Após ler a mensagem, Serena fez aquela cara de "eu te avisei" e Nate saiu reclamando sobre como Chuck sempre fazia essas coisas e deixava todo mundo preocupado, e que ele preciava crescer. Blair olhou a foto mais uma vez e abriu um sorriso, começando a ir em direção às escadas. Algo dentro dela estava inquieto, mas ela não sabia o que era.
Esperava que Chuck precisasse da ajuda dela, mas ao invés disso ele saiu para beber mais e resolver seus problemas com outras mulheres. "E desde quando eu me importo com quem Chuck vai resolver os problemas dele? É o Chuck.", ela pensava, mas aquele pensamento ainda ficava cutucando a sua cabeça. Parou de andar e virou quando ouviu Serena a chamando.
- Ei, B. Não ficamos de conversar agora depois da aula? Pensei em ir logo com você. Quero resolver nossa situação. Não consigo ficar sem a minha melhor amiga. - Ela fez um biquinho e uma cara de esperançosa. Blair olhou para ela uns segundos, e depois enlaçou seu braço no dela,puxando-a em direção à saída e sorrindo.
- Vamos pedir a Dorota para fazer seu prato preferido e ai você pode ficar toda contente e aproveitar e me contar TUDO dessa vez, Serena. Sem segredos.
- Sem segredos. Eu prometo, B.
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Chuck está no seu décimo copo de scootch. Várias mulheres vieram dançar no seu colo, provocando-o, mas ele dispensou todas. Para cada uma, arrumava um defeito. Loiras e ruivas, ele dizia que queria morenas. Morenas, ele dizia que o perfume era muito enjoativo. Mas no fundo ele sabia que era porque nenhuma delas tinha o cabelo como o de Blair. Nem o cheiro dela.
Pegou o celular e viu que tinha uma nova mensagem da GG. Abriu e viu a si mesmo entrando no Victrola. Praguejou mentalmente, colocando o celular de volta no bolso do paletó. O que Blair iria pensar quando visse essa foto? E praguejou mais ainda depois de ter esse pensamento. Foda-se o que Blair pensaria. Ele é Chuck Bass. Não liga para o que ninguém pensa. Não liga se seu pai reprovou, de novo, seu último investimento em uma casa noturna, depois de meses planejando e tentando convencer fornecedores importantes a serem sócios no negócio; nem que o ache culpado pela morte da sua mãe.
Virou seu décimo copo e pediu pelo décimo primeiro. Então por que ele sentia como se tivesse feito algo errado e estragado tudo com Blair? Pegou o celular novamente e começou a escrever uma mensagem. Colocou o número de Blair e apertou em enviar. Tomou metade do seu copo e colocou o celular no bolso novamente. As mulheres dançavam no palco, mas a cabeça de Chuck estava em outro lugar.
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Blair e Serena almoçaram e foram para o quarto de Blair. Deitaram de lado, uma olhando para a outra, como faziam desde pequenas quando tinham segredos a compartilhar.
- Blair, eu não fiquei sem falar com você pelo que aconteceu no fim do ano. Falamos coisas que não devíamos, e eu peço desculpas por isso também.
- Sempre falamos, S. Você nunca percebe que as coisas que faz me ofuscam completamente e eu não consigo aceitar isso.
- Mas B, eu não faço isso, não de propósito. Não quero machucar você.
- S, às vezes você faz. Você quer tanto que todos te notem, que te admirem e que estejam ao seu redor que nem percebe que faz de tudo para isso. Eu tenho que me esforçar o máximo para ser notada. Isso é cansativo, Serena. Eu não aguento mais viver à sua sombra.
- Blair. Você nunca viveu à minha sombra. Você é incrível. Todas as meninas de Constance querem ser você. E desculpe fazer você se sentir assim, eu ... Não é a intenção. - Serena abaixa a cabeça, mexendo em seu colar. Blair solta um suspiro longo e a cutuca no ombro.
- Vamos prometer uma a outra que esse ano vai ser diferente? Que iremos nos comportar como melhores amigas e não como rivais dentro de um jogo onde a melhor vence?
- Parece uma ótima ideia, B. - As duas abrem sorrisos e se abraçam.
- Agora que selamos esse acordo, você pode me contar o que fez das suas férias tão importante que não teve como me procurar para fazer as pazes antes. - Serena deitou com a barriga para cima e ficou encarando o teto. Pensou um pouco e olhou para Blair.
- Eu encontrei meu pai. B. Eu estava atrás dele ano passado e consegui uma pista dele no fim do ano. E fui atrás dele.
- Sério? E então? Conversou com ele?
- Não. Aparentemente ele não quis me ver. - Serena voltou a olhar para o teto. Seus olhos estavam cheios de água. Blair se aproximou dela e encostou a cabeça em seu ombro, passando o braço ao redor dela.
- S, sinto muito. Mas se seu pai não quis te ver, ele é quem sai perdendo. Porque conhecer você foi uma das melhores coisas que podiam ter acontecido na minha vida. - Serena sorri e aperta o braço de Blair que está ao seu redor.
- Obrigada, B. Eu amo você. – Blair enxuga a lágrima que escorre pelo rosto de Serena.
- Também amo você, S. - Ela fica calada por um tempo. - Sua mãe sabe que você foi atrás do seu pai?
- Não contei a ela ainda, B. Na verdade, nem apareci na casa dela ainda. Não sei como ela vai reagir.
- Então fica aqui. Vamos pedir a Dorota para comprar sorvete e pipoca e vamos passar o dia na cama vendo filmes e fofocando.
- Vamos! Gostei da ideia. – Serena olha para Blair e sorri. – Obrigada de novo, B. Eu estava com saudades. – Blair sorri e abraça novamente.
- Dorota!! - Blair gritou, ao mesmo tempo que seu celular vibrou. Ela rolou na cama e pegou. Viu que tinha uma nova mensagem. E era de Chuck.
Preciso de você.
C
Blair ficou olhando a mensagem. Olhou para o lado para pensar, mordendo o interior da boca. Virou para Serena. - S, você pode começar sozinha? Tenho uma coisa para resolver agora. - Blair levantou e ja foi indo para o closet. Serena levantou e veio atrás de Blair enquanto ela pegava um vestido.
- O que pode ser tão importante para você sair assim, B? – Seu tom era de divertimento enquanto observava a amiga.
- Ah, você sabe. Preciso cuidar de uns probleminhas que surgiram, ser Queen tem dessas coisas. DOROTA!! - Blair jogou o vestido para trás. Dorota entra correndo.
- Miss Blair, o que houve?
- Separe meu vestido branco, aquele com babados que a minha mãe me deu essa semana. - Olhou para Serena e respirou fundo. - Depois eu conto. Prometo. Só me deixe resolver isso. - Serena a olhou desconfiada, mas relaxou. Deu um beijo na bochecha dela e pegou a bolsa, sorrindo.
- Vou comprar sorvete e outras coisas. E vou esperar você para assistir, já que não demora. E lembre-se do nosso pacto: Sem segredos. – Deu uma olhada para Dorota e uma risadinha e saiu do quarto. Blair virou para Dorota, que a estava encarando.
- O que foi, Dorota?
- Miss Blair está muito estranha. Quem a senhorita vai encontrar?
- Dorota. Por acaso eu já estou vestida? Não estou vendo motivos de você estar conversando quando eu não estou pronta.
Dorota começou a reclamar em polonês enquanto a ajudava a se vestir. "Chuck me chamou. Ele precisa de mim." Blair só conseguia pensar nisso e em chegar o mais rápido possível para o ajudar.
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A limo parou em frente ao Victrola. Blair olhou da janela a porta do bar. Se olhou no espelho pela vigésima vez durante a viagem. Ajeitou o vestido e saiu.
- Não precisa esperar. Volto com o Arthur. - Disse ao motorista. Entrou no bar e viu mulheres seminuas dançando por todos os cantos. Pensou em Chuck com uma delas e parou de andar, sentindo um arrepio percorrer seu corpo. O que ela estava pensando? Ciúmes de Chuck Bass? Não mesmo. Voltou a andar, procurando por ele. Estava sentado em um sofá, tomando um copo de Scootch. Olhava para a frente, como se tivesse pensando, e muito distante dali. Foi até ele e sentou ao seu lado.
- Chuck.
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