Acordei com a claridade da luz adentrando meu quarto. Abri os olhos e esfreguei as costas das mãos em meus olhos diversas vezes. Me pus sentada na cama, observando atentamente ao meu redor, peguei o celular e o desbloqueei, arregalei os olhos quando percebi que estava mais do que atrasada para o trabalho. Me levantei apressadamente, peguei uma toalha e minha roupa e entrei no banheiro, fechando a porta logo em seguida. Me despi rapidamente e adentrei de baixo do box, ligando o mesmo. Água fria pela manhã, meu Deus! Que frio! Fiz minha higiene e desliguei o chuveiro.
- Frio, frio, frio! - Falei tremendo, peguei a toalha e a enrolei em meu corpo, me sentindo mais quente. Escovei os dentes, e saí do banheiro já vestida. Escutei meu celular tocar e corri para atender o mesmo, vi que era uma chamada de Choa. Atendi.
- Jimin? Você está atrasada, o carinha já está aqui. - Falou e fiquei pensando no que responder. Quem era esse ''carinha''?
- Aish, calma, já estou indo. Falta pouco. Calma, calma, calma. - Falei rapidamente. Desliguei a chamada e me sentei na cama, coloquei o salto alto e penteei os cabelos, os deixando soltos mesmo. Sorri com o resultado, não estava tão ruim. Coloquei o relógio em meu pulso.
- Aigoo... - Resmunguei baixinho. Hoje Kim irá vir arrumar está zona de guerra, que eu chamo de casa. Saí do quarto e fui para a cozinha, peguei uma tigela e pus vários morangos dentro da mesma. Peguei tudo que precisaria e saí de casa.
- Bolsa... HM, chave, chave, cadê? - Falei enquanto procurava a chave do carro dentro da bolsa.
- Achei! - Exclamei. Destranquei o carro e entrei no mesmo.
- Eita, pera... - Saí do carro e tranquei a porta de casa. Revirei os olho. Ainda bem que o trânsito de Seul é tranquilo pela manhã, senão eu já estava lascada. Entrei novamente no carro e saí da garagem, fechando o portão da mesma em seguida, pus o cinto de segurança e segui rumo à empresa.
- Rápido, rápido, rápido. Ótimo! - Virei o rosto para o lado e peguei um morango, o colocando na boca em seguida.
- HM, boom! - Brinquei. Cheguei a entrada da empresa e vi que tinha um caminhão na frente da mesma. Estacionei o carro detrás do caminhão, peguei a tigela de morangos e minha bolsa, saí do carro, o trancando em seguida. Vi Choa parada na entrada da empresa e sorriu para mim, retribui com um sorriso de lado. Cheguei perto da mesma e ela apontou para um cara velho que estava vindo em nossa direção. Assim que ele parou de andar e me olhou, perguntei o seguinte:
- Olá, em que posso ajudar? - O velho sorriu, estranhei.
- Você é a Shin Jimin? - Falou enquanto olhava em um papel. Assenti com a cabeça.
- Ótimo, os preparativos para a festa estão aqui. - Sorriu novamente. Assenti.
- Ok. - Entreguei a tigela para Choa, o velho me entregou um papel, dizendo que era para eu assinar. Assinei sem prestejar e o velho falou com mais dois homens, que começaram a descarregar os enfeites. Os guiei e mandei eles colocarem as coisas no depósito, o quê foi logo feito. Eles entraram no caminhão, acenaram e foram embora. Dei graças a Deus por isso. Peguei a tigela de Choa, que já estava por comer tudo.
- Vamos. E aquele "carinha", onde está? - Fiz aspas com a mão livre, Choa riu.
- Está te esperando, na sua sala. - Opa, opa, opa. Apressei os passos em direção a minha sala, vendo que logo iria conhecer o tal "carinha".
- O que estão esperando? Trabalhem! Podem começar a decorar o salão. Não quero ver ninguém desocupado. Entenderam? - Falei, escutei um "Sim, Senhora" dito em uníssono.
- Ótimo. - Disse por fim. Chegamos a minha sala e Choa abriu a porta da mesma. Os olhos daquele cara se encontraram com o meu, e uma súbita raiva brotou em meu corpo.
- Você? - Eu e aquele carinha falamos em uníssono.
- Vejo que já se conhecem. Yugyeom me contou que foi quase atropelado ontem. - Jackson,falou rindo da nossa cara. Choa observava tudo com os olhos arregalados.
- Então, você precisa de emprego, não é? - Sorri de lado. Me sentei em minha cadeira, comendo os morangos, olhando atentamente para aquele tal de Yugyeom, que estava sentado a minha frente.
- Exato. Está disposta à me empregar? - Perguntou e eu franzi o cenho. Dei de ombros.
- Sim, eu acho. - Disse por fim, tirei o casaco e o pus em meu colo.
- Ótimo. - Sorriu, um sorriso que me desfez por completo. Me pus a sorrir, mas logo voltei a minha expressão severa de sempre.
- Ótimo. - Imitei sua voz, o que fez todos naquela sala soltarem uma risada alta.
- Saíam. Preciso falar com Yugyeom. - Dito isso, Jackson e Choa saíram. Dei uma volta inteira na cadeira, olhando os céus de Seul.
- Vai me matar por ontem? - Perguntou e ri baixinho.
- Se eu fosse te matar, teria feito isto ontem. O que você sabe fazer? Não me diga que só sabe irritar as pessoas. - Fechei os olhos, respirei e inspirei diversas vezes. Ouvi uma risadinha vinda de Yugyeom.
- Hm... Não sei o que sou capaz de fazer, mas, com o tempo, a gente descobre... - Me virei novamente, o encarando.
- Errado! "A gente" não, você vai descobrir isso sozinho, sem minha ajuda. Só dou emprego para pessoas que são úteis nessa empresa de merda, então, ache o mais rápido possível, uma coisa que saiba fazer melhor do que qualquer um. - Tentei não ser rude, coisa que não deu certo. Ele estava me encarando de olhos arregalados. Talvez, pensando que as coisas seriam fáceis para ele.
- Tá. Irei achar o mais rápido possível, senão, você não irá me empregar, certo? - Falou depois de alguns minutos. Pus meus óculos e comecei a ler os tais papeis que ele tinha trazido.
- Exato. Yugyeom, 19 anos, mora sozinho, nunca teve uma namorada. - Li o que estava escrito em sua folha, ri alto. Vi o garoto corar perigosamente.
- Me diga, por que tem escrito que " Você nunca teve uma namorada", na sua ficha? Não preciso saber disto. - Posicionei certamente meu óculos, o olhando.
- Não sei, só coloquei aí e pronto. Não pensei nas consequências. - Disse por fim. Dei de ombros, sorri.
- Saía, quando eu precisar de você eu te chamo. - Ajeitei os papéis e o entreguei, já tinha lido tudo que tinha me interessado naquela ficha. O entreguei os papéis. Murmurei um "espere", peguei uma outra ficha e o entreguei.
- Responda este questionário, caso eu me interesse em você, está contratado. - Sorriu para mim.
- Ok. Até, Sra. Mandona. - Saiu correndo de minha sala. Me permiti rir com aquilo.
- Criança. Coitado dele. - Murmurei para mim mesma. Fechei os olhos, mas logo os abri quando vi que ele tinha voltado.
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