Já deve ser madrugada, e eu não sinto sono. Sehun não apareceu pro jantar, provavelmente desde de tarde que ele não aparece, fico me perguntando se aconteceu algo com ele, mas e daí se tiver acontecido?! Bufo e me levanto da cama, vou ver se está passando algo de bom na tv da sala, e por sorte ver se dá sono.
Desço as escadas com cautela, pra não acordar ninguém, e vou até a cozinha para beber um pouco de água, e acabo tomando um susto ao me deparar com o Sehun sentado em uma das cadeiras da cozinha.
-Deus, que susto. – Coloco a mão no peito e suspiro fundo.
- O que você tá fazendo acordada uma hora dessas? – Ele pergunta.
- Tô sem sono. – Cruzo os braços. – E você?
-Eu também. – Ele desvia o olhar e fita o chão, nos deixando em um silêncio constrangedor
- Hum, então... Seu nome é mesmo oh sehun? Como um gemido? - faço careta
- Exatamente como um gemido. - Ele me olha com malícia e reviro os olhos, que idiota.
-E os negócios, como estão? – Corto o silêncio constrangedor. – Digo, essa máfia, e os caras que querem nos matar.
- Digamos que estamos conseguindo mais pistas a cada dia... Sobre onde eles vivem, essas coisas. - Vejo que ele está com uma garrafa de cerveja nna mão.
- Ah. E quando descobrirem onde eles moram?
- Minha vontade é de jogar uma bomba lá, e matar todos de uma vez. - Ele sorri
- O que?! Claro que não! Se tiver inocentes lá dentro?
- E dai? – Diz Sehun com desdém.
- E dai que não se pode tirar vida de várias pessoas assim, a não ser que seja de extrema importância. Eles devem ter filhos...
- Vão começar de novo? – Rick brota do nada interrompendo nossa pequena discursão e me dando um baita susto. – Desculpe- me por aparecer do nada, é só pra avisar que o armamento que o senhor solicitou já está aqui, acabei de colocar em seu escritório
-Otimo! Quanto mais armas melhor... vamos precisar. - Sehun se levanta.
-Hannah - Diz Rick, chamando minha atenção. - Você sabe atirar?
- E...eu? – Arregalo os olhos e aponto pra mim mesma. Ele quer que eu participe dessa guerra?
- Ela não sabe nem andar direito, imagina atirar. – Sehun zomba de mim e eu o encaro irritada.
- Caso eles invadam aqui, ela tem que saber se defender. – Explica Rick calmamente.
- Não inventa Rick. É capaz dela atirar nela mesma sem querer. - Ele zomba
- Não sei atirar, mas posso aprender. – Falo. Rick está certo, eu preciso saber me defender se alguma coisa acontecer aqui. Ouço Sehun rir, ele acha que eu não sou capaz? – Se você se acha tão bom, porque não me ensina então?
- Eu tenho coisa mais importante pra fazer. – Ele retruca e Rick ri.
- Está com medo que ela saiba atirar melhor que você? – Rick tira sarro e Sehun suspira sem paciência.
- Começamos amanhã. – Diz Sehun e eu mordo o lábio inferior para evitar um sorriso.
(...)
O tempo na mansão passou lentamente. Estou há exatamente uma semana aqui, e parece que fazem meses! Mas pensando bem, uma semana é muito tempo... Lembro que Sehun ficou de me dar umas aulinhas de tiro hoje, mas não sei o horário, então vou ficar lá na sala até ele resolver me ensinar. Saio do meu quarto e antes de descer as escadas ouço vozes, e uma delas não é nada familiar.
- Mas você não precisava vir até aqui só pra dar esse recado – Reconheci a voz do Sehun, ele parecia estar irritado. – Existe telefone pra isso, sabia?
- Eu sei, mas hum... As coisas na Coreia não estão muito bem, e talvez se eu passasse um tempo aqui... – A tal voz misteriosa se pronuncia novamente
- Nã... Quanto tempo? – Sehun parece mudar de ideia.
- Pouco. – Ele diz rapidamente. – Eu me aproximo mais pra tentar ver o rosto dele, me agacho ao lado da escada e vejo Sehun de costas, e logo após o homem com quem ele fala. Ele tem os olhos puxados, como o Sehun, tem a pele um pouco escura e seus lábios são carnudos. Ele aparenta ser bem forte, e admito que é muito charmoso.
- Espero que sim. Mas não quero que aqueles... Que eles saibam. Essa casa não vai virar hotel, tá ouvindo? – Sehun fala com ele, mas o mesmo não parece estar prestando atenção, e aí que eu notei o mesmo estava me encarando. Ops.
- Quem é ela? – Ele aponta pra mim. Ótimo.
-Hm, oi. – Dou um sorriso amarelo e ouço Sehun respirar fundo.
- Sua mãe nunca te ensinou que ouvir as conversas dos outros é feio? – Sehun retruca e eu reviro os olhos.
- Então essa que é a famosa Hanna? – O homem sorri e se aproxima de mim, levantando sua mão pra me cumprimentar. – Prazer, eu sou o Jongin, mas pode me chamar de Kai.
- Ahn, oi. Eu sou, bem, você já sabe. – Sorrio e cumprimento o mesmo. – Você também é da máfia japonesa?
- O que? – Ele ergue uma sobrancelha.
- Ignore ela, seu quarto fica lá em cima. – Ele aponta pro final do corredor e Kai sobe as escadas com a mala nas costas. – Você está pronta? - Ele me fita.
- O que?
- As aulas de tiro... - ele diz impaciente
- AH! Claro, estou pronta. - Minto. Na verdade eu estou muito nervosa. Nunca peguei em uma arma na minha vida, e agora vou ter que aprender porque tem umas pessoas que querem me matar, ótimo.
- Então vamos logo, não tenho o dia todo. - Sehun segue em direção ao seu escritório, que fica ao lado da sala. Respiro fundo e o acompanho.
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