História You Can't Forget - I Like You

~^w^~ Lee Minhyuk ~^w^~

 

Hoje faz uma semana que nossa sala está pronta. Chamei a diretora para assistir a um dos ensaios e ela reconheceu que o espelho era realmente importante. Quando viu que todos no grupo se davam bem com a dança começou a pensar em colocar o grupo na próxima apresentação da escola.

 

Todos ficaram eufóricos. Estavam dando tudo de si para o time e logo estariam conseguindo seu lugar dentro da escola. Isso significa que quando saírmos da escola o grupo poderá continuar.

 

- Eu a Momo e a Dahyun vamos no cinema esse final de semana. Não quer ir? Sabe, é estranho sair com duas meninas.

 

- Eu vou. - sorri.

 

Yukwon e Momo haviam se tornado realmente próximos. Eles gostavam das mesmas coisas e meu amigo se interessava muito pela cultura japonesa e estava constantemente enchendo a garota de perguntas.

 

Momo e Dahyun eram grudadas. Onde uma ia a outra vinha atrás. Conclusão. Yukwon odeia ter que sair com duas garotas então sempre me arrasta junto como fôssemos iguais a elas.

 

- Desde que seja um filme bom. - dou de ombros.

 

- Então vamos assistir um filme de terror! Aposto que a Momo vai ficar com medo. - rimos.

 

Stephanie disse uma vez que Momo é durona como uma pedra, mas sensível como uma garotinha. Ela certamente disfarçaria, mas teria medo. Seria cômico, sem dúvida.

 

Nessa semana finalmente senti o impacto da escola. Trabalhos e mais trabalhos e em breve as provas estariam aí. Minha cabeça andava cheia e cada vez mais eu esperava pelo final de semana quando iria sair com o grupo da escola.

 

Yukwon continuava com o apelido idioda de Empresário Lee e insistindo que eu devia ir com o grupo em qualquer lugar. Eu acabava indo mesmo que não fase minha intenção, principalmente agora.

 

Já consigo me ver com fortes dores de cabeça preocupado com as provas. Essa escola é minha cruz e logo estarei me arrastando pelo caminho.

 

Essa semana pode ter sido a mais corrida. Eu ia para meus ensaios, os ensaios do Yukwon e ainda tentei deixar pronto todos os trabalhos. Foi difícil, mas no final de semana me senti livre e estava bem mais tranquilo que maioria dos alunos.

 

Fui para a casa de Yukwon ajudá-lo com seus trabalhos logo cedo e terminamos apenas a tarde quando deu a hora do cinema. Chegamos alguns minutos atrasados, mas Momo e Dahyun disseram não se importar pois estavam dando uma volta no shopping.

 

Compramos pipoca e refrigerantes e fomos assistir ao filme. O tempo dentro da sala de cinema pareceu passar tão rápido que nos surpreendemos ao sair. Já estava escuro.

 

Eu, Yukwon e Dahyun nos divertimos muito assistindo ao filme mesmo que nos assustássemos vez ou outra. Momo, como imaginado, tentou disfarçar, mas uma formiga no chão era suficiente para que ela se assustasse mais do que achei que se assustaria.

 

- Sem dúvida Momo é a melhor! - Dahyun comentava rindo escandalosamente enquanto Momo continuava com os braços cruzados e a cara emburrada.

 

- Vamos assistir esses filmes com a Momo mais vezes - Yukwon disse rindo. Eu e Dahyun concordamos recebendo tapas em troca.

 

- Que maldosos! - bufou frustrada. - Ei vocês, estou indo ao banheiro. - falou desviando o caminho na direção certa.

 

- Vou comprar lanches - Yukwon falou olhando as lojas se fast food a nossa volta. - Vou comprar pra todos, me esperem. - então saiu em direção uma das lojas.

 

- Vamos sentar ali - aponto para uma mesa vazia ao nosso lado.

 

Fomos até ela e nos sentamos um de frente ao outro. Por um curto tempo ficamos nos encarando sem saber do que falar até que ela começou a rir sozinha.

 

- O que foi? - pergunto estranhando sua ação repentina.

 

- Plastificado. - falou risonha.

 

Giro os olhos irritado o que só serviu para que ela risse ainda mais.

 

- Como sua mãe te deixou fazer isso tão cedo? - perguntou levemente risonha.

 

- As meninas não costumam fazer aos quinze? Eu fiz aos dezessete pelo mesmo motivo. Homens também são vaidosos sabia?

 

- Você é um Ajusshi engraçado. - riu.

 

- Eu não sou Ajusshi! Ainda estou no colegial! - falo indignado. Como ela pode falar coisas assim?!

 

- Você é quatro anos mais velho que eu então logo será um Ajusshi. - disse convencida.

 

- Ah, essa criança, sério... - cruzo os braços imitando sua pose durona. Olho para os lados e vejo que somente agora Yukwon conseguiu driblar a fila e ser atendido. - Próximo sábado. Dezesseis horas. Vou te mostrar como um Ajusshi plastificado como eu pode ser o melhor de todos. - falo apoiando as mãos na mesa e me aproximando a encarando com os olhos apertados.

 

- Fechado. Ajusshi plastificado. - falou imitando minha posição.

 

Quase podíamos ver raios saindo de nossos olhos. Não sei quando tempo ficamos nos encarando como se fôssemos nos matar, mas sei que paramos quando Yukwon chegou repentinamente.

 

- O que está acontecendo aqui? - falou rindo - Ei, B-bomb, ela ainda é uma criança, não se aproxime assim.

 

- Tsc. Criança - me encosto na cadeira cruzando os braços. Logo em seguida ela faz o mesmo. - Ah, sério... - balanço a cabeça a encarando sendo novamente imitado.

 

- O que perdi? - Momo apareceu do nada se sentando ao lado da amiga. - Acabei dando uma olhada nas lojas e.... COMIDA! - gritou animada reparando nos pedidos em cima da mesa. - Tem muito tempo que pediu? Nossa senha está chegando? - começou a bater mãos e pés anciosa.

 

- Calma, Momo! Ele acabou de pedir. - Dahyun falou rindo da euforia da amiga. - Vai demorar um pouco.

 

A japonesa fez uma expressão mais emburrada ainda é ficou encarando a tela esperando nossa senha ser chamada.

 

Quando os lanches chegaram tudo ficou silencioso. Se eu me visse de fora acharia que nós quatro não comíamos há anos!

 

Todos voltamos para casa logo depois do lanche. Parecíamos zumbis já que estávamos cansados. Passamos o caminho todo bocejando ou encostando a cabeça nos cantos.

 

Assim que cheguei em casa deitei-me na cama e não passou cinco minutos até que eu pegasse no sono.

 

***

 

Essa semana foi um alívio. Maioria dos trabalhos que morri fazendo a semana passada foram entregues hoje. Me livrei!

Faltam duas semanas para as provas e eu venho estado cada vez mais cansado. Praticamente não fico em casa já que tenho os ensaios do meu grupo e os ensaios do grupo do colégio. Até meus finais de semana vem sido gastos com os encontros dos dois grupos ou com Yukwon e as garotas. O pouco tempo que tenho tento deixar a casa apresentável, mas isso está e tornando difícil com meu cansado.

 

Até as dores no corpo vêm aumentando mesmo que eu faça o alongamento certo antes dos ensaios. E isso porque ainda estou no começo do ano, no final ainda começarão as brigas por uma boa universidade. Já não tenho ideia de como vai ser. Se eu não passar na universidade "ideal" meus pais vão me tornar o fracasso da família. Definitivamente não quero isso!

 

Mas por sorte meu final de semana chegou e eu já não sabia se estava feliz por sair com Dahyun ou triste por ter que sair de casa quando estou tão cansado.

 

Me arrumei tão devagar que parecia um defunto caminhando pela casa. Quando peguei o ônibus para ir onde marcamos quase dormi encostado na janela. Antes de ir onde a esperaria passei no banheiro para lavar o rosto e tentar espantar a cara de zumbi que pregou no meu rosto e decidiu não sair tão cedo.

 

Com o tempo que perdi tentando me arrumar no banheiro acabei por chegar exatamente ao mesmo tempo que Dahyun.

 

- Ajusshi, você não vai me levar em programas e idosos, não é? - perguntou cínica.

 

- Você é muito chata sabia?

 

- Você que é um velho rabugento.

 

- Rabugento?! Ah, essa criança... Vamos logo. Para de falar besteira. - seguro seu pulso.

 

- Pra onde vai me levar, Ajusshi?

 

- No meu lugar favorito.

 

- Fica nesse shopping?

 

- Se ficasse em outro lugar não teria tr chamado aqui, não acha? - giro os olhos impaciente. Ela faz de propósito!

 

- Aposto que é um lugar chato. - suspiro frustrado. Não vou mais responder, do contrário vou acabar batendo nessa menina. - Omo! - falou assim que passamos na frente do lugar. - Você realmente gosta daqui?

 

Era uma loja, pequena, que vendia de tudo um pouco. Tênis, roupas, acessório, skates, bonés, toucas e nos fundos da loja trabalhava uma tatuadora. Nunca fiz tatuagem alguma, mas conheço bem a mulher que trabalha lá de muito tempo. Shy* é como ficou conhecida. Se bem me lembro seu nome era Kim ShyYoung.

 

Uma música do Keith Ape** passava de fundo na loja. Um vendedor me cumprimentou rapidamente e logo se afastou. Pelo costume de vir aqui muitas vezes, mesmo que não tenha vindo muitas nos últimos dias, os vendedores não sentiam a necessidade de me atender. Consigo me virar sozinho pela loja.

 

- Sim. É meu lugar favorito. Porque? - viro o rosto na direção dela.

 

Ela olhava a loja com os olhos brilhantes e um sorriso discreto.

 

- É a loja do meu pai. Você deve ser então o tal cara do final de semana, não é? - parou de encarar a loja é virou o rosto na minha direção.

 

- Provavelmente. - ri tornando a olhar a loja.

 

- Tenho que te agradecer pelo meu pai.

 

- O que? - me viro para ela confuso.

 

- Meu pai ia fechar a loja já que não estava dando vendas o suficiente. Então o cara do final de semana apareceu e todo final de semana levava alguma coisa. Meu pai adiou o fechamento da loja e de repente muitas pessoas começaram a comprar aqui.

 

- Então minha propaganda funcionou. - falo rindo - Como você pode ser filha daquele homem? Você fala coisas bem inadequadas, sabia? - falei sorrindo e ela começou a rir.

 

- Como passo muito tempo na loja do meu pai acho que peguei costume de alguns clientes.

 

- Por que não te conheci antes? - pergunto me virando para ela.

 

Dahyun é uma menina extrovertida e de companhia agradável mesmo que aja irritantemente. Toda hora tem um assunto na ponta da língua e por incrível que pareça ela sabe ficar calada! Mesmo que seja só quando necessário. Os ensaios me apresentaram esse lado sério dela.

 

- Não sei. - deu de ombros. - Mas nos conhecemos agora e isso é o suficiente. - sorriu. - Oppa, compra sorvete pra mim? - aponto para a sorveteria do shopping.

 

- Não me chamou de ajusshi? - levanto as sombrancelhas surpreso.

 

- De qualquer forma você continua sendo velho - falou cruzando os braços.

 

- Tudo bem. Isso merece um sorvete especial. Pode escolher qualquer um. - falo passando por ela indo até a sorveteria.

 

Ela correu um pouco se chegou ao meu lado abraçando meu braço.

 

- Vou te chamar de Oppa mais vezes para ganhar presentes - falou risonha.

 

- Se dizer muito isso vai perder a mordomia.

 

- Tudo bem. Vou guardar essa arma pra momentos necessários - riu.

 

Pedimos nossos sorvetes e demos uma volta no shopping. Acabei gastando mais dinheiro com isso do que imaginei. Ela me fez comprar um casaco e uma pelúcia de coelho.

 

Quando saímos do shopping e vimos que a noite ja caía nos surpreendemos. Dentro do estabelecimento parecia que mal se passou uma ou duas horas ensaiando já deveria ter se passado quase quatro horas que ficamos dando voltas e voltas.

 

- Tem que voltar cedo? - pergunto após conferir as horas. Já eram oito da noite.

 

- Não. - balançou a cabeça - Meu pai ainda ta na loja, posso demorar mais umas horinhas. - sorriu. - No que está pensando, Minhyuk? - apertou os olhos me encarando.

 

- Naquilo. - aponto para as luzes coloridas e a música alta vinda dos diversos brinquedos do parque de diversões a duas ou três ruas à nossa frente.

 

 

 

Fomos a pé mesmo, mais especificamente correndo, até o parque. No caminho algumas pessoas nos encaravam e somente por suas expressões já imaginava o que pensavam: "Por que duas crianças estão correndo no meio da rua à essa hora da noite?" Bom, talvez essa pergunta não tenha uma resposta porque não temos ideia do motivo de estarmos correndo.

 

- Você é lenta porquê tem pernas curtas? - pergunto rindo virando o rosto. - Está ficando pra trás, Dahyunnie. - ela fechou a cara e tentou correr mais rápido. - Vem logo - estico o braço segurando sua mão e a puxando para que fôssemos mais rápido.

 

Chegamos mais rápido do que imaginávamos. Uma caminhada de quinze minutos em caminhada se reduziu a cinco de corrida. Na primeira tenda de comida que achamos compramos refrigerantes.

 

Demoramos até que alguém conseguisse recuperar o fôlego e falar alguma coisa sem parecer um asmático.

 

- Onde? - perguntei e ela abriu um sorriso sapeca.

 

- Ali. - apontou para a casa fantasma.

 

 

 

É divertido ir nesse tipo de lugar com a Dahyun. Sempre que ela levava um susto saia fazendo careta e gritando para o sei lá o quê que tenha a assustado. Acabei entrando na brincadeira também é a casa que começou assustadora terminou cômica.

 

Depois da casa assombrada fomos em uma montanha russa. Foi divertido, gritamos em todas as decidas e apostamos que quem passasse mais tempo em se segurar na barra de proteção iria ganhar um lanche do outro. No final nós dois ganhamos porque nenhum segurou na barra.

 

Mas mesmo assim paguei nosso lanche. Duas porções de frango apimentado. Achei que as duas porções eram muito para nós dois, mas só quando começamos a comer descobrimos que estávamos com muita fome e acabamos por comprar lulas fritas depois do frango.

 

Por último fomos na roda gigante. O vidro em volta era quase todo transparente e no topo podíamos ver Seul inteira. Parecíamos duas criança apontando para todos os lados reconhecendo lugares comuns do topo da roda.

 

- Meu pai está em casa. Vou voltar de ônibus - falou após ligar para seu pai.

 

Quando saímos de roda gigante e compramos alguns doces vimos que já eram quase meia noite. Ela ligou para seu pai preocupada se ele brigaria, mas ele simplesmente disse para que ela voltasse de ônibus e tomasse cuidado.

 

- Vou chamar um táxi. É mais rápido e é perigoso andar de ônibus à essa hora.

 

- Mas...

 

- Eu pago. Não vou deixar uma menina de quase quinze anos andar sozinha por aí. - ela sorriu.

 

- Obrigada.

 

Táxis à essa hora não eram tão difícil de se encontrar em Seul, portando conseguimos chegar na casa dela antes de meia noite e meia.

 

- Criança entregue. - falo em pé ao lado da porta do carro. - Como foi sair com um Ajusshi?

 

- Você é um Ajusshi legal então acho que posso te chamar de Oppa - riu.

 

Ficamos bem uns cinco ou seis minutos parados. Eu não sabia se deveria voltar para o táxi ou se esperaria ela entrar em casa para ir embora e ela parecia pensar exatamente a mesma coisa.

 

- Então... A gente se vê segunda? - levantou as sombrancelhas.

 

- É. A gente se vê segunda. - sorri.

 

Quando ia voltando para o carro ela me chamou de novo.

 

- Obrigada. Pelo coelho - levantou o coelho de pelúcia que comprei mais cedo no shopping.

 

- Não me agradeça por isso. - sorri. - Até segunda?

 

Ela deu uns passos na minha direção e me abraçou.

 

- Até. - respondeu.

 

- Você definitivamente não é coreana. - falo rindo. Ela tem formas de tratamento realmente estranhos para alguém que nasceu e cresceu na Coréia do Sul.

 

Segurei suas bochechas rindo de como sua boca formou um bico engraçado.

 

- Até segunda.

 

Sorri brevemente e beijei seus lábios.

 

 

 

Neoneun hwaryeohajin anchiman euneunhage bitna
Bamhaneurui dalcheoreom
Deure pin deulkkoccheoreom
Neoneun pyeongbeomhan geot gatjiman teukbyeolhadanikka
Aneun saram nuneman

Boineun boseokcheoreom

 

Você não é chamativa,mas você suavemente brilha
Como a lua no céu a noite
Como as flores no campo
Parece simples, mas você é especial
Como uma jóia que pode ser vista

Pelas pessoas que a conhecem