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História You Can Call Me Monster - Chuva De Novembro


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Olaaaa pessoas do meu coração. Eu vim trazer uma sugestão: Aconselho que leiam
o capítulo ao som de
November Rain - Guns N' Roses.
Como o próprio nome do capítulo já diz, eu o escrevi baseado na música e no próprio cap. tem dois trechos da letra da mesma. (Que é uma das minhas favs em todo o universo) ♡♡♡♡
*Capítulo grande para compensar o da semana passada que foi bem curto*

Capítulo 22 - Chuva De Novembro


"Porque nada dura para sempre
E nós dois sabemos que corações podem mudar.
E é difícil segurar uma vela
Na chuva fria de novembro"



                                     ~~•~~







O resto do dia apenas choveu, choveu e choveu, deixando o tempo frio e um clima desolador no ar, o que fez com que meu coração penasse ainda mais. Praticamente todos já haviam retornado para suas casas, somente eu e Kyungsoo continuávamos ali, acompanhandos apenas pela culpa que carregávamos em nossas costas.

O gosto da pergunta amarga de Kyungsoo ainda não tinha se retirado de minha boca. Tudo que me fazia lembrar daquele episódio me destruía por dentro, pois trazia a tona o questionamento: Porque diabos eu continuo ao lado do homem que me fez tanto mal?, qual o meu problema? É amor? Ou eu sou tão doente quanto ele?

Joguei meu pescoço para trás na esperança de sei lá o quê, talvez uma luz, uma ajuda, ou só um relaxamento em meus músculos tensionados. A verdade é que desde que conheci Baekhyun eu nunca mais soube o que era paz, eu nunca mais se senti totalmente relaxada, e as coisas que eu considerava importantes em minha vida foram sendo jogadas para o escanteio, sendo colocadas em segundo plano.

Nada me dava mais prazer, a faculdade, fotografar, sair com os amigos e encher a cara. Desde a primeira vez que o beijei eu só consigo ver ele em minha frente, nada mais importa ou faz sentindo. As vezes eu me sinto uma idiota obsessiva que vive em prol de alguém que não me merece, que não merece os meus esforços. Contudo Baekhyun só me machucou seriamente uma única vez, vez essa que me deixou marcas que nem a amnésia mais profunda me faria esquecer, o fato é que  talvez seja por isso que eu ainda estou aqui, eu anulo os momentos ruins para me apegar aos bons.

Em meios aos meus devaneios Kyungsoo surgiu na sala de espera, carregando consigo dois grandes copos de café. Olhei agradecida para Kyung, tudo que eu precisava naquele momento era cafeína direto no sangue.

- Imaginei que estivesse ansiando por café. - Disse-me, entregando-me o copo com café.

- Mesmo que eu não estivesse pensando em café, você sabia que eu precisava, obrigada por isso Kyung. - Disse eu.

- No que estava pensando afinal? - Indagou Kyungsoo, sentando-se ao meu lado.

Mais uma vez eu não encontrava palavras para responder as perguntas de Kyungsoo, mas eu precisava falar com alguém, então eu tinha que encontrar as palavras que haviam se perdido em  minha boca.

- Eu estava pensando no porquê de eu ainda estar aqui. - Disse, me revelando aos poucos.

- Mesmo depois de tudo que ele te fez certo?

- Certo. - Disse eu, agradecida por não ter de especificar muito as coisas, esse era o lado bom em conversar com Kyungsoo, ele me entendia, mesmo com meias palavras.

- Eu Do Kyungsoo, também não sou capaz de responder à esse questionamento. - Disse ele, dando um pequeno gole no café em seguida.

- "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera , tudo suporta". - Disse eu, repetindo o famoso verso que tentava explicar o amor em palavras tão vagas.

- "Tudo suporta" acha que é por isso que ainda está com ele, o ama tanto que é capaz de tudo suportar? - Disse Kyungsoo, me encarando reflexivo.

- Eu não sei nem se o que sinto é mesmo amor. - Disse eu, sentindo uma lágrima solitária escorrendo sobre o meu rosto.

- Você tem que descobrir s/n, afinal qual o sentindo disso tudo se você não sabe nem o porquê de continuar aqui mesmo depois de todas as atrocidades que ele cometeu. - Disse Kyungsoo, com a voz um tanto quanto exaltada.

- Calma, falando desse jeito parece até que ele cometeu uma legião de crimes. - Disse eu, estranhando a mudança repentina de Do.

- Você não sabe da missa metade. - Disse Kyungsoo, após soltar uma risada de escárnio.

- O que você está insinuando? - Disse, virando-me para encara-lo.

- Eu... eu só quis dizer que você ainda tem muito a descobrir, mas vai ter que descobrir sozinha. - Completou Kyungsoo, após uma breve gaguejo.

A resposta de Kyungsoo não era nem um pouco convincente, mas eu não iria mais a fundo naquilo, afinal Baek continuava agonizando em uma cama de hospital. Então voltei a minha posição original, direcionando meus olhos para o vazio.





                    

~~~ Chanyeol On ~~~





Está claro em minha mente que o que aconteceu á Baekhyun envolve Kyungsoo e aquela prostituta. Quando cheguei ao hospital, logo depois do ocorrido, Kyungsoon e s/n choravam e trocavam confidências agarrados um ao outro, ao meu ver aquilo nada mais era do que uma clara confissão de culpa.

Mas o que aconteceu afinal? Por que Baekhyun e saiu pelas ruas correndo como um louco, fazendo com que o acidente acontecesse? Essas perguntas não saiam de minha cabeça, pareciam marteladas em sequência, avisando-me de que eu tinha que investigar e descobrir o que de fato aconteceu.

- Chany? - Disse Sehun, que já me observava sentado ao meu lado no sofá á um certo tempo.

- O quê é Sehun?

- O que está acontecendo?

- Como assim? - Disse, fingindo não estar entendendo o teor se sua pergunta.

- Você acha que sou idiota? O Baekhyun que vive aqui, à um certo tempo não é o mesmo de antes, você anda estranho desde aquele jantar, e o Kyung anda por aí como se estivesse vendo um fantasma a cada dois segundos; com os olhos mais arregalados que o normal, e eu não preciso nem comentar da relação do Baek com essa ocidental aí. - Disse Sehun, fazendo várias observações a cerca do estava acontecendo.

- Tudo mudou Sehun, desde que aquela maldita chegou na vida do Baek ela destruiu tudo. A culpa é dela. - Disse eu, sentindo toda a amargura do meu ódio em minha boca.

- Chanyeol por favor, se você sabe o que está acontecendo me dá uma luz, ninguém aguenta mais o clima dessa casa.

- Eu não sei sobre nada. - Menti. - Mas posso afirmar que cabeças vão rolar.

Profetizei o que eu tinha certeza que iria acontecer, segundo os filmes e livros histórias como essas sempre terminam em tragédia, mas dessa vez alguém vai roubar a última cena do personagem principal.









~~~ S/N On ~~~





A noite caiu sobre Seul, junto com ela mais chuva e ventanias que remetiam ao apocalipse. Pouco tempo atrás o médico veio avisar á mim, Kyungsoo e aos pais de Baek, que haviam retornado ao hospital, que o paciente havia deixado o CTI, que fora levado para fazer mais alguns exames e logo estaria no quarto.

Ao ouvir o choro aliviado da mãe de Baekhyun, me condenei por não sentir o mesmo alívio que ela. Eu não estava pronta para olhar nos olhos de Baekhyun depois de tudo, e o pior, ele está fragilizado, talvez se ele me ver agora morra de desgosto.

Quando Baekhyun fez aquilo comigo, lembro-me nitidamente que pedi um tempo à ele, pedi para que se afastasse. Talvez eu devesse fazer o mesmo, talvez eu devesse dar-lhe algum tempo, pelos menos até que se recupere totalmente.

Notei Kyungsoo me chamando discretamente para um canto distante dos pais de Baek, e eu, logicamente, fui até ele.

- Parece que o Baek já irá poder receber visitas no quarto. - Disse Kyungsoo cochichando me meu ouvido.

- Isso é bom, mas não tão bom assim. - Disse, sentindo minhas mãos trêmulas agitadas.

- Como é que a gente fica? - Indagou Kyungsoo, com um olhar esperançoso.

- Não fica. - Disse eu, ríspida. Eu não queria que Kyungsoo achasse que dali pra frente viveríamos uma linda história de amor, e eu relamente não acho que ele esperava por isso.

- De qualquer forma, estou com medo da reação dele ao nos ver. - Relatou Kyungsoo.

- Eu estava pensando em não ve-lo, talvez não seja bom para ele nos ver. - Disse eu, expondo minha ideia não tão brilhante.

- De jeito nenhum! Este impasse deve ser resolvido, e logo. - Disse Kyungsoo, firme.

- Mas Kyungsoo, olha por tudo que ele acabou de passar, toda essa situação pode piorar o quadro de saúde dele. - Protestei em meu favor.

- Tudo bem, antes de você entrar eu verificarei se ele está muito fragilizado. Feito? - Disse Kyungsoo.

- Feito. - Disse eu, me arrastando de volta para o meu assento. 

Eu não sei se foi pelo fato de eu ter cochilado, mas eu senti que as horas passaram rápido demais. Me espantei as 4:30 da manhã, com os pais de Baekhyun recebendo animados a notícia de que já poderiam ver  o filho. Foi só quando saíram que me virei para encarar um Kyungsoo que estava tão branco quanto uma folha de papel.

- O que aconteceu? Eu fui tirar um cochilo e agora já são quatro e meia da manhã, e o Baekhyun já está no quarto, pronto para visitas. - Disse eu para Kyungsoo.

- Cochilo? Você desmaiou aí nessa cadeira isso sim, mas não tiro sua razão, você mal dorme e mal come desde o dia do acidente, estamos aqui há dois dias s/n. - Disse Kyungsoo.

- Foram os dois dias mais infernais de toda a minha vida. - Disse eu, inconformada.

Kyungsoo encurtou a distância entre nós, unidos nossos corpos em um abraço apertado, daqueles que tiram o ar sabe? São os melhores abraços porque são reconfortantes.

- Você já avisou aos outros que Baek acordou? Que já está no quarto? - Indaguei.

- Achei melhor não, está de madrugada e não para de chover, além do mais, se formos ter aquela conversa com ele, é melhor que não tenhamos toda aquela platéia andando pelos corredores do hospital. - Explicou Kyungsoo.

- Certo, você tem razão.

Assim que as palavras em concordância com Kyungsoo saíram de minha boca, os pais de Baek surgiram novamente no corredor.

- Ele estava dormindo? - Indaguei, tentando justificar o porquê de uma visita tão rápida.

- Pelo contrário, meu filho está muito bem acordado e deseja falar com você. - Disse a mãe de Baek para mim, em tom alegre e emocionado.

Senti meu corpo todo congelar ao ouvir que Baekhyun desejava falar comigo, e pelo visto somente comigo.

- Vai ficar tudo bem. - Disse Kyungsoo, afagando minhas mãos.

- Eu espero que sim. - Disse eu, segurando as lágrimas.

Respirei fundo e andei lentamente até o quarto 452, o quarto de Baek, o quarto que talvez seria o palco de o fim de uma história, ou um novo começo. Talvez ali eu recebesse minha carta de alforria, que me libertaria da posessesividade de Baekhyun, ou talvez, recebesse a minha condenação que se arrastaria para o resto de minha vida.

Abri apenas uma fresta da porta do quarto, e antes de entrar lancei um  olhar curioso acerca do moço que repousava feito um anjo sobre a cama. Era incrível como Baekhyun parecia uma criança indefesa quando estava dormindo, parecia...

Criei coragem e entrei no quarto por completo, em seguida fechei a porta atrás de mim e susurrei seu nome.

- Baek?

Baekhyun abriu os olhos automaticamente, e ficou ali apenas me encarando com os olhos que pouco tempo depois se encheram-se de lágrimas, como se estivessem relmabrando tudo que viram naquele fatídico dia.

- Baek meu amor, não chora. - Disse eu, correndo com urgência até a sua cama, e tocando em seu rosto macio.

Baekhyun agarrou-se a uma de minhas mãos em seu rosto e arrancou ela de lá, não me permitindo toca-lo outra vez.

- Como tem coragem de me chamar de meu amor, quando anda por aí beijando outros. - Disse Baekhyun, se sentando com dificuldade na cama.

- Baekhyun, é melhor não termos está conversa agora, olha o seu estado, você está fraco. - Disse eu, preocupando-me com o seu bem estar.

- O meu estado? é deplorável não é? e eu só me encontro assim porque saí correndo pelo simples fato de não aguentar ver você beijando outro homem. - Disse Baehyun, agarrando-se ao lençol que cobria seu corpo, com muita força.

- Eu sinto muito, eu sei que a culpa é minha. - Disse eu, sem conseguir mais conter minhas lágrimas.

- Eu só queria que você me perdoasse. - Disse eu.

- Nunca! - Berrou Baekhyun.

Ao ouvir aquele sonoro "nunca" saindo da boca de Baekhyun uma onda de fúria se apoderou de meu corpo. Eu fui capaz de perdoar uma violação horrenda que ele cometeu contra o meu corpo, e ele não perdoaria um simples beijo que não significou nada para mim? Não, eu não iria aceitar isso mesmo.

- Como não? - Disse eu, pulando em cima dele, sem ao menos ligar se eu estava em um hospital, ou se ele se encontrava fragilizado.

- Você está brincando comigo? Quantas vezes eu te perdoei? E ainda perdoo todos os dias, ao acordar e sentir o buraco que você deixou em meu peito? - Disse, desferindo vários tapas em seus braços.

- Mas eu não consigo me perdoar! - Gritou Baekhyun, agarrando meus dois braços, me imobilizando.

- Nos poucos momentos que eu consigo controlar minhas ações, que eu consigo controlar meus próprios pensamentos, eu só consigo me lembrar de todo o mal que eu te fiz, eu só... só não aguento recobrar a consciência, e me lembrar o quanto que eu machuquei a mulher que eu mais amo nessa vida.

- Baek.... - Eu tentei falar, mas ele me interrompeu.

- Quero que escute bem o que vou te falar. Vá embora, desapareça meu amor, porque se você não o fizer logo, o meu outro eu irá acordar e te perseguir para sempre, nunca vai te deixar em paz porque você se tornou uma obsessão. - Disse Baek chorando descontroladamente.

- Eu não vou embora, eu não vou deixar você nunca! Você me entende? Nunca! - Disse eu, aproveitando o fato de eu estar sentada sobre ele, para puxar sua boca para um beijo regado a lágrimas e dor.

- Para, para por favor. - Disse Baek, separando nossas bocas. - Quando você me beija assim eu só consigo imaginar como seria se nós pudéssemos ter um tempo para acertar tudo, eu poderia descansar minha cabeça simplesmente sabendo que você é minha, toda minha.

- Nós podemos fazer isso amor, podemos sim. - Disse eu.

- Não não podemos, eu sou um psicopata s/n, eu nunca poderei ter uma conversa normal com  você, nunca poderemos ficar bem, e só, ter um relacionamento normal. Por isso vá embora! - Disse Baek.

Eu não conseguia responder a tudo aquilo, era sofrimento demais, o choro que me engasgava a garganta, só demonstrava o quanto meu coração estava apertado.

Me levantei de cima de Baekhyun, e desci da cama cambaleando, eu não sabia bem o que estava fazendo, eu só queria fazer a dor parar.

- Tudo bem ficará bem doçura. - Disse Baekhyn, afagando meus cabelos.

- Eu não sei bem. - Disse eu, inconformada.

- Dê-me um beijo, antes de dizer-me adeus. - Disse Baekhyun, com a respiração pesada.

Encarei seu rosto alvo por alguns instantes, Baekhyun sofria mais do que eu, pois amava alguém a quem nunca poderia fazer bem, e isso deveria feri-lo profundamente.

Passei minhas mãos delicamente sobre sua pele fria, enxuguei cada uma de suas lágrimas com os meus dedos, de forma lenta e carinhosa. Colei nossas bocas bem devagar, nosso lábios se uniram em profunda adoração. Baekhyun pediu passagem com sua língua, e eu deixei que ela penetrasse em minha boca com a calma que sempre tivera. Os estalos de nosso beijos se tornaram altos demais, avisando que o beijo havia se tornado urgente, Baekhyun fugiu de minha boca e beijou apressadamente meu pescoço e meu colo, em seguida selou nossos lábios, quem sabe, pela última vez.


Notas Finais


Por hoje é isso, espero que gostem.

Até mais ❤❤❤


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