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História You Can't - Twenty


Escrita por: _unniecorn

Notas do Autor


MIL DESCULPAS PELA DEMORA.
Gente, vocês não tem idéia do bloqueio de criatividade que eu tive. Sério. Eu nunca tive tanta dificuldades de escrever na vida.
Mas eu estou de volta.
Essa fanfic acaba aqui, mas eu vou deixar como não terminada para um supresinha pra vocês.
Obrigada por todos que me acompanharam até aqui. Eu amo muito todos vocês.
Até algum dia ♡

Capítulo 20 - Twenty


 O carro estava silencioso. 

Seguncheol dirigia devagar, parecendo querer adiar aquela despedida que todos sabiamos que era inadiável. Aliás, Mingyu veio passar férias e não a vida inteira.

Ele tinha que voltar pra sua cidade, para suas obrigações, para seus amigos. Para sua vida. E a vida de Mingyu não era aqui, nessa cidade pequena e pacata que mau tinha moradores. Nem comigo.

Ele estava no banco da frente ao lado de Seguncheol e eu no banco de trás, do lado de sua mala. Eu olhava vez pra janela, vez pra ele. Doía pensar que era a última vez que o veria por bons meses. Isso de retornasse a vê-lo.

Chovia fraco e a música do carro ecoava pelo abafado que os vidros fechados proporcionavam. Tocava uma música que eu não sabia o nome, mas era triste.a melodia era triste, a letra era triste. O dia era triste.

Eu acho que em nenhum momento que eu estava junto de Mingyu eu pensei que aquilo acabaria. Aqueles sorrisos, beijos, risadas. Podem me chamar de idiota por ter pensado, mas eu realmente achava que o tempo ia parar ali e ficar assim pra sempre. Mas nem tudo é pra sempre.

Após mais tempo que o necessário, chegamos a rodoviaria. Meus tios e alguns membros da família estavam lá, sentados em um banco afastado para se proteger da chuva.

Descemos do carro em conjunto. Seungcheol deu a volta para pegar a mala de Mingyu e eu peguei a mochila, dando um breve sorriso pra ele ao descer do carro e segurando sua mão, entrelaçando os dedos.

Caminhamos na chuva com calma e eu já conseguia ouvir minha mãe reclamando que eu ficaria doente. Mas quem se importa. Eu estava a ponto de ver o amor da minha vida ir embora por sei lá quanto tempo. Com certeza eu não estou preocupado com uma gripe.

-O ônibus chega em 10 minutos.-meu tio avisou, pegando as malas de Mingyu para etiquetar.

Senti o bolo em minha garganta crescer. 10 minutos, com certeza, não era o suficiente para eu me despedir de Mingyu. 

Peguei em sua mão e disse que voltariamos logo. O levei para a praça atrás da rodoviária, sentando em um banco molhado, mas quem se importa. Nós estávamos molhados.

Ficamos em silêncio, mãos dadas e corações batendo em desespero no peito. Eu sentia que ia morrer.

Em algum momento, as gotas de chuva que desciam pelo meu rosto se misturaram com minhas lágrimas que não tinham a mínima permissão de sair.

Como eu posso provar que somos fortes se sou o primeiro a chorar?

-Você tá chorando?

Senti meu coração apertar ainda mais. Eu ia sentir tanta falta daquela voz doce e harmoniosa que nem conseguia formular uma frase. 

Tudo doía, minha cabeça, meu coração. 

Eu não queria o deixar partir.

-Mais ou menos.-disse após um tempo.- Não sei ao certo.

Silêncio de novo e eu ouvi Mingyu fungar. Ele apertou mais a minha mão e botou a cabeça em meu ombro, abraçando meu braço. 

-Eu não quero ir.-disse manhoso e eu sabia que ele estava chorando.

-Eu também não quero que você vá. Mas você precisa. E eu nunca senti tanta dor ao dizer essas palavras.

Eu fui sincero. Sinto que havia chegado em um ponto com Mingyu que não adiantava mais fingir sentimentos. Ele sempre saberia o que eu estava sentindo.

-Me desculpa.-comecei- Me desculpa por não ser forte por nós dois.

-A culpa não é sua. A culpa não é de ninguém, Wonnie.

Mais silêncio. 

A chuva descia devagar por meu rosto até que vi minha tia nos chamando. Era agora.

Nós levantamos a muito custo e caminhamos lentamente, ainda de mãos dadas. Ao chegar na rodoviária novamente, o ônibus esperava apenas eles três e eu queria agradecer minha tia por nos dar mais tempo.

Ela me abraçou e meu tio também. Ambos sorriam e eu queria muito sorrir de volta mas tudo o que saiu foi um sorriso triste.

Eles entraram no ônibus enquanto Mingyu abraçava meus pais e após isso, ele parou na minha frente. 

Nós encaramos pelo o que parecia a primeira e última vez. Eu via ele chorando e chorava também. 

Ele caminhou lento em minha direção e depois aumentou o passo, me abraçando tão forte que eu sentia nossos corações se ligando. Abracei-o de volta.

-Eu te amo. Muito. Nunca esqueça disso, Jeon WonWoo. A gente vai se ver de novo.

Ele me beijou. Um beijo caloroso com gosto de lágrimas e despedida.

-Eu também te amo. 

Ele me soltou e subiu no ônibus, acenando pra mim uma última vez antes de ir embora.



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