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História Bad Things - Almost death


Escrita por: LouiseBloodarms

Notas do Autor


É, eu estou muito atrasada. Demorei muito pra postar, sinto muitíssimo mesmo!
Mas não tive como evitar, infelizmente não posso estipular prazos nem nada. Estou passando por muitas coisas diferentes e situações difíceis, então não posso postar com regularidade.
Mas não desisti da fanfic!
Beijos

SANGUEEEEEEEEEEEEEEEE

Capítulo 25 - Almost death


Fanfic / Fanfiction Bad Things - Almost death

POV Sebastian


            Tinha acabado de chegar da Cidadela, com raiva por não ter trazido Clary comigo, mas satisfeito por ter aumentado meu exército. Estava com saudade de Camille, queria muito chegar em casa e vê-la. Talvez ela já estivesse mais calma.
            Então um grito de dor ecoa pela floresta, deixando-me totalmente alerta.
            Primeiramente pensei que pudéssemos ter sido descobertos e que os Nephilim tinham nos encontrado. Mas então ouvi uivos e reconheci os gritos. Camille estava correndo perigo.
            Saí correndo imediatamente, a Phaesphoros em mãos, seguindo os sons da batalha que não devia estar muito longe.
            Quando finalmente alcancei a luta, vi a coisa mais horrível que poderia imaginar. Tinha um licântrope, na forma humana, enfiando uma espada nas costas de Camille. Senti meu sangue ferver de ódio e nem cogitei fazer outra coisa senão matar aquele infeliz.
            Na mesma hora, corri até ele e o decapitei. Teria segurado Camille, que caía no chão, se não fosse por uma horda de lobos que se aproximava. Avancei contra eles e matei todos impiedosamente, ganhando apenas alguns arranhões superficiais. Pela primeira vez, não senti nenhum ânimo na batalha, nenhuma felicidade em matar. Eu só queria terminar logo aquilo para correr até Camille e salvá-la.
            Assim que todos estavam mortos, me virei e corri até Cami, como se minha própria vida dependesse disso. Ela estava lá, atirada no chão. Do seu peito pingava muito sangue e ela estava incrivelmente pálida.
            Me ajoelhei e coloquei sua cabeça em meu colo. Os olhos quase sem vida me encaravam. Ela tentava me convencer de que estava tudo bem, mas eu só conseguia me culpar por ter deixado tudo aquilo acontecer. Afinal, os lobos foram atrás dela por MINHA causa! E pensar que a ultima vez que nos falamos nós estávamos discutindo...
Não podia nem pensar na POSSIBILIDADE de perde-la...
            Tudo o que conseguia pensar é que as marcas iriam fazer efeito e que ela ia se curar. Eu iria ver seus olhos brilhando novamente pra mim, iria ver seu sorriso e iria tocar-lhe os lábios com os meus.
            Segurei seus rosto com as duas mãos e acariciei as bochechas com meus polegares, tocando a pele macia. Beijei sua testa. A pele estava fria, tão fria que parecia gelo.
            __Desculpe__ eu disse, enquanto meu peito se enchia de tristeza e se contraía, como se meu coração estivesse sangrando__ Eu deveria ter ficado aqui com você. Ou te levado comigo... QUALQUER COISA, eu devia ter feito QUALQUER COISA...__ minha voz falhou novamente e eu engoliu em seco. Senti os olhos marejados, mas isso era tudo TÃO errado. Eu não ficava com olhos marejados, nunca. Eu não chorava!__ Camille...
            Eu não consegui terminar a frase. Sua cabeça pendeu para o lado, os olhos cinzentos vidrados na poda das árvores da floresta.
            Senti como se uma bola de sinuca estivesse presa em minha garganta. Não encontrei ar em meus pulmões, tudo o que eu sentia era dor, uma dor tão intensa que eu achei que nunca sentiria. Era como se estivesse enfiando-me várias adagas envenenadas em meu corpo. Como nunca tinha de fato sentido algo tão forte por alguém, nunca tinha parado para pensar na possibilidade de PERDER esta pessoa.
Meus olhos arderam e, finalmente, deixei que as lágrimas corressem, salgadas e quentes.
            Nada iria fazer sentindo se ela não estivesse comigo.
            Desesperado, puxei seu corpo para perto do meu, não me importando como todo o sangue. Se Camille não estivesse comigo, Edom não iria ter a sua rainha, EU não iria ter minha rainha. A única pessoa que realmente que eu amei e que sentiu algo por mim...estava morta.
            Abracei o corpo de Camille, sujando toda a minha roupa com seu sangue.
            Então eu ouvi. Mesmo que bem baixinho, quase imperceptível, eu consegui ouvir. O coração ainda estava batendo.
            Afastei seu corpo do meu apenas um pouco, para que visse melhor os ferimentos. O arranhão profundo que começava em seu pescoço e ia até a barriga estava cicatrizando. As costelas ainda estavam quebradas e o ferimento no peito ainda estava bem feio, mas o tornozelo estava quase normal e a pele não estava mais tão pálida. Os iratzes estavam funcionando nos ferimentos mais simples.
            Estive tão desesperado que não percebi o óbvio. O licântrope imbecil havia errado o coração, por alguns poucos centímetros, mas havia errado. Ela apenas teve um desmaio pela perda excessiva de sangue!
            Sim, ela estava VIVA! VIVA!
            Peguei Camille no colo e fui correndo até o apartamento o mais rápido possível, pois lá ela estaria segura. Alcancei a estela no cinto de armas e fiz o símbolo. Nunca me senti tão aliviado. Era como ficar muito tempo debaixo d'água e emergir no último segundo.
            Subi até o quarto e a coloquei na cama. O cabelo estava ensanguentado, havia um grande hematoma na sua nuca. Mas tudo estava se resolvendo, aos poucos. Ela provavelmente não iria acordar agora, mas estava viva. E eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida, as lagrimas agora não eram mais de tristeza.

***


            Pov Camille


            Encarei o teto do quarto, o quarto que eu já aprendi a chamar de meu. Respirei fundo sentindo o ar invadir meus pulmões. Era uma coisa simples, respirar, mas que agora parecia ser o melhor presente do mundo.
            Eu encarei a morte e consegui vencer. Com a ajuda de alguém que julgavam não ser capaz de amar. Eu não tinha lembranças muito nítidas da noite anterior, mas sabia quem tinha me salvado.
            Ouvi uma risada rouca ao meu lado. Virei-me, já prevendo quem eu iria encontrar. Sentado na beira da cama, estava Sebastian. Os cabelos platinados bagunçados e a camiseta branca que deixava seus músculos e suas marcas bem visíveis. Era como acordar no paraíso e olhar um anjo. Bem, quase isso.
            Sorri ao vê-lo. Sentei-me na cama, aliviada ao perceber que não sentia mais dores. Seu rosto se iluminou ao me ver, mesmo que por um breve momento. Então, ele suspirou e voltou ao seu habitual autocontrole.
            Só então fui perceber que não estava mais com as mesmas roupas que eu me lembrava de ter vestido. Estava com uma camisa de botões preta que, obviamente, era de Sebastian.
            Olhei para ele de forma acusatória.
            __Você trocou as MINHAS ROUPAS?__ Brinquei, fingindo estar ofendida.
            Ele deu de ombros, sorrindo de forma quase inocente.
            __Você estava toda suja de sangue, e suas roupas também. E, além do mais, não tem nada aí que eu já não tenha visto.
            Senti meu rosto quente.
            __E aposto que se divertiu com a situação__ Lancei mais um olhar acusatório__ Seu pervertido.
            Ele riu, enquanto eu me sentava na cama e me aproximava mais dele.
            __Em outras circunstâncias, se você não tivesse quase morrendo e desacordada, eu teria me divertido MUITO__ Declarou ele__ A propósito, você fica bem sexy vestida assim.
            Corei mais uma vez e não aguentei olhá-lo nos olhos. Dei uma risada um tanto tímida.
            __Então você deve ter ficado excitado enquanto eu dormia, completamente vulnerável, ein?__ Ergui uma sobrancelha, me forçando a encará-lo
            __Talvez__ Ele riu, mas depois balançou a cabeça, negando__ Prefiro quando você está acordada__ Seu semblante mudou de repente, assumindo uma expressão mais séria__ Jamais iria tocar em você inconsciente__ Ele resmungou__ Mas como você está se sentindo agora?
            __Bem__ Disse brevemente__ Pronta pra outra__ Só então observei a janela do quarto, que estava com a cortina aberta. Estava escuro__ Que horas são?
            Ele pegou uma mecha do meu cabelo e começou a brincar com ela.
            __Não sei ao certo, mas já está à noite. Você dormiu um dia inteiro.
            __E o que você fez enquanto eu dormia?__ Indaguei, arqueando uma sobrancelha.
            __Eu basicamente fiquei vigiando você __ Ele deu de ombros__ E mandei as fadas fazerem o trabalho sujo.
            Arregalei os olhos e o encarei severamente.
            __De que tipo de trabalho você está falando?
            __Nada demais__ Explicou ele__ Levaram os representantes do Submundo para a nossa casa em Edom.
            __Com "levaram para nossa casa em Edom" você quer dizer SEQUESTRAR__ Repliquei__ Por que fez isso?
            __Porque era necessário. Ofereci uma troca. Os membros do Submundo pelos meus irmãos__ Ela falava com um tom calmo, como se falasse de dar uma volta no parque__ Se a Clave não trocar 2 Nephilim pela vida de 4 seres, estarão dizendo a todos os membros do Submundo que acham a troca inválida porque sua espécie superior. Então o Submundo todo estaria contra eles, ou seja, do meu lado.
            Tinha que admitir, era um excelente plano. Mas só reafirmava a gravidade da situação.
            __É um bom plano__ Disse secamente.
            __Sim__ Ele sorriu, como se estivesse orgulhoso de si mesmo__ E você vai aprovar. Não vou machucar nenhum deles, se a Clave me der meus irmãos, claro. Mas enquanto estiverem comigo, nem a minha adorável mãe vai se ferir.
            __Você sequestrou a SUA MÃE?__ Quase surtei ao saber disso. É claro que iriam sair muitas faíscas se esses dois se encontrassem.
            __Sim, mas isso não é o mais importante agora__ Disse ele, dispensando o assunto com um gesto__ O importante é que você está bem e que vamos hoje mesmo para um lugar bem melhor.
            __Que lugar?__ Questionei.
            __Para o Edom, é claro__ Quase me engasguei ao ouvir as palavras__ Mas não se preocupe. Mandei que arrumassem tudo para que ficasse bem confortável para nós.
            Engoli em seco.
            __Quando vamos para lá?__ Pronunciei cada palavra pausadamente para que ele não notasse o nervosismo em minha voz.
            __Hoje mesmo__ Ele se levantou, indicando que a hora era agora, sem mais delongas__ Se arrume rápido. E não precisa levar roupa nem nada, já providenciei tudo. Pegue apenas seu uniforme vermelho e seu cinto de armas.
            __Certo.
            Levantei-me rapidamente, sem dar maiores explicações. Apenas fui para o banheiro e me tranquei lá.
            Enquanto deixava a água correr pelo meu corpo, pensava. Mais um passo. Um passo para a destruição do mundo  ou para a destruição de tudo que eu acreditava. Eu rezava para que a sobrevivência de um não aniquilasse o outro. Será que era tão impossível ter as duas coisas? Parece que sim.
            __Cami__ Chamou Sebastian, batendo na porta__ Não demore muito, tá? Temos que estar lá em no máximo 30min.
            __Estou terminando__ Disse, tentando falar mais alto que a água do chuveiro.
 

***


            Alguém me olhava no espelho, alguém  que não se parecia nem um pouco comigo. Uma garota com os mesmos cabelos negros, olhos cinzentos... mas o uniforme vermelho não parecia se encaixar. Eu preferia o preto, claro.
            __Se admirando?__ Disse Sebastian, me abraçando por trás.
            __Mais ou menos__ Disse, olhando em seus olhos através do reflexo no espelho. Ambos estávamos com o uniforme vermelho, mas ele se sentia bem com e isso e eu, não.
            __Está perfeita__ Declarou ele, beijando meu pescoço__ Temos que ir.
            Me virei pra ele, segurando seu rosto com as duas mãos, enquanto seus braços envolviam minha cintura.
            __Estou feliz por você__ Disse, aliviada por não ser uma mentira__ Só espero que isso tudo dê certo no final.
            __Já está dando certo__ Ele sorriu__ E vai ficar bem melhor, prometo.
            Dei um sorriso, tentando fazer com que eu parecesse mais feliz. O gosto amargo na boca servia apenas para lembrar de como eu estava com medo de tudo q eu planejei desse errado.
            __Espero realmente que você fique feliz, mesmo que as coisas não deem tão certo. Eu quero que você fique bem, okay? Por favor...
            __Ei__ Interrompeu ele__ Por que essa preocupação toda? Ninguém pode me machucar agora. Eu sou invencível.
            Apenas assenti com a cabeça. De alguma forma já sabia o que viria em seguida: a confusão e a dor de cabeça do teletransporte. Pensei que o anel de Valentim, que permitia com que Sebastian andasse pra lá e pra q cá em questão de segundos não pudesse leva-lo para o Inferno. Mas eu estava errada.
            A primeira coisa que senti foi o ar. Era como se eu tivesse dentro de uma bolha de fumaça tóxica. Depois foi a tontura, como se o ar estivesse me comprimindo, me esmagando. Era uma sensação completamente estranha. E então veio o pior: a fraqueza. Parecia que Edom tirava as minhas forças, o que já era previsto, já que se tratava de um lugar demoníaco. Talvez a situação melhorasse depois de um tempo.
            Então, finalmente, abri os olhos. Era como uma sala circular, mais ou menos do tamanho da sala dos acordos, feito de pedra e até estiloso no estilo rústico. Mas, vindo de Sebastian, eu esperava algo mais glamoroso.
            Senti sua mão pressionado a minha.
            __Acho melhor você ir para o quarto__ Sugeriu ele__ A não ser que você queira conhecer o local.
            Balancei a cabeça negativamente.
             __Não. Quero ir para o quarto mesmo. Sinto-me cansada.
            Ele me puxou, conduzindo-me por uma escada de pedra em espiral.
            __Eu pensei nisso tudo. Consegui um feitiço interessante. O quarto está bem bonito e com o ar "normal", digamos assim. Depois de um tempo, vai se acostumar com a atmosfera do Edom. Mas, enquanto isso, tomei providencias para que ficasse confortável.
            Sorri, meio triste, meio alegre. Era legal saber que ele se importava tanto assim comigo, mas o Edom não era o melhor lugar para se viver. Na verdade, estava longe disso.
            Não demorou muito para que chegássemos até o quarto. Era bonito, todo de mármore branco, com as cortinas escuras e pesadas, escondendo uma janela com a vista para as "lindas" planícies queimadas de Edom. A cama também era grande e tinha um cobertor preto, aliás, tudo ali era escuro. O lustre imponente e luxuoso era de cristal negro e havia também um barzinho, com champanhe, vinho e taças negras, todas muito elegantes.
            __Eu tenho que dar algumas instruções aos Crepusculares__ Disse ele__ Volto mais tarde. Aproveite tudo e durma. Descanse bastante, pois teremos dias cheios por aqui.
            Ele saiu rapidamente, fechando a porta atrás de si. E Sebastian tinha razão, mais uma vez. O ar era bem recebido pelos meus pulmões, assim como os vários símbolos do Livro Gray, desenhados discretamente em alguns cantos do quarto.
            Fui até o banheiro do quarto, também todo de mármore, onde havia um chuveiro e uma banheira de hidromassagem com vários sais de banho de fragrâncias deliciosas. Sebastian pensara em tudo mesmo. Mas eu nem tinha vontade de usar tudo aquilo, não nessas circunstâncias.
            Apenas fiz minha higiene noturna e vesti uma camisola preta rendada que achei em um armário e fui para a cama, tentando esquecer que estava ali e dormir rapidamente. Descobri que era uma tarefa completamente impossível, pois já estava acostumada com Sebs dormindo ao meu lado. 


Notas Finais


Gente, desculpa por qualquer errinho e pela demora
vocês são incríveis, espero que tenha ficado dignamente bom , pois vocês merecem muito!


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