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História You Found Me - Depois do Reencontro


Escrita por: barryupsidedown

Capítulo 5 - Depois do Reencontro


Ufa.

Estávamos preocupados em como seria o tão aguardado reencontro entre Eleven e seus amigos e, agora que passou, que alívio! O grupo estava junto novamente. Não é preciso dizer, portanto, que o dia, antes nublado e triste, tornou-se incrivelmente ensolarado e feliz, com pássaros cantando músicas alegres a plenos pulmões ("Mas o quão grandes são os pulmões de pássaros? O som não deve ser muito alto, não é?", "Sei lá, Dustin." responderia o já sem paciência para esse tipo de perguntas Mike Wheeler).

É evidente, óbvio, sem sombra de dúvidas, que as primeiras aulas se passaram sem que os meninos se dessem conta. Eleven tentava entender qualquer informação que aqueles adultos lhe tentavam passar, mas, depois do segundo "x" no meio de tantos números, a garota ficou completamente perdida. Na terceira aula, Mike, Dustin e Lucas ficaram trocando bilhetes, que passava vez ou outra na mesa de Will, só pra ele se manter informado e incluído na conversa. Um deles dizia:

"Que loucura!", podia-se ler em uma letra cursiva, até bem feita.

"Não é? O que será que aconteceu?", desta vez a letra era de forma, bem espaçada.

"E isso importa? Ela voltou!", também cursiva, mas não tão redondinha quanto à primeira

"Lucas, olha o Mike dando uma de apaixonadinho de novo.", a escrita bonita tirava sarro.

"Pois é! Casa logo com essa menina!"

"Como assim, de novo?", uma quarta forma apareceu no bilhete antes de cair nas mãos de Mike, que o amassou depois de lê-lo.

Olhou de soslaio para Eleven, que falhava miseravelmente em compreender o que o professor de biologia tentava ensinar àqueles alunos, e encarou os amigos, com uma careta de recriminação.

Um segundo bilhete surgiu, mas este excluía o pequeno Romeu.

"Ele gosta dela, Will"

"É muito óbvio"

"O que vocês aprontaram enquanto eu não estava aqui?"

Dustin recebeu o papelzinho e soltou uma risada sem querer. A turma, em silêncio, foi surpreendia e o professor reprovou aquele ato com o olhar.

"Perdão."

Lucas e Will se entreolharam, com risinhos abafados. Não demorou muito para que o sinal interrompesse a explicação do docente e introduzisse o tão aguardado horário de almoço. Dustin foi um dos primeiros a se levantar, ciente de que, se demorasse a chegar no pátio, talvez não pudesse desfrutar o melhor que a cozinheira Berta tivesse feito aquele dia. Lucas e Will seguiram o amigo de perto, também preocupados. Mike e Eleven ficaram para trás, esperando o instante em que o fluxo de adolescentes nos corredores não fosse tão intenso.

Mas agora se prepare. E quando eu digo se prepare, eu quero dizer segure as pontas para o pequeno ato que talvez faça seu coraçãozinho sair pela boca, que talvez faça com que você fique completamente apaixonado por essas duas crianças. Depois não vá dizer que não avisamos.

Ao passo que todos se levantavam e iam em direção à porta, Eleven observou com cautela e aguardou para ficar de pé. Mike percebeu a hesitação da amiga e se dirigiu à sua carteira, procurando trazer tranquilidade à garota.

"Não se preocupe, é sempre assim. Eles ficam doidos pro almoço."

Ela sorriu tímida e se aproximou do amigo, devagar. Enquanto Mike se virava para mostrar o caminho, Eleven segurou uma das mãos do menino, como havia feito na última vez que o tinha visto. O motivo era o mesmo: estava nervosa para encarar o desconhecido e Mike Wheeler era, sem sombra de dúvidas, um porto seguro.

"El... Não podemos andar assim pela escola."

A negativa de Mike quase foi o suficiente para que ela soltasse sua mão, mas Eleven preferiu manter o aperto e perguntar:

"Por quê?"

"Eles podem pensar que somos mais do que... sabe, amigos."

"Como alguém que você levaria ao baile?"

Eleven se lembrou instantaneamente do discurso dele antes que ela desaparecesse no mundo invertido e, justiça seja feita, respondeu à altura. Mike engoliu em seco, podendo sentir as palmas das mãos começando a suar com a ansiedade.

"Como alguém que você levaria ao baile."

Os dois se encararam em silêncio. É incrível como algo tão simples, como o encontro de dez dedos, pode fazer duas pessoas sentirem tantas coisas. Eleven sentia segurança, sentia tranquilidade, sentia que estava onde pertencia, onde deveria estar. Mike sentia coragem, sentia vontade, sentia que era capaz de enfrentar tudo e todos. Sentiam tudo isso só por estarem ali.

"Mike... almoço."

Ela lembrou e o menino voltou para a realidade.

"Sim, sim. Vamos."

E os dois seguiram o caminho até onde estava sendo servida a refeição do meio-dia, de mãos dadas. Mike tentava não se envergonhar pela situação, mas era inevitável. Por mais inocente que Eleven fosse, desfilar pelo colégio daquele jeito com uma garota significava uma única coisa: que eles eram bem mais do que amigos.

Mas convenhamos. Talvez eles realmente fossem.

Como você está? O coração ainda bate? Nós bem que dissemos. Não é fácil torcer tanto para que algo aconteça, não é mesmo? E vá se acostumando, esta não será a última vez que esses dois farão com que você se sinta dessa maneira. Mas, antes de continuarmos com o conto do menino e da menina, vamos fazer uma pequena pausa para saber o que está acontecendo em outra sala de aula.

Vamos conhecer o desenrolar da história de Nancy e seus dois maridos.
 



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