Blair acordou, virou de lado e não encontrou Serena. Os acontecimentos voltaram como uma onda em um mar revolto na sua mente. Sentia um aperto no coração como nunca havia sentindo antes. Dorota entrou no quarto e olhou para ela.
- Miss Blair? Precisa de alguma coisa?
- Onde a Serena está, Dorota?
- Está tomando banho, Miss Blair.
Blair respirou fundo. Se sentiu melhor em saber que amiga ainda estava ali. Puxou o cobertor até seu pescoço.
- Dorota, eu quero macarons. Preciso. Coloridos. Duas caixas.
Dorota sorriu, feliz por poder fazer algo por ela. Virou e quando chegou na porta do quarto, voltou a olhar para Blair.
- Miss Blair, eu sinto muito pelo que aconteceu.
Blair olhou para ela e pensou em dispensá-la, falando algo rude. Mas Dorota a havia criado, praticamente. Ela se limitou a lançar um sorriso para ela.
- Nós duas sentimos, Dorota. Onde eu estava com a cabeça?
- Acho que não foi a cabeça, Miss Blair. Foi o coração. - Ela disse isso e saiu do quarto. Blair ficou pensando nessas palavras. Coração. Ela sabia que aquela noite tinha mudado algo dentro dela. Mudado a forma como ela se sentia em relação à Chuck. Blair escondeu o rosto nas mãos. Não queria pensar nisso. Escutou um barulho e abaixou as mãos. Serena entrava no quarto com uma toalha enrolada nos cabelos. Sentou ao seu lado na cama.
- Você está melhor?
- Tentando. Obrigada por ficar comigo, S.
- Somos amigas, B. Sempre vou estar aqui para você. - Serena sorriu, fazendo carinho na mão de Blair. - Olha, eu tinha marcado com o Nate de tomar um café antes de passar na minha mãe, mas vou desmarcar. Vou ficar com você.
- Não, não faz isso. Eu já estou melhor. - E quando Serena lhe dirigiu um olhar de lado, ela completou. - Juro. Qualquer coisa eu ligo para você. E como você é uma ótima amiga, sei que virá correndo. - Elas dão uma risada e se abraçam.
- Então ta bem. Eu vou indo. Eu amo você, B. - Ela sorri e tira a toalha da cabeça, pegando a bolsa em cima da poltrona. Joga um beijo para Blair antes de sair do quarto. Blair suspira. Ficar sozinha com seus pensamentos não vai ser uma boa ideia. Levanta e decide ir fazer compras. Comprar bolsas e sapatos com certeza a fará melhor.
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Serena entrou na cafeteria e avistou Nate sentado em uma mesa, lendo uma revista. Sorriu e foi até ele.
- Nate! - Sentou ao seu lado, dando um beijo em sua bochecha.
- Hey. - Ele retribuiu o beijo. Nate sempre achou Serena linda. Seu jeito espontâneo, sua risada infantil, sempre o deixaram encantado. Ele chamou a garçonete, uma menina com uns 17 anos, ruiva e com sardas. - O que você vai querer?
- Quero um café com doce de leite, por favor. - Ela sorriu. Nate pediu um expresso. A menina saiu, olhando para Nate mais do que devia, o que fez Serena dar uma risadinha. - Golden boy fazendo sucesso. - Ela o cutucou. Ele ficou rindo e revirou os olhos. Ficou sério de repente.
- E a Blair? Ela esta melhor? Vi a postagem da GG. - Serena fingiu estar interessada nos canudos que estavam na mesa. Pegou um e ficou mordendo. Deu de ombros.
- Ela está. E quando à GG ... Você sabe como ela distorce as coisas.
- Sim, eu sei. Mas vai dizer que não acha estranho Chuck chamar a Blair ontem de noite? Sem contar que mais cedo, os dois estavam bem próximos conversando. - A garota coloca os cafés na mesa, encostando o braço no de Nate. Serena faz uma careta
- Ahn, obrigada, querida. Já pode ir. - Ela abre um sorriso sinico para a garota, aproximando-se mais de Nate. A garota olha com desdém para ela e sai. Serena pega o copo e dá um gole. Nate fica olhando para ela, que apenas dá de ombros novamente. - Marcando território?
- Tipo isso. Mas não vá se achando, Archibald. - Ela sorri. Não sabia se queria continuar a conversa de Chuck e Blair, porque não sabia se conseguiria fingir não saber de nada.
- E então? Blair deu alguma pista?
- Ela só disse que queria ajudá-lo, mas que ele a tratou super mal. Como se isso fosse alguma novidade em se tratando de Chuck Bass. - Serena revirou os olhos. Raiva de Chuck ela não precisava fingir. - Falando nisso, você tem falado com ele?
- Na verdade, não. O pai dele barrou mais um dos seus projetos e Chuck esta lidando com isso do jeito dele. -Nate tomou um gole do café. Serena cheirava bem. Bem demais. E eles estavam próximos. - Mas me fala. Sua mãe.
- É. Minha mãe. - Serena sorriu e contou para ele sobre o pai. Passaram mais de meia hora conversando até que seu celular toca. Ela olha para a tela. Lily. Levanta um dedo para Nate e atende. - Oi, mãe. - Espera um pouco. Morde o lábio. - A Blair estava precisando de mim e ... - Escuta de novo. Suspira. - Eu vou ai hoje. OK. Beijo. - Desliga e olha para Nate, fazendo um biquinho. Ele sorri e coloca o cabelo dela atrás da orelha. Os dois ficam se olhando por uns segundos. Serena morde o lábio. Nate fixa o olhar ali. Aquela boca. Ele se aproxima mais de Serena, sem tirar os olhos dos dela. Ela sorri, também o olhando. Ele coloca a mão na nuca dela, trazendo seu rosto para mais perto. Encosta os lábios nos dela. Um pigarro o faz se afastar e olhar em volta. A garçonete aponta a conta próximo ao rosto dele. Serena revira os olhos e pragueja mentalmente. Levanta da mesa, nervosa.
- Ah, então. Obrigada pelo ... Café. E pela conversa. A gente se vê. - Ela sai antes que Nate diga algo. Ele fica sem entender, mas sorri ao lembrar da sensação de seus lábios encostados. Talvez eles tenham uma chance.
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