História You Can Call Me Monster - Cap5: Pela Jun-Hee

*Suho narrando*

Eu estava muito desconfiado de tudo aquilo, não pude enxergar direito, eu estava muito longe daquela janela, porém, eu podia jurar que era Jun-Hee. Uma metralhadora de perguntas sem respostas naquele momento me pegou de surpresa. Mas de uma coisa eu tinha certeza, Jun-Hee não estaria em uma casa cheia de bandidos por espontânea vontade. Ah~~ o que fazer? Eu pensei em ligar pro meu pai e tirar satisfações mas tudo indicava que eles faziam parte disso também, eu nunca estive tão decepcionado. Eu não posso agir por impulso, meu pai pode agir contra mim em uma situação como essa.
Antes de tentar qualquer coisa, eu precisava saber que tipo de pessoa morava naquela casa, meus olhos foram atraídos por uma loja de fantasias que tinha acabado de abrir.
Eu entrei naquela loja como Suho e saí dela como carteiro Se Gi, divorciado e pai de dois filhos. O primeiro e mais idiota personagem que eu já criei.
Sim, eu me fantasiei de carteiro. Fui à uma casa vizinha, toquei a campainha algumas vezes e uma ahjumma me atendeu.
-Bom dia, aqui é a casa 362? - Me fiz de mongolóide.
-Não, como na placa diz... Aqui é a casa 359
-Oh~ - Eu olhei pra placa que estava enfiada na minha cara mas continuei fingindo que não tinha à visto.
-A casa 362 fica no outro lado da rua.
-Obrigado. - Fiz reverência e fingi que ia sair, mas voltei. -Com licença... Você sabe algo sobre as pessoas que moram na casa 362?
-O Kai é o dono dessa casa, dizem que ele ficou rico jogando em cassinos, além de traficar armas eu ouvi dizer que ele comprou uma mocinha. - Ela disse e logo em seguida cobriu sua boca com a mão. -Falei de mais, preciso ir. - Ela deu as costas e saiu.
Comprada? Mas se compraram Jun-Hee... Agora eu tenho as provas de que meus pais realmente fazem parte disso. Mas eu sou a família de Jun-Hee e eu vou tirar ela dali. Comecei a chorar, mas parei porque eu não tinha tempo para fraquejar.
Eu troquei de camisa, me sentia exausto mas agora que sei onde Jun-Hee está, eu não posso parar, ela pode estar correndo perigo.
Era 6:00 am e nenhum ruído saia daquela casa, estava coberta por um silêncio, aquela era a minha hora de investigar mais a fundo.
Eu escalei a casa meio desengonçado colocando os pés no azulejo antiderrapante, olhei pela janela do quarto suspeito.
-É mesmo a Jun-Hee - Fiquei tão surpreso que meus pés tremeram e cai dali fazendo um barulho alto, queria fugir mas doía muito, fiquei me contorcendo ali até ouvir a porta se abrindo, era um homem alto.
-Mas o que é isso?! - Na hora que ele levantou seu tom de voz comigo outro homem apareceu.
-YA! O que vocês estão fazendo parados aí?! Eu não gosto de atrasos! VOLTEM AO TRABALHO!
-Mas ele não trabalha com a gente chef - O maior disse.
-Claro que ele trabalha, é o Kwang!
-Kwa...ng? - Esse Kai não bate bem da cabeça pelo visto, mas eu vi isso como uma brecha para entrar na casa. -Claro! Kwang... - Disse sorrindo de canto.
O Kai entrou e o homem alto me olhou torto desconfiado por nunca ter me visto, ele começou a se aproximar, eu dei um passo para trás mas ele entrelaçou seu braço pelos meus ombros, e me puxou para frente apertando meu braço com força e me arrastando pra dentro da casa, por pouco eu achei que iria morrer... Jun-Hee me paga.
Assim que eu entrei tinha acabado de começar uma reunião.
-Hoje nós vamos até a divisa de Masan e Busan comprar armas, a compra de armas não é novidade, mas os traficantes de Busan não querem mais fechar acordo conosco. Nosso único traficante agora é o Sik-k, é um parceiro de família, mas ele trafica pro meu primo também então precisamos ser atentos, meu primo pode persuadir Sik-k e armar pra cima de nós. O plano é pegar as armas e sair o mais rápido possível, montem o arsenal e coloquem no porta malas, precisamos nos previnir. - O chef tirou um mapa de baixo da mesa. -Se tudo dar errado nós fugimos para a floresta Miseoyo. - Eu não sabia o que fazer, eu nunca usei uma arma, vão me descobrir...
-Mas nós precisamos de um motorista, o carro não vai andar sozinho.
-EU DIRIJO - Eu disse sem exitar.
-O Kwang dirige. - Kai disse. Eu nunca tive tantas identidades em um dia só. Ainda sinto medo, mas era pela Jun-Hee... Eu vou entrar naquele carro e fazer o que for preciso.
-Mas se algo acontecer e você fugir sozinho... Eu volto do inferno pra te atormentar. - Ele complementou me fazendo engolir seco. Todos riram.

To fodido