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História You Are Protected - Você está protegido


Escrita por: Litalea_Draak

Capítulo 44 - Você está protegido


† PoV. Autora †

 

“— Não, nós estamos bem. Não se preocupe Mama.

— Certeza?

— Absoluta. As crianças precisam de mim, se cuide.

— O mesmo Tao. Mande um abraço bem forte para o pessoal aí.

— Pode deixar! Obrigado por tudo Mama.

— Não precisa agradecer.”

 

Zillin desligou a chama, seguida de seu celular, enquanto voltava para dentro do enorme prédio. Estava em meio à uma grande reunião junta a Yan, ambos almejavam levar seus serviços e produtos para o Brasil. O contrato e todos os seus direitos na terra estrangeira estariam sendo passados naquela tarde.

 

Agora, ali ao lado, na Coreia. A situação não estava diferente.

YiFan está tomando conta de parte da empresa, para ser mais exata: da segunda alpha, localizada na Coreia do Sul. Felizmente hoje é sua folga, permanece ao lado de sua família. Hoje, vinte e quatro de abril, é o aniversário de seus filhos.

 

Isso mesmo, não foi engano, e sim destino.

 

Tao abriu um boletim de ocorrência contra Srta. Kim. Houveram mais reclamações de maus tratos no orfanato e, assim que um fiscal foi ao local, ele foi fechado. Não se sinta mal, todas aquelas crianças a tanto oprimidas estão em um lar melhor. A casa da família de Tao foi transformada em um lar melhor para todos. Hector foi o primeiro a apoiar a ideia. Alexander agora trabalha na polícia militar, em pouco tempo se tornou um oficial preciso na maioria dos casos. Ele prefere as ruas, onde tudo acontece.

Jonatas deixou todo o seu passado para atrás, está cursando medicina em uma faculdade pública dos Estados Unidos, após conseguir uma bolsa de estudos para a mesma e ter de viver em seu pais de origem. Agora ele tem um sonho: salvar as pessoas, não as machuca-las.

Jade, agora com dezesseis anos, se encontra em um belo relacionamento. Infelizmente às escondidas, já que sua mãe nunca aceitaria que está com uma garota. Ela se descobriu homossexual ainda cedo.

Constance acabou aceitando o relacionamento de Kris e Tao, demorou um pouco, mas finalmente parece estar bem com tudo. Ah, o restante da família Wu continua feliz. Kaleb os deixa loucos, Dinah não se aproxima muito deles. Esta foi a única que não mudou muito, ao menos não atormenta mais Jade.

Youngmin e Kwangmin foram adotados, estão mais que satisfeitos com os pais que conseguiram. Wu YiFan e Huang ZiTao se esforçam ao máximo para exercer o papel.

Bem, de início foi tudo muito agitado, mas não há nada que não consigam fazer. Tao teve algumas aulas, alguns trabalhos e pesquisas a mais, ele conquistou seu diploma do ensino fundamental e médio. Agora está cursando “Técnico em Administração”.

Ah, não posso me esquecer deles. Não houveram tantas mudanças em suas vidas, apenas Lin está cheia de novidades.

Lin está em uma séria relação com aquele garoto que conheceu no café em que trabalhava. Cha Eunwoo é uma pessoa maravilhosa. Ambos, Lin e Eunwoo, tiveram total apoio de familiares e amigos. O irmão mais velho de Eunwoo, Hakyeon, os ajudou a ficarem junto. Luhan não foi muito diferente.

Chanyeol e Baekhyun também estão juntos. O pai de Chanyeol está com o pai de Suho, a notícia chegou a pouco tempo, mas tudo já parece correr naturalmente.

Para a felicidade de alguns, a mãe de Chanyeol foi encontrada morta na noite do Lost Christmas. Ela desviou dinheiro de Thea e teve tal fim.

Jongdae e Minseok se encontram na Europa, uma viagem antes de começarem a faculdade. As avaliações já foram feitas, agora é só esperar o resultado.

 

Ah, finalmente a tão aguardada paz.

 

† PoV. Tao †

 

† 16:00 †

— E pensar que tudo aquilo durou um ano. — Comentei baixo, me deitando sob a sombra daquela árvore.

— Ele está entre o pior e o melhor. — Kris sorria ao meu lado.

— Por quê? — Fique encarando seu rosto sereno.

— Foi o ano em que te conheci e tivemos todos aqueles momentos juntos. Mas, tudo o que aconteceu, as mortes, hospitais e feridas ainda abertas o faz ser um dos piores.

— Feridas abertas?

— Sim. — Se levantou minimamente, o suficiente para virar e se deitar novamente. Com a cabeça em meu colo desta vez. — Você sabe.

— Não, não sei. — Passei minha mão direta por seu cabelo. Um singelo carinho.

— É, acho que tudo já está curado. — Sorriu. Seus dentes pareciam brilhar. — Estamos em paz. Finalmente.

— Não, estamos em guerra. — Respondi encarando o pequeno ser a nossa frente.

Kwangmin estava parado com uma arminha de água apontada em nossa direção. Kris abriu os olhos e ficou encarando-o.

— Perdemos o jogo. — Falei rindo.

— Ah não! Ele não pode me pegar! — Kris fez drama.

— Posso! — Kwangmin disse correndo em sua direção.

— Não! Eu não irei me render! — Ficou de joelhos, pegou a pequena arma d’água que havia deixado no chão ao seu lado e apontou para Kwangmin. — A princesa é minha!

— É minha!

Kwangmin pulou em Kris, ambos caíram para trás. Acreditei que cairiam na grama, mas errei. Os dois foram para dentro do lago, jogando água para todos os lados. Não demorou para que eu os visse voltando a superfície, não tive tempo de ter medo. Kris estava segurando Kwangmin, que parecia chorar agarrado a si.

— Hey, não chore. Está tudo bem. Você está protegido.

— Vocês estão bem?! — Fui com pressa até os dois.

— Sim, não foi nada. — Respondeu mais calmo do que eu esperava.

— Kwangmin? Está bem? — Questionei pegando-o no colo. Está completamente encharcado.

— Estou com frio. — Fez uma pequena pausa. — Eu ganhei a princesa. — Sorriu.

— Eu desisto. — Kris disse afundando no lago.

— YiFan! — Chamei.

Ele apenas tirou uma das mãos da água e me fez um simples sinal positivo. Suspirei em derrota voltando minha atenção à Kwangmin.

— Ele se afogou? — Encarou o lago.

— Não. Ele acha que virou um peixe. — Rimos baixo. — Onde está o Youngmin?

— Não sei. Ele foi brincar com o lobo e ainda não voltou.

— Vamos procurá-lo? — Ele concordou. — E ele, como fica? — Apontei para água.

— Papa! Vamos! — Disse alto.

Kris voltou a superfície, tirou um pouco da água que caia em seu rosto e saiu do lago. Caminhamos de volta para casa, Kris fez o favor de molhar minha camiseta na parte de trás também. Ao longe já conseguia ver Youngmin brincando com Tairon.

— Ele se tornou mascote da família ou o bichinho de estimação deles? — Perguntei para Kris assim que Kwangmin correu até o irmão.

— Nem um, nem outro. Ele faz parte da família.

— Ele é imortal aqui, certo?

— Não exatamente. Ele não irá envelhecer ou simplesmente morrer. Apenas se alguém o fizer.

— Ele tem sorte em se curar.

— Inveja? — Segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. — Pois saiba que eu sempre irei escolher você.

— Não é inveja. — Ri baixo. — Ciúmes também conta?

— Acho que sim. Se contarmos que eu morria de ciúmes quando você estava com Hector. Você ao menos tira a pulseira que ele te deu.

— E você o colar ganho de Tairon.

— Isso salvou minha vida. — Apontou para a pedra brilhando no colar de cordas.

— Isso me ajudou a continuar. — Levantei nossas mãos e apontei para a pulseira preta com um pequeno pingente semelhante ao naipe de ouros.

— Então estamos quites. — Parou de andar.

— Não tem porquê ter ciúmes. — Fiquei de frente para si.

— Certeza? Eu amo apenas você. Mas, e você?

— O mesmo. Apenas você. Hoje, amanhã e sempre.

— E ontem? — Aproximou-se.

— O que você acha?

Cortei a distância de nossas bocas dando início a um singelo beijo. Minhas mãos foram até sua nuca, as suas para minha cintura.

É algo clichê de se dizer, mas é verdade. Eu sentia sua felicidade, sua paixão e carinho por mim.

 

† † † † †

No fim da tarde, Tairon se despediu dos meninos. Não foi um simples até amanhã como todas as vezes. Foi um sincero adeus. Ele alegava ter algo, uma missão a cumprir aqui. Nos agradeceu por tudo, especialmente a Kris.

— Você tem certeza disso? — Perguntei receoso.

— Sim. — Respondeu firme, ainda sem olhar-nos.

— Ao menos diga o real motivo. — Kris pediu baixo.

— Eu vi uma garota.

— Deseja ajudá-la?

— Isso mesmo. Ela será importante para muitas pessoas, mas algo negro a segue. Ela nasceu há poucos dias, não tem noção alguma do que esse mundo fará a ela. Eu quero protegê-la de tudo o que puder. Quero garantir que seja feliz.

— Você viu o que irá acontecer... — Praticamente sussurrei.

— Infelizmente, sim. Ela será abandonada em uma densa floresta durante uma noite de outono. Serei seu guardião.

— Tairon.... Você tem meu total apoio para isso, mas tome cuidado. Por favor. — Pedi.

— O mesmo. Faça o que precisar para que ela não veja a verdadeira face de algumas pessoas. — Kris estava sério.

— É o que pretendo. Partirei durante a noite. Tao, isto é para você. — Estendeu a mão direita em minha direção, havia algo embrulhado em pano. O peguei um tanto hesitante. — Sempre que precisarem, não hesitem me chamar. Mesmo sabendo que você está protegido e Kris também, sempre que precisarem estarei à disposição.

Tirei o pano daquilo, três colares de cordas trançadas. A pedra prata enfeitava cada um deles, finas linhas amarelas e azuis quase brancas pareciam brilhar sob a luz do luar.

— As menores são para Youngmin e Kwangmin. — Comentou calmo. — Eles já dormiram?

— Creio que sim, já está tarde. — Respondi olhando em direção a casa, poucas luzes permaneciam acessas.

— Preciso ir. Ainda estou em dívida com vocês, portanto, não se esqueçam de mim.

— Prometemos. — Sorri.

— Não tem como esquecer de você, Tairon. — Kris disse rindo baixo.

Nos despedimos. Ele se transformou em lobo e uivou ante de correr na direção oposta à nossa. Fiquei estático por alguns segundos, logo que voltei a realidade segui ao lado de Kris de volta para a nossa casa. Mama nos deu essa casa como presente, não sei exatamente o porquê. Bem, é a Mama.

Passei no quarto dos meninos antes de me deitar. Coloquei o colar dado por Tairon nos dois, dormiam lado a lado em apenas uma cama enquanto seguravam a mão um do outro, realmente são inseparáveis. Apaguei todas as luzes da casa e voltei para meu quarto. Deitei e puxei o cobertor até meus ombros. Encarei o colar em minhas mãos por alguns segundos, o coloquei com certo aperto no peito.

Vire-me e fechei os olhos, não demorando a sentir Kris me abraçando por trás. Ele me virou para si e deixou um beijo em minha testa. Estava deitado ao meu lado, ainda sorrindo.

— Eu vi você conversando com Tairon ontem, o que deu a ele? — Precisava tirar essa dúvida da cabeça.

— Algo para ajudá-lo em sua jornada.

— Entendo.... Já vai dormir? — O abracei, deitando minha cabeça em seu peito.

— Sim. Eu posso dormir tranquilo agora. — Respondeu baixo.

— Por quê?

— Porque sei de algo.

— O que? — Acabei rindo, já prevendo sua resposta.

— Você está protegido.

 

 

† Fim †



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