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História You Could Be Mine - Acústico


Escrita por: SrtaRocketQueen

Notas do Autor


Ooooi gente!
Já faz ou quase fez DOIS MESES que eu não postei nada. Primeiramente, me desculpem :( Não foi atoa, tem motivo. Bom, final de ano, todos nós sabemos que é bem complicado. Eu tive uma prova MUITO importante para fazer em novembro, por isso todo tempo livre que eu tinha me dedicava completamente aos estudos. Daí não tive tempo nem de entrar no computador. Não escrevi nada. Por isso não postei nada :( Não queria escrever qualquer coia só pra atualizar a fic, queria realmente escrever algo bacana quando eu tivesse com tempo. Agora estou de fériassss :D Pretendo escrever tanto que é perigoso os meus dedos até cair. Então prometo que vou tentar ser rápidas nas atts.

Boa leitura ♥

Capítulo 18 - Acústico


Fanfic / Fanfiction You Could Be Mine - Acústico

 

Na minha cabeça, naquele momento, só pairava uma dúvida: Que roupa se usa em um show de rock? 

Se me perguntassem qual look usar em um concerto ou uma apresentação de ballet, eu tinha a resposta na ponta da língua. Mas diante daquela situação, eu me sentia perdida. 

Assim que comecei a me olhar no espelho e tentar pensar em algo, alguém bateu na porta. Era Dianna. Falei que ela podia entrar e a garota fez isso. Eu olhei-a e arregalei os olhos. A loira usava uma saia preta curta e colada em seu corpo, apenas um sutiã cheio de spikes, jaqueta de couro e um coturno bem pesado para uma mulher. 

— E aí, como estou? — Ela deu uma rodadinha, sorrindo e esperando a minha resposta. 

— Tá parecendo uma prostituta. — Fui sincera, ainda olhando-a com o cenho franzido. Dih pareceu não se ofender, pois ela só riu. 

— Acredite, você verá muita mulher vestida desse jeito hoje. E nem todas são garotas de programa. 

— Está me dizendo que é isso que você usa para ir nesses lugares? 

— As vezes sim. — Deu de ombros, sentando-se na minha cama. 

— E eu vou ter que usar isso? — Perguntei, incrédula. 

— Bom, só se você quiser. Só é inadequado você querer usar seus vestidos clássicos. Não combina com o lugar. 

— Nenhuma roupa minha vai combinar com um bar horroroso durante um show de rock, Dianna. — Bufei, indo procurar algo legal nas minhas roupas. 

— Deixa que eu te ajudo. — Ela ofereceu e eu não recusei. Ficou fazendo várias combinações com as minhas roupas enquanto eu fazia minha maquiagem. Fiz um delineador grosso, que eu aprendi em um curso de maquiagem que eu havia feito, e um batom rosa escuro. — O que acha? — Dih chamou minha atenção assim que eu terminei de pentear o meu cabelo, que já estava pronto também. Olhei o look que ela havia produzido. Uma saia minha rodada preta — que era um pouco curta, confesso —, uma blusa curta branca e salto alto preto. Eu tinha que confessar, não estava tão ruim assim— Você não tem jaqueta de couro? 

— Tenho uma rosa e uma vermelha. Eu tinha uma verde e uma branca, mas a Cléo roubou quando teve a oportunidade. — Rolei os olhos, me lembrando da minha amiga que agora virou inimiga. Falsa. 

— Não estou falando disso, Débora. Estou falando disso. — Ela tirou sua jaqueta preta de couro e colocou na minha cama. — Vai com ela. Vai ficar muito melhor. 

— E você vai ficar desse jeito? Pelada?  

— Acredite, eu estou muito vestida. — Dih piscou e eu rolei os olhos. Decidi me trocar logo, já que estava até mesmo um pouco atrasada. Mas nenhum dos meninos veio me apressar, provavelmente também estavam. Me olhei no espelho e confesso que até gostei do que vi. Era novo para mim, mas não havia ficado horrível como eu imaginei que iria ficar. 

— Minhas lindas, já estamos indo. Descem pra sala! — Duff bateu na porta. 

— Tá legal, você está ótima! — Dih disse, batendo palmas para mim. Apenas assenti. — Vamos descer logo, não podemos atrasar a banda. 

— Eles já estão atrasados, Dianna. — Descemos as escadas e todos estavam reunidos lá. Confesso que senti até um pouco de medo ao vê-los daquele jeito. Eram roupas muito extravagantes, jaquetas de couro, spikes, fivelas e muito preto. Jesus amado. 

— Vocês estão lindas. — Izzy comentou, mas seu olhar estava sobre mim. Eu apenas sorri de canto, me simpatizava com ele. Um milagre, eu sei. 

Eles continuaram arrumando os instrumentos, conversando animadamente sobre o que aconteceria em alguns minutos. Menos Axl, que estava sentado em um canto parecendo estar em estado de meditação. Fiquei olhando-o. O que será que ele sentia essas horas? Estava prestes a cantar em um show, que eu sei que para ele era importante. Devia estar se sentindo muito pressionado. 

— Que mulher gata! — Dianna cortou meus pensamentos assim que gritou isso. Era para Alice, que usava roupas no mesmo estilo que a loira. Minha prima sorriu e acendeu um cigarro, ajudando Izzy a levar os instrumentos para fora. 

— Já estamos indo. Vamos, galera. — Slash gritou, chamando a atenção de todos.  

— Os meninos vão em uma van, já que vão levar muita coisa. — Dih me disse. — Eu, você e a Ali vamos no meu carro. — E dizendo isso, ela saiu da casa também. Acompanhei-a. Entramos em seu carro e fomos finalmente para o bar. 

 

[...] 

 

Bebida, cigarro, mulheres. Drogas, rock e mais mulheres. Aquele lugar era o inferno na Terra. 

— Você ainda não viu nada. — Alice sussurrou no meu ouvido, como se estivesse lendo os meus pensamentos. Talvez ela descobriu o que eu estava pensando devido a minha cara assustada que eu não disfarçava. Aquilo era demais para mim. Eu nunca tinha entrado em um local como esse antes. Era pior até que algumas festas que eu frequentei na época da escola em Nova York. 

Eu senti olhares de homens e mulheres em minha direção, o que só me fez engolir em seco e querer cavar um buraco e me transportar para outro lugar. 

— Eu não quero ficar aqui. — Disse, dando meia volta para sair dali, mas Dianna me impediu. 

— Para com isso, Deb. Acredite, o povo que está hoje aqui é de boa. Já vi pessoas piores, e aí sim eu te dava razão para querer ir embora. 

— Esse não é o meu lugar, Dianna. Eu odeio essa música que está tocando, não bebo, não fumo e estou odiando esses olhares sobre mim. 

— Ué, mas não é você que adora ser o centro das atenções? — Alice provocou, parando ao lado da minha amiga. Eu simplesmente ignorei-a, fingindo que ela não estava ali. 

— Que lugar nojento... Eu tenho medo até de sentar em uma dessas cadeiras. Quem me garante que alguém nunca vomitou nela? 

— Déborá, sério, pare com isso. Você está exagerando demais. Só assista o show e vá embora, se quiser. Mas não saia por aquela porta agora. 

— Eu não estou me sentindo bem aqui, Dianna. 

— Vai se sentir melhor se tomar algo. Eu pego pra você. — Ela ia saindo, mas eu segurei seu braço. 

— O que? Você sabe que eu não bebo bebida alcoólica! 

— Vou pegar um energético, Deb. Não é bebida alcoólica. 

— Quem me garante? — Cruzei os braços. — Se duvidar, tem até cocaína dentro disso. — Falei e ela gargalhou alto. 

— Por favor, só espere aqui. — E saiu. Eu bufei, querendo matar todo mundo dentro daquele lugar pequeno e horrível. Ainda tocava uma música barulhenta, que eu odiava. As pessoas dançavam, se esfregavam e beijavam, como se não houvesse amanhã. Aquilo me assustava. Sem contar o cheiro insuportável de cigarro que emanava no ar. Eu ia ter que que lavar meu cabelo e tomar banho pelo menos três vezes pra me desinfectar completamente daquele nojo de... 

— Oi, gata. O que uma princesa como essa faz sozinha por aqui? — Era um cara bêbado. Ele parecia ser novo e até que tinha belos olhos azuis, mas infelizmente era um idiota. Me distanciei e não retribui o seu sorriso. 

— Não é da sua conta. 

— Está mesmo sozinha, querida? Qual o seu nome? 

— Estou acompanhada. 

— Ah é? — Ele riu. — Eu não estou vendo ninguém do seu lado. 

— Desiste. Eu não dou atenção para caras como você. 

— Então o que estava fazendo aqui, princesa? 

— Isso é outra coisa que não lhe convém. — Cruzei meus braços, nervosa.  

— Sabe, eu não sou o tipo de pessoa que desiste fácil... — Ele sorriu para mim, bebendo o resto da bebida que tinha em seu copo. — Ainda mais quando se trata de uma bela garota como você. 

— Eu já te disse que estou acompanhada! — Gritei, impaciente. Me distanciei um pouco dele mas o idiota continuou me seguindo. 

— Cadê o seu acompanhante, princesa? — Tocou o meu braço e eu me distanciei rapidamente. Precisava inventar algo. Comecei a olhar ao meu redor. Dei graças a Deus e me senti extremamente aliviada quando vi Slash andando por ali, fumando um cigarro. Não me interessava saber porque ele estava ali e não atrás do palco esperando a hora do show começar, eu só consegui pensar mesmo em uma coisa. Assim que o cabeludo passou perto de mim, eu agarrei em seu braço com toda força. 

— Aqui está meu acompanhante. — me virei para o garoto com um sorriso vitorioso. Slash estava bem confuso e quase estragou tudo ao abrir a boca para falar, mas eu dei uma leve pisada em seu pé, e sussurrei em seu ouvido que era para ele me ajudar. Então, finalmente o cabeludo me entendeu. 

— Algum problema por aqui, meu amor? — Ele passou seu braço pela minha cintura, sorrindo. No fundo eu quis vomitar, mas me segurei. 

— Esse rapaz está me enchendo o saco. 

— Não, não. Me desculpe. — O garoto desfez o sorriso, parecendo preocupado. — Desculpe Slash, eu não sabia que ela era... 

— Tudo bem, cara. Isso só não pode acontecer novamente. Se não vou ter que tomar providências... 

— Não, por favor. Não vai acontecer. Desculpe. Tenham uma boa noite. — E dizendo isso, ele sumiu de perto de mim. Me soltei do cabeludo rapidamente. 

— Obrigada. — Murmurei. 

— De nada, Deb. Mas só tenho que te avisar que isso provavelmente vai acontecer mais vezes. Você está linda e os caras aqui adoram carne nova. 

— Que pena, porque eu quero distância de todo mundo que está nesse lugarzinho. — Bufei, cruzando os braços. — Se acontecer novamente, eu vou embora 

— Como? Vai a pé? 

— Lógico que não. Ligo para Nicholas vim me buscar. Tenho certeza que ele não iria recusar o meu pedido. — Sorri para Slash que não disse absolutamente nada. 

— Ok Deb, ok. Preciso ir arrumar as coisas para o show. Juízo. 

— Juízo? Eu? Você que precisa de muito, cabeludo. — Retruquei e ele bufou, provavelmente achando ruim daquele apelido, o que me fez rir. Em seguinte, Dianna chegou com dois copos na mão. 

— Um energético para você e um whisky para mim. — Ela entregou-me o copo, e eu fiquei encarando-o com desleixo. 

— Tem certeza que isso não tem álcool? 

— Não, Débora, não tem. — Mesmo assim, eu não queria tomar aquilo. Quem me garante que é totalmente seguro? Sem contar que eu não fazia ideia da onde esse copo tinha passado... — Débora, só beba, ok? Você está exagerando demais. 

— Eu vou tomar, pra ver se você me deixa em paz! — Rolei os olhos, dando uma boa golada no líquido. Não me lembrava de já ter tomado, mas até que não era tão ruim assim. 

De repente, a música parou e eu dei graças a Deus. Um homem subiu no palco e começou a falar no microfone. 

— Senhoras e senhores, finalmente chegou o momento da noite que esperávamos. Dessa vez com um show acústico, vamos receber, Guns n' Roses! — Todo mundo começou a gritar a aplaudir animadamente. As pessoas agora não ficavam andando de um lado para o outro, pareciam estar todos concentrados no show que começaria. Os meninos foram recebidos com muita euforia e retribuíram com gestos e sorrisos. Sentaram-se em banquinhos depois de arrumar todos os instrumentos. Pude reparar que não havia guitarra no palco. Franzi a testa. 

— Dih, cadê as guitarras? Eles não vão começar aquela barulhada toda? 

— O que você acha que é um show acústico? — Ela riu de mim — Show acústico é quando não é usado amplificadores e essas coisas. Só se ouve o som natural dos instrumentos. 

— Então isso significa que não vai ter aquele som horrível que quase estoura o meu tímpano? 

— As músicas vão ser tocadas praticamente com violão e mais alguns instrumentos. — Oh ótimo. Graças a Deus! Aquilo me fez ficar até um pouco mais feliz, não ia ser hoje que eu ia ficar surda! — Vamos chegar mais perto do palco, vem. — Dianna me pegou pelo braço e fomos para mais perto. A música já havia começado a ser tocada, dessa vez de modo mais calmo, com violões. A letra falava sobre alguém que era louca... O que? 

— Como chama essa música? 

— You're Crazy. Eu sou apaixonada por ela! — A loira respondeu, cantando com Axl, assim como todos que estavam naquele bar. A letra era meio esquisita. 

 

Mas claro. A letra da próxima música podia ser pior. 

 

— Eu costumava ama-la, mas tive que mata-la? Que merda é essa, Dianna? — Perguntei, incrédula. 

— Débora, só curte a música! Não leva tudo ao literal! — Ela riu de mim, dançando ao som da música.  

— Eu tenho certeza absoluta que quem escreveu essa música é o Axl. Só pode! Não tem como ser outra pessoa! — Resmunguei, rolando os olhos. Dih pegou nos meus braços, na tentativa de me fazer dançar com ela.  

— Que cara é essa, garota? — Alice chegou com um copo na mão, provavelmente bêbada. 

— Ela está levando Used To Love Her a sério, Ali. 

— Ah, pare com isso. — Minha prima riu. — As vezes você não pode levar eles a sério. — Apontou para os meninos. 

— Eu não duvido nada que essa música seja Axl contando uma experiência que ele viveu na vida dele. 

— Bom, isso nós não sabemos... Talvez. — Alice concordou e eu arregalei os olhos. As duas riram de mim como se eu tivesse contado uma piada. — Dianna, dá um pouco de whisky para essa garota. Ela precisa se divertir mais... 

— E você acha que eu já não tentei? 

— Você já beijou alguém aqui? — Ali pergunto para mim. 

— Você tá louca? Se eu beijar alguém que está aqui posso pegar até doença. 

— A única doença que você pode pegar é a falta de dar uns beijos na boca de alguém, garota. Qual foi a última vez que isso aconteceu? — Aquilo me fez refletir. Já fazia um bom tempo. Eu não havia ficado com ninguém desde que cheguei em Nova York. E em LA, provavelmente foi algum menino do colégio. 

— Não vou conversar sobre isso com você, Alice. 

— Ah, claro. Foi o que eu pensei! — Ela riu alto. — Faz um bom tempo, né? Tudo bem Débora, acontece... Agora vá arrumar alguém! Quem sabe assim você não para de encher o saco um pouco. 

— Eu não vou beijar ninguém aqui! Para de me encher o saco você, filha. — Bufei, cruzando os braços. 

— Ali, pega algo para beber pra mim? — Dih disse, provavelmente querendo quebrar o clima chato de discussão. Minha prima concordou animada e foi em direção ao bar. Louca. 

Agora tocava uma música que era até bonita. A letra dela seguia aquela linha de romantismo que eu gostava. Algo que ainda me surpreendia. Uma letra muito bonita para aquela situação.  

— Como chama essa, Dih? 

— Sweet Child o Mine. Ah, essa é uma das minhas preferidas, sem dúvidas... — Também era das minhas. Eu quase disse isso, mas consegui permanecer calada. A voz de Axl era maravilhosa, ainda mais ao som do violão. Aquilo havia me chamado a atenção. Não percebi que encarava bobamente o ruivo, que retribuiu o olhar. Ele sorriu, um tanto quanto provocativo, como se soubesse que eu estava gostando do que ouvia. Mas eu não estava ligando muito para aquilo, porque era verdade. Ele só não podia saber que era verdade. 

— Where do we go now? — Todos começaram a cantar a música juntos. Era empolgante. Eu nunca tinha ido em um lugar como esse. Todos os shows que fui na minha vida, as pessoas permaneciam sentadas e não cantavam junto com o cantor. Mas ali... Era como se todo mundo tivesse na mesma sincronia, na mesma emoção. Eu havia gostado daquilo... Oh. Acho que inalei muita fumaça pra estar pensando essas coisas. 

Em seguida, a música havia terminado. O show prosseguiu com outras canções, algumas que eu até já havia escutado eles tocar, e secretamente gostado. Optei por ficar sentada em uma das mesas, longe da multidão de pessoas. Ainda bebia o meu energético. Assim que Axl terminou de cantar, agradecer a todos e se despedir, as pessoas aplaudiram e gritaram satisfeitas. As músicas barulhentas começaram a ser tocadas novamente e o pessoal começou a se aglomerar pela local. Dianna e Alice sentaram na minha mesa. 

— E aí, o que achou? — Dih perguntou-me, sorrindo. 

— Bem... — Pigarreei. Sim, eu havia gostado. Mais do que deveria. — Não foi tão ruim assim. 

— Isso significa que ela gostou, Dianna. Finalmente ela gostou de algo. 

— Eu não disse isso, Alice. 

— Não é preciso dizer. Eu sei. — Ela piscou para mim. Fiquei calada. Elas continuaram conversando sobre assuntos irrelevantes até os meninos chegar e começar a sentar ao redor da mesa. Eles estavam bem felizes e comemoravam. 

— Parabéns, meus amores! Foi maravilhoso! — Dianna bateu palmas e Alice concordou. Todos agradeceram. 

— Agora, a opinião mais importante dessa noite. Débora, gostou? — Duff perguntou e todos na mesa olharam para mim. Que saco. 

— Eu... Bem, eu... Não foi ruim. 

— Traduzindo: Ela gostou. — Ali disse e os meninos comemoraram, batendo palmas.  

— Eu já sabia que isso ia acontecer. — Axl, o modesto, disse sorrindo de lado para mim enquanto fumava o seu cigarro. Fechei a cara para ele. — Me agradeça por ter feito você vim aqui, Deb. 

— Eu vou agradecer se você pagar um copo de energético para mim, Axl. — Rebati e todos gritaram "oh" ao ver aquela cena. O ruivo riu. 

— Energético? Por favor, não tem nem graça eu pedir isso para você. 

— Eu não bebo bebidas alcoólicas, Rose. 

— Tudo tem a sua primeira vez, minha querida. 

— Eu já disse! Não vem querer insistir! 

— Ok, Débora! — Ele levantou as mãos, irônico. — Você é quem decide! Só te aviso que esse seu repudio por álcool não vai durar por muito tempo. — Piscou pra mim. 

— Por que? Vai me forçar agora, é? 

— Oh, eu? Mas é claro que não! Você que vai fazer isso por conta própria. E quando for ver, já aconteceu. A vida é assim, loira. — Ele só podia achar que era o dono da verdade. Qual é, Axl estava achando que me conhecia o suficiente para tirar suas conclusões? Está enganado, meu querido. Muito enganado. 

— Vamos cortar esse clima ruim com muito whisky nessa mesa. Chama ao garçom! 

— Que garçom? Chama a garçonete! — Steven assobiou e uma garota — pelada — veio até nós. Fiquei horrorizada. 

— Por que essa menina se veste assim? — Perguntei para Dianna, mas a garota acabou ouvindo. 

— Eu sou uma stripper, lindinha. — Ela respondeu, sorrindo para mim de uma forma muito estranha. 

— Que horror! — Reprovei-a com o olhar. — Sua mãe não te ensinou o que é bom senso não? Por que você não vai estudar pra ver se consegue um futuro melhor? 

— Pelo amor de Deus gente, alguém faz um pedido pra Débora calar essa boca. — Alice gritou e Slash começou a pedir as bebidas. Dih me encarou. 

— Não é legal você ficar falando isso, Deb. 

— Por que não? Estou até dando um conselho para ela! 

— Não é legal ficar julgando... 

— Me poupe, Dianna. — Rolei os olhos, suspirando. Steven inventou de acender um cigarro ao meu lado. — Ei, não faça isso. Se quiser fumar vai lá pra fora. 

— Mas... 

— Não é pra fumar do meu lado, Ste. — Encarei-o, séria. Ele engoliu em seco e apagou o cigarro, assentindo. Ótimo. Já estava na hora deu ir embora. Esse lugar não é pra mim. Não tem nada por aqui que eu realmente goste. Fiquei apenas observando as pessoas na minha volta rir e beber, conversar sobre assuntos que não me interessava. Fiquei, pela primeira vez na minha vida, me sentindo excluída. E essa era a pior sensação do mundo. 

— Débora? O que você acha? 

— O que? — Sai dos meus pensamentos, encarando Dianna. 

— Duff está pensando em pintar o cabelo. 

— Em comemoração a minha nova vida! — Ele exclamou sorridente. 

— Nova vida? 

— Sim. 

— Ah, não faça isso. — Passei a mão pelo rosto. — Não vai ficar legal. 

— E por que não ficaria? — perguntou, desapontado. 

— Eu concordo com a Débora. Não rola, Duff. — Alice concordou e o loiro ficou chateado, mas logo se animou quando um novo assunto começou a ser discutido. Eu comecei a querer ir embora. 

— Já estou querendo ir.  

— Mas já? Nem começou a noite ainda! — Steven disse. 

— Pra mim ela já está terminando. — Levantei-me da mesa. — Alguém também vai agora? 

— Não. — Axl murmurou, tomando sua bebida. 

— Alguém poderia, pelo menos, me levar embora?  

— Ah Débora, sossega aí. Você não consegue ficar uma noite sem estar no seu mundinho? — Alice começou, visivelmente bêbada. — Ninguém está te enchendo o saco garota, aproveita a noite... 

— Não, Ali. Tudo bem. Eu levo ela. — Izzy disse, se levantando. Eu sorri, encarando minha prima que tinha a boca escancarada de incredulidade. 

— O que? Izzy? Você vai leva-la? 

— Vou. Se ela não quiser mais ficar aqui, tudo bem. Já assistiu o show, acho que já está cumprido. 

— Mas... 

— Eu já volto, Ali. Esperem por mim. — E dizendo isso, ele seguiu para fora. Fui atrás dele. Fomos para uma moto, onde eu me sentei na garupa. Não demorou muito para que chegássemos na casa. Stradlin estacionou e eu me levantei, tirando o capacete. 

— A chave. — Disse, me entregando-a. 

— Obrigada. Por tudo mesmo. Se não fosse você, acho que eu teria que vim a pé. — Rolei os olhos, só pensando na possibilidade. Ele riu da minha reação. 

— Não precisa agradecer. Você estava visivelmente desconfortável lá. 

— Ah, você sabe. Não estou acostumada com tudo aquilo, e nem quero me acostumar. Foi a primeira e última vez. — Disse e ele assentiu. 

— Sim, tudo bem. Mas espero que tenha gostado pelo menos do nosso show. 

— Ah... Nada mal. — Eu não queria admitir com todas as letras que havia gostado. Ele pareceu perceber isso e riu. 

— Ok. Boa noite, Deb. 

— Boa noite. — Eu já ia me virando, mas fui surpreendida por um beijo na bochecha. Izzy sorriu para mim e colocou seu capacete novamente, ligando a moto e indo embora. Eu suspirei. O moreno era um cara legal. E surpreendentemente cheiroso. 

Entrei na casa totalmente silenciosa. Provavelmente Nicholas ia dormir fora. Ótimo, a casa só para mim. Fui para o meu quaro, tirei a minha roupa, maquiagem, e penteei meus cabelos. Deitei-me na cama e logo adormeci, cansada por aquela noite tão agitada. 


Notas Finais


Bom, primeiro show de rock da Deb. Vamos levar em consideração que foi um acústico. Não aconteceu nada demaisss, ela não bebeu e nem deu a louca. Vamos com calma, galera. Estamos falando de Débora Campbell, a garota mais enjoada de LA HHEUEUH. Só um pequeno spoiler: Próxima vez que isso for acontecer, vai ser diferente...
E ai, gostaram? Espero muitooo que sim! xD Comentem pra mim o que estão achando!!

Xx.


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