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História You don't own me (Fanfic) - Start


Escrita por: liavasconcelos

Notas do Autor


Cheguei com capítulo novo, quase não saí, mas saiu. As aulas mal começaram e já saíram corroendo toda a minha inspiração.
Espero que gostem!
Boa leitura 😍

Capítulo 6 - Start


Adrien ajeitou a gravata azul, passou a mão nos cabelos, empurrando os fios para trás, em uma tentativa falha de fazer com que ficasse arrumado, verificou o relógio em seu pulso e viu que estava bastante adiantado, chegaria em seu encontro pontualmente, como em qualquer compromisso que já tivera, podia orgulhar-se em dizer que nunca se atrasou para um compromisso sequer.

Sua mãe já havia mandado inúmeras mensagem ao longo da manhã, no intuito de lembrar-lhe do encontro com a senhorita Bourgeois, por mais que Adrien estivesse relutante ela sabia que ele iria, afinal era sua palavra que estava em jogo.

O loiro terminou de se arrumar e sentou na sala, pegou o notbook e começou a responder alguns emails relacionados ao trabalho, tinha perdido um dia de trabalho, o que no mundo dos negócios significava muito tempo perdido. Sempre procurou contratar os funcionários mais competentes do mercado e tinha que admitir que isso facilitava muito o seu trabalho, sabia também que tinha feito uma excelente escolha ao pôr Nino como vice-presidente, devia muitas das conquistas da Cerps a ele.

Resolveu suas pendencias e desceu para a garagem do prédio, encontrou Gorila parado próxima a Lamborghini, que já estava novinha em folha, nem parecia que havia tido a pintura estragada.

- Boa tarde, senhor. - O homem gigante falou seco.

- Boa tarde, Gorila, vou ao restaurante Petrossian.

Sem mais palavras, Adrien entrou no fundo do carro e Gorila no lugar do motorista, a chave girou e o grulho agradável do motor ecoou pela garagem abafada, o homem deu partida e logo estavam no caminho do restaurante.

O loiro pegou o celular no bolso e mandou uma mensagem para Amélie, avisando que já havia saído de casa, não demorou para que recebesse uma mensagem animada como resposta, fechou a conversa e abriu a foto da Bourgeois, ficou encarando por alguns minutos, depois foi leu a sua ficha.

Era uma mulher de 23 anos, 1,75 de altura, cabelos loiros, olhos azuis, trabalhava como modelo da Victoria Secrets, filha do ex prefeito de Paris, hoje deputado, e de uma arquiteta de interiores famosa, de família tradicional que estava no poder desde o início do século XX, estudou nas melhores escolas e fez faculdade de moda.

Era um bom partido, tinha que admitir, era uma mulher de berço, que economicamente e socialmente agregaria muito na sua vida, além da beleza. Mas pesar de tudo isso, não estava interessado, estava indo apenas por mera formalidade.

Iria tentar sair desse encontro o quanto antes, tinha marcado encontrar Nino na Miraculous, ele estava simplesmente infernizando o juízo do loiro desde que perderá a chance de se encontrar com a tal Volpina novamente e tinha a esperança que indo no club iria encontrá-la.

Viu o carro parar em frente ao estabelecimento de cor turquesa com grandiosas janelas por todos os lados e com letras de tom alaranjado em cima da porta de vidro, desceu do carro que arrastou logo em seguida, adentrou no restaurante e logo foi recebido pelo Maître.

O restaurante tinha um ambiente agradável, as paredes eram pintadas em um tom marro claro, que simulava madeira, lustres dourados de cristal combinavam harmoniosamente com o tom das paredes. As cadeiras eram acolchoadas e porradas com um fino tecido azul, as mesas de madeira estavam forrados com toalhas, impecavelmente, alvas.

Foi guiado até a mesa reservada, que ficava em um lugar privilegiado, próximo a janela que dava para uma bela avenida, Chloé ainda não havia chegado, então pediu uma água, ficou esperando por longos minutos, já estava perdendo a paciência, se tinha uma coisa que detestava era ficar esperando.

Quase uma hora depois viu a mulher chegar, o corpo magro e esguio, condizente a sua carreira, nos pés um par de saltos amarelo e preto, uma saia lápis branca e uma blusa amarela de costa nua. O cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto, a franja cobria a sobrancelha e dava um ar sexy ao rosto delicado, destacando os grandes olhos azuis e os finos lábios.

- Oi, sou a Chloé. - Ela estendeu a mão para que ele a beija-se.

- Olá Chloé, Adrien. – O loiro curvou-se para beijar a mão da garota, que a retirou antes que o mesmo o fizesse.

- Demorou muito. – Chloé falou convencida e sentou na mesa, Adrien limitou-se a suspirar contrariado.

- Então, Chloé, fale mais sobre você.

- Não tenho muito muito o que falar, afinal vivo aparecendo nas revistas e na televisão, mas não custa reforçar. Como você já deve saber, como todas as pessoas do mundo, sou uma Angel, desfilo atualmente só para a Victoria Secrets, mas já desfilei para várias outras marcas famosas. Sou modelo desde sempre, seria um desperdício não mostrar uma beleza como a minha para o mundo.

- Mas e quando essa carreira acabar, o que pretendo fazer?

- Ah, eu não pensei depois disso, meu mundo são as passarelas, não há nada além disso. Por sinal, eu queria te dizer que vi na sua ficha que você foi modelo na infância, não deveria ter parado, muito melhor do que ficar enfurnado em um escritório entediante, 24 horas por dia. Sem falar de que formaríamos uma casal muito mais bonito e harmonioso, as pessoas teriam inveja da gente.

- Eu gosto do que faço.

- Eu sei, querido, mas isso é algo que podemos resolver depois. Soube que faturou milhões com uma fusão, é verdade?

- Desculpe, mas não falo de negócios da minha empresa com pessoas que não trabalham nela.

- É realmente uma pena, sou muito boa com números.

A loira parecia insatisfeita com a resposta do loiro, mas decidiu que não iria contestar, apenas limitou-se a pegar o cardápio e olhar o que estava escrito. Adrien a acompanhou, repetindo a mesma atitude dela, o encontro mal tinha começado e o que mais desejava era ir embora, se livrando daquela situação constrangedora.

Frequentemente Amélie arrumava situações assim para o Adrien, encontros com mulheres da mesma classe social que a dos Agreste, sempre na esperança de que o filho arrumasse uma esposa. Apesar de todo o interesse financeiro por trás, tinha muita preocupação envolvida, desejava intensamente que ele finalmente deixasse o passado para trás e esquecesse a Marie. Mesmo com todos o esforço para escolher as melhores mulheres, elas sempre tinham o mesmo defeito, eram volúveis, fúteis, frívolas, viviam para comprar e casar com alguém mais ricos do que elas e não queria que seu filho casa-se com alguém assim.

Chloé fez um gesto exagerado e o garçom se aproximou rapidamente, com um tablet e uma caneta digital na mão.

- Eu gostaria de uma salada. – A loira pôs o cardápio de volta na mesa.

- Um especial da casa, com salmão e uma salada com pasta de caviar, por favor.

- Algo para beber?

- Uma água. – A loira falou sem dar atenção.

- Um suco de framboesa.

O homem anotou o pedido e saiu, sem dizer mais nada. Os olhos de Adrien voltaram-se para a mulher sentada em sua frente, que estava distraída tirando algumas selfies, ela realmente não parecia se incomodar com a presença do loiro. Sem mais nem menos ela virou-se e quase enfiou o seu iphone 7 plus na cara de Adrien.

- Você pode me ajudar a escolher um filtro? Eu não sei se eu deveria escolher o Xxpro ou Valencia, quero parecer bronzeada. O que devo colocar na descrição? Não importa, eu só quero consegui mil likes em alguns minutos.

Adrien a encarava estupefato, a chuva de perguntas veio e passou sem que ele tivesse tempo para pensar e responder, na verdade nem sabia ao que a mulher estava se referindo. Revirou os olhos e suspirou fundo, estava tendo que buscar toda a sua paz interior para continuar naquele lugar, com certeza teria uma conversa séria com a sua mãe.

Cholé se vangloriava de suas inúmeras viagens ao redor do mundo, como tinhas conseguido um contrato de exclusividade com a Victoria Secrets, das mansões que tinha adquirido, das roupas, sapatos e joias feitos exclusivamente para ela. O loiro limitava-se a sorrir e parecer impressionado com as coisas ditas por ela, mas no fundo sentia pena por existir alguém de aparência tão bonita mas de cabeça tão vazia.

A comida chegou, bem decorada e apetitosa, durante toda a refeição, a loira não parava de twittar, tirar fotos e algumas vezes saiu da mesa para retocar a maquiagem, o que se certa forma foi um alívio para o Agreste, que se livrou dela, mesmo que por um curto período de tempo.

Acabaram de comer e o loiro apreçou-se em pedir a conta, com a desculpa que tinha um compromisso de trabalho com seu sócio, o que não era exatamente uma total mentira, já que realmente iria encontrar com Nino.

Despediu-se da mulher, que estava muito confiante quanto a segundo encontro, havia amado o fato de Adrien tê-la deixado falar tanto sobre ela e não ter dito quase nada sobre si, afinal a única coisa com a qual precisava se preocupar era que, caso tivessem um relacionamento futuro, ele bancasse todos os seus luxos, assim como seu pai fez a vida toda.

°°°°

O celular apitou e uma mensagem de voz gravada começou a tocar, logo após veio um outro bip, gravou por alguns segundos, mas a azulada não teve coragem de falar nada e desligou o telefone. Era quase um ritual sagrado, toda semana ligava para os pais, mesmo sabendo que eles não iram atender, pensava dezenas de vezes no que poderia deixar na caixa de mensagens deles, mas as palavras sempre pareciam fugir desesperadas ao som daquele maldito sinal que havia começado a gravação. Não faltavam coisas para perguntar, como estavam, se estavam se alimentando direito, indo ao médico, como estava a padaria, quando iram aceitar a vida que ela havia decidido seguir, mas lhe faltava coragem e força para enfrentar todo esse drama familiar.

Pôs o celular na gaveta do camarim coletivo e a trancou, suspirou fundo e encarou seu reflexo no espelho. Lembrou da garotinha ingênua e sem confiança que já havia sido um dia e por um segundo a viu ali, no lugar daquela mulher de maquiagem carregada e cheia de brilho que realçava a sua beleza.

Sacudiu a cabeça, não queria voltar para a vida pobre que tinha antes, gostava do luxo, de ser desejada, das mordomias que a sua profissão oferecia, apreciava receber os presentes caros enviados pelos ricos frequentadores da Miraculous e almejava chegar mais longe ainda. Já havia melhorado consideravelmente de vida, morava em um bom apartamento de classe média, podia comprar o que quisesse sem se preocupar, mas ainda era pouco, tinha a meta de ser rica e a primeira coisa que faria quando conseguisse alcançar seu objetivo seria comprar uma bela mansão com vista para a Torre Eiffel.

Um barulho alto vindo do escritório de Hawk Moth fez com que ela e todas as mulheres ali presentes se assustarem, fazendo um burburinho começar, mas nenhuma delas teriam coragem de ir lá verificar se estava tudo bem. Marinette levantou e atravessou o corredor escuro que ficava atrás do palco, escondido da vista dos cliente, em uma parte mais isolada havia uma sala, a grande porta impedia com que ela visse o que estava acontecendo, mas que ouvisse a discursão.

- Você o que? – Hawk falou furioso.

- Eu perdi, sinto muito. – A voz de um outro homem soou temerosa.

Outro barulho, aparentemente de coisas sendo derrubadas, seguida do som de ossos quebrando e um grito ensurdecedor. A azulada recuou assustada, mas não foi embora, queria saber o que estava acontecendo, a curiosidade falava mais alto.

- Preste bem atenção nas minhas palavras. Para o seu bem e principalmente o meu bem, espero que meu carregamento esteja no local combinado até segunda-feira. Ou terá que se contentar em dividir um espaço bem apertado com uma vadia que trabalhava para mim.

As portas foram abertas de supetão, sem que a azulada tivesse tempo para sair do local, dando de cara com terno roxo e o broxe dourado de mariposa, abaixou o olhar e viu o homem limpando as mãos com um lenço branco que estava colorido com o vermelho do sangue. Desviou o olhar para cima e viu os olhos acinzentados a encarando, o sorriso macabro nos lábios finos.

- Ma chérie, o que faz aqui? – Hawk guardou o lenço ensanguentado no bolso do paletó. – Não deveria estar se arrumando?

- E...e....eu...ouvi um barulho, fiquei preocupada.

Hawk passou o braço em volta da cintura de Marinette e fez com que ela virasse na direção pela qual tinha vindo, caminhou até o camarim e a soltou.

- Aprecio sua preocupação, ma chérie, mas é melhor que, uma mulher linda como você, fique longe de negócios que não compreende. Você é a mais rara e bela borboleta do meu jardim, não quero que se corrompa com a feiura desse mundo.

O homem deu meia volta e saiu, só então a azulada percebeu o quanto suas mãos estavam tremendo e soando frio. Que porra ela tinha acabado de presenciar? A dúvida não parava de cercar sua mente por todos os lados, sabia que Hawk Moth não era um home com o qual se brinca e com certeza iria ficar longe de tudo que envolvesse seus planos obscuros.

Afastou os pensamentos da cabeça e pôs a máscara que a transformaria em Ladybug, faria o que faz de melhor e pronto, os outros que se virem com seus próprios problema.

°°°°

Chat estava sentado no lugar de sempre, no grande sofá vermelho que rodeava o palco, enquanto Turte olhava atento para a porta da Miraculous, na esperança de que Volpina entrasse a qualquer momento. Mas já estavam lá a algumas horas e nem sinal dela, o moreno já estava começando a perder as esperanças.

- Eu espero, sinceramente, que você não me deixe sozinho, sem avisar, outra vez. – Chat encarou o amigo, reprovando-o pela atitude anterior.

- Não vou fazer isso, mas se eu sair e você ficar bêbado, pegue um táxi.

- Você sabe que não sou chegado a transportes populares. – Falou enquanto servia-se da garrafa de Gin que estava na mesa.

- Dessa vez você não vai sair daqui tão mal humorado, já me informei e a Ladybug está aqui.

- Então vou descobrir o que tão de especial tem nessa mulher, aposto que a levo para a cama em uma semana. – Bebeu um gole da bebida, que desceu quente.

- Boa sorte, se eu fosse você não mexia com a favorita do Hawk, sabe que ele é bem possessivo com o que é dele.

- Não gosto daquilo que vem fácil, o que seria da vida sem um pouco de perigo? Sem falar que ele já está acostumado a perder para mim. - Sorriu maldoso.

Uma música sexy começou a tocar no fundo, as luzes foram apagadas e os holofotes voltaram-se para o palco, puxando a atenção de todos os homens presentes para o palco. A mulher de cabelos azuis entrou no palco, andando sensualmente por ele, como se fosse uma deliciosa tortura, o corpo coberto cor um short de tecido preto e uma blusa vermelha com bolinhas pretas amarrada na altura dos seios, o salto vermelho fazia com que ela ficasse com pelo menos o dobro do tamanho.

Aproximou-se da cadeia no centro do palco, foi sentando lentamente enquanto rebolava ao ritmo da música. Por fim sentou e deixou que suas mãos percorressem suas pernas, que abriram sensualmente.

Deixou que seu corpo fosse para frente e ficou de quatro no chão do palco, rebolou. Ajoelhou-se e deslizou as mãos pela barriga e pelo seio, enquanto subia e descia como se alguém estivesse em baixo dela, aos poucos foi desamarrado a blusa e revelando os grandes seios cobertos por um sutiã vermelho de bolinhas pretas, assim como a blusa.

Dançou sensualmente com a blusa entre os dedos, provocando cada homem que estava ali, que vibravam em resposta. Ela foi até a ponta do palco e com a blusa puxou o homem loiro que estava na frente para si.

Os olhos verdes oliva misturaram-se com o azul do mar da stripper, em um impulso, ela deixou que seus lábios tocassem levemente e rapidamente os lábios do homem, fazendo com que um desejo incontrolável de tê-la crescesse dentro dele, ela o havia provocado e não sairia ilesa dessa brincadeira.

O gato, com certeza, iria devorar aquela delicada joaninha.


Notas Finais


E aí? O que acharam? Agora as coisas vão começar a esquentar.
Não esqueçam de comentar e favoritar!
Beijoooos!


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