História You are My Daddy - Prólogo

Ana Júlia.

- Não mamãe, não. Volta mamãe.

- Vai filha, por favor, vá.

- Não mamãe. - Meus gritos agudos ecoavam.

Minha vista embaça com as lágrimas.

Acordei com os olhos molhados, enxuguei com o pulso e respiro fundo enquanto meus olhos se abriam lentamente acostumando-se com a claridade. Movimento a cabeça para o lado e meus olhos batem com a porta do quarto aonde tem um cartaz com varios textinhos escritos com letras diferentes, desejando feliz aniversário pra mim, pulo da cama com minhas pantufas de unicórnio, leio todos os textos e meus olhos brilham mais ainda quando vejo uma caixinha no chão com um lacinho.

Sorrio de orelha a orelha a ver meu presente, eu já imaginava, pois quando fazem quinze anos, aqui no orfanato todas as meninas recebem um iPhone personalizado, escolhi o meu de marshmallows e arco-iris.

[...]

Mexia no meu celular à buscar entretenimento.

xXxx: Olá.

Um balãozinho apareceu em minha tela me cumprimentando, o celular estar falando comigo?

Eu: Oi?

xXxx: Como se chama?

Eu: Júlia.

Eu: Ana Júlia.

xXxx: Sou Payne, prazer.

Eu: Que? Mas isso não veio nas instruções de uso.

Payne: Oi?

Eu: Na caixinha que veio você.

Payne: Eu? Que caixa?

Payne: Ana, você tem quantos anos, 6?

Eu: Não Payne, eu tenho 15, eu ganhei você hoje.

Eu: Você é meu celular, não é?

Eu: Por que o celular tá falando comigo?

Payne: Não Ana, eu não sou o seu celular, Eu sou o Payne, uma pessoa, ser humano, carne e osso, EU estou falando com você através do celular.

Payne: Guria, você tá me zoando?

Eu: Eu? Não. Eu só estava metendo no meu celular é de repente uma coisa aparece na tela dele me dizendo olá.

Eu: Mexendo*

Payne: Celular é um meio de comunicação, pra pessoas se COMUNICAR, eu estou me COMUNICANDO com você.

Eu: Eu sei pra que um que um celular serve!

Eu: Não precisa ser grosso.

Payne: E grande.

Eu: Quê?

Payne: Nada Ana, Nada.

Eu: É, J U L I A

Payne: até mas A N A :)