História You are my light. - Capitulo 4: Planos, TPM e conversas.

“Beije-me mesmo que seja a ultima vez.

Kiss me Daddy”

Killua...

Killua suspirou olhando o céu alaranjado do por do sol. Quanto tempo estava ali? Perderá a noção, devia ter dormido ali no galho mesmo, sentia a dor em seus braços e nuca.

- Killua?

O albino se virou dando de cara com o amigo polvo; como sempre ele vestia roupas de humanos e era incrivelmente baixinho, mas como esses tipos de “pessoas” já eram consideradas normais, ele podia andar livremente pela cidade sem ninguém gritando “Monstro!”.

- Ikalgo! – Killua abriu um enorme sorriso, descendo da arvore, indo de encontro com o amigo.

- Killua! Como vão as coisas? – Ikalgo sorriu, oferecendo um picolé à Killua, que o pegou meio triste. – Ih... Pelo jeito não vão boas.

- Gon voltou Ikalgo... – Killua murmurou colocando o picolé na boca, abaixando o olhar aos pés. Ikalgo arregalou os olhos.

- Você não devia estar feliz? – Indagou o menor, indignado pela expressão do amigo albino. – Vocês são melhores amigos!

- Éramos melhores amigos.

A frase foi dita com tanta amargura que Ikalgo chegou a arrepiar-se, dando um suspiro decepcionado por fim.

- O que diabos Gon fez?! – Ikalgo encarou o maior de forma séria, cruzando os braços.

Killua contou tudo, às vezes ameaçava-se de cair algumas lagrimas, mas logo as secava.

Após ouvir a história, Ikalgo abriu um sorriso perverso, fazendo Killua dar um pulo.

- Não gosto dessas suas caras! Dá ultima vez ficamos presos na piscina quando você ficou assim! – Killua recuou resmungando.

- Calma Killua. Colocarei meu plano em ação mais tarde. – Ikalgo sorriu de forma inocente, como sempre fazia.

- Está bem então... – Killua voltou a comer seu picolé, não se importando com o que passava na cabeça do amigo.

“Não estava em meus planos Gon aparecer... Tsc... Terei de junta-los e depois acabar com tudo de uma vez, ou seja, adeus Gon. Killua é apenas meu”. Ikalgo sorriu de lado com o pensamento.

Hisoka...

O mágico olhou para baixo, encontrando o amigo a dormir ali encolhido. Às vezes Illumi podia ser uma graça e às vezes o próprio demônio das profundezas.

Hisoka soltou uma risada baixa ao lembrar-se do dia em que perguntou se Illumi estava de TPM.

Flashback on.

O moreno reclamava mais uma vez sobre as roupas espalhadas pelo chão, era a quarta vez em menos de QUINZE MINUTOS.

- Hisoka você devia ser mais responsável! Olhe essas roupas! – Reclamava Illumi irritado.

- Mas... Essas são suas roupas, Illumi. – Respondeu Hisoka se escondendo atrás do sofá.

Illumi lhe olhou com um sorriso cínico.

- Trate de à juntá-las... Ou...

O joker nem deixou o assassino terminar a frase, já havia ajuntado todas as roupas em menos de segundos. Ele sabia que o Zoldyck fazia muito bem o que cumpria.

- Illumi... – Hisoka respirou fundo antes de continuar. – Você ‘tá de TPM?

O silêncio reinou no apartamento; porém uma aura assassina tomou conta do aposento, Illumi olhou Hisoka com um sorriso que até o diabo se curvaria diante de si.

Hisoka só jogou as roupas para cima e correu – literalmente – por sua vida, com o moreno irado atrás de si, com agulhas entre os dedos.

Flashback off.

Hisoka não conseguiu conter uma risada, acabando por acordar aquele que dormia em seu colo.

- Hisoka? – Illumi se sentou coçando os olhos, logo depois bocejando. – Perdi algo?

- Nada. – Hisoka levantou-se olhando a floresta. – Estou com uma sensação ruim.

- Eu também. – Admitiu o assassino, assim surpreendendo o joker. – Acha que devíamos voltar?

- Não sei. – Hisoka suspirou. – Mas o que Kuroro nos disse...

Illumi fechou a cara, fazendo a atmosfera de o local ficar densa.

- Quem disse o que? – Indagou.

Hisoka fechou os olhos e começou a rezar, ainda mais quando Illumi procurava algo em seu bolso.

- Repita Hisoka! – Illumi puxou a tesoura do bolso, Hisoka não estava mais lá, apenas corria.

E ali estava uma cena comum a ambos; Hisoka correndo por sua vida e Illumi correndo atrás em fúria.

Mas quem disse que esses dois eram normais? Ou um dia foram? 

Gon...

O moreno suspirou. Já estava cansado de procurar Killua, ele sabia o quanto o ex-assassino era cuidadoso com isto e ele não deixaria uma única prova para trás.

- Ahh! – Sentou-se no chão. – Cansei!

- Gon?

- Leorio! – Gon sorriu e se virou para o mesmo que o ajudou a levantar.

- Por que está todo sujo?

Gon se olhou pela primeira vez no dia. Sua calça militar estava cheia de barro, um de seus tênis havia desaparecido, sua camisa branca agora era marrom barro com galhos verdes, e seu cabelo parecia um verdadeiro ninho de pássaros.

- Heheh. – Riu sem graça, coçando a cabeça. – Estava procurando Killua!

- Ele fugiu?! – Leorio se desesperou. – Kurapika irá me matar!

- Fique calmo, Killua já sabe de tudo... – O moreno suspira. – Vamos pro quarto de Killua, preciso me trocar.

- Nada disso! – O doutor retrucou. – Vamos a minha casa! Vai que Killua está lá! Ele tem a chave da minha casa.

Gon fez bico, mas acabou por ir com Leorio a sua casa.

- Quer tomar banho? – Perguntou o maior enquanto abria a porta.

- Pode ser! – Gon sorriu e adentrou a casa de Leorio. – Hm...?

- O que foi Gon?

- Tem o cheiro de Kurapika aqui. – Gon olhou em volta. – Pelo jeito, apenas o cheiro.

Um leve avermelhado surgiu nas bochechas do maior, que jogou uma tolha e uma roupa na cara do outro.

- Vá tomar banho logo! Terceira porta a esquerda!

Gon correu ao banheiro, entrou e trancou a porta. Novamente sentiu o cheiro de Kurapika e não evitou a risada.

“Esses dois...” Gon riu e começou a se despir, revelando alguns sérios machucados.

- Aish... – Suspirou e entrou na banheira cheia de água quente; finalmente relaxando os músculos. – Ahhh que agua boa!

Depois de alguns minutos e alguns gritos de Leorio para o mesmo sair, Gon se vestiu. Agora usava uma camisa social meio aberta e calças jeans, além dos cabelos molhados. Assim que saiu deu de cara com Leorio.

- Gon...  Temos de conversar.

Continua...