"As vezes estamos condenado tanto
a morte quanto o caminho escuro"
Gon...
O moreno abre lentamente os olhos e encara o teto branco da casa de Leorio. Confuso sentou-se no pequeno sofá branco e se espreguiçou olhando ao redor.
- Como vim parar aqui? – Murmurou a si mesmo, percebendo que havia alguém no outro sofá, levantou-se. – Killua?...
O albino dormia calmamente, meio encolhido por causa do começo do inverno naquela manhã. Gon suspirou, tirou o casaco militar e cobriu o menor, acariciando o cabelo do mesmo.
- Gomen, Killua. – Suspirou sentindo seu celular vibrar e retirou-o do bolso e o atendeu. – Alô, Illumi? Hm... Entendo. Sim, lhes encontro no lugar de sempre, porém avise a líder que vou me atrasar um pouco. Certo, tchau.
- Quem era? – O moreno virou-se bruscamente a loira que o encarava sério, Gon deu de ombros.
- Não sei. – Respondeu abrindo um sorriso brincalhão, porém assustador. – Tente adivinhar, Bisky-san.
A loira recuou assustada, tinha que tirar Killua e Leorio daquela casa, antes pelo menos de tentar lutar.
Ela sabia o quanto o moreno estava se condenando.
- Você faz parte deles... Não é? – Bisky levava a mão ao bolso pronta para sacar sua faca e tentar por um fim em tudo, mas o outro fora mais rápido e segurou com força o braço da loira a fazendo gritar.
- Cale a boca. – Sorriu torcendo ainda mais o braço da outra que caiu de joelhos.
- Que...?! – A voz de Killua sai desesperada e fraca, como se estivesse sendo sufocado. Gon nem se deu o trabalho de se virar.
- Bom dia. – Gon sorriu sem olha-lo. – Espero que goste do café da manhã.
- O que você quer dizer com isso, Gon?! - Gritou o albino, fazendo Leorio correr desesperado para a sala.
- Tudo tem um começo, um meio e um fim, certo? – Gon soltou a loira jogando-a contra o moreno que a segurou. – Este é o meio. O inicio do inesperado final de uma peça de mistério.
- Por quê?... – Sussurrou a loira ainda se recuperando do acontecimento. – Por que Gon?
- Por quê? Hm... – Este piscou algumas vezes e sorriu. – Nem me lembro mais.
Os três piscaram incrédulos, aonde havia parado o Gon que todos amavam? O Gon inocente, animado, bondoso?
- Gon... Quem são eles? – Bisky de levantou tremendo, enquanto Leorio estava incrédulo demais para se mexer.
- Eles? – O sorriso do maior tornou-se algo indescritível, era uma súbita junção de raiva com tristeza, e seus olhos perderam o brilho. - Eles são...
Kurapika...
O loiro abriu os olhos, percebendo estar amarrado em uma cadeira por fortes correntes e cordas. Estava em uma sala pequena com paredes de ferro e sem muita luz.
- Acordou? – A voz do mágico, Hisoka soou despreocupada enquanto o mesmo distribuía cartas pelo chão.
- Onde estou? – O loiro mexeu-se um pouco sentindo dores fortes nas costelas.
“Eh? Não consigo usar Nen... Minhas costelas estão fraturadas!”
- A pergunta certa seria: O que faço aqui? – O sorriso de Hisoka aumentou quando retirou mais uma carta do baralho.
- Grr...
- Não rosne você não é um cachorro, Kurapika. – Hisoka sorriu mostrando a carta da rainha de copas.
- O que você quer, maldito?! – Gritou se debatendo e gritando de dor, logo sangue rolou de suas costelas. – Ugh...
- O que eu quero? Não, você se enganou. – O ruivo balançou a cabeça. – O certo é: O que vocês querem?
- Vocês...? – Kurapika sussurrou com a voz fraca por causa da dor.
- Oh, Hisoka, eu disse que queria o loirinho vivo. – Uma voz feminina soa no local, mas a vista embaçada do loiro não o deixava ver nada.
- Ele está vivo. – Respondeu Hisoka com a voz brincalhona.
- Tsc... Precisava de tanto sangue assim? Deuses, você quase arrancou os cabelos do coitado. – A voz suspirou irritada.
- Perdoa-me líder... – Hisoka se curva. – Mas o que vais fazer com ele?
- Ainda não sei. – A voz feminina soou confusa. – Além disso, por que Illumi está desaparecido hoje?
- Não faço ideia. – Hisoka suspirou. – Ele andava quieto demais no café.
- Entendo... Faz tempo que não falo com Gon-nii.
“Gon...? O que ele tem haver com esses maníacos?”
- Assim ofende. – A voz de Kuroro soou na sala, fazendo o loiro tossir sangue.
- Hm? O que o loiro pensa? – A garota pergunta.
- Que vocês são maníacos. – Respondeu Kuroro.
“O que ele faz aqui?...”
- Mas somos. – Os dois responderam.
- Não, vocês são loucos, não maníacos. – Kororo parecia se divertir com a situação do local. – O que vai fazer com ele?
- Ele poderia substituir o Nono. – A garota suspirou. – O que acha Sexto?
- Por mim... – Kuroro sorriu.
- Segundo? – A garota olhou Hisoka que sorria ao tirar mais uma carta.
- Seria interessante. – Respondeu.
- As cartas que o dizem? – A voz feminina riu.
- O destino diz. – Hisoka a corrigiu.
- Sim, sim destino. – A voz soou irônica. – Chamem Meruem pra mim. Tenho assuntos a tratar, também chamem Terceiro-nii e o Primeiro, estou começando a me aborrecer. – A voz sumiu ao barulho de uma porta de ferro sendo fechada lentamente.
- Tão mandona... Como vocês aguentam? – Kuroro riu.
- Simples, quando ela não está de mau-humor ela é divertida de lutar. – A voz de Hisoka diminuía. – Se bem que ela anda estranha...
- Ela sempre foi estranha, seja especifico...
“Eu preciso sair daqui... O quanto antes... Preciso avisa-los...”
A visão do loiro ficava negra e seu corpo caindo contra as correntes que machucavam ainda mais sua pele.
- Devemos solta-lo? A quinta vai se irritar. – Kuroro se aproximou do loiro.
- A líder vai se irritar. – Hisoka corrigiu. – Não a chame assim em frente a desconhecidos.
- Sim, sim... – Kuroro quebrou as correntes, jogando o loiro sem cuidado algum no ombro. – Sorria garoto, você está dentro.
- Seus... Imundos... – Sussurrou, ouvindo risadas logo após.
- Tomamos bastantes banhos, agora vamos. – A porta de ferro é aberta lentamente.
- Bem-vindo... Aos Ten monsters. – A voz dos dois soou irônica por um instante.
“Não...”
E assim, Kurapika desmaiou...
Continua...
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