“Meus olhos não mudaram.
Meu sorriso não mudou
Mas meus sentimentos já não são os mesmos”
Gon...
O moreno piscou confuso, olhando o albino a sua frente que tremia. Gon olhou bem nos olhos azuis marejados e se aproximou enquanto Killua se afastava.
- V... Você não pode ser... Real... – Killua se afastou acabando por dar um passo em falso.
- Cuidado Killua! – Gon o segurou pela cintura, deixando ambos os rostos perto e suspirou. – Podia ter caído, idiota.
Killua piscou algumas vezes, sentia as mãos firmes do moreno em sua cintura além do olhar preocupado sobre o seu, mesmo assim começou a se debater tentando se soltar.
- Killua! Killua! – Gon já se irritava, bateu com um pouco de força atrás da nuca de Killua, fazendo-o desmaiar em seus braços. – Hisoka, saia logo dai.
O Joker sorriu de lado lambendo os lábios e saiu de atrás da arvore, Gon o olhou calmo, mas estava irritado com a situação.
- Como assim morto? – Rosnou olhando-o. Um sorriso brincalhão formou-se nos lábios de Hisoka que lhe mostra a carta de “10 euros”. – O que quer dizer?
- Descubra por si mesmo, Gon. – Hisoka guardou as cartas e apontou a torre Celestial. – Killua mora lá no 500° andar.
Gon levantou as sobrancelhas surpreso.
- Ele se tornou um mestre de andar?
- Vai lá e descubra tudo por si. – Hisoka começou a andar em direção ao lago.
- Espe... – Quando Gon olhou Hisoka já havia desaparecido. – Ra...
Gon bufou contrariado, mas olhou novamente o albino em seus braços, preocupado. Pegou-lhe estilo noiva e começou a andar normalmente até a torre, atraindo muitos olhares, desde irritados até curiosos.
Quando entrou na torre a recepcionista arregalou os olhos e correu até ambos, preocupada.
- O que houve com Killua-sama?! Ah, não importa! Corra logo para o quarto dele! – Indicou a direção, exaltada. Seus cabelos pretos estavam bagunçados.
- Arigato, Moça-san! – Gon correu o caminho como indicado, ao abrir a porta encontrou Leorio arrumando o local, distraído enquanto cantava uma música animada. – Leorio!
Leorio travou no lugar e se virou devagar, arregalando os olhos ao ver os dois.
- O que diabos?! – Suspirou passando a mão no rosto, tentando ficar calmo. Sem qualquer sucesso, olhou Gon irritado. – Ponha-lhe na cama!
Gon assentiu e repousou o corpo do albino lentamente na cama, Leorio começou a examiná-lo, respirando pesado ao acabar.
- Mais uma queda de pressão... Como remédios não fazem efeitos terei de ir a métodos tradicionais... – Suspirou passando as mãos no cabelo, logo depois olhando o garoto de olhos cor mel. – Comece a falar.
Gon se sentou na cadeira e suspirou, ficando com o olhar sério.
- Me explique Leorio. Por que estou “morto”? – Gon olhou as próprias mãos brincando com os dedos.
- Isso eu não posso explicar. – O doutor se inclinou com a cadeira. – Killua apenas nos disse que alguém tinha dito que você estava morto, mais nada, mas acho que você é bem culpado, por que não mantéu contato?!
Gon olhou o chão, seu olhar parecia perdido e triste.
- Explicarei... - Suspirou.
Ponto de vista; Gon.
~Flashback~
(- Bem vou começar. – Gon olhou Leorio – Ah uns 11 meses...)
- Vá buscar mais comida, Gon! – Ging me olhou e apontou para a floresta, segui seu dedo e olhei. – Vá para lá, tem muitas frutas desde venenosas a boas, além de um rio com muito peixe.
- Yosh! – Sorri e corri até lá, mas antes peguei meu celular, talvez eu possa mandar umas fotos do lugar para Killua!
Corri a floresta, parecia bem normal, mas tinha uma atmosfera pesada, me senti estranho, mas continuei andando e procurando frutas. A floresta era meio estranha por não ter animais.
(- Que floresta era? – Leorio se intrometeu.
- A floresta do desespero – Gon explicou. – Deixe-me continuar!)
Senti um cheiro incrivelmente doce, Mel! Olhei ao redor, mas não encontrei nenhuma colmeia, o que achei estranho. Dei de ombros e voltei a andar olhando ao redor, nada.
Ging só podia estar brincando comigo! Não tem nada aqui! Aquele velho tarado!
(- Velho tarado? – Pronunciou-se mais uma vez Leorio que comia pipoca.
- Conto isso depois e da onde saiu essa pipoca?! – Gon riu. – Ofereça pelo menos!)
Pensei em sair da floresta, mas senti uma presença estranha não muito longe e resolvi segui-la para saber o que é.
Caminhei entre algumas árvores e teias de arranha, chegando a uma caverna. Uaa! Que energia ruim...!
Entrei mesmo assim, estava bem escuro, o que me causou arrepios.
- Vejamos... O que temos aqui? – Ouvi uma voz perto de mim e saltei para trás me afastando, logo a caverna se iluminou.
Um homem alto e de cabelos arroxeados me encarava, enquanto seu olho sangrava, mas seu sorriso era cruel.
- O que você quer?! – Grito. Ele abre um sorriso maldoso, pegando um celular... Pera esse celular é meu!
Tapei o bolso para ter certeza e olhei novamente o senhor, irritado.
- Devolva!
- Neh... – Ele olhou a tela e sorriu de lado. – Esse garoto albino parece interessante...
Trinquei os dentes e apertei os punhos.
- Não ouse ir atrás dele! – Grito e o ataco, ele desvia facilmente de meu soco, além que duas crianças me seguraram. – Me soltem!
Comecei a me debater, tentando me soltar sem machucar aquelas crianças, afinal não sei se elas são boas ou más.
- Com apenas uma condição... – O velho virou a tela para mim onde estava escrita uma mensagem.
“Nunca mais apareça em minha frente.
Tudo que temos acabou”
Arregalo os olhos e paro de me debater.
- Por favor... Não...
O velhote sorri.
- Não enviarei isso, mas em troca terás de realizar 100 tarefas, que devem ser feitas em 7 meses. – Sorriu apertando o celular até rachar– O que vai ser?
Abaixo a cabeça encarando o chão.
- Realizarei...
O velhote pareceu satisfeito e quebrou meu celular, as duas crianças me soltam e caio de joelhos no chão.
- Você começa amanhã, criança. Não faça nenhum contato com esse seu amigo ou... – Passou o dedo pela garganta debagar. – O mato.
Aperto os punhos em silêncio.
- Ótimo. Não diga nada a ninguém, me ouviu?
- Sim...
~Fim do flashback~
Ponto de vista Gon off.
Gon...
- Nossa cara... – Leorio olhou o chão. – Vocês dois sofreram bastante com a ausência um do outro...
Gon suspirou e olhou Killua que dormia calmamente na cama.
- O que Killua fez?... – Gon olhou Leorio com medo da resposta.
- Pelo que eu soube de Kurapika, Killua voltou para casa por um mês e saiu totalmente diferente... O que ele sofreu lá eu já não sei, Kurapika se negou a falar.
- Ah... Entendo... – Gon abaixou o olhar para o chão triste.
- Hey não fique assim... Quando ele acordar vocês poderão conversar! – Leorio bagunçou os cabelos do moreno. – Tenho que ir, Kurapika me enviou uma mensagem para encontrá-lo no parque. Cuide bem de Killua, hein!
- Pode deixar Leorio! – Gon sorriu.
O doutor saiu do cômodo fechando a porta com calma.
Gon sentou-se na cadeira ao lado da cama de Killua, entrelaçando ambos os dedos.
“Gomen... Killua...” Gon abaixou o olhar para o rosto pálido do outro. “Te fiz sofrer por puro egoísmo...Além de mentir um pouco a Leorio...” Suspirou, depositando um beijo na testa do menor. “Conquistarei novamente sua confiança!”
Continua...
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