História You are my salvation - Ódio

[Castiel]

Estava tudo planejado já, havia passado uma semana des de o acontecido com a mãe de Dean, hoje iria ser o primeiro dia que ele ia para a escola.Nessas uma semana eu não mudei tão drasticamente, apenas fiquei um pouco mais frio, pra ele não desconfiar de nada.

Dean havia se mudado para o mesmo prédio que eu morava, o prédio tinha apenas 4 andares, eu morava no 3° andar e Dean no 2°.Antes Sam morava em uma casa separada mas agora ele voltou a morar com seu pai e seu irmão.

Eu rezava para nenhum dos meus amigos me matarem pois eu ia fazer o Dean sofrer e isso é pior do que fazer eles sofreram, afinal nós não éramos apenas um grupo de amigos dá escola, mas sim uma família, e eu estava disposto a fazer de tudo por aquela família.Eles iriam ficar irados comigo, mas Tomás disse que é por pouco tempo, logo logo nos iríamos denunciar Lisa, mas não poderíamos nos dá ao luxo de colocar mais pessoas em risco, afinal o plano poderia não dar certo.

Me arrumei para minha morte, já que iria ser bem difícil sobreviver depois do que eu iria fazer com meus amigos.

-CASTIEL O DEAN CHEGOU.-Minha mãe gritou enquanto batia na porta do quarto.

-JÁ TO INDO!-Respondo também gritando.

Sai do quarto e Dean estava sentado no sofá me esperando, ele estava extremamente lindo naquele dia, o que não me admira muito pois estranho seria se ele não estivesse lindo.

-Vamos?-Falei seco.

-Lógico amor.-Ele falou carinhoso e tentando me beijar mas eu o afastei.

-A gente vai se atrasar.-Caminhei até a porta e ele veio logo atrás.

O caminho até a escola foi silencioso, Dean ainda tentava puxar assunto mas eu sempre o respondia friamente cortando o clima.

(...)

Era o último horário, todos estávamos fazendo redação, eu estava com a cabeça nas nuvens então fiz qualquer merda.Olhei um pouco para o lado e todos os meus amigos estavam ainda na metade dá redação então fiz a minha o mais rápido que pude e entreguei.

-Cas, eu vou esperar todo mundo terminar e depois eu vou tá?-Dean disse baixo para que a professora não ouvisse.

-Tanto faz.-Disse baixo e em um tom sério, pude ver seu olhar de desapontado mas resolvi ignorar e apenas sair antes que ele pode ser fazer mais perguntas.

Cheguei do lado de fora e vi Tomás encostado no seu carro me esperando para que possamos por o plano em prática.Fomos para trás de uma árvore que pelos meus cálculos estávamos "escondidos" porém da porta dá escola dava para nos ver dá porta dá escola.

Ficamos um tempo esperando, meu coração estava acelerado, eu estava quase desesperado, foi quando pude ver meus amigos passando por uma das janelas que ficava perto da porta...Era a temida hora de colocar o plano em prática.

Comecei a beijar Tomás, ele recuou um pouco mas logo depois entendeu e correspondeu ao beijo.Ele me colocou um pouco de lado me dano uma leve visão de Dean, assim que ele nos viu entrou correndo para dentro dá escola, eu podia jurar que ele estava chorando e isso quase me fez chorar junto mas eu não podia fazer isso então apenas segui beijando o moreno que estava na minha frente.

Tudo aconteceu bem rápido, me vi sendo jogado para longe me fazendo cambalear um pouco e quase cair, Sam veio em minha direção e Tomás tentou impedi-lo mas Gabe não deixou que ele fizesse isso.

-O que você pensa que está fazendo???-Sam me pega pela gola e me levanta fazendo meus pés se desencostarem do chão.

-Beijando o Tomás.-Falei do jeito mais sarcástico que pude, e sorri o que deixou ele ainda mais irado.

-SUA VADIA!-Ele me joga contra a árvore fazendo minhas costas baterem fortemente contra um prego que estava nela, pude sentir o mesmo rasgar minha pele, o que me fez arregalar os olhos e soltar um leve e descreto gemido de dor.

-Vamos Sam...-Ouvi a voz de Dean baixinha não consegui ve-lo já que ele estava atrás dá árvore.

-Não Dean, me deixe acabar com essa vadiazinha.-Logo ele me deu um soco no rosto, um soco nada esperado.O impacto foi tão forte que minha cabeça bateu contra a árvore que vez com que o local sangrasse.Sam recuou , era impressão minha ou ele tava arrependido?Não, ele não pode estragar com tudo- M-Me perdoe Casti...-Antes mesmo dele falar eu soquei seu rosto, não foi tão forte quanto o esperado e isso me aliviou afinal eu não queria machucar ele.

Senti meu corpo ser arremessado novamente contra a árvore, e novamente senti o mesmo prego perfurar outra parte das minhas costas, desse vez indo mais a fundo.

-VOCÊ NUNCA MAIS ENCOSTA UM DEDO NO MEU IRMÃO!-O loiro que me segurava contra a árvore diz, seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas, era horrível ver ele assim.

-E o que você vai fazer contra isso?-Continuei sarcástico, mas segundos depois me arrependi das palavras que acabava de ter dito.

Isso despertou uma raiva em Dean que eu quase não consegui o reconhecer.

Ele começou a dar joelhadas em meu estômago e logo depois uma em meu rosto, minha vista ficou um pouco embaçada, eu ouvia os gritos de Tomás pedindo para ele parar, e ele tentava se soltar para me ajudar mas agora Charlie e Gabe o seguravam.

Dean me derrubou no chão e depois me pegou pela camisa e me encostou na árvore.

-Pega essa sua aliança imunda-Jogou a mesma na minha cara-A única coisa que vai ser para sempre vai ser o nojo que eu tô dá sua cara.-Ele saiu e foi em direção ao Impala que estava estacionado do outro lado da rua, Sam o acompanhou e Gabe ficou paralisado me olhando.

-Por que Castiel?-Gabe largou Tomás e veio em minha direção me olhando decepcionado, mas ao mesmo tempo esperançoso como se eu pudesse explicar aquilo que eu havia feito-Eu te conheço a não muito tempo, mas já te considero como meu irmão, eu te conheço mais do que todos aqui, talvez mais do que você mesmo.Então me diga por favor meu irmãozinho, me diga que aquele garoto meigo, que se importa com todos, que apesar de tudo que ele passou ele se tornou forte, me diga que aquele garoto que me traz tanto orgulho quando eu o chamo de "amigo" ou até mesmo de "irmão" fala para mim, me diz que ele não era apenas uma fachada, uma mentira.-Ele disse chorando.

Droga!Ver Gabe chorando e tão decepcionado comigo, aquilo era horrível eu não conseguia decifrar o que eu estava sentindo, primeiro eu tinha decepcionado o cara que eu mais amava na minha vida, agora o meu melhor amigo, aquele que eu considerava como um irmão, aquilo estava começando a ficar insuportável.Mas eu apenas segurei o choro e o olhei provocativo.

-Awwwn, coitada da vadia, foi iludida foi?Tô morrendo de pena de você.-Eu disse como se não desse a mínima para aquilo que ele acabara de dizer para mim.

Acredite, aquilo doeu mais em mim do que nele, seus olhos castanhos cor de whisky estavam cheios de lágrimas e elas desciam pelo seu rosto traçando um caminho até o seu pescoço.Ele olhou para mim com um certo nojo e o primeiro tapa na minha cara foi dado.

-Sua-o segundo tapa veio depois-Va...-E o terceiro...-Dia-Esse foi mais forte e ele saiu correndo enquanto chorava, e Charlie foi logo atrás, sem ao menos olhar para mim.

-Ai meu Deus Castiel, vem cá quer ajuda para se levantar?-Tomás tentou me levantar mas eu não conseguia ao menos caminhar, foi quando ele me colocou no colo e fez o caminho até o carro mas não antes deu pegar a aliança que Dean havia jogado na minha cara.

Eu me afundei em seu ombro e comecei a chorar enquanto ele me levava até o carro, aquele choro que eu segurava tanto e saiu com tanta facilidade e eu queria apenas morrer naquele momento.Minha dor não era apenas aquela que eu tinha em todo meu corpo, essa dor não se comparava a dor que eu estava sentindo por dentro, essa dor era extremamente pior.

-Ei Cas, se acalma, eu sei que tá doendo mas...Ao menos tenta ficar mais calmo.-O moreno que me carregava se sentou no meio fio ainda comigo em seu colo, ele afagava meus cabelos em forma de carinho, mas um carinho sem malícia apenas um carinho de preocupação, quase que de irmão.

Foi quando ele colocou suas mãos em minhas costas, e pegou na exata parte que o prego havia rasgado o que me fez dá um gemido de dor.

-Vamos, vou te levar para casa, temos que fazer um curativo nisso dá qui.

Ele me levou para minha casa.

(...)

Agradeci por minha mãe não estar lá, se não ela ia começar a fazer perguntas, as quais que eu não queria responder.

Me sentei no sofá enquanto Tomás foi  buscar a maleta com um kit médico.Ele volta com a maleta branca nas mãos, e uma vasilha de água morna com um pano dentro.

-Você...Pode tirar a sua camiseta?-Ele pergunta tímido.

Eu apenas aceno que sim com a cabeça é tiro a camisa, que estava rasgada nas costas por conta do prego.Tomás pega o pano o torce um pouco deixando o mesmo levemente molhado, então ele passa no meu machucado suavemente, a dor era suportável, ele fazia aquilo com tanta delicadeza que eu quase não sentia dor.Após terminar ele faz um curativo no local do machucado e depois passa uma pomada em alguns roxos que estavam na minha cintura, com a mesma delicadeza.

-Quando isso vai acabar?-Eu pergunto cansado e quase chorando novamente.

-Hum... Logo eu prometo.Amanhã mesmo nós vamos entregar as provas para a polícia e rezar para que Lisa não descubra nada.

-A gente podia ir bem cedinho, eu quero acabar com isso logo.

-De manhã não dá Cas, eu tenho que ir para o trabalho, e se eu faltar pode ser meio suspeito...E inclusive é melhor você ir para a escola também.

-Eu não consigo encarar eles Tom...-Falei baixo.

-Você tem que fazer isso.Olha, depois dá sua aula me encontre na cachoeira, de lá a gente vai junto para a delegacia e logo vamos acabar com esse pesadelo.

Aquelas palavras me fizeram relaxar, me encostei no sofá cuidadosamente, para não me machucar, mais do que eu já tava.Procurei um filme de comédia, eu precisava sorrir mais então escolhi o clássico As Branquelas, Tom havia decidido que iria assistir junto comigo já que ele amava aquele filme.

(...)

Eram 3 horas dá manhã, eu não havia conseguido dormir, Tomás estava dormindo pesadamente no sofá dá sala enquanto eu olhava pela janela a rua vazia, e escura.

Depois de um certo tempo o Impala estaciona na frente do prédio, Dean está dentro dele e...Eu não acredito no que eu estou vendo...