História You can Break my Soul - Uma tentativa falha

Continuação_

Sento-me e vejo a luta que está por vim, Yuichiro-san contra Mitsuba-san.

Os dois se posicionam, e quando ouvem o sinal de partida, Yuichiro-san, como esperado, ataca a loira primeiro, com socos e chutes que são defendidos.

Logo depois, Mitsuba-san chuta freneticamente o moreno, tendo como sucesso, um chute alto, o maior recua, até porque acertou sua costela.

-Droga... -Resmunga Yuichiro-san. -Quebrei a costela. -Afirma.

-Sendo assim... Yuichiro-san e Mitsuba-san estão fora. -Protesta Shinoa-san.

-MAS QUE PORRA! -Grita a loira. -Por que eu?

-O nosso objetivo aqui não é quebrar ossos, e sim treinar. -Responde a menor.

Ela bufa e sai do ring, Yuichiro-san é levado para a enfermaria. A próxima luta se inicia sem muita demora, Shinoa-san contra Kimizuki-san. Estou anciosa pelo resultado.

Shinoa-san começa com os ataques, socos, seguidos de alguns chutes, todos bloqueados pelo mais alto. O mesmo tenta joelhas, sem muito sucesso.

Eles se distanciam, ofegantes. Entreolham-se, e então, enfrentam-se novamente. Agora, quem inicia é Kimizuki-san, com um chute girado, que é desviado pela menor. Outro soco é lançado e passa raspando na bochecha de Shinoa-san.

Ela, como defesa, da uma cotovelada no mesmo, acerta, ele fica vulnerável e Shinoa-san encontra uma deixa, segura a nuca do maior, aos pulos, e dá-lhe uma joelhada, Kimizuki-san cai e a luta termina.

-Doeu muito? -Pergunta a menor, ajudando o maior a se levantar.

-Ainda pergunta? -Debocha.

Ela ri.

-Ok minna-san, daremos início a segunda rodada dentro de 10 minutos.

Saio para beber uma pouco de água.

-Você não é tão forte assim... -Escuto alguém.

-E o que te faz pensar isso? -Vejo que é só o loirinho.

-Não é tão rápida como parece, se cansa rápido e só tem mais técnica com os braços.

-E? Ganhei de Yoichi-san e vou para a segunda rodada.

-Por que ele é ainda mais lerdo que você.

-Como pode definir isso apenas observando, creio que não é um samurai e que nem foi treinado por um.

-Pode ser... mas uma coisa é certa... tenho mais técnica que você. -Esse muleque gosta de me provocar.

-Quer lutar então?

Ele solta um riso debochado.

-Sabia que você é tão impulsiva quanto Yuu-chan? Como pode aceitar isso sem nem pensar?

-Aceito qualquer desafio que me parecer.

-Ah... e quem disse que eu propos isso a você? -Da meia volta e encontra seu caminho.

As vezes eu tenho vontade de quebra-lo no meio... (Autora: Uii... agressiva)

Volto a sala, vejo todo mundo ainda sentando e não encontro Shinoa-san no meio.

-Onde está Shinoa-san? -Pergunto ao me aproximar.

-Ela teve que ir verificar a real situação de Yuu. -Responde Kimizuki-san.

-E então?... vamos sair daqui? -Digo.

-Não vai querer continuar? -O maior me pergunta, surpreso.

-Isso vai demorar muito... vamos descansar, será melhor. -Eles aceitam a proposta.

Levantam, pegamos nossos pertences e saimos dali. Eu vou bem atrás dos meninos, vejo uma oportunidade de chamar a atenção do loirinho quando eles viram no corredor. Puxo a camisa dele o mais forte que posso.

-Mas o quê? -Reclama e quando a cabeça pro lado, olha-me estranho. -O que você quer.

Solto o tecido imediatamente.

-Eu queria pedir uma coisa a você.

-E por que eu faria o que pedisse? -Se afasta de mim.

-EI! EU AINDA CONTINUO SENDO MAIS VELHA QUE VOCÊ E AINDA ESTAMOS NO JAPÃO! -Grito quando o via se afastando cada vez mais.

(N/A: Para quem não sabe, é comum ver calouros ajudando seus senpais, por questões de respeito e pa)

Eu possuo um plano B para ele poder me ouvir...

Subo até o terraço do prédio, com uma pequena adaga em mãos (Peguei na sala de armas), corto um pouco do meu braço, de forma horizontal, onde tem menos perigo.

Deixo o sangue escorrer um pouco. Se ele estiver mesmo tão sedento chegará aqui num instante, porém... tenho perigo de ser atacada pelo mesmo.

Ando um pouco, deixo um rastro e sento-me encostada a parede.

Tempo depois, uns 5 minutos, escuto a porta que da direito ao terraço se abrir e fechar.

"Deve ser o loirinho..." -Penso.

Levanto e vou a seu encontro, e... para minha surpresa, é um casal...

Ele se assustam comigo, vêem o sangue e ficam mais preocupados.

-Tem certeza que você está bem? -Pergunta o menino.

-Sim, não se preocupem. -Comprenso o ferimento e saio.

Desço algumas escadas e na curva do corredor, encontro um vampiro perdido e um tanto confuso.

"Então ele se perdeu... "

Vou na direção contrária, onde esta o pátio, é fácil até para um novato chegar lá. Solto o ferimento e aguardo novamente.

O sangue já havia coagulado... pego a mesma adaga e corto outra parte, só que mais profundo. Sai mais sangue.

Não demora muito para perceber que havia um vampiro em cima de mim, com olhos sem vida, força nos braços e que está louco por sangue.

Eu realmente não o vi se aproximando, foi questão de segundos.

-Loirinho... me solta.

Não me responde.

Ele aperta os meus pulsos, mais sangue é jorrado. O loirinho começa a se aproximar de mim, o desespero me corrõe.

-N... NASU! -Chamo-a.

De repente, vejo minha katana penetrar as costas do maior. Seus braços enfraquecem, consigo me libertar.

A katana desaparece e ele chega a cuspir sangue.

-Loirinho! Loirinho! LOIRINHO! -Grito quando ele cai com nenhum sinal de vida.

O que eu faço? Não posso pedir a Nasu para levá-lo a algum lugar... será que sangue resolverá?

Viro seu corpo, ficando de barriga pra cima, aproximo meu braço cortado de sua boca, aperto um pouco do ferimento para sangrar e cair. Sua boca já está aberta, não tenho tanta dificuldade quanto a isso.

Seus braços estremecem, e bem... ele desperta e ataca o meu braço, sinto suas presas penetrando minha carne, tento conter os gritos, saindo em forma de pequenas lágrimas.

O loirinho solta meu braço e me olha, assustado, seus olhos começam a mudar de tom, do azul passa para um vermelho rubi intenso.

-Desculpa por isso... -Diz olhando meu braço.

-Tudo bem... pelo menos você se curou. -Mudo de assunto.

-Levanta, eu te levo para a enfermaria.

-Ah, não precisa, Nasu já me cura. Olha. -Mostro onde ele me mordeu. -Já está menos vermelho. -Finalizo.

O loirinho, pela primeira vez, sorri...

Yasu's P.O.V OFF

Shinoa's P.O.V ON

Sai as pressas da sala de treinamento, fui chamada para ir até a enfermaria, disseram que algo estranho acontecia a Yuu-san.

Chego lá e por incrível que pareça, vejo Yuu-san, completamente saudável, sentado na cama e a enfermeira checando algumas papeladas.

-Não disseram que era algo urgente?...

-Ah, senhorita Shinoa... -Ela se levanta. -O caso aqui é de extrema importância... me acompanhe. -Arrasta-me até Yuu-san.

-O que tem de errado com ele?

-Trouxeram-me um garoto com uma fratura, fiz um exame simples e estava tudo conforme haviam me dito, porém... após 10 minutos que me afastei para preparar o gesso e outras ferramentas, quando voltei e analisei o braço fraturado, estava tudo normal, não havia nenhum sinal de que um osso quebrou, simplesmente NADA.

-O quê? -Pego no braço e confiro o que ela havia me dito. -Como? -Pergunto a Yuu-san.

-Eu não sei, por que acha que eu ainda estou aqui?

-...

Peço para a enfermeira pra libera-lo, apesar de tudo, ele já está bem. Saímos e eu o levo até o seu dormitório.

-Ashuramaru pode ter participação nisso. -Quebra o silêncio.

-Não faz sentindo, Ashura não é um demônio de cura. -Respondo-o.

Chegamos em frente a sua porta, nos despedimos e eu continuo meu caminho.

-Será que Yuu-san possui um demônio interior?...

Shinoa's P.O.V OFF