I see your heart is bleeding too, let me bleed instead of you
Justin Bieber
Me aproximei da garota que sorria pra mim, me sentei ao seu lado e passei as costas minhas mãos por suas lágrimas. Meu coração estava acelerado e uma felicidade imensa se exalava por mim, por vê-la ali e acordada.
—Finalmente huh? Você me matou de susto Alice!
—Onde está Nate? — a ignorancia dela quanto a minha preocupação machucou um pouco.
—Oh, ele já deve estar chegando, eu tenho passado as noites aqui com você menininha.
—Obrigada Justin. — ela colocou as mãos em cima das minhas.
—Nate vai pirar quando ver você, Alice ele vai pirar, e nossos amigos eu...
—Justin! — a olhei. — Se acalma. — sua risada preencheu o local — Nós precisamos conversar primeiro huh?
—Alice não, a gente pode conversar depois olha você acabou de acordar e...
—NÃO. Eu preciso falar com você agora, tá legal. — me aproximei me sentando novamente encantado com o sorriso que brincava nos lábios da minha babygirl. — Justin, eu pude ouvir, todas as visitas, de qualquer forma eu pude ouvir, e eu juro que me esforçava para tentar mostrar um pouco que fosse que eu estava aqui ainda, mas era tudo em vão.
—V-você ouvia?
—Claro que sim. E você não sabe como era doloroso mas eu dei o meu melhor, me dei uma nova chance de respirar, eu sentia seu perfume e me sentia protegida, e eu sabia que se não me desse uma nova chance, ninguém daria, eu sabia que dependia de mim. E esse perfume me lembrava todos os nossos momentos. — suspirou.
—Lis...
—Nossa relação é como um par de sapatos preferido, você não pode tê-lo pra sempre, você precisa crescer e entender que as coisas passam, que algumas precisam ser deixadas pra que outras sejam encontradas, não é? Quer dizer... você não vai conseguir outro par com exatamente os mesmos detalhes e as mesmas histórias, o que foi vivido com aquele estará sempre nele.
—Alice você pode por favor me explicar onde você quer chegar?— meu coração batia rápido, ela realmente me chutaria agora?
— Eu quero dizer que pensei que talvez, sentir outro perfume não fosse me fazer mal. Eu achei que precisava de outras coisas, de outros sentimentos, mas não sabia que iria me doer tanto. —apertei meus olhos, minha cabeça já começava a doer, eu não estava entendendo, não é só falar que acabou? eu estava ficando aflito. — E eu senti falta do perfume antigo de como esse perfume me embalava e tocava meus lábios, gostava da ousadia, da audácia, do quebrar das regras, eu amava sentir cada um dos seus cheiros. Eu estava feliz, mas cá chegou a vida, a vida e suas circunstâncias, que depois de nos fazer sentir todo fogo da paixão resolveu jogar um balde de água fria em nossos corações. — me levantei e caminhei até a grande janela, encarei a bela vista do alto daquele prédio, eu queria chorar, eu queria gritar e dizer que ela estava errada, e que meu coração continuava quente e batendo por ela, e eu pensava o que eu faria sem minha garota, um frio passava por todo meu corpo.
—Você decidiu seguir é isso? — perguntei ainda sem olha-la.
—Justin, olha pra mim. — hesitei em me virar e encarar seus olhos e seu sorriso continuava ali. —O velho perfume está aqui, guardado na melhor lembrança. E talvez eu não precise de uma nova fragrância, talvez eu não precise de mais nada. Eu era feliz o suficiente com o perfume antigo. Eu era feliz o suficiente com você. E eu estou disposta a um recomeço. Nós podemos começar do zero não é? E podemos.... — me aproximei em passos largos tomando seus lábios pra mim.
—Eu te amo babygirl.
—Justin... eu disse estaca zero.
—Dá pra ser mais clara pequena filósofa?
—Vamos com calma, não vamos retomar de onde paramos, não voltamos a namorar, vamos começar do zero.
—ALICE!!!! —Nate entrou correndo e abraçou a irmã.—Olha só pra você huh?! Quase matou todo mundo de susto. A gente teve que se revesar pra cuidar de você. Justin foi muito prestativo. Você tá sentindo alguma coisa? Tá preci..
—NATE. Calma, eu estou bem ok?
—Senhorita Waldorf. Vejo que tem companhia, sou o Dr. John tenho cuidado do seu caso.
—Quando vou poder ir pra casa? —minha garota é bem direta.
—Vou fazer alguns últimos exames, e você vai poder voltar hoje mesmo.
—Oh, que ótimo.
—Vocês podem esperar lá fora? —Dr. John se virou pra nós.
Eu e Nate saimos em direção à sala de espera da recepção. O sorriso não saia de meu rosto nenhum segundo e as palavras dela rondavam minha mente. Ela queria recomeçar, isso significava que ela estava deixando toda a mágoa pra trás, ela daria mais uma chance a nós dois. Nate teve a brilhante idéia de ligar para seus pais e pedir para que eles preparessem uma boa recepção pra ela, ficamos ali apenas esperando em torno de mais duas horas, o que foi suficiente para que eu e Nate pudessemos organizar uma boa recepção pra ela.
—Bom pessoal, parece que posso ir pra casa agora. — disse sorrindo, fiz questão de assumir o controle da cadeira de rodas em que ela estava e Dr. John até então empurrava a levando para o estacionamento. A peguei no colo e coloquei em seu carro que estava sendo dirigido por seu irmão e fui os seguindo no caminho até seu apartamento com meu carro.
Ao sairmos do elevador pude ver todos nossos amigos presentes ali, e uma grande cartaz de boas vindas. Os pais dela correram para abraça-la e eu me distanciei um pouco, vendo todos indo um por vez falar com a garota que finalmente estava conosco novamente.
De longe, trocávamos olhares e sorrisos, eu me sentia bem, e feliz, por estar ali e por ela estar feliz com minha presença.
—Qual é desses olhares bro? Eu tô vendo.
—A gente se entendeu Ry, estamos bem agora.
—Cara... você não sabe o quanto eu torci pra isso. Vocês merecem ser feliz Justin. — o sorriso ainda continuava em meu rosto, e Ryan ali ao meu lado com Vanessa, conversávamos sobre algo em que eu não prestava atenção até ser acordado dos meus pensamentos pela campainha que tocou.
—Eu atendo —Vanessa se prontificou já que estávamos perto da porta de entrada.
Meu sorriso aos poucos foi se desfazendo ao ver quem estrava por ali. Dan. Claro. Ele passou por mim me encarando e eu sustentei seu olhar e não gostei nada do sorrisinho que brincava em seus lábios.
— Ei bro, se acalma tá legal? Você e Alice estão voltando as boas, não estraga isso.
Observei ele se aproximar de Alice e se abaixar onde ela estava sentada lhe entregando algumas flores. Ela rapidamente passou o olhar sobre mim e voltou ao garoto que dizia algo que eu não conseguia ouvir, também pelas conversas paralelas de todos ali presentes.
Ele pegou sua mão acariciou e depois subiu ao seu rosto, tirando uma mecha de cabelo dali, mais uma vez os olhos dela passaram por mim, e em seguida os dele também pairaram em mim, logo voltando para a garota, a MINHA garota, eu respirava fundo e minhas mãos estavam fechadas a mão de Ryan discretamente tocando meu braço, eu sabia o que ele queria mas não achei que ele teria a audácia de faze-lô. Mas ele o fez. Ele se aproximou mais ainda dela e lhe selou.
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