História You Can Call Me Monster - The End Is Near

Kyungsoo subia as escadas do dormitório  de s/n á passos lentos, suas mãos suavam, e suas pernas estavam trêmulas.

Deu três batidas fracas na porta, na esperança de que a moça não as ouvisse, e ela parecia não ter ouvido mesmo.

Então Kyungsoo se virou para ir embora, quando ouviu a porta ser destrancada e em seguida aberta.

Assim que s/n abriu a porta e lhe sorriu tão docemente, o coração de Kyungsoo que  estava acelerado, agora parecia que ia parar.

O nervosismo fora do comum, tomou posse de seu corpo, e ele ficou com medo de não conseguir pronunciar uma única palavra.

Kyungsoo continuou imóvel por mais alguns segundos, seus olhos observavam fixamente o rosto bonito da moça.

- Vai ficar aí me olhando? Entra. - Disse ela, puxando Kyungsoo pelo braço.

- Espera, que tal a gente sair e comer.... qualquer coisa? - Disse Kyungsoo, tirando as mãos de s/n de cima de si.

- Acho uma boa. - Disse ela, fechando a porta e pronunciado um animado "vamos?"

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Kyungsoo poderia estar quase morrendo por dentro, mas existia em si uma qualidade da qual ele se orgulhava, conseguia disfarçar bem os seus sentimentos.  

Por dentro ele poderia estar sucumbindo de alegria em ve-lá, mas o que externava era o mesmo rosto frio e inexpressivo de sempre.

S/n por sua vez, observava cada centímetro do rosto do garoto sentado a sua frente, após alguns minutos de total devoção em olhar para ele, chegou a conclusão de que Kyung era uma homem realmente bonito, com um rosto que você provavelmente não veria mais em lugar algum.

- Pizza de que sabor ? - Disse Kyungsoo, sem tirar os olhos do cardápio.

- Calabresa. - Disse ela, sem tirar os olhos do rosto do garoto.

Um silêncio incômodo se instalou entre os dois, s/n então resolveu puxar assunto, palestrar sobre qualquer coisa.

- Então Kyung, como descobriu meu endereço? Baek te deu? - Disse ela, finalmente achando um assunto.

- Marry, ela me ligou, acabei não resistindo e pedi seu endereço. - Disse ele, dando sorrindo tímidamente.

- Por que você não olha para mim? - Disse ela.

- Como? - Disse ele, arregalando os olhos.

- Você.... quase nunca olha pra mim. - Disse ela, percebendo que o garoto ficou de repente, inquieto.

- Sério? Desculpa, prometo que vou olhar somente para você a partir de agora. - Disse ele, encarando s/n com um olhar cheio de devoção.

Ela não sabia porque, mas quando Kyung disse que a partir de agora olharia somente para ela, sentiu um calor agradável em seu coração.

Foi inevitável, s/n lançou para Kyung um sorriso bobo e alegre. Adorou ouvir palavras tão simples, mas com um significado imenso.

- Você sempre faz cara de boba quando me vê. - Disse ele, lembrando-se da primeira vez em que a viu.

- Sempre?  - Disse ela, sem entender nada.

- Você não se lembra? Do esbarrão que deu em mim na porta do restaurante. - Disse Kyungsoo.

- Aaaaaa! só agora me recordo. As coisas estão muito bagunçadas, deve ser por isso que esse encontro escapou de minhas lembranças. - Disse ela, gesticulando com as mãos.

- Talvez você tenha esquecido porque não era algo de grande importância. - Disse ele, cabisbaixo.

- Não é nada disso. Talvez você não saiba, mas eu sou uma Exo-l de carteirinha, acha mesmo que um esbarrão com um membro do Exo não seria importante. - Disse s/n, arqueando a sobrancelha.

- Nossa.... você conseguiu o que toda exo-l deseja, namorar um integrante do Exo. - Disse o garoto, com uma certa ironia em sua voz.

- Sonho..... é, acho que sim. - Disse ela, dando de ombros.

Kyungsoo então ergueu a cabeça, e resolveu fazer a pergunta, que tanto martelava em sua cabeça.

- Você é feliz? Digo, o Baekhyun te faz feliz? - Disse ele.

Aquela pergunta foi como um tiro que acertou em cheio o coração da moça. Ela nunca havia se feito essa pergunta, e quando notou que Baekhyun não era o namorado que ela um dia sonhou, sentiu-se profundamente frustrada.

- Bom, eu o amo.... muito, isso que importa não é mesmo? - Disse ela, não passando a confiança que queria, na voz.

- Engano seu. - Disse Kyungsoo, frio.

- Prossiga. - Disse ela, não se agradando muito da postura do garoto.

- As pessoas acham que para um relacionamento agradável e duradouro só o amor basta, mas na verdade amor é só uma parte da equação. É preciso confiança, sinceridade, parceria e acima de tudo, liberdade para ser e fazer o que bem quiser. - Disse ele, explanando suas opiniões.

- Rum, olha só como você fala de relacionamentos, tratando como se fosse algo exato, "equação", claramente se vê que você não tem muita experiencia nesse assunto - Disse ela, desdenhando do garoto a sua frente.

- É, talvez eu não seja expert no assunto, mas pude notar a infelicidade que sente através do seu olhar. - Disse ele. - Me diga você, será mesmo que somente o amor basta?

Kyungsoo agora fitava uma moça de expressão triste, com uma lágrima solitária escorrendo sobre o seu rosto.

- Eu sinto muito, eu não queria te fazer chorar. - Disse ele, sentindo a culpa lhe invadir.

- Está tudo bem Kyung, você tem razão, eu não sou a pessoa mais feliz do mundo ao lado dele. - Disse ela, com a voz embargada.

- Mas isso não me dá o direito de falar assim com você, eu fui um idiota. - Disse Kyungsoo, tomando as mãos da garota para si, depositando nelas um carinho doce.

Os olhos de s/n foram guiados automaticamente até as mãos que Kyungsoo tomara, ela observou os pequenos dedos que acariciavam suas mãos, e mais uma vez sentiu aquele calor agradável em seu coração.

Kyungsoo percebeu o que chamava a atenção da moça, então largou suas mãos bruscamente, e se remexeu na cadeira de forma nervosa.

Logo em seguida o garçom chegou com os pedidos, os dois comeram em completo silêncio , trocando somente olhares, que diziam tudo.

~~~~~~ S/N On ~~~~~~~~

Eu não conseguia tirar o rosto de Kyungsoo de meus pensamentos, logo eu, que a tempos guardava somente Baekhyun em meus delírios da madrugada, agora tinha mais alguém para lembrar.

Diferente de Baekhyun, lembrar de Kyung deixava meu coração tranquilo e alegre. 

Aquele garoto realmente me fascinava, pois era como o mar no inverno, manso e cheio de mistérios, sim porque era praticamente impossível decifrar o que aqueles olhos grandes e negros querem transmitir.

De repente gargalhei sozinha em meu quarto, ao lembrar de que quando Kyungsoo me trouxe de volta para o dormitório, ele veio tropeçando em várias coisas no caminho, mas ainda assim não parava de olhar para mim, somente para mim, como havia prometido antes.

- Aí meu Deus, o que você pensa que está fazendo coracãozinho? - Disse eu, pressionando minha mão contra o meu peito.

- Você já tem dono, e eu tenho certeza que você não quer despertar a sua ira certo? - Disse eu, como uma forma de aviso para os meus próprios sentimentos.

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Enquanto s/n, dava avisos aos seus próprios sentimentos, dois andares abaixo, Marry cultivava o ódio em seu coração.

Nada tirava dela a certeza de que Baekhyun assassinou friamente Haru e Dean, e quando se lembrava disso seus punhos se fechavam  e cada canto do seu corpo era preenchido por raiva.

Ela sabia que se ela entrasse naquele jogo, teria que ser tão suja quanto Baekhyun, mas ela não poderia lutar contra ele com o coração cheio de pureza.

Uma parte do plano já estava em execução, havia convencido Kyungsoo a ir atrás de s/n, ironicamente graças ao Baekhyun, que deu o número de Kyungsoo para ela.  Esse era o primeiro passo para que futuramente o dois se tornassem próximos.

Marry só não sabia, que o destino estava ao seu lado, sua amiga e Kyungsoo já estavam mais envolvidos do que eles mesmos imaginavam.

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A manhã havia chegado, e uma fresta de luz que insistia em ultrapassar a fina cortina que cobria a janela, iluminava o rosto de Baehyun, que enquanto dormia até parecia inofensivo, mas as aparências enganam, não é mesmo?

O corpo do garoto, agora sempre alerta, sentiu a presença de alguém a mais no quarto, rapidamente abriu seus olhos e observou quem perturbava seu sono.

- O que você quer? isso são horas de me acordar? - Disse Baek, ainda com voz de sono.

- São 8 da manhã, é cedo, eu sei, mas eu tenho um assunto importante para tratar com você, não posso mais esperar. - Disse Chanyeol com o semblante preocupado.

- Então fala. - Disse Baek, impaciente.

- Não, não pode ser aqui. - Disse Chanyeol, virando o rosto, indicando que Kyungsoo que dormia na cama ao lado, era o problema.

Baekhyun imediatamente se levantou da cama e saiu do quarto, seguido por Chanyeol.

- Então quer dizer que o Kyungsoo está estranho? O que tem de novo nisso? Esse idiota sempre me pareceu ter algum tipo de problema mental. - Disse Baekhyun.

- Nossa, eu nunca vi você falando assim dele, vocês até eram bem próximos. - Disse Chanyeol, estranhando o comportamento de Baek.

- Eu mudei Chanyeol, aquele Baekhyun doce e simpático, foi morto e enterrado por mim mesmo.  - Disse Baekhyun, com um olhar que causou arrepios em Chanyeol.

- O fato, é que Kyungsoo anda perigosamente estranho, você tem certeza que ele não viu nada? - Disse Chanyeol, ignorando o comportamento estranho e assustador do amigo.

- Eu não sei, mas eu vou dar um jeito de descobrir, e se eu tiver a certeza que ele sabe de algo, eu tenho pena dele. - Disse Baekhyun se virando e saindo, mas Chanyeol o impediu, puxando o seu braço.

- Você vai mata-lo? - Disse Chanyeol, sentindo calafrios pelo corpo, só de pensar em ver Baekhyun matando mais alguém.

- Não, eu fazer pior. - Disse Baekhyun, com ódio nos olhos.

Chanyeol suspirou decepcionando, soltando o braço de Baekhyun.

- Não se preocupe com isso está bem? - Disse Baekhyun, fazendo um pequeno afago nos cabelos de Chanyeol.

Baekhyun voltou então ao quarto, encarou o corpo frágil de Kyungsoo que dormia serenamente.

- Então quer dizer que além de ficar cheio de gracinha pra cima da minha namorada, você ainda pode saber de algo que põe em risco os meus planos? Eu tenho tanta pena de você. - Disse Baekhyun, já arquitetando os seus próximos passos.

O que ele não sabia era que Kyungsoo estava acordado, e agora que tinha a certeza que Baekhyun tinha se tornado um psicopata maluco, iria fazer de tudo para salvar s/n de sua posse doentia.

A lista de inimigos de Baekhyun crescia cada dia mais, o cerco estava se fechando. Será que o fim se aproxima?

~ Continua ~