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História You Fit me Better Than My Favorite Sweater - A crazy change


Escrita por: mandimandi

Notas do Autor


Oi lindos! Mais um cap uhull! Espero que gostem kkkk

Capítulo 4 - A crazy change


- Seu pai me disse, antes de eu embarcar no voo para cá, que o dia em que ele te conhecesse seria o dia mais feliz da vida dele. 

Aquelas palavras me fizeram sentir uma felicidade, um calor. Eu não estava mais com frio e, pela primeira vez em semanas, por um segundo, eu não estava mais sentindo um vazio dentro de mim. Era como se ele tivesse sido preenchido com nada mais do que esperança e felicidade.

Logo depois dessa longa conversa com o Tom, tive que voltar para o meu quarto, e Tom disse que iria avisar meu pai que eu havia aceitado a proposta. Resisti a vontade enorme de pedir para falar com ele, ver uma foto dele, qualquer coisa. Essas coisas não se devem apressar. Acho que seria melhor se tudo fosse no seu tempo.

O resto do dia correu normal, mas eu não para de sorrir para o ar. Eu estava tão feliz. Achei que não iria conseguir dormir a noite, como acontecia em todas as outras, mas naquela noite eu dormi direto, como um bebê.

Pela manha bem cedo, os médicos passaram no meu quarto. Estavam felizes de me dar alta e perceberem como eu tinha me recuperado rápido. Nem eu consegui me conter e soltei uma piada.

- É que eu tomo whey protein, eu sou maromba e me recupero mais rápido do que os meros mortais. – Todos riram, mas é claro que Tom não entendeu uma palavra do que eu disse em português.

Ele me ajudou a arrumar minhas coisas e me organizar para sair do hospital. Um carro estava nos esperando para nos levar para o aeroporto. Não estava estacionado na estrada principal, mas sim em uma mais afastada e com menos gente. Achei curioso e decidi brincar com Tom.

- O carro esta tão afastado das partes movimentadas da rua que se eu não te conhecesse eu poderia jurar que você iria me sequestrar agora.

Ele riu, mas foi uma risada forçada, não de verdade. Não me importei, vai ver ele não entendeu ou estava com a cabeça em outro lugar.

Ao entrar no banco traseiro do carro, percebi que o motorista era o mesmo segurança de terno e armado que estava junto com Tom no dia em que nos conhecemos. Tom quis me apresentar a ele.

- Amanda, esse é um dos mais confiáveis seguranças de seu pai, o Luke. Não se engane pela cara de mal, ele é tão doce quanto um filhotinho. – Nós dois rimos enquanto eu apertava a minha mão.

- Tom, por favor, não me envergonhe na frente dos outros. – Luke disse, claramente brincando.

Agora que estávamos mais perto um do outro, eu consegui ver seu rosto melhor. Era um homem loiro, de feições faciais fortes e ombros largos. Realmente, tinha cara de mal, mas isso deveria ser só por conta de seu trabalho de segurança, pois sua voz não era nada do mal. Era uma voz de um homem comum, um pouco rouca e até aconchegante de se ouvir. Senti que eu e ele poderíamos nos tornar amigos.

O carro começou a andar e fomos em direção ao aeroporto. Estava um pouco apreensiva, já que nunca tinha voado de avião, muito menos com um braço engessado. Será que daria problema na hora de passar na segurança? Eu via muitos filmes americanos, mas acho que não sabia nada sobre segurança de aeroportos.

- Tom, eles não vão me obrigar a tirar o gesso do braço para entrar no avião, não é? – Eu perguntei quando o carro parou e ele abriu a porta. Tom olhou para mim e soltou uma leve risada.

- Claro que não, Amanda. Nada disso vai ser necessário. – Ele falou com uma voz calma.

Eu estava com medo de fazer aquela pergunta, porque não sabia se ele iria me julgar ou rir da minha cara pela minha ignorância, mas muito pelo contrário. Ele foi calmo e compreensivo.

Entramos no aeroporto e fomos rapidamente para uma área reservada, só nós três. Conversamos um pouco sobre como era a vida da minha família, especialmente a do meu pai, em Londres.

- Bom, como você já deve ter percebido, seu pai é um homem muito rico. – Tom disse apontando discretamente para Luke e depois sussurrando para mim. – Luke não é o único segurança do seu pai.

- Eu não me importo com o número de seguranças que ele tem, Tom! Eu quero saber como ele é, sua personalidade, tiques, se você souber o signo dele eu adoraria saber também. – Eu falei rindo.

Eu estava eufórica, no mínimo. Queria saber tudo. Mesmo. Eu não aguentava mais esse suspense. Ele riu comigo. Ouvi uma voz chamando para embarcarmos no nosso voo, então começamos a andar e entramos em um corredor que levava ao avião. Enquanto isso, Tom ia falando.

- Seu pai, na minha opinião, é um homem muito bom. Ele me ajudou muito com minha vida profissional e meu sonho de ser ator.

- Nossa, você é ator? Que legal! – Eu falei, animada.

- Sim, mas eu ainda não sou muito famoso. Acho que agora com o meu novo papel em um filme da Marvel, o Thor, eu talvez fique um pouco mais conhecido. – Ele falava, enquanto entravamos no avião e procurávamos pelos nossos lugares. – Mesmo assim, Luke não deixa nós, as “estrelas em ascensão”, nos expormos muito, por isso que agora no aeroporto e antes no hospital tivemos que nos manter o mais discretos possível.

Então era isso o porque da sala reservada e o negócio do carro mais cedo. Mas espera... Nós?

- Nós? – Eu perguntei para ele, confusa.

- Ah, sim, eu e Benedict somos os “preciosos” do seu pai, ele cuida da nossa carreira e como nós somos vistos pela mídia, como um assessor. – Ele falou sem muita importância, como se o assunto fosse corriqueiro para ele. – Agora que Bem está cada vez mais famoso, ele só pensa em deixar o pai orgulhoso.

Eu não estava entendendo uma parte dessa conversa.

- Tom, quem é Benedict?

- É seu meio-irmão, Amanda. –Ele disse, mas logo se calou com uma careta. Eu estava chocada. – Ninguém te falou dele?

- Não... – Um meio-irmão? Então além do meu pai, minha mãe também escondeu de mim meu irmão... Estava começando a pensar que minha mãe não era quem eu pensava que era. Será que ela era realmente a vilã nessa história toda?

Tom parecia perplexo, como se o fato de eu não saber da existência do meu irmão ser algo horrível.

- Oh, me desculpe. – Ele ficou sem jeito muito rápido. – Não sei se deveria ter lhe contado.

- Não, não tem problema. Eu só fiquei surpresa, só isso. – Eu disse, e ele pareceu se acalmar um pouco. – Além do mais, não foi culpa sua. Não foi você que escondeu de mim metade da minha história, da minha família, foi minha mãe.

Eu falei a última parte com um tom de voz seco e grosso. Pela primeira vez, estava falando mal da minha mãe, questionando suas decisões e até tendo raiva dela, tudo ao mesmo tempo. O que estava acontecendo comigo? Eu nunca havia agido assim antes...

- Amanda, tente não pensar assim de sua mãe. Tenho certeza que ela teve seus motivos.

Nisso, já estávamos sentados, um ao lado do outro, e nosso avião já ia decolar. Eu estava com a cabeça em outro lugar, outro mundo, perdida em meus pensamentos. Nem prestei atenção no que o comandante ou as aeromoças falavam. Virei meu rosto para a janela e fiquei olhando o avião decolar, o chão ficando cada vez mais distante. Adormeci assim que chegamos acima das nuvens. 



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