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História You don't own me (Fanfic) - Intersect


Escrita por: liavasconcelos

Notas do Autor


Demorei mais do que o normal? Sim, mas voltei com capítulo novo.
Agora que as aulas na faculdade voltaram está muito difícil conseguir parar para escrever, então peço para que tenham paciência, posso demorar um pouco, mas não vou abandonar a história e espero que vocês também não abandonem.
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Intersect


Adrien estava sentado na cadeira giratória do escritório, os papéis espalhados por cima da mesa, os fios loiros estavam bagunçados, sua manhã havia sido tão agradável e a tarde uma verdadeira dor de cabeça.

O pior era que por mais que tentasse a mulher de cabelos azuis não saia da sua cabeça. Pegou o celular e discou um número que não estava em seus contatos.

- Olá, Adrien, a que devo a honra de sua ligação? – A voz sádica soou do outro lado da linha.

- Hawk, bem humorado como sempre, soube que a Ladybug é sua nova protegida, então decidi te ligar para negociar o preço da noite com ela. – Ouviu o homem rir.

- Sinto muito, meu caro, mas ela não está à venda.

- Nós dois somos homens de negócios, não vamos fingir que há algo que não possa ser comprado. Basta me dizer o preço e eu pagarei.

- Eu tenho centenas de borboletas no meu jardim, mas é claro que você ia desejar a mais rara e bela, talvez você não tenha entendido então vou repetir, ela não está à venda.

- Você que sabe, está perdendo de ganhar dinheiro, pois vou levá-la para a cama de qualquer jeito. Você pode controlar a Ladybug, mas não controla quem quer que esteja por baixo daquela máscara.

- Como seu amigo, é meu dever te avisar, não se meta no que não conhece, pode ser muito perigoso, alguém pode acabar se machucando.

- Isso é uma ameaça?

- Não, porque seria? Não costumo ameaçar os meus amigos.

Adrien desligou o telefone, sabia muito bem do que Hawk Moth era capaz de fazer e conhecia as ameaças veladas dele, mas desistir não era uma opção, ele não era uma pessoa comum que poderia ser facilmente atingida. Aquela mulher seria dele, Hawk gostando ou não.

Voltou a sua tenção aos papéis e deixou para se preocupar com a azulada mais tarde, iria na Miraculous a noite e teria a sua chance de aproximar-se dela.

°°°°

Alya estava sentado no quarto de Marinette, enquanto a mesma procurava o cartão do loiro, havia contado o acontecido para a amiga, que logo se empolgou e apressou-se em ir visitá-la para saber de todos os detalhes.

- Você tem que ligar, sabe disso, não sabe? – Alya encarava a azulada com a sobrancelha arqueada.

- Não vou ligar, foi só um encontro ao acaso, não tenho motivos para incomodá-lo.

Pegou o cartão e entregou a ruiva, que prontamente abriu o notebook e pesquisou o nome escrito no cartão, conhecia por alto o nome Agreste, mas nunca tinha se interessado em saber mais.

- Você tem que ligar, se pode agora mesmo. Me diz que você deu seu número.

- Não vou ligar e não, não dei meu número a um estranho.

- Mas é um estranho gostoso e bilionário.

- Esses são os piores. – Marinette falou acida.

- Olha isso. – Alya chamou a amiga.

Marinette aproximou-se da tela e viu a foto do loiro estampada na tela, o cabelo levemente bagunçados, o terno preto e a gravata avermelhada, ele tinha uma expressão séria.

- Ele é filho de uma das famílias mais tradicionais e dicas de Paris, o pai Gabriel Agreste é um estilista de renome mundial, a mãe Amélie Agreste é uma socialite, aqui diz que ele tem um irmão, mas não fala nada além disso, estanho. Ele estudou na Suíça, formou-se no curso de Direito em Harvard aos 21 anos, voltou para Paris e junto com seu sócio Nino, fundou a Cerps, fazendo assim sua própria fortuna.

- Impressionante. – A azulada falou desinteressada e irônica.

- Caralho, ele tem uma Lamborghini Aventador.

- O que? – A voz da azulada soou mais alto do que o desejado.

Marinette correu para perto da ruiva novamente e olhou a foto dele ao lado do carro, foi inevitável não rir da sua burrice, sabia que o conhecia de algum lugar, mas descartou a possibilidade de ser a mesma pessoa pela personalidade que parecia muito diferente, a primeira vez que o encontro ele foi arrogante e grosso, na segunda vez foi educado, atencioso e sensível.

- Eu sabia que já o tinha visto em algum lugar. Ele é o lunático que bateu no meu carro. – Tomou o cartão da mão de Alya e o rasgou.

- Aquele que quis te oferecer dinheiro? Tem certeza? – A ruiva a encarava chocada.

- Claro que tenho, quantas pessoas em Paris tem uma Lamborghini Aventador? Não sei como não percebi antes.

Caminhou até o banheiro da suíte e jogou os pedaços de papel no vaso sanitário e deu descarga. Nem em sonho que ia falar com ele novamente, agora só tinha mais certeza que ele era um lunático e ainda por cima com dupla personalidade.

- Não deveria ter feito isso, talvez ele só estivesse em um dia ruim. – Alya estava encostada na porta do banheiro.

- Eu sei que fiz a coisa certa, nunca mais vou vê-lo na minha vida.

O som da campainha ecoou pelo local, Marinette caminhou até a porta e ao abrir deu de cara com o homem loiro de olhos verdes oliva, ele estava impecavelmente vestido com um terno e a encarava com um sorriso travesso.

- Será que você poderia me dá um pouco de açúcar? – ele estendeu a xícara vazia para a azulada.

- É sério? Não acha que é uma desculpa muito velha? – O olhava com a sobrancelha arqueada e segurava o riso.

- É sério. – Félix fazia uma cara de coitado.

- Não poderia ter pedido para um vizinho mais próximo, Alex? – Marinette sabia jogar tanto quando o loiro.

- Auch, que cruel, como pode esquecer o nome de quem te ajudou? Mas é um prazer me apresentar para você novamente. Félix, mademoiselle.

- Ainda não respondeu a minha pergunta.

- Porque pedir para um vizinho qualquer se posso pedir para a mais bela moradora desse prédio.

- Vou pegar o seu açúcar. - A azulada pegou a xícara da mão do loiro e se afastou.

- Não vai me convidar para entrar? – Perguntou sugestivo.

- Não. – Sorriu de canto.

Marinette sumiu da vista do loiro e minutos depois voltou com a xícara cheia e entregou a Félix que tinha um sorriso radiante nos lábios.

- Obrigado, já que você não aceita que eu venha te visitar, será que poderíamos sair um dia desses para tomar um café?

- Prometo que irei pensar. – Piscou para o loiro em sua frente.

Fechou a porta sem esperar uma resposta vinda do vizinho, sabia que ele iria insistir e vencer pelo cansaço então achou melhor acabar com a conversa.  

Sabia que se saísse com ele provavelmente trairia o seu controle, fazia tempo que não tinha um relacionamento, mesmo que casual, com alguém.  Sentia falta se estar com alguém e Félix não era um homem de se jogar fora, era realmente bonito e parecia ser uma companhia agradavel.

Quando entrou na Miraculous assinou um contrato que a proibia, dentre muitas outras coisas, de se relacionar amorosamente com qualquer pessoa, tentou questionar Hawk sobre a licitude de tal restrição, mas acabou concordando, afinal não pretendia se envolver com ninguém.

Afastou os pensamentos e voltou para o quarto, aonde Alya a encarava com um olhar sugestivo.

- Quem era? – Alya era pura animação.

- Ninguém importante. – Tinha esquecido de como a ruiva era curiosa.

- Não venha com essa desculpa esfarrapada, Marinette.

- É um morador novo, veio pedir açúcar. – As duas riram.

- Nossa, que desculpa mais esfarrapada, mas me diz, como ele é? É bonito? Faz o que?

- Ele é normal, loiro, alto, olhos verdes, porte atlético. Não sei, não me interessa.

- Que desinteressada, nunca vi isso. – Alya estava claramente frustada.

- Você me conhece como ninguém, eu gosto de me divertir com os homens, mas não quero nada sério, não quero casar, não quero ninguém mandando em mim, muito menos depender financeiramente. Eu amo a minha liberdade e foi muito difícil conquistar, não pretendo abrir mão dela.

- Mas ter alguém pode ser bom também.

- Falando em alguém, aquele cara com quem você saiu, como era o nome mesmo?

- Le Turtle. Mas não irei encontrá-lo novamente, foi só uma foda casual.

- Não foi você que acabou de falar que era bom ter alguém? – Falou vitoriosa.

- Mas é diferente.

- Vou conseguir o contato dele para você.

°°°°

O show na Miraculous já havia começado, as mulheres seminuas percorriam o local, sentavam no colo dos homens a procura de clientes, as luzes psicodélicas do local piscavam no ritmo da música de batida sensual, o que contribuía para que os sentidos ficassem mais aflorados, principalmente se estivesse sob o efeito de álcool e drogas.

Chat Noir estava no lugar de sempre, mas dessa vez estava sozinho, os dedos batiam na mesa de madeira, as pernas balançavam, estava agoniado e esperar por horas não estava sendo de grande ajuda. Tinha ido até ali com um objetivo e não permitiria que nada o impedisse, iria se aproximar da joaninha, Hawk querendo ou não e ele que ousasse fazer alguma coisa para o impedir, fecharia a Miraculous antes que o mesmo tivesse tempo de piscar.

De tempo em tempos uma mulher aproximava-se do loiro, lhe oferecendo os mais variados serviços, ele recusava educadamente e voltava a se concentrar no palco, aquela espera toda estava matando-o, estava ansioso para ver novamente aqueles provocantes olhos azuis.

Uma batida de seu coração falhou ao ver a mulher de cabelos azuis claro entrar no palco ao som de uma cantora de voz sensual, o que só fazia com que ela ficasse ainda mais irresistível, seus olhos azuis estavam voltados diretamente para o loiro, ignorando todos os olhares direcionados a ela.

O tecido minúsculos da lingerie vermelha e preta parecia não deixa-la desconfortável, pelo contrário, o sorriso de canto só atestava o seu gosto por provocar, atiçar a imaginação dos homens.

Seus dedos percorreram o metal gélido e prateado do pole dance, em um impulso fez acrobacias no ar com auxílio da barra, foi descendo aos poucos, seus joelhos tocaram o chão, rebolou e percorreu seu corpo com as mão, fez menção em abrir o sutiã, mas parou, sorrindo travessa.

Chat não conseguia tirar os olhos da azulada, assim como a maioria dos homens ali, ela mostrava toda a sua flexibilidade ao usar o pole dance, o que só fazia com que sua imaginação ficasse ainda mais aguçada, era inevitável não pensar em todas que seria capaz de fazer, com certeza fode-la durante um espacate seria uma experiência inédita. Não via a hora que descobrir quem estava por de baixo daquela máscara de joaninha.

Observava atento cada curva do corpo da mulher, em uma tentativa de memoriza-las, a forma como ela se movia valorizava os seios fartos e a bunda avantajada. Tomou um gole da bebida na sua frente, no intuito de conter o impulso de subir naquele palco e toma-la em seus braços.

O loiro percebeu que a música estava acabando e que logo Ladybug iria sair do palco, essa seria a sua deixa. Levantou e saiu da área VIP, sem perder de vista o seu alvo, caminhou pela lateral do palco, aproveitando-se do movimento para não ser notado. Viu dois seguranças parados em frente a uma porta dupla preta, sabia que daria para o backstage da Miraculous.

- O senhor não pode ficar aqui. – O homem alto falou sério.

Chat sorriu e retirou a carteira do bolso, puxou algumas notas de 100 euros e estendeu para o homem.

- Se me deixar passar todos saem ganhando.

Os homens encararam o dinheiro, era muito mais do que receberiam ao longo do mês, com certeza não faria mal fingissem de cegos, pegaram as notas e deixaram que Chat passasse, o mesmo sorriu vitorioso, colocou a mão no bolso do blazer e caminhou tranquilamente pelo local pouco iluminado e bem menos glamoroso do que a parte da frente.

Não foi difícil achar o caminho, setas impressas em um papel indicavam o caminho para o camarim das dançarinas, percorreu os corredores e viu uma porta entreaberta, haviam algumas mulheres dentro, sabia que eram as dançarinas, já havia visto todas elas, conversam animadas enquanto se arrumavam para subir no palco.

Tentou ver, discretamente, se a joaninha estava ali dentro, mas não havia nenhum sinal dela, um suspiro frustrado saiu de seus lábios, havia gastado dinheiro à toa.

Voltou pelo caminho que tinha vindo, surpreendeu-se ao dar de cara com a mulher de cabelos azuis caminhando em sua direção, ela o encarou com a mesma surpresa que ele, que havia paralisando a alguns centímetros de distância de onde Chat estava. Os olhos azuis encontrava os olhos verdes em uma intensidade desconhecida pelos dois.

- O que faz aqui? – A voz de Ladybug ecoou acabando com o silêncio entre os dois.

 

 


Notas Finais


O que acharam? Não esqueçam de comentar, favoritar!
Prometo continuar o mais rápido possível.
Beijos!


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