História You Got it Bad - Vamos pra Bahamas

Já havia se passado três meses do acidente e minha relação com Justin estava melhor que nunca.  Passamos o Natal com nossos amigos e com as duas famílias reunidas.

Flashback.
''— Sabia que não devia ter te convidado pra me ajudar a montar a árvore de Natal. — Disse e o loiro cruzou os braços no peito, fingindo estar ofendido. 
— Por que não? Eu sou um perfeito Assistente De Montar Árvores de Natal. Totalmente prestativo. E sou gostoso também. Não negue, Alice. Sei que você também acha isso.  — revirei os olhos, o ego do Justin é impressionante.
— Você quebrou as luzes em menos de dez minutos. Isso é parte da sua concepção de “ser prestativo”? 
— Aquilo foi um acidente — ele retrucou, na defensiva, tentando arrumar os enfeites na árvore e meio que estragando tudo. — E eu comprei luzes novas, então meio que meu erro foi anulado. — Balancei a cabeça e apertei os lábios em sinal de reprovação.
— Você tá fazendo errado — disse, dando um tapinha em seu braço. 
— Desculpa, Miss Eu Sou Boa Em Tudo Que Eu Faço. Acho que minhas mãos são melhores pra outras coisas… Mas você sabe disso. — sorriu desafiando meu olhar mortal — Eu nunca entendi muito bem o Natal. 
— O que é tão complicado de entender? Sei que seu cérebro parou de se desenvolver aos 13 anos, mas cara… 
— O aniversário de é Jesus, ou pelo menos acho que essa é a definição da data, mas não sei, eu era péssimo na catequese… Enfim. O aniversário é de Jesus, mas é a gente que ganha presente e se mata comendo chocolate e panetone. — ri alto. — Eu odeio panetone.
— Você só conseguiria piorar isso se falasse “oh, o Natal é uma data tão capitalista! Onde está o sentimentalismo?”. Eu gosto de panetone. — Sorri, e logo senti sua presença atrás de mim, empurrando meu braço e de leve me fazendo derrubar a bolinha que estava arrumando na árvore. 
— Ah, não. Eu adoro capitalismo e feriados capitalistas e tudo mais. Não diria isso — beijou minha bochecha. — E claro que você gosta de panetone. Você é estranha. 
Subiu a mão direita por minhas costas  por baixo da camiseta e distribui beijos por meu ombro. Logo virei o pescoço um pouquinho pra que ele pudesse beijar lá também. 
— Justin. — Virei-me pra ele.  — Seu trabalho como meu assistente também envolve me distrair do que eu tô fazendo? 
— Não, esse é meu trabalho como seu… Escravo sexual. 
— Escravo sexual?  Você se considera isso? 
— Você tem uma definição melhor? — O  beijei tentando evitar a pergunta. 
— Amo beijar você, você sabe o quanto, mas eu tenho que terminar minha árvore de Natal e você não tá ajudando. — Balançou a cabeça e fez biquinho. Colocando as duas mãos em meu quadril e negando com a cabeça. 
— Não. 
— Sim. 
— Não. 
— Depois. 
— Só depois? 
— Só depois. 
— Certo. Sinto muito lhe dizer, mas como punição pelos maus modos e pela ingratidão, você acaba de perder seu assistente. 
— Punição? — sorri — É mais uma benção.''

Sorri com as lembranças mas logo fui despertada por um toque em meu celular que avisava uma nova mensagem. Era do meu Deus loiro alertando que já estava no aeroporto. Nós vamos passar o ano novo entre amigos em Bahamas. Foi tudo ideia de Nate, mas achei que seria divertido todos nós numa viagem de amigos num lugar como esse. 

Fiz minhas últimas necessidades, me dei uma olhada no espelho e fiquei feliz com o que vi, meu corpo modelado num body vermelho e os cabelos soltos, me senti viva e disposta como não me sentia a meses atrás, talvez a ausência daquele batalhão de remédios esteja fazendo efeito. 

Encontrei Nate e Serena na sala arrumando às ultimas coisas.
— Prontos? 
— Uau Lis, você tá incrível. 
— E semi nua Alice!
— Nathanael, o que é bonito é pra se mostrar. — sorri 
— Ok, vamos ver se Justin acha o mesmo. — retrucou com um sorrisinho sacana, claro que Justin ia implicar. 

Partimos para o aeroporto, meu pai fez questão de locar um jatinho para segundo ele ''irmos com mais conforto'', não me importo com como vamos, só quero chegar logo, e curtir esse tempo com as pessoas que eu mais amo no mundo. 

Pelo menos eu espero.