História You Control My Heart - Destiel - ♡ 12 ~ Abaddon

Castiel estava calado já fazia um bom tempo . Ele estava no banco de trás do impala 67 , com a cabeça encostada no vidro frio , pensativo e com o olhar perdido . Ele era apenas um adolescente comum . Uma pessoa como milhares mundo afora , e ele jamais havia pensado que algo poderia mudar em sua vida . Jamais passou pela sua cabeça que algo de inesperado pudesse lhe acontecer . Mas agora ,  ele não tem mais esse pensamento . 

Por alguma razão , ele sentia que não era mais o mesmo . Era muito estranho de se pensar isso , mas ... Era quase como se algo tivesse sido arrancado de sua vida , como se algo tivesse sido levado embora e isso implicava com sua vida . Ele nunca tinha se sentido tão perdido como agora . Já fazia uma hora que ele tinha acordado . E a visão dos rostos de Sam e Charle não sai de sua cabeça . Aquela expressão preocupada e temerosa . Como se algo tivesse acontecido a um deles . 

E por mais que o moreno insistisse em obter uma resposta de ambus , o que conseguia eram desculpas e mais desculpas . E agora ele estava dentro ( a força ) do carro de Dean Winchester , que a propósito não estava no carro , e isso era algo de se estranhar , já que o moreno se lembrava de ter visto Dean momentos antes de apagar . Sam disse a ele que precisava levá-lo a um canto X , mas até agora , ele só o deixara no carro , enquanto ficava conversando com Charle na casa dela.  

Charle também andava meio estranha . Ela não era mais a mesma Charlie que Castiel se lembrava . Desde que Castiel acordara do desmaio , ela não tinha falado nada com ele , e quando ele a pegava olhando para ele , era um olhar desconfiado , carregado com um certo receio é dúvida . Todos pareciam estranhos . Mas que droga estava acontecendo ? . 

Já estava anoitecendo , e Castiel já estava cogitando a idéia de sair do impala e entrar na casa de Charle . Bem na hora que o moreno começou a abrir a porta , ele viu Sam e Charle saírem da casa . Sam abraçou a ruiva , mas algo estava estranho . Parecia que era um ... abraço de despedida . 

Castiel viu os dois se abraçarem , e pode jurar que algumas lágrimas tinham caído dos olhos de Sam . Quando ele se despede de Charle , Castiel pode ver os olhos dela , enchados e vermelhos . Sam se aproximava do carro , e antes de abrir a porta do motorista , ele resolve abrir a porta de trás, assim , se sentando ao lado de Castiel , e ficando por um tempo calado . Castiel notara os olhos vermelhos e cansados de Sam . 

-- O que está acontecendo Sam ? - perguntou ele , com o tom de voz calmo , mas ainda sim , temeroso . 

Sam demora um pouco a responder , e foi preciso um toque da mão de Castiel em seu ombro para que assim ele pudesse em fim , responder .

-- Castiel ... - Sam para de falar por um momento . Ele estava escolhendo as palavras certas para falar com Castiel -- ... Você aceitaria passar uma noite na minha casa ? . É que eu estou com um problema em uma das matérias e queria a sua ajuda. 

-- Claro . Mas antes eu só preciso falar com o meu pai - fala Castiel , se ageitando no banco . Ele estava completamente tenso . Ainda não se esquecera do beijo . O beijo que tinha recebido de Sam . 

Sam ficou calado por um momento . Mas uma vez Sam aparentava estar escondendo algo de Castiel . Castiel sempre soube que Sam era ótimo em todas as matérias , e agora pedia a sua ajuda . E o fato dele ter que passar uma noite na casa de Sam o deixava cada vez mais nervoso . E Dean iria estar lá . Por algum motivo , Castiel se sentia meio ... estranho na presença do loiro . Sempre se sentia assim , mas ultimamente , isso tem aumentado . Por falar em Dean , onde ele estava ? . 

-- Sam , você viu o Dean ? . Momentos antes de eu desmaiar eu vi ele . E o mias estanho ... - Castiel para de falar , tentando recordar o que tinha acontecido naquela hora , e quando a sua memória finalmente clareia , ele fala -- ... Parecia que ele estava ... meio que cantando , olha , eu acho que ... 

-- CALA A BOCA CASTIEL ! - grita Sam de uma vez , enterrompendo Castiel enquanto falava . Sam o olha fixamente . Tinha se descontrolado . E o pior , tinha jogado toda a sua raiva em Castiel . Logo nele . Sam se odiou naquele momento , e ao ver a cara de espanto e medo que Castiel fez , Sam só pode pensar em uma única coisa . 

 Os lábios de Sam se tocaram com os de Castiel rapidamente . Sam havia agido por completo extinto . Mas ele sabia que era isso que queria . Era isso que ele queria fazer a muito tempo . 

-- Sam ! - fala Castiel em um sobressalto , saindo de perto de Sam , abrindo a porta do carro com tudo . 

Castiel sentia a leve brisa da noite envolver-lhe aos poucos . O que tinha sido aquilo ? . Castiel não sabia porque tinha deixado que Sam o tivesse beijado . Mas o mais estranho , não era isso . Era que Castiel queria que fosse outra pessoa . Um cara de olhos verdes talvez . 

-- Cas me desculpe eu ... Eu ... 

Sam começava a ficar nervoso . Ele sentia a palma das mãos ficarem cada vez mais geladas . As batidas do seu coração aceleravam cada vez mais , e tudo ao seu redor começava a ficar cada vez mais embaçado . Era Dean . Sam não podia ficar sem fazer nada . Ele não podia ficar com a consciência calma , sabendo que o irmão estava preso por tempo indeterminado . E os Necromantes estarem com ele o deixavam cada vez mais apreensivo . 

-- Sam ! - Castiel correndo até ele , o em pedindo de cair no chão . Pondo seu braço no ombro do moreno , o colocando no banco do carro . 

-- Me ... Me desculpe Cas . Eu não sei o que deu em mim - o olhar de Sam era pura culpa . A dor de Sam chegava a ser quase que palpável . 

-- Tudo bem . Você deve estar nervoso - Castiel não sabia o que fazer   . E foi por isso , que ele decidiu abri o jogo de uma vez . 

-- O que está acontecendo Sam ? - o tom de voz de Castiel era sério e decidido . 

Sam o olha com uma certa esitação . Não era justo mentir para Castiel , não mais . Mas Sam sabia doa riscos de contar toda a verdade para ele . Foi por isso que ele fez o que fez . 

-- Somnum - e em questão de segundos , Castiel caiu adormecido no banco do carro . 

                   ♡♡♡ 

-- VOCÊ PERDEU O JUÍZO ? 

-- Charlie eu tive que fazer isso , ou então era contar toda a verdade pra ele , e você sabe as consequências se eu fizesse isso ! - falou Sam , tentando se manter calmo ao máximo possível . Ele e Charle estavam na cozinha da casa da garota , enquanto Castiel estava deitado na mesa . Charle estava uma pilha de nervos . 

-- Você sabe que não pode praticar magia ! , sabe das consequências ! - ela começava a andar de um lado para o outro , passando a mão na cabeça repetidas vezes , tentando recuperar o fôlego . 

-- Se eu não posso você também não pode ! - fala Sam , tentando se manter no mesmo nível de estresse da ruiva . 

-- Acontece que de bruxa aqui só tem uma . Eu ! , a linda e maravilhosa Charlie . Sam você sabe que a SUA espécie em especial não pode praticar magia , e ... 

-- Charle ! - fala Sam , elevando o tom de voz , fazendo com que Charle se sentasse em uma cadeira -- Temos que ajudar o Dean . Ele não pode ficar nas mãos dos Necromantes . 

-- Sam , eu sei que você quer ajudar o seu irmão . Mas ele tem que ficar lá pelo que fez , e ele vai ficar bem - Charlie deu um longo suspiro . 

-- Você não está entendendo ! . Eles não vão ter uma conversa " Pacífica " com ele . E sabe que é verdade . 

-- Sam , eu ... 

-- Temos que sair daqui ! - fala Rowena , abrindo a porta da sala em um estrondo . Ela usava um vestido vermelho até os joelhos , com um casaco preto e os cabelos em mais um dos seus penteados mirabolantes . A expressão em seu rosto era de completo assombro . 

-- O que vocês fizeram com ele ? - pergunta ela , arregalando os olhos ao ver Castiel inconsciente na mesa da cozinha . 

-- Vocês o caramba ! . Foi ele - Charlie aponta para Sam , que estava ao seu lado . 

-- Você sabe que não pode fazer ma ... 

-- Eu sei ! - grita Sam , não aguentando mais aquela conversa de magia -- O que está acontecendo Rowena ? . 

Ela olha para os dois com um olhar preocupado . 

-- Eles estão vindo ! - Rowena olha para Charlie , que já tinha sacado o que a tua tinha falado . 

-- O quem ? ... Mas eles não poderiam  nos encontrar ... Não podem ! - protesta Charlie , ficando de pé e olhando para a tia com um desespero evidente em seu rosto . 

-- Do que vocês estão falando ? - pergunta Sam confuso . 

-- Demônios - explica Charlie .

-- Mas e  a proteção ? - pergunta Sam . 

-- Aparentemente ela não existe mais . 

Todas as portas e janelas da casa começam a serem sacudidos e empurradas com uma força descomunal . E um cheiro de fogo envade toda a casa . 

                   ♡♡♡ 

Dean estava em pé , em uma sala completamente fechada , e a única fonte de luz vinha de uma lanterna velha . Dean estava com ematomas e feridas por todo o corpo . Dean estava com as mãos amarradas , e estava sem camisa , o que deixava a mostra todos as marcas de violência que tinha sofrido . Ele tinha levado uma boa surra dos Necromantes . Estava fraco , e um simples movimento de um de seus dedos amarrados faziam com que uma corrente forte de dor se espalhassem por todo o seu corpo . Uma fina linha de suor descia por seu rosto cansado . A cada minuto que passava , respirar se tornava uma tarefa cada vez mais difícil . Dean não sabia se iria aguentar por muito mais tempo.  

A zoada da porta de ferro de ferro se abrindo despertou Dean , fazendo com que seus olhos vermelhos ficassem atentos . Seria mais uma sessão de chibatadas . Mas não foi isso que houve.  Ele ouvia a zoada do que parecia ser saltos de botas no chão . E a cada istante a zoada se tornava cada vez mais forte , até chegar perto de si , revelando a dona dos sapatos . Uma mulher com cabelos longos e ondulados e ruivos . Olhos negros como a noite , usando uma blusa preta com uma jaqueta de couro e uma calça jeans . 

Ele se aproximou o bastante para que Dean sentisse a respiração dela bater em seu rosto ensanguentado . 

-- A- Abaddon - falou ele , se esforçando ao máximo que podia para falar todas as palavras corretamente , sem gaguejar de mais . 

-- Olá . Meu Filho - fala ela passando a mão pálida na face de Dean , com um sorriso malicioso no rosto . 

            ... CONTINUA ...