muito aqui quando mais novo

— É lindo — falei, eu provavelmente parecia um idiota observando tudo

— Vamos entrar

Assenti e caminhamos lentamente até a casa. Ela era toda de madeira, madeira vermelha que contratava perfeitamente com tudo ao redor, em alguns lugares era de pedra dando um charme à parte. Na frente havia uma varanda longa que cercava ela por quase completo.

Entramos dentro dela e senti o cheiro da madeira velha, seus moveis eram todos de madeira também, muito bem conservados. Havia uma lareira grande na sala com indícios de que havia sido usada ultimamente, com restos de lenha semi-queimada. Em cima da lareira havia uma águia empalhada, mas ao lado um alce, uma típica casa de caçador.

— Vou preparar algo para comermos — falou indo para a cozinha que era dividida da sala por um balcão

— Tem comida aqui?

— Claro! Nunca se sabe quando se precisa dar uma escapada para pensar — respondeu dando levemente de ombros — por isso sempre a mantenho abastecida com alimentos na data de validade — falou como se já soubesse a pergunta que se seguiria e sorri

Ele assou ovos mexidos, bacon e torradas, um típico café da manhã americano, e para finalizar fez um chá delicioso.

Aquele lugar emanava uma energia tranqüilizadora, a casa e tudo nela era acolhedor e aconchegante como um abraço de uma mãe, um lugar lindo, e a companhia agradável me fez esquecer minhas tristezas e problemas. Melhor do que encher a cara.

Depois do café sentamos no sofá para assistir TV, ficamos ali até as onze quando contra a minha vontade tínhamos que ir, o Kudo tinha compromisso com a escola... Deixei-o fechando a casa e fui até o lago para me despedir. De repente morar ali naquele lugar não seria uma má idéia, na verdade eu adoraria.

— Podemos ir? — perguntou Kudo ao meu lado

— Não quero voltar para casa — respondi triste — não tenho mais nada lá, nada que valha a pena voltar. Meu pai não me vê nem se importa comigo. Minha mãe é uma desconhecida. Meu irmão me virou as costas — falei e essa última frase saiu rasgando o meu peito e senti meu corpo tremer, por um momento achei que fosse desabar. Kudo se adiantou e me segurou pelo braço, meus olhos se encheram de lágrimas contra minha vontade

— Sua vida está uma bagunça. O que não te mata te deixa mais forte, seja Forte — falou sério — veja o quão forte se tornou desde que seu amor te magoou, aça com que essas tristezas, decepções se tornem seu alicerce

— Tentarei — sussurrei, respirei fundo e engoli o choro que estava em minha garganta me sufocando

Como eu amo o Goenji, se ele soubesse, nunca teria me dado as costas. Não faço o mínimo de idéia de como esquecê-lo, talvez não seja possível, eu terei que aprender a viver com essa tristeza no peito para sempre.

 

Novamente estávamos na estrada, rumo à cidade, isso não me agradou muito, mas não há mais opções, tenho que enfrentar e viver com as dificuldades que a vide me pôs.

— Como consegue... Agir tranquilamente, como se nada tivesse acontecido? A mulher de sua vida o magoou novamente — falei o encarando, ao perceber que extrapolei com a pergunta pessoal me calei e fitei minhas mãos que estavam pousadas em meu colo

— Agente se acostuma — falo ele sério — ainda não é o fim

Infelizmente nos chegamos à frente de minha casa, eu a analisei por um tempo. Silenciosa. Tão tranqüila para um lar tão perturbado.

— Vá — ordenou Kudo e abri a porta — só mais uma coisa. Temos que limitar nosso relacionamento para estritamente profissional... Desculpe-me te dizer isso, e logo agora, mas é conduta imprópria um professor ter muita intimidade com os alunos, eu posso ser acusado de pedofilia mesmo não havendo nada entre nós, é errado

— Não se preocupe... Não é o fim do mundo, afinal o que não te mata te deixa mais forte — falei com um sorriso irônico e antes dele protestar fechei a porta do carro com força

Corri pra a porta de casa, abri e depois que fechei a encarei por um bom tempo, eu não iria chorar por causa de outro idiota em minha vida, mas não tinha como eu não sentir nada, eu fiquei decepcionado, claro. Mas fazer o que? A vida é assim mesmo.


Notas Finais


Então, muito Kudo não é? kkkkk no proximo vai ser um Pov do Mido ^^
Comentem, favoritem, adoro todas vocês <3
XoXo


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