História You Belong to Me (RELEITURA) - Uma noite inesquecível

Minha última semana tinha sido de muita tensão. Estava intercalando meus dias entre estudar na faculdade, ir as minhas aulas de dança, ensaiar as coreografias do espetáculo da faculdade e ainda tinha uma bomba no meu colo... Me casar com um estranho para salvar a situação financeira da minha família, eu só não entendo porque um homem rico quer casar seu filho único com uma estranha.
Me levanto às pressas assim que o meu despertador toca, indicando que já são sete horas da manhã. Enrolo um pouco para sair da cama e depois vou direto para o banheiro me arrumar. Coloco a roupa mais confortável que encontro no guarda-roupa e pego tudo o que irei precisar para o dia de hoje como minha roupa para aula de dança e meus figurinos para o espetáculo. Desço correndo e vou direto para a cozinha tomar café da manhã. No trajeto percebo que estou sozinha em casa, mas ao chegar na cozinha vejo que a mesa está posta.
"Hum... Que delícia." comento sozinha em voz alta ao ne sentar para comer. Hoje o café está bem repleto de opções.
Alguns minutos se passam, e o abrir da porta anuncia que alguém chegou. Logo minha mãe aparece na porta da cozinha carregando algumas sacolas.
"Ei, bom dia filha." minha mãe entra toda sorridente na cozinha e coloca as sacolas sob a pia.
"Bom dia" respondo. Ela puxa uma cadeira e senta ao meu lado, mas não se serve de nada. Já deve ter tomado café mais cedo.
"Onde foi?" pergunto.
"Fui comprar algumas coisinhas que faltavam." a encaro um pouco surpresa. Ela age como se nada estivesse errado ou fora do comum.
"E nós estamos tendo dinheiro para isto? Que eu lembre a justiça confiscou os nossos bens." ela fecha a cara na mesma hora, demonstrando não tet gostado nem um pouco do qu eu disse.
"Estamos falidos e não passando fome." ela se levanta e vai até a pia, onde começa a lavar algumas louças que estão sujas.
"O que deu em você para fazer este banquete logo cedo?" ela me olha por uns instantes, me fuzila com os olhos e volta a lavar a louça.
"Viu o Ricardo?" ela muda de assunto. Acho graça.
"Não. Quando eu acordei já estava sozinha." respondo enquanto mastigo um morango fresquinho.
"Ele não tem parado em casa..." dessa vez sua voz sai mais baixa que o normal. Talvez ela esteja falando comigo ou pensando em voz alta.
"Vocês ainda não votaram a se falar?" olho para ela e ela apenas nega com a cabeça, confirmando que eles ainda estão brigados.
"Qual é... Vocês se amam e não devem ficar assim por causa de una proposta absurda como aquela." ela solta uma risada sarcástica e me encara.
"Proposta absurda? Você sabe que se fosse pelo Ricardo você já estava casada com esse cara." ergo as sobrancelhas e tomo meu último gole de café antes de me levantar.
"E você sabe que eu jamais aceitaria uma coisa dessas... Sem chances mãe, relaxa." ela suspira e me segue até a sala.
"O rapaz quer te conhecer..." ela se senta no braço do sofá e passa a me observar.
"Que rapaz?" começo a procurar meu celular perdido pela sala na noite passada e mal percebo do que ela está falando.
"O filho do Bieber." paro o que estou fazendo no mesmo instante e me vira para minha mãe em choque.
"Como assim? Eu nem se quer quero aceitar isso." resmungo boquiaberta.
"Foi o que o Ricardo falou." minha mãe levanta as mãos no ar.
Meu celular apita, e o encontro embaixo das almofadas do sofá.  Pego meu celular e vejo que tenho algumas mensagens não lidas. Abro algumas, a maioria me desejando sorte, me lembrando do meu horário corrido... E uma de Jack. Ah... Jack.

É hoje! Boa sorte minha estrela. Merda para nós.

Decido não responder a sua mensagem. Preciso me valorizar e mostrar que não estou desesperada em ter ele por perto... Na verdade estou. Já perdi minha chance de ter algo sério com ele antes por ser pegajosa demais. Agora é ele quem tem que correr atrás de mim. Minha estrela... Meu dia melhora consideravelmente depois destas palavras.
Chego na academia de dança com vinte minutos de atraso e sei que Hanna deve estar querendo me matar por fazê-la atrasar a sua aula por minha causa. Passo correndo pela recepção e vou para o vestiário me trocar. Dentro de cinco minutos empurro q porta de uma das salas e entro para a aula poder começar. Todos os alunos me olham, eu procuro pela Hanna no local mas não a vejo.
"Ei Sav onde a Hanna está?" me aproximo de Savannah que está conversando com um pequeno grupo e pergunto pela nossa professora.
"Você ainda não soube? Ela está doente... E não poderá vir." coloco as mãos na cintura e suspiro. Não acredito. Eu poderia estar me dedicando mais à coreografia do espetáculo ao invés de vir a uma aula onde a professora não veio.
"Ela pediu para você passar a coreografia hoje." me encosto na parede parecendo exausta. 
"Como assim?" solto os braços do lado do corpo e sinto o desânimo se apossar de mim.
"Vai Sel. Passa a coreografia para a Hanna e deixa de preguiça." respiro fundo umas três vezes, me afasto da parede e vou até o centro da sala e fico de costas para o espelho enorme da sala.
"Certo pessoal. Hoje eu vou passar a coreografia a pedido da Hanna ok?" todos me olham.
"Acho bom você ser pelo menos vinte por cento boa como a Hanna. Se não pode pegar suas coisas e ir embora." Erikka se pronúncia no meio dos outros alunos. Prepotente e arrogante como sempre, sempre pronta para me irritar ou provocar. Vaca.
"É como dizem Erikka... Os encomendados que se mudem." abro um sorriso amarelo na direção dela. Ela balança a cabeça e força um sorrisinho debochado.
"O que vocês acham pessoal? Dançar com uma profissional ou com uma amadora?" ele coloca as mãos na cintura, dá alguns passos à frente e se vira para o resto dos alunos. Olha para a cara de um por um, com um sorriso de pura arrogância. "Bom... Eu prefiro dançar com uma profissional." ela se afasta do grupo, pega a sua mochila no canto da sala e sai empurrando a porta cheia de si. Alguns dão risada da situação e outros se mantém concentrados esperando a aula começar.
"Vamos começar logo." vou até o rádio e o ligo, colocando a música.
Passo cerca de duas horas dentro da sala ensaio os passos em conjunto e individual, ajudo alguns alunos a aperfeiçoarem alguns passos, passo a coreografia uma cinco vezes e finalmente encerro quando ensaiámos pela ultima vez e percebo que o grupo está em total sincronia.
"Ei me espera." ouço alguém me chamando. Me viro e Savannah se aproxima correndo atrás de mim, enquanto vou para o vestiário me trocar.
"Você vem no espetáculo hoje?" pergunto enquanto caminho com ela pelo corredor.
"Não sei Sel... Estou tão ocupada com a mudança."
"Que pena... Você ia me dar uma força lá." sorrio.
"E o Jack? Tem falado com ele?" ela sorrio de maneira maliciosa e pisca para mim. Balanço a cabeça e dou risada. Essa Savannah é impossível.
"Ah... Ele tem me mandado umas mensagens. Mas eu não respondo nenhuma. Tenho que ser difícil né."
"Deixa eu ver." ela estica a mão esperando que eu dê meu celular para ela.
"Pra quê isso?" reviro os olhos. Ela continua irredutível, esperando o meu celular.
"Anda logo." ela resmunga já sem paciência.
Coloco a mão no bolso, tiro o celulae e dou para ela. Savannah desbloqueia o meu celular e começa a ler todas as mensagens que eu recebi do Jack.
"Você respondeu uma." ela comenta se forma julgadora sem tirar os olhos da tela do celular, enquanto entramos no vestiário.
"Ele disse que eu estava linda... Não resisti..." meu coração acelera ao me lembrar do momento em que recebi esta mensagem. Estava na biblioteca da faculdade.
"Amiga, o Jack está de quatro por você... Sério! Acho que ele quer reatar." depois de ler as mensagens Savannah me devolve o celular e vai até o seu armário pegar as suas coisas.
"Como assim Sav? A gente nunca chegou a ter nada." me encosto na parede e fico a observando se trocar enquanto conversamos.
"Então ele quer reatar o que vocês não tiveram oras." dou risada do seu jeito de falar.
"Não sei..." Savannah me puxa pelo braço para sairnos do vestiário mas eu digo que vou ficar e tomar banho. Ela vai embora e me deixa sozinha.
Tomo banho correndo, me troco e pego primeiro táxi que encontro para ir até a faculdade. Faço o taxista praticamente voar com o táxi. Chego na faculdade e vou para um dos palcos onde ocorrerá as apresentações. Local em que os dançarinos e cantores irão se encontrar. Quase todos já estão no palco. Corro até eles, que se encontram num circulo. Procuro um lugar e me encaixo entre eles. Por sorte ou não, encontro um lugar em frente ao Jack. Ele abre um sorriso lindo quando me vê e pisca, sem graça eu desvio o olhar e vejo algumas meninas nada felizes com a atitude de Jack em relação a mim.
As vozes dos professores me chamam a atenção. Eles entram no meio do circulo formado para conversar com os alunos.
"Espero que estejam todos relaxados e presentes. Hoje o ensaio será puxado." o nosso professor de dança clássica se pronúncia. A professora de canto sorri enquanto ele fala.
"É um dia muito importante para a faculdade, e um dia cheio de oportunidades para vocês." ao ouvir a palavra oportunidade meu estômago revira. Não posso desperdiçar a chance de perder a vaga na melhor escola de dança e canto do país.
"Além do mais vocês são os veteranos e está na mão de vocês o prestígio da faculdade." a professora, pegou uma caderneta enquanto falava.
"Veteranos... Não robôs dançarinos..." um dos meus colegas resmungou do meu lado. Olhei para ele e sorri.
A professora começou a fazer a chamada, para confirmar os alunos que estavam presentes e depois nos mandou nos trocarmos para começar o ensaio.

Me troquei e comecei o alongamento. Percebi quando Jack voltou para o palco e começou a se mover em minha direção. O ignorei e voltei a fazer os exercícios para alongar, e o sentia cada vez mais perto de mim. Eu estava alongando os braços atrás do pescoço, quando ele parou atrás de mim e se aproximou do meu ouvido.
"Oi estrelinha." fingi um leve susto e arrepiei ao ouvir o timbre da sua voz ao pé do meu ouvido.
"Oi Jack." me virei para encará-lo mas continuei alongando. Ele sorriu e eu sorri.
"Viu minha mensagem?" ele cruzou os braços e ficou me admirando.
"Vi." abaixei e levei as mãos até a ponta do pé.
"E porquê não respondeu?"
"Ando muito ocupada." dei a entender que estava fazendo pouco caso da situação.

CAPÍTULO NÃO TERMINADO