Oi ? - arqueei as sobrancelhas ainda não acreditando no que acabei de ouvir.
- O que foi? Não gostou?
- Pera... - pensei um pouco - está me dizendo que vai me mandar pra Budapeste com o Martin?
- Não, ela falou Budapeste porque na verdade é Roma. - meu padrasto brincou e eu mostrei a língua
- É sério Olivia, pergunta pra ele
- AI MEU DEUS - gritei e abracei minha mãe, meu padrasto de tanta felicidade - obrigada obrigada obrigada - enchi minha mãe de beijos e ela riu
- Vai agradecer ao Martin!
- Eu vou ligar para aquele louco agora! - subi as escadas correndo e rindo. Ainda não estava acreditando, quando que ele combinou tudo isso com a minha mãe?
Disquei seu número e ele atendeu na maior tranquilidade do mundo.
- Você é louco!
- Suponho que tenha descoberto minha surpresa
- MEU SEUS GARRITSEN - gritei e ele ria - quando que você combinou tudo isso?
- Tenho minhas técnicas. Gostou?
- Eu amei! Nossa, não sei nem como te agradecer
- Mas eu sei
- Não vou fazer o seu dever de casa
- Não, você vai abrir a porta.
- Hã?
- Desce e abre a porta logo, tá frio sabia?
- Martin você não está... - desci as escadas indo em direção à sala
- Anda logo
- Filha onde você vai? - gritou minha mãe
- Mãe o Martin é mais que louco! - gritei de volta abrindo a porta e dando de cara com um ser de capuz sorridente. - Definitivamente você é louco! - rimos e ele me abraçou apertado. Uma de suas mãos foram até o meu cabelo enquanto a outra dava a volta na minha cintura. Agarrei o seu pescoço o abraçando forte, o abraço do Martin era tão bom que eu nem sei.
- Oi tia - ele falou desfazendo o abraço e então foi onde eu percebi que minha mãe estava na sala. Fechei a porta da sala e olhei para os dois com cara de brava.
- Podem me contar TUDINHO - rimos
- No dia que o Martin veio aqui, aproveitou quando você foi ao banheiro para pedir meu número e disse que queria fazer uma surpresa pra você.
- Aí depois que eu peguei o número da sua mãe mandei mensagem explicando tudo
- Eu deixei você ir, porque sei que é responsável e vai estar em boas mãos
- Filhos da mãe vocês! - riram
Meu padrasto então, entra na sala.
- Ela descobriu já?
- Você também sabia Tom? - perguntei indignada
- É claro que eu sabia
- Vou me lembrar disso
- Gostou? - Martin pergunta
- Eu amei - dei um beijo em sua bochecha
*Dia seguinte*
- Pessoal não se esqueçam de estudar para as provas daqui a duas semanas! - disse o professor de química me lembrando de que o inferno era real.
- Liv - Anna me chamou assim que sai da sala e me virei.
- Sim
- Podemos conversar? - sugeriu e eu assenti. Fomos até uma mesa no refeitório e então ela começou a falar - olha, eu fui muito estúpida com você, os meninos também foram mas eu não posso falar por eles. Só queria me desculpar e dizer que eu fui uma idiota, é claro que você pode andar com quem você quiser, e desculpa por aquela noite também.
- É claro que eu te desculpa Anna! - sorriu - eu não estou aqui pra julgar ninguém, confesso que também perdi a cabeça com vocês.
Nos abraçamos e eu senti um alívio enorme em ter minha melhor amiga nos meus braços novamente.
- E como tá indo seu trabalho com o Garrix?
- Muito bom, acho que está funcionando. - no momento nem me lembrei da viagem que faríamos no final de semana.
- Sabe Liv, eu sempre soube que você ia voltar a escrever. E que ia fazer muito sucesso
- Mas eu não faço sucesso - ri
- Ainda não faz - piscou
Depois do intervalo voltei para as aulas e só conseguia pensar em como esse final de semana seria extraordinário.
Biologia, história e filosofia.
Eu estava prestes a dormir na mesa.
- Hey! - encontrei Martin assim que deu o horário da saída.
- E aí baixinha! - me abraçou
- Como você está? - perguntei
- Bem e você?
- Ótima. Fiz as pazes com Anna!
- Sério Liv? - pareceu feliz - isso é muito bom
- Ela veio me pedir desculpas, mas ainda não falei com os meninos.
- Não se preocupe que logo vocês voltarão a se falar também. - sorri - ih pera aí que o Julian tá me chamando.
Avistei Julian no estacionamento com uma galera e acenei para o mesmo que retribuiu, fui em direção ao meu carro guardar minha mochila que estava pesando como chumbo nas minhas costas.
- Liv! - Anna me parou no caminho, Tyler e Mike estavam junto com ela.
- Oi - sorri
- A gente queria te chamar pra uma festa na minha casa.
- Legal, quando vai ser? - falei animada
- Vai ser no sábado, sério nos compramos bebidas, mas relaxa que não vamos te dar trabalho - riu e meu sorriso já estava desfeito- e você pode levar seus amigos também
- Então Anna - falei meio sem jeito - é que no sábado eu não vou poder
- Ah - fez biquinho
- Mas a gente pode remarcar pro domingo se quis..
- É que, eu vou viajar. - não sei porquê mas eu estava com um certo receio de contar pra ela. Talvez não por ela, mas pelos meninos.
- Sério? Não me contou que ia viajar! - disse Anna
- É eu vou pra Budapeste
- Aí que demais! Sempre quis conhecer
- Garrix tem show em Budapeste nesse final de semana - Tyler estava me provocando, só pode
- Sim, eu... Eu vou com ele. - Anna pareceu meio surpresa/chateada/sei lá o que e os meninos se entreolharam.
- Eu falei Mike - diz Tyler e Anna revira os olhos já sabendo o que vem pela frente
- Foi mal gente, não sabia que a festa seria nesse final de semana
- Não é essa a questão Olivia! - dessa vez falou Mike já levantando o tom de voz. - É que não faz nem duas semanas que você conhece esse cara direito, e já tá indo viajar com ele!
- Olha Mike eu sinto muito se isso te atingiu de forma grotesca
- Tá trocando a gente por um bando de DJ's - Tyler olhou incrédulo
- Não Olivia, você está certíssima - falou Anna - não tem que ficar dando satisfações pra ninguém, e ninguém te impede de ter amizades. Isso é ridículo - olhou com desgosto para Tyler e Mike - me abraçou e passou reto sem nem olhar para os dois, que também saíram atravessando o estacionamento.
Entrei no meu carro e comecei a chorar, o que mais me irritava era que sempre foi assim, Anna me compreendia mas os dois morriam de ciúmes de mim com outras pessoas e sempre acabavam arrumando confusão. Eram tão egoístas e arrogantes que não podiam me ver com outra pessoa ou até mesmo com um menino que achavam que eu os trocava.
Nem me despedi de Martin ou dos meninos e dei partida indo para a minha casa. Sou sensível mesmo, e odeio brigar com meus amigos.
Sábado, 5:45 da manhã
- Filha, ele chegou! - gritou minha mãe do andar de baixo
- Tô descendo! - só terminei passando um batom clarinho, peguei minhas malas e desci. No meio da escada Julian pega a mala da minha mão e desce a mesma.
- Obrigada
- Bom dia bailarina, como dormiu?
- Extremamente bem, e bom dia
- Pronta? - Martin sorri ao me ver
- Sim! - retribuo - Tchau mãe! - abraço minha mãe e em seguida meu padrasto - Tchau Tom!
- Cuidado, tire muitas fotos e aproveita!
- Ela estará em boas mãos - Martin pisca pra ela que sorri.
Entramos no carro e cumprimento um homem que estava dirigindo.
- Liv esse é o Watsen
- Muito prazer Liv - ele sorri dando uma olhada rápida pelo retrovisor e retribuo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.