História You are an Angel? - Capítulo 5

  *POV KILLIAN:
      Há 2 horas atrás, eu havia esbarrado com uma desconhecida no aeroporto e derrubo um copo de água nela sem querer, descubro que ela é melhor amiga do meu irmão, e agora, estou aqui, a caminho de sua casa para que eu ajude ela a estudar para a prova que ela terá na escola. Quem diria. Emma era bem carismática, sempre puxando assunto comigo. Eu sou timido, mas não sei porque estou desse jeito agora, ela deve achar que eu sou um bobo, desastrado e nerd, pelo que meu irmão disse, mas eu posso garantir, eu não sou assim. 
    Enquanto eu e Emma caminhávamos, ela me perguntava sobre o que eu aprendia na marinha, sobre mim, coisa que ninguém nunca se importou antes, já que me conheciam como ''pirata'' ''aquele que só falava do mar.'' Ficamos conversando por um bom tempo, e enfim, chegamos em sua casa. Confesso que eu esperaria não encontrar ninguém na casa, nada demais, é que eu nunca tive uma boa recepção. 
   — Não vai entrar?   – Emma fala segurando a porta já do lado de dentro esperando que eu entre. Eu não digo nada, apenas sorrio e vou entrando na casa, uma casa bem espaçosa por sinal. Ao adentrarmos mais, vejo um homem sentado no sofá assistindo televisão, logo Emma se aproxima desse homem. 
  — Hey pai. – Ela deposita um beijo em sua testa.
  — Filha, por onde andou? – Emma começaria a responder, mas o olhar de seu pai veio em direção a mim. — E você rapaizinho? Nunca te vi aqui antes, você é? 
  — Am... E-eu...sou Killian Jones senhor, eu... – Swan logo me interrompe. Será que ela gosta de ser chamada assim? 
  — Bom pai, este é Killian Jones, ele veio passar um tempinho aqui na cidade com seu irmão, Liam, sabe o Liam? Então...e Liam disse que Killian poderia me ajudar a estudar para a prova de amanhã, então é isso, já vamos indo. vem Killian.  – Emma me pega pelo pulso e começa a me puxar pelo corredor, não entendi por que tanta pressa.
*POV EMMA:
    Precisava despistar meu pai antes que ele começasse seus interrogatórios para Killian, então pego Killian pelo seu pulso e começo a puxa-lo...até que...
   — ESPEREM!! – Meu pai nos chama e tivemos que parar no meio do caminho.
   — Antes de subirem lá pra cima, quero informa-los que estarei aqui em baixo o dia inteiro, então tenham juízo lá em cima! E quanto a você...Killian... – Ele engole a seco. — Seja bem vindo a Storybrooke, espero que se sinta confortável aqui... – Killian apenas agradece e prosseguimos nosso caminho. 
   — Desculpe por isso...meu pai é bem protetor as vezes e ele também não é muito simpático.
   — Tudo bem, nem foi tão ruim assim, pelo menos não foi igual as outras recepções que eu tive... – Tenho a leve impressão que ele não queria ter dito isso em voz alta. 
   — O que você disse? 
   — Nada...
   Resolvi deixar pra lá, não quero que ele pense que eu sou uma pessoa curiosa, apesar de eu ser completamente curiosa. Finalmente entramos no meu quarto e vamos nos acomodando. Pego alguns livros de Quimica na estante, mas como estavam muito pesados Killian me ajuda a carrega-los. 
   — Você deve passar horas e horas estudando esses livros gigantes. – Ele começa.
   — Sim, infelizmente, odeio quimica.
   — Isso é no começo, logo você vai ver que não é tão tenebroso como imagina, é questão de prática, vou te ensinar uns truques do meu pai.
   — Sério? 
   — Estou aqui pra isso senhorita. 
    Killian era um fofo, tinha que admitir, queria bater em Liam por ele não ter me dito o como Killian era antes, ele foi falando detalhadamente todos os truques que seu pai lhe ensinara sobre a quimica, e desse jeito, nem era tão dificil assim, mas ele estava tão próximo, como se já nos conhecêssemos a bastante tempo. Estudamos por duas horas, eu já havia entendido muita coisa que eu nem imaginava, mas estava cansada e ele resolveu dar uma paradinha na sua aula maravilhosa. 
   — Obrigado Killian, de verdade, você foi um anjo que caiu do céu, nunca pensei que quimica fosse parecer tão fácil com você explicando. 
   — Como eu disse.. questão de prática, eu praticama muito esses métodos com Milah... – De repente vejo seu rosto entristecer.
  — Quem é Milah? – Pergunto curiosa.
  — É uma longa história, uma hora quem sabe eu te conte...– Ele fala por final.
  — Confia em mim? Mal nos conhecemos. – Exclamo, mas em um tom calmo. 
  — Porque você é legal, e creio que também é uma boa amiga, não vejo problema em confiar.
  — Ownt!! – Não me seguro e acabo apertando sua bochecha, nem tão forte e nem tão leve, algo estava acontecendo ali, eu não sabia direito o que era, então logo me afastei. Ficamos nos olhando por alguns segundos, mas logo depois Killian quebra o clima quando faz uma pergunta. 
  — Você toca? – Percebi que ele olhava pro violão que estava no fim do meu quarto. 
  — Ah, aquele violão velho? Não, ganhei de aniversário do ano passado, mas nunca aprendi a tocar, está parado ali tem tempo, nem sei se ainda presta. 
  — Bom...deixa eu testar pra ver se ele está em bom estado. – Killian vai em direção ao violão, o desembrulha, e senta na minha cama e começa a tocar alguns acordes. seu rosto começa a se entristecer novamente, e isso já estava me incomodando. 
  — Killian, tudo bem? 
  — Sim, sim, só estava desafinado. – Ele fala desviando do assunto. 
  — Não, me refiro a você, você ficou triste de repente...
  — Não é nada, juro. – Ele da um sorriso, acaricia meu braço e coloca o violão no lugar que ele estava. Notei que Killian não iria se abrir pra mim naquele momento sobre o que entristecia ele, e sobre quem era Milah, então decido mudar de assunto.
  — Que tal irmos tomar sorvete? Tem uma sorveteria muito boa aqui perto, você vai amar, e assim você aproveita e conhece mais um pouco sobre a cidade. 
  — Por mim tudo bem. 
  — Ótimo, então vamos!
     Saimos do meu quarto e descemos as escadas, e meu pai não estava brincando, ele realmente estaria lá em baixo, ainda bem que não fizemos nada demais.
  — Aonde pensam que vão? – Meu pai pergunta se levantando do sofá.
  — Vamos tomar sorvete. 
  — Mas vocês não iriam estudar?
  — Já estudamos pai. E agora eu vou mostrar a cidade pro Killian.
  — Quanto tempo estudaram? – As vezes queria que meu pai fosse mudo. 
 — Tchaau pai. – Digo acenando com uma mão para meu pai e empurrando Killian com a outra, finalmente nos livramos dos interrogatórios.