História You are my light. - Capitulo 3: Sorrir.

“Enquanto minha boca grita não,

Meu coração grita desesperadamente um sim”

Ponto de vista Killua... On

Quando abri os olhos, senti uma forte dor de cabeça, não me lembro do que tinha acontecido, mas eu me sentia triste. Quando me dei conta já chorava.

Ah droga... Ouvi um barulho na cozinha, deve ser Leorio queimando algo ou quebrando, resolvi ir para lá xinga-lo.

- Ei, não des... – O moreno me olhou e sorriu. – Quem...

- Ohayo, Killua! – Gon sorriu.

- Como...

- Por favor, não desmaia! – Gon se desesperou, apenas o olhei ainda em choque. – Eu não estou morto!

- Então... Por que nenhuma mensa-

- Eu estava te protegendo, droga! – Gritou vindo até mim.

Recuo indignado.

- Protegendo?! Do que?! Acha que sou fraco assim?! Sério?!

- Ele não é como todos que enfrentamos... – Gon continuou se aproximando de mim, até eu bater as costas na parede. Ele põe uma mão do lado da minha cabeça apoiada na parede e me olha nos olhos, sério. – Ele quer apenas você, Killua...

Arregalo os olhos, ah Gon só pode estar zoando comigo!

- G...

Ele tapa minha boca com a mão livre, ainda me olhava nos olhos, me fazendo desviar o olhar.

- Apenas você não conseguir me encarar de volta fala muita coisa, Killua... – Ele sussurra.

Arrepio totalmente, poxa, Gon virou bipolar?!

- V.. Você não sabe nada... – Tento falar, saiu meio confuso, mas Gon pareceu entender.

- Eu não quero que se machuque por causa de minhas escolhas. – Se virou e foi até a cozinha, abaixo o olhar.

- Sempre assim né...?! Sempre! Não confia em mim?! Prefere confiar na Pitou?!

Silêncio...

Espera o que eu disse?...

Gon se virou para mim, sério e me empurrou contra a parede, sem força, me prensando totalmente contra a mesma.

- Itte! – Solto um pequeno grito surpreso, Gon segura com certa força meus pulsos, tento me soltar, em vão, desde quando ele é mais alto e mais forte que eu?!

- Me solta!

- Me olhe nos olhos então.

Paro de me debater, olho pro chão, logo depois pro lado e finalmente olho nos olhos de Gon... Cor mel...

- Agora diga: “Saia daqui, para sempre”. – Gon me olhou calmo e sério, mordi o lábio.

- S... Sa... – Gaguejo. Ah merda Zoldyck! Você era um assassino sanguinário e agora vai gaguejar por uma coisa tão simples?!

Ele apertou ainda mais meus pulsos. Arranjo forças do nada, empurro Gon com toda minha força, o jogando contra a mesa e saio correndo sem olhar uma única vez para trás.

Quando dei por mim estava bem longe mesmo, na floresta, suspirei e me sentei no galho de uma arvore.

Droga...

Levo a mão aos olhos. O que diabos você faz comigo Gon?!

Ponto de vista de Killua... Off

Kurapika...

O loirinho suspirou cansado, já estava com dor de cabeça de tanto tentar explicar a situação para Leorio.

- Tá. Acho que entendi, mas o que o Hisoka e o irmão do Killua têm haver?! – Leorio cruzou os braços começando a se irritar.

- Ahh! Desisto! – O loirinho levou à mão a testa, levemente irritado. – Você é burro demais para entender.

Leorio solta um “Eiii” e vira a cara. Um ato meio engraçado ao menor, que olhava o maior com um pequeno sorriso.

- Leorio. – Cantarolou se aproximando do maior, que ainda não olhava o outro.

-...

- Leorio-san?

Ah o loirinho só podia estar apelando! Ele sabia o quanto Leorio gostava de ser chamado assim, ainda mais pelo menor.

- Me deixa... – Leorio fez bico. Kurapika não conteve uma risada, fazendo o mais velho o olhar fixamente.

Kurapika olhou pros lados, os dois estavam em uma parte do parque deserta do parque, a casa “mal-assombrada”.  Então puxou Leorio e pôs a cabeça do mesmo em seu colo, surpreendendo o maior que piscou algumas vezes antes de acordar do transe.

- Kurapika? – Leorio olhou-o. – Tudo bem?

- Sim, por quê? – Kurapika piscou confuso e começou a acariciar os cabelos do doutor, que ainda estava surpreso.

- Eu tenho que implorar para você fazer isso às vezes. – Leorio riu baixo se lembrando das vezes que pedia “emprestado” o colo do amigo, mas este corava e negava, mas como Leorio era mais insistente sempre conseguia.

- Não posso ser legal uma vez? – Kurapika fez bico, de forma infantil e meiga, fazendo Leorio olhar-lhe sem nem piscar. – Pisque, por favor, isso é estranho.

Leorio riu baixo, saindo do transe, era difícil ter momentos descontraídos assim com o loirinho, já que ele vive viajando atrás dos olhos de sua tribo.

- Espera... – Leorio olhou Kurapika sério. – Você vai sair em mais uma viajem e está tentando me comprar?

- Não... – Kurapika olhou para o lado.

- Kurapika! – Leorio se sentou rapidamente, emburrado. – Seu mentiroso.

“Esse cargo é de Gon não meu...” Kurapika pensa enquanto levantava, mas sentiu uma mão forte o puxar, antes que pudesse reagir estava no colo de Leorio.

- E... Ei! – Kurapika corou, fazendo o outro rir enquanto acariciava os cabelos do mesmo.

- Aonde é desta vez? – Leorio suspirou contra a nuca de Kurapika, fazendo-o arrepiar-se e se encolher.

- Floresta do Oeste. – Kurapika murmurou tentando sair do colo do doutor, mas este lhe segurava firmemente.

- Do outro lado do mundo?! Ahhhh – Leorio bufou. Aos olhos de Kurapika ele parecia apenas uma criança alta e que usava terno; o pensamento lhe fez rir. – Qual é a graça?

- Nada não. – Kurapika sorriu levemente e se soltou finalmente dos braços do maior. – Tenho que arrumar minhas malas.

- Mas já?! – Leorio cruzou os braços. – Vai deixar aqueles dois comigo?!

- Vou sim. – Kurapika riu.

Era bom poder se soltar... Fazia tempo que não ria.

- Bem... – Leorio se levantou e segurou a mão de Kurapika.

- Eh? – O loirinho corou á medida que o outro se aproximava. – L...

O loiro foi cortado pelos lábios do maior tocando os seus em um selinho castro, que logo foi separado.

- Que fofo... – Leorio sorriu olhando a cara do loiro que corou ainda mais, lhe dando um soco. – Itte!

- F... Foi merecido! – Kurapika exclamou. – Tchau, Leorio! – E saiu correndo.

Leorio bufou e passou as mãos pelo cabelo decepcionado e saiu.

Mas isso não ficaria assim.

Continua